Eu nunca tinha visto algo assim, eles se lançavam um contra o outro em uma luta mortal, todos ao redor não podiam fazer nada. Barulhos como montanhas se chocando e sons de coisas rachando. Eu pude ver nos olhos de minha vó o desespero em pensar que poderia ser o meu avô. Nós não perdíamos os movimentos, porem eles eram muito rápidos e estavam tão perto um do outro que não tinha como saber quem estava se machucando. Senti uma pressão no escudo que envolvia meu pai e olhei pra mulher que olhava fixamente pra eles, rapidamente estendi meu escudo e coloquei a tia Lice e o Jason dentro dele, pra caso ela tentasse algo com eles. A luta ficava cada vez mais barulhenta e quando o vampiro do cabelo vermelho deu uma brecha o tio Emm começou a ajudar meu avô. Eu não sei quando e nem como, porem quando percebi a mulher tinha sumido.

-Onde ela foi?

Perguntei a vó Bells.

-Não sei.

Ela disse baixo, ainda estava fraca. A luta continuou, o vampiro estava dando trabalho. Um tempo depois ouvi o som mais assustador que tinha ouvido até então e vi meu avó segurando uma parte do corpo dele e o tio Emm a outra. Em poucos segundos eles desmembraram o vampiro e na mesma hora tio Emm sumiu com os pedaços dele no colo, no instante seguinte a vó Bells não estava mais no meu colo e eu vi meu avô a pegar em um abraço apertado, porem cuidadoso.

-Vampirinha.

Meu pai já na sua forma humana, me pegou em um abraço de urso.

Nessie

Eu não queria voltar pra casa e esperar.

-Nessie alguém precisa estar lá.

Meu avô falou, e não adiantaria lutar contra ele, acabou que eu minha vó Esme, tia Rose e a Gabi voltamos pra casa. lembrei-me de dois momentos específicos enquanto voltávamos.

Fhash Back 1 On

-Mamãe me leve no parquinho?

Na época eu tinha quatro anos, ou um. Nós tínhamos um parquinho nos fundos de nossa cabana, na verdade tudo que eu queria meus pais faziam. Minha mãe se levantou e estendeu a mão para mim, nós duas passamos pelas portas do seu quarto e entramos no jardim, logo na frente havia um pequeno parquinho, com um balanço, uma gangorra, um escorrega e uma área com areia.

Minha mãe me balançava no balanço e logo depois se sentou em uma das pontas da gangorra, ela sorria com meus gritos de euforia, e então eu subi no escorrega, desci uma, duas, tres vezes, na quarta vez eu me desequilibrei e quando cai fui de joelho na areia grossa, o impacto fui tão grande que ralou um dos joelhos, ele ardeu e logo estava chorando, no mesmo instante minha mãe estava lá, me abraçando. Ela me pegou em seu colo e entrou comigo pro seu banheiro.

-Está tudo bem?

Meu pai perguntou preocupado.

-Sim, somente um pequeno ralado.

Meu pai olhou e deixou minha mãe tomar conta, ela me sentou na beira da pia, primeiro passou água oxigenada e depois mertiolate.

-É melhor não tampar.

Meu pai falou e minha mãe assentiu. Depois ambos deram um beijo em meu rosto, minha mãe limpou minhas lagrimas e sorriu.

-Está doendo ainda?

-Não. O que você fez?

Foi o papai quem respondeu.

-É toque de mãe, é mágico.

Fhash Back 1 Off

Fhash Back 2 On

-Me conta uma historia?

Emmy pediu se deitando entre os irmãos.

-Qual você quer ouvir?

Eu lhe perguntei.

-Três porquinhos. Gritou o Jason.

-Gasparzinho. Pediu Edd.

Emmy cruzou os braços no peito e fez biquinho.

-Fui eu quem pedi, eu escolho.

Os dois fizeram caretas pra ela.

-E qual historia você quer?

Perguntei-lhe sorrindo.

-A Bella e a Fera.

Ela disse com um sorriso estonteante. Eu sorri também começando a contar a historia, fui interrompida varias vezes tanto por ela quanto pelos meninos, no final os três estavam dormindo, um abraçado ao outro.

Fhash Back 2 Off

Senti as lagrimas me sufocarem, meu peito doía com a ameaça de perder minha mãe e minha filha.

-Elas vão ficar bem.

Minha avó falou e quando eu as olhei pude ver que eu havia mostrado a elas minhas lembranças. Continuamos o caminho em silencio até em casa, assim que chegamos lá chegaram meu avô Charlie e a Sue, e a Dany.

-Onde elas estão?

 Meu avô exigiu. Foi difícil conte-lo, ele queria ir ajudar, porem não seria de grande ajuda, pelo contrario. A única coisa que podíamos fazer era esperar.

Seth

Nós procuramos em todos os centímetros de terra da floresta, e depois começamos a ir pro Canadá. Mesmo não tendo rastro não desistimos, tudo o que eu queria era achar minha Emmy.

“Vamos voltar” Sam pensou.

“Não” eu não poderia voltar e ficar lá parado sem fazer nada. Nós tínhamos nos dividido, um grupo foi pelo mar, outro pela terra e outro voltou pra casa, o grupo que fiou em terra se dividiu e parte foi por um lado e a outra parte por outro, assim seriamos mais rápidos.

Continuamos vasculhando tudo e no quarto dia o telefone do Jasper tocou e era Carlisle avisando que o Edward havia as encontrado. Senti meu corpo tremer com a noticia e logo estava correndo, minhas patas impulsionavam o chão com força ganhando velocidade, tudo que eu queria ela tê-la em meus braços.

***

-Onde eles estão?

Perguntei assim que entrei dentro da casa de Carlisle.

-Eles estão chegando, eles virão de avião, chegam em duas horas. Eu não conseguia imaginar por que eles gastariam vir de avião, porem o que importava era que em breve eu a teria aqui.

Edward

-Você está bem? Senti-la no meu colo novamente, vê-la respirando me fazia querer pular, gritar. De todas as vezes que eu imaginei perder-la, essa foi a pior, eu a vi morrer. –Você está realmente bem?

Ela sorriu e tocou meu rosto.

-Sim. Ela disse baixo, sua voz traindo o que ela dizia.

-Vamos sair logo daqui. Jake exigiu, ele veio até mim e olhou pra Bella.

-Tudo ok Bells? Ela sorriu e afirmou com a cabeça. Eu coloquei minha mão no rosto da Emmy que estava no colo do pai.

-E você querida como está?

-Estou bem vovô.

Porem eu sabia que ela estava cansada.

-Acho melhor irmos por terra.

Alice falou se aproximando e dando um beijo na Bella e na Emmy, logo Emmett e Jason também as abraçaram.

-É perigoso. Emmett falou porem eu concordava com a Alice.

-Elas estão exaustas Emmett.

Eu apontei. Por fim resolvemos ir de avião, assim que chegamos a primeira cidade percebemos que estávamos bem longe de casa, Alice providenciou roupas apresentáveis para todos nós e fomos para o aeroporto. Porem antes caçamos, pois todos nós precisávamos.

-Como está se sentindo?

Perguntei a Bella novamente, eu havia pegado um urso para ela, e ela o drenou rapidamente.

-Muito melhor.

Seu sorriso aqueceu meu peito.

Nos sentamos nos primeiros acentos do avião, eu mantive Bella apertada em meus braços.

-Eu te amo. Sussurrei dando um beijo em seu rosto.

-Eu também. Ela disse se virando e tocando nossos lábios em um beijo calmo, percorri seus lábios com minha língua e aprofundei o beijo, ela retribuiu na mesma intensidade.

“obrigada” ela falou em sua mente.

-Pelo que?

“Me salvar... Mais uma vez”

-Sempre as ordens. Nós sorrimos, sabendo que o perigo já tinha passado.