Casamento da Morte escrita por HatsuneMikuo


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

A música usada no inicio da fic é Chain Girl da Hatsune Miku:
https://www.youtube.com/watch?v=WeaXFDXp1UQ&t=144s
Agora os assuntos da fic começam a ficar mais sérios ainda, alerta de cena de estupro leve. :(



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Tudo está ferido mais
Por favor, me dê um amor verdadeiro
Hoje o índice de ódio diminuiu um pouco
Minhas cicatrizes continuam se multiplicando
Eu continuo abrindo elas
Mesmo que eu tenha jogado tudo fora
Coisas como amigos e sonhos
Com a minha liberdade jogada fora
Eu continuei vivendo
Por que...?

Hatsune Miku - Chain Girl

...

Camus guardava seu relógio de bolso já impaciente, não dormira e nem descansara desde o dia anterior e nem um sinal de Hyoga. 

Estavam na capela da igreja católica buscando por informações sobre uma assombração de uma mulher de moradores de rua que buscavam abrigo da noite fria, perdera as contas de quantas moedas de prata e cobre desperdiçara com informações inúteis e nulas de quem não gostaram de serem acordados de madrugada para isso. 

Em pouco tempo a carruagem de Mitsumasa Kido já deveria estar chegando, sabia que estava previsto para seu chefe chegar algumas horas antes do amanhecer, mas pelo cálculo de tempo chegaria algumas horas antes, e isso o preocupava já que na Rússia o sol acordava mais cedo. 

— Senhorita EiriIsaak. Chega. Vamos embora daqui. - Impaciente disse, pois não concordava com a dama da classe de Eiri falar ou se aproximar de mendigos.  

 Mas Senhor Camus, deve ter alguma informação aqui. 

— Ninguém desse lugar sabe sobre uma mulher fantasma vestida de noiva. Precisamos procurar na área onde Hyoga desapareceu 

— Camus, espera. Esse senhor sabe de alguma coisa. 

Eiri andou para direção de Isaak ignorando totalmente o mais velho. Camus suspirou e ouviu do lugar onde estava observando os dois menores. 

— Eu era garoto, bem mais novo que vocês, na época onde eu acordava e tinha pão e leite morno me esperando para tomar café. Minha mãe, que deus a tenha, contava histórias de terror para eu dormir nos dias que eu me comportava mal de uma gangue de caçadores de semitas que iam atrás de noivinhos recém casados. 

As costas de Eiri arrepiaram-se e Isaak arregalou os olhos. Camus nada demonstrou. 

— Sabem quando se coloca veneno na toca para matar fêmeas de ratos para não parirem mais ratos? Era esse o lema desses arruaceiros, matam-se as fêmeas para que eles não se reproduzem. Eles caçavam noivas judias como se fossem pragas, para que 9 meses depois não nascessem um novo judeu. 

Eiri ouvia aquilo aterrorizada e Isaak percebeu isso. Camus cruzava os braços impaciente, ele estava ciente da história de algozes de judeus, mas contar aquela história para aterrorizar os jovens estava indo longe demais 

— Eles sabiam quando um casal de noivos havia acabado de sair de sua festa de casamento com um par anel de diamante nos dedos e um baú entupido de reluzentes moedas de ouro recém fundidas. Eles cercavam a carruagem dos noivos com cavalos e tochas de fogo para assustar o cocheiro. Arrombavam a porta e invadiam para assassina-los. Vocês são jovens e não sabem das maldades do mundo, mas quando homens com facas e armas na mão avistavam uma mulher virgem a primeira coisa que fazem... 

— Chega! Poupe-os disso! São só crianças. 

Camus pôs as mãos nos ombros dos menores que pularam de susto para saírem daquela igreja. Eiri estava totalmente fria de medo. Principalmente ela que se casaria de dia. 

— Senhorita Eiri, é só uma história de terror. Não é verdade - disse Isaak que não negava que aquela história conseguira deixa-lo com medo. Já contara e inventaram várias histórias para assustar Hyoga, mas aquela não se comparava. 

— Engana-se meu jovem. Assassinos de judeus é o que tem se falado desde minha época, meus amigos sempre diziam que não existe judeu pobre, porque estão se enriquecendo a cada ano, e com isso aumentando o ódio contra os assalariados deste país. Um dia, meu caro senhor, esse ódio contra judeus ganhará força política e armada e não demorará para que inventem uma lei de extermínio e proibição de semitas na Rússia. 

— Pare com essa baboseira, eu não vim para cá para permitir que esses jovens ouçam estórias ridículas de um sem teto que dorme em um banco de igreja. Garotos — corrigiu-se depois pela presença de Eiri, estava acostumado a falar assim com Hyoga e Isaak. - Lavem seus ouvidos quando chegarem em casa, retirem toda a cera contaminada por essas palavras. 

Isaak olhou para o mendigo e depois para os dois, pôs as mãos nas costas de Eiri a guiando para a saída da igreja. 

Eiri agarrava com as mãos seu casaco enorme, transtornada com aquela história, Camus se perguntava se ela entendera que o que o velho dissera era de um estupro, mas não disse porque queria acreditar que ela era nova e pura demais para saber sobre uma crueldade daquela. 

— Não se preocupe senhorita Eiri, aquilo era só uma história de terror. Nada daquilo era de verdade. 

— Ninguém nunca... Dissera uma história daquelas para mim... Foi horrível. 

— É tudo mentira, não existe história de caçadores de noivos. 

— Isaak.... - Camus sussurrou tão baixos que os dois não ouviram, queria dizer que essas coisas acontecem tão cruelmente, mas segurou-se em explicar disso. Eles não mereciam isso. 

Na entrada da igreja uma pessoa aparecia, como estava escuro e as luzes das velas do interior da igreja já estavam fracas, Isaak foi o primeiro a reconhece-lo pelas roupas e altura. 

— Camus? Camus! É o Hyoga!! 

Eiri e Isaak saíram correndo em direção ao loiro, abraçado fortemente pelo amigo 

— Hyoga!! Você está bem? Você sumiu. Eu e Camus ficamos te procurando!! Você esta bem? - segurava a cabeça do amigo que parecia bem distraído. Seus olhos estavam nublados. 

— Hyoga! O que está acontecendo? Onde você estava esse tempo todo? 

— Querido Alexei, você está a salvo! 

Hyoga não sabia para quem responder ou contar primeiro, atualmente estava em choque, até seu olhar demorava para direcionar a eles. Isaak percebeu que o rosto de seu amigo estava gelado como a neve. Além do fedor que estava impregnado em sua roupa. Eiri percebeu que sua roupa estava rasgada em partes do braço, havia lama em sua calca e terra seca em seu casaco e cabelo. Seus olhos possuíam olheiras fundas como se não dormisse direito a dias. Ele estava fedendo como um gambá. 

— Céus, ele está tendo uma crise de hipotermia, precisa ser levado à mansão agora. - Camus se aproximou e pôs as mãos no rosto de seu aprendiz - ah Hyoga. .. O que fizeram com você... 

— Camus... 

— Não fale nada agora, por favor, está tudo bem agora, nada vai acontecer com você. 

— Camus. .. o que eu fiz? - as lágrimas escorriam dos olhos e sua expressão virava a mais triste que Camus já vira. 

— Hyoga... - Isaak fora interrompido por um gesto de Camus para se calar. Naquele momento o loiro não estava em condições de explicar o que aconteceu naquela noite, ele apenas chorava em seu peito. Eiri agradeceu à Deus pelo seu noivo está de volta, só que nada disse na hora. 

— Vamos para a mansão agora... 

— Camus!! - gritou Isaak sendo repreendido com o seu olhar sério. Eiri gritou em seguida pois os dois olhavam além do loiro, enquanto o ruivo olhava apenas para ele. 

Isaak congelara de medo e Eiri se protegia atrás dele, Camus arregalava os olhos apertando mais ainda Hyoga contra seu peito. 

Hyoga virou-se para a direção que todos apontavam 

Vestido branco de seda e tule e os fios finos de cabelos ressecados que voavam no vento. O corpo fino de pele seca e músculos comprimidos nos ossos e tendões dando o aspecto do espartilho apertadíssimo estivesse folgado. Em seus olhos um fundo e obscuro buracos sem os glóbulos oculares, e seu rosto de pele seca e mofo grudado no maxilar destacando nitidamente a arcada dentária. 

Andava em direção aos quatros, mas ela apenas caminhava em direção ao seu noivo. 

— A assombração que amaldiçoou Hyoga é uma noiva cadáver.   

 ...

 


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Notas finais do capítulo

Me desculpem pelo capítulo curto, estou cumprindo o combinado de postar 1 capítulo por semana. Logo logo a história vai chegar ao fim.
Eu queria dar um abraço e beijo na Syssi que sempre comenta quando eu posto aqui. Obrigada mesmo. ♥



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