OMNITRANIL (Ben 10 - Força Alienígena) escrita por TarryLoesinne


Capítulo 2
O que acontece nos milésimos de segundo




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Vamos voltar para dez dias antes da explosão, vai fazer mais sentido assim.

A estação de energia de Bellwood estava fechada. Todos os funcionários da estação se encontravam no conforto de seus lares, sob o aconchego de um sono que só uma rotina exaustiva de trabalho e uma madrugada silenciosa poderiam proporcionar. Por essa razão, não se encontrava alma viva dentro das paredes altas que circundavam o local. Ou pelo menos não deveria se encontrar...

O carro de Kevin ficou estacionado do lado de fora, aguardando Ben, Gwen e seu dono investigarem a denúncia enviada aos Encanadores de que uma criatura fora vista nas mediações internas da estação.

O silêncio da noite foi completamente rompido quando Kevin foi arremessado e se chocou no muro oeste da estação. Com o impacto, um som surdo ecoou pela região e um buraco se abriu na grossa parede de concreto. A sorte de Kevin é que sua pele nesse momento era composta do mais puro ferro porque, se não, pelo menos umas duas costelas, um braço e talvez uma tíbia teriam se partido.

— Desiste, Albedo, você não vai conseguir vencer — disse Ben — Na verdade, seus planos nunca deram certo. Já era pra ter aprendido.

Um vaxasauriano de olhos vermelhos encarava o adolescente. A luz da lua fazia a criatura de quase três metros de altura e pele amarronzada formar uma enorme sombra sobre o solo. Sua respiração bestial transformava-se em fumaça ao entrar em contato com o frio ar da noite. O alienígena respondeu uma voz grossa:

— Sou um cientista, Tennyson, falhas fazem parte da metodologia científica.

— Ah, é!? — Kevin saiu de debaixo dos destroços e entrou pelo buraco do muro com um olhar raivoso — Então espera aí que eu vou te dar um monte de informações para você analisar quando eu quebrar essa tua cara!

Kevin saltou com os braços levantados por sobre a cabeça e, com as mãos cerradas, mirou um golpe no topo da cabeça de Albedo. A criatura, por sua vez, girou o corpo com uma velocidade impressionante para seu tamanho e rebateu Kevin ainda no ar com sua cauda. O jovem novamente saiu voando, dessa vez em direção a uma torre elétrica.

— Kevin! — gritou Gwen.

A garota moveu seus braços e mãos e lançou um feixe de mana ao redor da cintura do jovem, em seguida tracionou a corda de energia de uma só vez, evitando uma grave eletrocussão por uma questão de centímetros. Oito vírgula nove centímetros para ser mais exato.

— Valeu, Gwen! — Kevin olhava para a torre, aliviado, à medida que seu corpo se afastava da construção.

— Vê se toma mais cuidado! Nem você aguenta um choque desses, ainda mais sendo feito de ferro!

— A culpa não foi minha, tá legal!? — seus pés tocaram o chão.

Do outro lado da estação se ouviu a voz de Ben perguntar:

— Gwen, o Kevin se machucou!?

— Ainda não, Tennyson! — respondeu Kevin

— Que pena! — Ben disse ironicamente sem tirar os olhos da criatura à sua frente. — Muito bem, Albedo, onde a gente tava?

O vaxasauriano semicerra os olhos com a provocação.

Ben pressiona o núcleo do Omnitrix em seu pulso e reveste-se com uma luz verde.

Albedo aproveita a oportunidade que o tempo da transformação lhe propiciou para tentar fugir. A passos pesados, ele seguiu em direção a uma das paredes da estação. Cada passo fazia o solo tremer abaixo dele.

Assim que o brilho esverdeado se apagou, não se viu nenhum sinal de Ben ou qualquer alienígena no local.

Albedo posicionou o ombro esquerdo frente ao corpo, preparando-se para irromper contra o muro quando subitamente, o vaxauriano sentiu em seu tórax um gélido calafrio atravessar seu corpo, irradiando um frio por toda sua espinha. Aos poucos, uma imagem azul começou a se materializar a partir de seu peito e flutuar a sua frente.

— Mas já vai? — disse Friagem com uma voz que beirava um suspiro — Ainda está cedo, fique pelo menos para um café…

O vilão rangeu os dentes e puxou seu braço esquerdo para um ataque, no entanto, o braço não se moveu. Albedo então percebeu que uma grossa camada de gelo no centro de seu tórax se expandia para todo seu corpo, impedindo o movimento de seus braços e pernas.

Friagem diz com um sorriso no rosto:

— Isso aí, é culpa minha, eu admito.

Albedo ignorou a provocação e começou a grunhir e fazer força contra o gelo. Aos poucos, rachaduras começavam a se formar, ecoando sons de estilhaços pelo ar.

Já o necrofriggiano voava em círculos assistindo a criatura como um atento telespectador.

Por fim, Albedo conseguiu soltar seu braço esquerdo, levantando fragmentos de gelo e névoa pelos ares. Com um poderoso soco, ele destruiu a espessa camada gélida que prendia seus pés, em seguida, correu em direção à saída.

Dois passos. Foi o máximo que conseguiu dar antes de sentir que sua perna esquerda já não mais levantava do solo, presa sob outro iceberg fincado ao solo. Ar quente trespassou seus dentes cerrados e condensou no ar ao redor de sua cabeça.

Com outro soco, o vaxasauriano estraçalhou a armadilha em seu membro esquerdo, mas antes de dar outro passo, sentiu novamente o frio irritante, dessa vez, percorrer sua perna direita. Estava novamente preso. A paciência da criatura estava chegando ao limite.

— O que foi, Albedo? Não consegue sair? — Friagem voava ao redor do vilão, disparando mais e mais jatos de puro inferno ártico sobre o corpo da criatura. — Posso fazer isso a noite toda.

— Mesmo, Tennyson? — Albedo estraçalhou o gelo que cobria a parte superior de seu corpo e agarrou Friagem em pleno ar — E seu eu acabar com você antes?

— Quero ver você tentar — Friagem sorriu e aos poucos começou a desaparecer.

À medida que a imagem do necrofiggiano sumia, uma outra preenchia o campo de visão de Albedo: Kevin se aproximava saltando por sobre plataformas de mana até atingir a altura da criatura e então lançou-se no ar com um gancho de direita preparado especialmente para o vilão.

O choque entre a mandíbula do vaxasauriano e a mão de ferro do osmosiano resultou num alto ruído metálico que se espalhou pelo local. Com o impacto, a enorme criatura desequilibrou-se e caiu para trás, estraçalhando o que restava do gelo e desabando no solo, inconsciente.

— Experimento encerrado, babaca! — Kevin virou-se de costas para a criatura e seguiu caminhando em direção aos seus amigos.

Gwen se aproximou correndo, já Ben pousou e cobriu-se com suas asas formando um belo capuz azul.

— E agora, o que a gente faz com ele? — perguntou Kevin.

— Devemos avisar Azmuth — disse Gwen. — Tudo que se refere ao Omnitrix deve ser repassado a ele.

— Ou podemos mandá-lo para o nulificador — propôs Kevin.

— Até que não é uma ideia ruim — disse Ben inclinando levemente a cabeça e levantando os ombros.

— E seria mais rápido também.

— Azmuth detesta a ideia de que uma cópia de seu relógio está andando solta por aí. — disse Gwen — Ele com certeza vai querer desligá-lo e-

— Eu sei, Gwen... — disse Ben

— E você não se incomoda que alguém com sua cara esteja por aí cometendo crimes?

— Me incomodo sim, bastante — disse Ben — Uma injustiça um rostinho lindo como o meu estar num psicopata como ele; mas, Gwen, olha a hora... Eu morrendo de sono. O Azmuth pega o Albedo dentro do nulificador depois.

— O nulificador é infinito, Ben... — disse ela — Pode levar anos para encontrá-lo lá dentro!

— Mesmo? — Ben olhou para Kevin — E como foi que você sa-

— Ben, cuidado!

Gwen invocou uma esfera ao redor dos três jovens. Uma assustadora marca de garras surgiu no escudo atrás de Ben. Aos poucos, os cortes começaram a desaparecer da superfície do escudo, dando espaço para a imagem bestial da criatura.

Os heróis bobearam ao achar que Albedo permaneceria desacordado por muito tempo. Ele não só acordou, mas mudou de forma. A princípio, pensaram estarem sendo atacados por um appoplexiano como o Rath, mas se era um alienígena de Appoplexia, havia algo de muito errado com ele...

A musculatura se encontrava mais volumosa, principalmente a do dorso, fazendo o corpo do alienígena curvar-se para a frente. Sua pelagem estava mais longa e selvagem, com destaque ao rosto que lembrava uma juba de tão extensa e dispersa. Sobre o dorso das mãos se projetavam duas garras anexas, ao invés de uma como a de Rath.

E acima de tudo, nem nos piores dias do Rath se via tanto ódio e sede de sangue no olhar de uma criatura como a que os encarava agora.

Albedo voltou a avançar contra o escudo, desenhando inúmeros cortes sequenciais a cada ataque. Cada golpe fazia o escudo estremecer e ecoar um som surdo para seus integrantes.

O escudo não vai aguentar pra sempre — pensou Ben.

Ben voou e passou através do escudo, tentando chamar a atenção da criatura. Com um último ataque de Albedo, a defesa se estilhaçou e Kevin saltou em direção à Gwen para tirá-la da linha de ataque do alienígena.

Friagem disparou um jato gélido nas costas da criatura. O monstro lentamente virou seu corpo e encarou Ben, em seguida sacudiu seu corpo com um cachorro molhado e espalhou o gelo de suas costas para os lados. A criatura levantou a mão em direção a Friagem e, movendo apenas os dedos, convidou-o a se aproximar se tivesse coragem.

Maldito!

 O necroffrigiano atirou-se pelo ar em direção a Albedo e, durante o percurso, tornou-se cada vez mais intangível até desaparecer. Buscando atingir seu oponente de surpresa, Friagem mudou sua trajetória retilínea para uma curva em direção ao lado direito do monstro.

Faltando poucos centímetros para o impacto, a criatura girou seu corpo velozmente, como se sentisse a aproximação do ataque e posicionou-se com as garras em riste, pronto para deferir um ataque.

Ele desviou!?

Ben conferiu seu próprio corpo para confirmar se estava mesmo invisível.

Mas como!?

— O que foi, Tennyson? — disse Albedo com uma voz gutural tal qual um rugido. — Está tentando entender como eu consegui desviar de seu ataque? É fácil! — Ele posicionou um dedo sobre a ponta de seu focinho — Senti um cheiro muito forte de medo se aproximando...

Friagem voltou a se tornar visível. Com suas asas ele pairava no ar.

— Você já se olhou no espelho recentemente, Albedo? Se olhasse você com certeza sentiria o tal “cheiro” se espalhar ao seu redor imediatamente. Isso se o espelho permanecesse inteiro tempo o suficiente para você poder apreciar sua bela “imagem”. — Friagem fez umas aspas com os dedos das mão, em seguida, cruzou os braços — Se quiser eu posso te passar o telefone do meu cabelereiro, ele não faz milagre, isso é fato mas-

— Você nunca fica calado? — disse a criatura.

— Já tentei uma vez, não curti muito.

Friagem vê seus companheiros se aproximando furtivamente do alienígena. Ao redor das mãos de Gwen, bolas de energia cresciam e tornavam-se cada vez mais densas, prontas para serem arremessadas. Kevin, por sua vez, distorceu suas mãos em duas pesadas bolas de espinhos de ferro e corria em direção à criatura.

 — Mas me diz aí — disse Friagem, — que espécie de alienígena é essa que você está transformado?

— Não reconhece? — Albedo apresenta um maldoso sorriso cheio de dentes. — Tente adivinhar. Enquanto isso eu acabo com os seus amigos irritantes.

Sem virar o corpo, a criatura levou um de seus braços para trás de suas costas e aparou a bola de ferro de Kevin. Ele encravou suas garras na esfera para que o osmosiano não conseguisse escapar e então girou seu corpo. Duas voltas no próprio eixo e então Albedo lançou Kevin em direção à Gwen. As duas esferas de energia se dissiparam no ar no momento que a garota foi atingida pelo corpo do colega. Por fim, os dois caíram inconscientes no chão.

— Gwen! Kevin! — Ben tentou se aproximar, mas não foi rápido o suficiente para conseguir ajudar. — Seu miserável!

Friagem inflou o que seriam seus pulmões e lançou um enorme rajada glacial em direção ao vilão. A criatura levou os braços em frente ao rosto e, ignorando o gelo que se formava sobre seu corpo, avançou a passos lentos em direção à Ben.

O necroffrigiano disparava sem descanso. Em alguns momentos Albedo chegou a parar o avanço por alguns instantes, mas logo em seguida, voltava a caminhar contra o ataque gélido. Ben então viu de dentro da nevasca uma gigantesca pata se projetar e agarrar sua cabeça.

Não deu tempo de escapar.

Albedo chocou o corpo de Friagem três vezes no chão. Poeira e destroços levantavam no ar a cada impacto. Uma pequena cratera no solo se formou a cada impacto. Era uma ira impiedosa.

A criatura ergueu o corpo semi-desacordado de Friagem. Segurando-o pela cabeça como um troféu, ele disse:

— Ben Tennyson, seu humano patético...

O jovem não respondeu.

— Você não tem ideia de quanto tempo eu esperei por esse momento!

Ben tentava manter o mínimo de consciência para não desmaiar de vez. Seu corpo doía e latejava.

Albedo levou a outra pata até o centro do tórax de Friagem e encravou suas garras ao redor do símbolo do Omnitrix. Os apêndices do dorso de sua mão arranhavam a garganta do necroffrigiano.

— Eu não suporto a sua prepotência! Simplesmente odeio! Pois sei que se não fosse o Omnitrix, você seria apenas mais um ser insignificante e repugnante que polui esse planetinha asqueroso...

A criatura aprofundou as garras ainda mais no símbolo, fazendo pequenos feixes elétricos verdes irradiarem de dentro do dispositivo. Se para quem olhava de fora, sentia que tais raios indicavam perigo, para Ben isso significava dor. Estando com o Omnitrix ligado intimamente a todas suas moléculas, cada pulso elétrico que escapava era marcado por uma dor lancinante que atravessava seu corpo.

— Talvez se eu arrancar ele de você... — O rosto da criatura se deformou numa expressão demoníaca de ira e sadismo — Melhor! Se eu destruir o Omnitrix ainda preso em você, talvez eu consiga garantir o nível de sofrimento que eu sempre sonhei lhe causar!

A luz esverdeada do Omnitrix piscava, com mais e mais feixes elétricos escapando de suas fissuras. Friagem gritava, mas sua voz era abafada pela pata que segurava sua cabeça. Era possível observar névoa, oriunda dos gritos do necroffrigiano, escapar por entre os dedos da criatura.

De repente, Albedo parou.

A criatura soltou o símbolo e encarou a própria mão. Ela tremia. Então, como quem descarta uma bolinha de papel, Albedo jogou Friagem para o lado e voltou sua atenção para si.

O necroffrigiano chocou-se contra o solo e desfez a transformação. Ben ainda rolou alguns metros antes de parar com o rosto no chão. Se encontrava desorientado; mas principalmente se sentia absurdamente dolorido. Seu corpo latejava.

Gwen foi a primeira a acordar e correu em direção à Ben.

— Ben, como você está?

— Ai... — Ele tentava se levantar, mas sentia seus músculos enfraquecidos. — Já estive pior. E você? Cadê o Kevin?

— Ele está legal. Resmungou um pouco quando tentei acordá-lo, mas está vivo.

— Galera! — gritou Kevin.

Os dois primos levantaram o olhar em busca do amigo. No entanto, a imagem da criatura com claros sinais de perturbação mental acabou chamando mais a atenção deles. Ela se encontrava com ambas as patas na cabeça e com o olhar fixo no chão. Parecia buscar sanidade. Apenas um gemido gutural se ouvia do monstro. De repente Albedo levantou a cabeça e começou a olhar rápido para os arredores.

A voz de Kevin novamente ecoou, dessa vez, ele vinha correndo em direção aos primos:

— O que vocês estão fazendo parados aí, ele vai fugir!

Dito e feito. A criatura saltou e se lançou no ar, desenhando uma parábola no céu. Não era possível ver onde pousou por causa dos muros altos, mas pela trajetória, a centenas de metros da estação pelo menos.

— Gwen, Kevin, vão para o carro. Eu vou atrás dele voando.

— Tem certeza, Tennyson? — Você não parece tá legal não...

— Eu sim — disse ele sério, tentando ignorar as próprias dores. — Albedo é perigoso demais para deixarmos escapar.

— Você que sabe, bora Gwen.

A garota ainda hesitou um pouco antes de seguir para o carro onde o carro estava estacionado.

Ben, por sua vez, se preparava para a transformação. Antes de ativar o Omnitrix, notou que as marcas das garras de Albedo ainda se encontravam na superfície do disco, com pequenas faíscas saindo de dentro delas.

— Você também está ótimo, Omnitrix — disse ironicamente ao tocar o disco do relógio.

Um holograma se projetou sobre o dispositivo. Girando o disco, ele passava de uma criatura a outra, pensando em qual escolher:

— Fogo fátuo, Cromático, Artrópode, Arraia-à-Jato. Isso, vamos de Arraia-à-Jato! — E pressionou o disco.

Uma luz verde revestiu Ben, dando início à transformação.

O Omnitrix afundou para dentro da superfície da pele de Ben como um parasita que invade um corpo, rasgando tecidos e forçando a pele a se regenerar por cima da estrutura do relógio.

Havia algo errado.

Do ponto onde antes se encontrava o relógio, Ben sentiu como se algo percorresse por debaixo de sua pele, trazendo consigo uma dor lancinante que percorria todo seu braço até chegar ao seu esterno. Um abaulamento surgiu no centro de seu tórax e rasgou a pele para dar espaço ao símbolo do Omnitrix.

O jovem quase desmaiou com a imagem que acabou de presenciar.

Uma dor excruciante percorreu sua coluna vertebral, trazendo consigo a sensação de que suas vértebras se deformavam e se multiplicavam. Uma cauda sem pele começou a se projetar a partir de seu cóccix até atingir o chão.

Ben gritava de agonia.

Seu rosto começou a repuxar, como se a musculatura de sua face caminhasse e mudasse de posição. Ele sentiu a cartilagem de seu nariz amolecer e ser tracionada pela pele até desaparecer em seu rosto. O jovem então se viu em mais um desespero: não era mais capaz de respirar. Com intensa aflição, Ben tentava puxar o ar, mas suas vias aéreas alteravam sua anatomia e o deixavam sufocar. Abruptamente, sentiu a pele entre uma de suas costelas se rasgar e uma dor cruciante lhe perfurar a alma. Uma a uma, os espaços entre as costelas começaram a se romper e dar espaços para gelgas pretas.

Lágrimas percorreram seu rosto deformado.

Uma sensação cruel e aflitiva irradiou de suas mãos chamando sua atenção. O jovem observou seus dedos alterarem sua forma, fundindo seus ossos carpais e formando uma estrutura de três dedos apenas.

Ele urrava e gritava agoniado, com cada deformidade, fratura e fusões penetrando seus ossos, músculos e órgãos. Clamava por ajuda, mas não via nada nem ninguém vir ao seu encontro em apoio.

Com sua mão distorcida, golpeou o símbolo em seu peito, interrompendo a transformação. O processo começou então a se reverter, trazendo consigo toda a dor excruciante, o sofrimento e a sensação das mais cruéis das torturas, até fazê-lo retornar a seu corpo humano.

E então o brilho verde se apagou.

Ben, de pé, vê Gwen e Kevin correndo ao seu encontro. Havia medo desenhado nos rostos de seus amigos. A visão do garoto começou a escurecer.

S-socorro...

 


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Notas finais do capítulo

GLOSSÁRIO DE ESPÉCIES:
— Vaxasauriano: espécie do Enormossauro.
— Necrofriggiano: espécie do Friagem
— Appoplexiano: espécie do Rath



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