Fora da Lei escrita por Neline


Capítulo 14
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Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;*



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Na verdade, nessa história tem mais drama do que terror. Acho que devíamos tentar algo mais ameno para meu primeiro dia na cidade. - Chuck falou, colocando aquele sorriso superior de sempre nos lábios. Foi ai que me lembrei do assassino perigoso, apontando uma arma para mim. E ao mesmo tempo, lembrei de como ele me tocava. Da sua língua surreal com a minha. Tudo bem, Blair Waldorf. Você está parecendo uma adolescente com os hormônios a flor da pele enquanto vê o namoradinho sem camisa. Pensando melhor, ele bem que poderia estar sem camisa...

- OH MEU DEUS, B.! Adorei seu sapato. - Serena exclamou, pegando um par de peep toe que estava na porta.

- Oh, obrigada. Mas é um clássico. Como alguém consegue viver sem um bom par de Jimmy Choo neutro? - Gargalhamos, então eu olhei o relógio. Minha hora do almoço tinha acabado. Há umas duas horas. Eu só queria ligar, dizer que estava mal, talvez morrendo, e ficar ali, rindo com Serena e implicando com Chuck. Mas eu não podia, - Então, já que nem todos no recinto são bandidos que fazem seu horário, eu tenho que ir trabalhar. Alguma dica para eu encontrar o bandido antes que ele me mate?

- Você vai abandonar esse caso. - Chuck falou, com um tom frio, perigoso.

- Não, eu não vou abandonar caso nenhum. - Falei decidida. - Qual é, Bass. Acha que vai aparecer aqui, do nada, falando o que eu devo ao não fazer como se fosse meu marido? Vá se ferrar. - Ele bufou, enquanto vinha até mim. Um braço de cada lado do meu corpo, com as mãos bem apoiadas no braço do sofá e uma almofada. Ele fixou o olhar em mim, enquanto se curvava para mim, ficando a centímetros de distância dos meus lábios.

- Enquanto você estiver nesse caso, você tem duas opções: continua com sua vida e eles te encontram e te matam, ou você os descobre, vai até eles e eles te matam. - Ele disse, com seu tom irônico e divertido. - Você não perdeu a mania de prender a respiração quando eu estou por perto, não é? - Ele disse, se inclinando mais anda e fazendo com que nossos narizes se roçassem. 

- Eca, vão arrumar um quarto antes que eu vomite no carpete. - Serena falou, me tirando da hipnose. Respirei, o o empurrei, revirando os olhos. Peguei minha bolsa.

- Eu sei me cuidar, Bass. - Pisquei para S., com um sorriso travesso. 

- Vou me despedir da Carrie. - E ela se foi pelo corredor, abrindo porta por porta, tentando achar o quarto da minha menina. Revirei os olhos. Certas coisas não mudam nunca. 

- Então... posso te pegar depois do expediente? Podemos jantar em um bom restaurante...

- ... Onde você pode ficar de olho em mim. - Completei, com um sorrisinho zombeteiro que brincava nos meus lábios sem que eu pudesse controla-lo. - O Lions tem uma torta de camarão ótima. É agitado, assim você não precisa se preocupar tanto comigo. Me pegue as 7:30. - Falei, me virando para a porta e calçando meu sapato, vestindo meu casaco. Agarrei minha bolsa que estava no sofá e mandei um beijinho para Chuck, que rolava os olhos e murmurava algo como "Mulher sarcástica e convencida dos infernos". 

- BLAIR! VOCÊ ESTÁ TÃO ATRASADA! - Minha secretária gritou, correndo até mim com uma pilha de papéis.

- Problemas com a Carrie. Acho que ela está com gripe. - Falei dando de ombros, sem parar de andar. Uma mentirinha descarada de vez enquando não podia ser tão mau não é? Dúvido que eu vá para o inferno por isso. O diabo não aceitaria tamanha concorrência.

- Mais uma familia deu queixa. Um garoto está desaparecido. Hunter Lourence, 17 anos. Saiu há dois dias para ir na escola e não voltou. Tinha algum histórico com drogas, mas a mãe disse que ele não era exatamente "viciado". - Sylvia despejava tudo enquanto andava pelos corredores.

- Aquele retardado está agindo de novo. Deixe os papéis na minha mesa. Comecem as buscas. - Falei, entrando na sala. Sylvia deixou tudo na minha mesa, obediente. Comecei a analisar, e me me perdi completamente dentro de fatos, possibilidades e fatores.

- Delegada. Acabaram de registrar mais um assassinato perto do Central Park. Tiro no meio da testa, calibre 44. Dedos do pé direito amputados. - Minha secretária falou séria. Não sabia se ela podia se lembrar da série de assassinatos de 5 anos atrás, e esperava que não. Fechei os olhos, pressionando os dedos contra as têmporas. Chuck, desgraçado, grande filho de uma puta. 

- Tudo bem. Me dê 10 minutos para me organizar e estou indo. - Assim que ela fechou a porta e eu me certifiquei que ela estava longe, peguei o celular. Faziam 5 anos que eu não ligava para aquele celular - o particular dele. Mas valia a pena tentar. 

- Waldorf. Ainda tem meu número, ã? - Ele falou com seu tom calmo e divertido de sempre.

- Não quero que você faça isso na minha area, Bass. - Silêncio.

- Isso...?

- Tiros no meio de testas, calibre 44, nada de dedos do pé direito... lhe soa familiar? - Dispejei tudo rapidamente.

- Blair. Eu ainda estou na sua casa. Não deixei Carrie. Estou na sua casa, ela pode lhe confirmar depois. - Agora o tom dele estava sério. Franzi o cenho, me escorando mais na minha cadeira confortável.  

- Mas se você não fez isso... quem fez?

- Alguém que gostaria de me encrimar, que sabe meus padrões. - Pisquei várias vezes, passando uma lista mental.

- Não pode ser. Smith. Ele não saberia que você acaba de voltar. - Falei. sabia que estávamos pensando a mesma coisa. Mas era impossível!

- Blair, ele provavelmente tem me vigiado. - Chuck disse, com calma. - Maravilha. Agora eu tenho dois problema para resolver. 

- E eu tenho mais um assassino nessa droga de cidade. E infelizmente não estou falando só de você, embora ache que você se comportará. - Podia sentir um sorriso sarcastico se formando nos lábios dele.

- Não posso garantir ser um bom garoto. Não é meu forte. Mas estou ai as 7:00, peça para sair antes e invente uma desculpa. - Então ele desligou, o que me deixou extremamente irritada.  

- SYLVIA! - Gritei, fazendo ela se materializar. - Preciso que mande outro investigador. problemas com Carrie, só vou arrumar aqui e minha amiga está vindo me dar uma carona até em casa. - Ela assentiu em silêncio, enquanto eu me jogava na cadeira novamente. Merda. Era só o que faltava: o Sr. Smith está de volta a cidade. 


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