-love, Smash escrita por leilane
Notas iniciais do capítulo
Oi tripulantes do planeta Terra.
Por causa da quarentena derivada do Coronavírus, decidi postar aqui as histórias que escrevi ao longo dos anos.
Essa é uma história especial, escrita num momento especial da minha vida.
Espero que gostem ♥
— Você sabe que eu queria estar aí com você. - ele choramingou para a câmera.
Revirei os olhos, tendo que escutar pela milésima vez a mesma frase, e sorri, apoiando a cabeça na mão.
— Claro que eu sei, amor, como você sabe que eu queria ter ido junto, mas...
— Mas é uma semana importante na faculdade, eu sei, eu sei. - Ashton revirou os olhos, como um espelho da minha ação - Só que passar o aniversário de cinco anos de namoro separado da namorada, a outra metade da relação, não é a coisa certa.
Tive que me conter para não apertar a tela do computador ao sorrir mais com a carinha de filhotinho que ele fez. Muito meu amorzinho.
— Fletcher, você me ama? – perguntei séria.
— Isso é algum tipo de teste? - fez uma cara confusa, fazendo-me rir.
— Não idiota, só responda a pergunta.
— Claro que sim, mais do que qualquer coisa!
— Menos eu! - ouvi a voz de Luke no fundo, mesmo sem vez ninguém pelo vídeo - Ele ainda é meu macho primeiro.
— Não estraga, mate. - Ashton atirou uma almofada na direção da voz dele, causando risos em todos da sala onde estava - Quando você estava falando com a Lily, ninguém se meteu.
— Mil perdões, madame. E Brenda. – devolveu meu melhor amigo.
— Tudo bem Hemmings, só cale a boca. - retribuí, recebendo de volta a atenção e um sorriso de Ashton.
— Mas então, o motivo da pergunta...?
— Ah sim. Você me ama, e eu te amo mais do que eu imaginei amar alguém. Então não precisamos estar sempre juntos, se mantivermos isso na cabeça. - sorri, recebendo um sorriso maior que o próprio rosto do outro lado da câmera, mostrando aquelas covinhas que eu tanto amo.
— Brenda, eu não te mereço! - falou, abrindo os braços, logo olhando feio para o lado da tela - Clifford, se da sua boca sair uma palavra, coisas ruins vão acontecer.
Acho que o silêncio que se seguiu demonstra que Ash está ganhando respeito. Milagres acontecem...
— Mas me conta um pouquinho, como está a tour? E os shows, melhores do que cantar pra mim em casa? – falei, sorrindo com curiosidade, não parando nem por um segundo de admirar o meu homem perfeito, que era Ashton Irwin.
Ele gargalhou, sabendo que mesmo que respondesse estar em tour, nada diminuiria o tamanho da intimidade que dividíamos nas nossas cantorias pelo apartamento que dividia com Lily-Anne ou pelos quartos de hotéis.
— Por enquanto, está perfeito... Estamos tendo tempo para conhecer um pouco alguns fãs em cada cidade, os shows estão esgotados, Calum aprendeu a fechar a porta do banheiro quando vai... – ele foi impedido de concluir pelo assunto do comentário, que tapou a sua boca e aproximou seu rosto da tela.
— Olha, Bree, não me leva a mal, mas acho que ta na hora de desligar essa ligação. – Calum falou, envergonhado, o que me fez rir mais ainda.
Por causa da sugestão, olhei para o relógio do celular, constatando que a hora ruim realmente havia chegado. Tínhamos pouquíssimo tempo para nos ver enquanto ele viajava; conversávamos mais por mensagens, que ele achava uma brechinha pra responder.
Não posso negar que ficar longe dele machucava, e muito, mas também compreendia que esse era sua paixão e seu trabalho, e não seria eu a pessoa que tentaria o impedir de realizar seu sonho. Eu o amava pelo que ele era, e ele não era Ashton Irwin sem a música.
— Meu amor, está tarde. - ele conseguiu se desvencilhar de Calum e foi checar o horário também, fechando a cara - Não faz essa cara. Eu tenho que acordar cedo e você já devia estar dormindo. A diferença do fuso é grande.
— Mas eu não quero desligar! - Ash fez beiço, colocando a bandana sobre os olhos.
— E você acha que eu quero? - controlei a força que gritava dentro de mim para pedir para ele voltar imediatamente para meus braços - É só contar os dias. Faltam exatamente dois meses para você voltar de vez para casa.
Ash tirou a bandana dos olhos, olhou diretamente para a câmera e forçamos um sorriso, que ambos sabiam que era falso. Sentíamos falta um do outro, e essa turnê mundial não colaborava muito. Os shows sempre eram muito longe, e quando eram perto, eles nunca ficavam mais do que um dia.
— Sinto sua falta, minha princesa.
— Também sinto a sua, meu super-herói.
O chamava assim desde que ficou obcecado pelo figurino do clipe. Muitas vezes, quando não estavam em tour, encontrava ele usando sua roupa de “Smash” pela casa, cozinhando ou vendo televisão.
— Ah, já ia esquecendo. Amanhã vamos estar ao vivo na MTV durante o seu intervalo. - ele abriu um sorriso de lado – Se conseguir, tenta ver, por favor.
— Vou levar minha TV de casa se for preciso. - sorri, colocando sem pensar a mão na tela, onde o rosto dele aparecia, fazendo um carinho à distância desejando poder fazer em seu rosto.
Ashton deve ter percebido o movimento, pois fez a mesma coisa, os dois olhando fixamente para a webcam.
— To the moon, baby.
— And back. - mandei um beijo e desliguei logo depois, antes que ele visse a lágrima que escorria pelo meu rosto.
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E aí? Me conta.