Sasuke havia retornado a Konoha e mesmo rodeado por pessoas compartilhando vários momentos, ainda se sentia incompleto. Sozinho no quarto não conseguia dormir, a mente insistia em reprisar todos os momentos juntos da ruiva. Recordou quando conheceu Karin, havia sido ordenada para auxiliá-lo na captura dos fugitivos. A mulher era tão eficiente em localizar através do chakra, além disso transmitia uma pose poderosa e independente, essa personalidade logo o atraiu. Apesar disso, não permitiria se deixar levar, afinal possuía planos para cumprir.

Após ter matado Orochimaru quis reunir seu time objetivando completar a vingança contra Itachi. Sempre soube que gostaria de tê-la perto dele.

Conforme os dias passavam cada vez mais tentava ficar longe das atitudes protetoras da mulher. Karin permanecia ao lado dele, mesmo com toda a arrogância.

— Sasuke já pensou se sua vida fosse diferente?

— Como assim?

— Caso os Uchiha estivessem vivos, o que faria?

— Não sei, seria outra pessoa.

— Quando matar seu irmão, tem planos?

— Eu…. não faço ideia.

— Espero que um dia não sinta mais tanto sentimentos ruins, quem sabe podemos viajar - disse ela corando - Só nós dois.

— Por que faria isso?

— B-bom, para que levar aquele inútil do Suigetsu? E….. Juugo é tão indiferente, s-sou a companhia certa.

                   ………..

Karin estava entediada naquela piscina, aquela água quente batia nos seus ombros. Depois do banho pegou uma toalha para secar seu corpo e saiu do estabelecimento pensando em que compraria.

 - Senhor poderia me dar essas frutas aqui? 

O vendedor entregou a sacola para ela então sentiu uma sensação familiar, um chakra impressionante, era como se fosse magnético. Soltou imediatamente fazendo toda a compra cair no chão, correu ansiosa, pois teve aquela sensação apenas uma vez na vida. 

Andou depressa desviando das pessoas até avistá-lo caminhando calmamente, sempre confiante.

 - S-Sasuke…… 

— Karin, o que faz aqui?

— V-vim aqui para conhe.…. não te devo explicações.

— Entendo - exprimiu cabisbaixo a surpreendendo, nunca viu ele assim.

Foram para um lugar mais afastado, no lugar alto tinha como vista o vilarejo. Ela queria saber de tudo quando se tratava dele, os motivos de não estar em Konoha, como encontrava-se a vida do homem, possuía outros objetivos.

— Sabia que você estava certa.

— Hã?!

— Depois de matar meu irmão não tinha rumo nenhum, entretanto nem sequer imaginava dos reais motivos dele, tudo encaminhou-se tão diferente.

— Então qual é a sua meta?

— Na verdade eu não sei, mas lembra daquele dia? Disse-me para viajarmos juntos.

Karin ficou vermelha confirmando com a cabeça. 

— Nunca esqueci das suas ações, mesmo quando a traí você me perdoou. Não poderia permanecer tranquilo numa vila se a mulher com quem gostaria de viver estava longe dali. Desde o princípio te achei incrível, mas construir vínculos era impossível, já tinha cortado alguns antes. Somente restou te procurar e nutrir esperanças para você querer ir comigo.

— S-sério?! Somos só nós?

— Sim.

Ela pulou nos braços dele animada, finalmente poderia conviver com o homem que amava.