Emmy

Covarde era isso que eu era, depois de tudo que a vó Bells e eu passamos eu estava com medo, medo de que o Seth estivesse com raiva de mim, por que eu tinha que agir como uma criança, e olha que eu entendia que suas ex-namoradas eram passado, e não tinha como mudar isso. Reclinei-me na poltrona do avião enquanto tinha meu pequeno debate interno, pode ver pelos olhos do meu pai, meu irmão, tio Emm e a tia Lice que eles estavam todos com saudade de casa, meu avô e minha avó estavam abraçados, falando baixinho, dei um pequeno sorriso quando os olhei, era tão lindo o amor deles, e se não fosse por eles eu não estaria aqui. Meu avô de repente virou seu rosto e levantou um lado de sua boca dando um sorriso torto lindo, com certeza estava ouvido meu pensamento.

“amo vocês” disse dando uma piscadinha, ele cochichou a vó Bells e ela também me olhou.

-Também te amamos. Ele balbuciou de forma que eu somente li seus lábios. Voltei a pensar no Seth e em minha família, a saudade apertando no peito. Não sei em que momento eu dormi, só me lembro dos braços quentes do meu pai me reposicionando na poltrona e eu me encostando em seu peito.

-Descansa minha vampirinha. Ele sussurrou.

Edd

Estar sem meus irmãos era como estar sem uma parte do meu corpo, eu me sentia estranho e descompassado, porem não podia ficar reclamando, eu tinha que ser forte, pois eu via a dor nos olhos de minha mãe. Já havia mais de oito horas que tínhamos chegado e em poucos minutos o avião pousaria em Port. Angeles, nós decidimos que somente meu tio Jazz e o Biso iriam buscá-los, apesar de que foi difícil convencer minha mãe e meu avô Charlie de não ir.

-Toc, toc. Dany falou imitando uma batida, ela estava parada na porta do meu quarto. –Posso entrar?

-Claro meu anjo. Ela deu um sorriso encantador.

-Anjo?

-Sim... Meu anjo. Eu disse dando um sorriso sapeca e a enlaçando em meus braços, toquei seus lábios em um selinho demorado e a sentei em meu colo.

-Como você está? Ela perguntou preocupada.

-Bem.

-Eu sei o quanto foi difícil pra você. Suas palavras eram intensas e seus olhos mostravam seriedade.

-Eu não sei o que eu faria se algo grave acontecesse com ela. Confessei em um sussurro, ela beijou meu rosto secando uma lagrima que rolou.

-Não pense nisso, tudo acabou bem é o que importa.

-Ela está certa. Mamãe falou adentrando meu quarto. Ela veio até nós e se sentou na cama ao nosso lado. Sua mão repousou sobre a minha e a outra sobre a da Dany. –Obrigada querida. Minha mãe disse suavemente.

-Pelo que? Dany perguntou corando.

-Por toda força que você nos deu esses dias, por estar aqui pelo Edd.

-Não precisa agradecer, eu o amo. Dany mordeu o lábio inferior e eu sorri, ela rolou os olhos e continuou. –Eu gosto de vocês Nessie. O nome de minha mãe saiu natural de sua boca, como se fossem amigas, afinal era impossível não a ver assim, minha mãe também sorriu.

-Nós também querida. Minha mãe beijou o rosto da Dany e então ouvimos um carro virar na estrada, vindo direto pra nossa casa.

-Chegaram.

Emmy

Assim que avistamos a nossa casa senti meu coração acelerar, por mais medo de que o Seth estivesse bravo comigo, eu queria o ver, ver minha mãe, o Edd, meus outros familiares. Quando o carro virou na estrada entrando no limite de nossas propriedades olhei pela janela, estavam todos do lado de fora. Antes mesmo que eu abrisse a porta do carro senti os braços da minha mãe em volta de mim, sendo substituídos pelo do Edd logo em seguida e mamãe foi abraçar a vó Bells. Depois do meu irmão fui abraçada por todos da minha família, e minha amigas, Dany, Gabi, Claire, Ie que estavam ali, só faltava um abraço e que eu queria tanto.

Enquanto todos entravam pra dentro de casa eu o vi, ele veio da direção da garagem e quando nossos olhos se encontraram senti todo seu amor. Vi todos nos olharem e irem pra dentro enquanto ele vinha até mim.

-Toma conta dela. Papai avisou antes de entrar, Seth somente afirmou com a cabeça. Seth não desviou seus olhos dos meus, ele veio até mim e antes que eu tivesse tempo de perguntar se ele estava bravo, ele colou nossas bocas, seus lábios eram doces nos meus.

-Achei que fosse morrer sem você. Ele disse quando nos separamos. –Eu te amo. Ele terminou me beijando novamente.

-Eu também te amo... Achei que você estivesse bravo.

-Bravo? Por que?

-Por eu ter ficado com ciúmes.

-Eu nem me lembro mais disso. Vem vamos entrar. Ficamos todos juntos até tarde, e mesmo eu estando muito cansada não queria deixá-los, e mais que isso eu não queria deixar o Seth.

-Seth você se importa de ficar com a Emmy hoje? Meu pai perguntou e tanto eu quanto o Seth engasgamos. –Mas se comporte pirralho, lembra que aqui as paredes têm ouvidos, literalmente.

-Que isso Jake? Seth falou conseguindo corar mesmo com a sua pele morena. Seth me acompanhou até meu quarto que eu nunca tinha usado, e enquanto eu me trocava, ele vestiu um pijama do Jason, apesar de que eu percebi que o Jason não estava com uma cara muito boa. Deitei-me na cama e senti os braços quentes do Seth em volta de mim.

-Dorme com os anjos... E sonha comigo. Ele terminou com um sorriso na voz.

-Sempre. Falei virando-me e selando nossos lábios.

-Te amo. Ele sussurrou pouco antes de eu ser sugada pelo sono. –E não me canso de dizer isso.

***

Virei-me na cama e senti os braços de Seth me aperta, abri meus olhos e vi seu sorriso lindo.

-Bom dia vampirinha.

-Bom dia meu lobinho. Descemos juntos e todos estavam na mesa até mesmo os vampiros que não comiam, parecia até festa, meus pais, meus avos, meus bisavos, tio Jazz e tia Lice, tio Emm e tia Rose, Jason e Gabi, Edd e Dany, até meu avo Charlie e a Sue.

-Bom dia família.

-Bom dia. Disseram todos e eu ri, feliz por estar ali com eles. Tomamos o café e quando estava terminando o telefone tocou.

-Deixa eu atendo. Edd falou antes de ir até a sala e atender o telefone.

“alo?” ele pausou enquanto ouvia a resposta, todos nós estávamos olhando para ele, ele sorriu e falou.

“Nayanne?” dei um sorriso ao ouvir o nome de uma das duas grandes amigas, que eu fiz no Brasil.

“que bom falar com você e a Katya como esta?” mais uma pausa pra resposta da Nayanne.

“serio?”

“vocês serão bem-vidas, quando virão?”