I'm With You escrita por KL


Capítulo 7
Capítulo Seis: Tensões




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Scarllet ainda sorria quando chegou ao Salão Comunal da Grifinória, que dado ao horário estava praticamente vazio. Não se demorou por ali, subindo as escadas em espiral que levavam ao dormitório e encontrando suas colegas de quarto já dormindo quando adentrou no mesmo.

Tomou um banho quente com a mente fervendo com todas as novas informações e perspectivas que tinha a respeito do curso e profissão que queria seguir. Eram tantas possibilidades e tantas coisas diferentes que poderia fazer, experimentar e viver que sentia um frio na barriga de ansiedade de quem não vê a hora de tudo aquilo se concretizar.

Colocou seu pijama e deitou-se de barriga para cima na cama, encarando o teto. Tirando todas as reflexões acerca de seu futuro, Scarllet também jamais imaginou que o professor Snape podia ser uma pessoa tão agradável de se conversar e podia ser até mesmo simpático, mesmo sem deixar a acidez e o sarcasmo de lado em sua fala. E, apesar de já ter noção disso pelo conhecimento que ele expunha em sala de aula e por ele ser Mestre em Poções, ela nunca imaginou que ele fosse tão inteligente e erudito. Ou ainda que fosse o bruxo mais novo a conseguir o título de Mestre de Poções na história. 

Se virou na cama, pensando na poção que ele mandara ela fazer a pesquisa, a poção que ele inventara. Se pegou perguntando o que podia fazer essa poção, quais as propriedades dela e o que levou ele a criá-la. Queria levantar-se e marchar para a biblioteca naquele instante só para começar a pesquisa, mas se manteve no lugar, sabendo que não era sensato fazer aquilo. Riu de sua animação, pensando em como somente Poções para fazê-la ficar tão empolgada assim com algo.

Dormiu em algum momento de seus devaneios, se perguntando se o professor Snape poderia ser menos carrasco em sala, como fora com ela enquanto respondia suas perguntas.

OoOoOoOoOoOoOo

Na aula de poções da quarta-feira, o professor Snape continuava o mesmo de sempre, causando mais desespero nos já agoniados quintanistas.

Mas Scarllet já não conseguia mais enxergá-lo da mesma forma, nem achá-lo tão intragável, mesmo achando o comentário que ele fez para a poção de Kai particularmente desagradável. Pelo menos dessa vez, ele se deu ao trabalho de olhar dentro de seu caldeirão e, mais uma vez, saiu de perto de Kira antes que os olhos da garota pudessem chegar perto de se encher de lágrimas, o que Scarllet estava começando a achar que a amiga usava de estratégia para afastá-lo, por mais que ela soubesse que os nervos de Kira estavam mesmo a flor da pele.

O resto da semana passou tão rápido que, quando deram por si, estavam nas carruagens puxadas por Testrálios, indo passar a tarde de sábado em Hogsmeade depois de entrarem em um acordo que todos precisavam de uma tarde de folga.

—Primeira parada, Dedos de Mel. –determinou Kai assim que desceram das carruagens na alameda principal do vilarejo.

—Você já pagou aquela  sacola de doces pra Miranda? –Scarllet perguntou com uma risada.

—Claro, Scar! –ele respondeu fingindo-se de ofendido –Sou um homem de palavra e ela tem acesso aos tacos dos batedores, você acha que eu ia arriscar meus joelhos?

Kira e Scarllet riram e seguiram atrás do amigo, doidas para repor os próprios estoques de doces, que com os N.O.M.s cada vez mais perto estavam sendo consumidos rápidos demais.

Depois de muitos sapos de chocolate, penas de açúcar, delícias gasosas e mais uma infinidade de doces em suas sacolas, os amigos resolveram passar na Escribas Penas Especiais.

—Vai encontrar a Lin no Três Vassouras? –Kira perguntou para Kai enquanto passavam pelas prateleiras da loja e Scarllet se atentou um momento a conversa.

—Que? –o garoto perguntou distraído –Ah, não...

—Não? –Scarllet e Kira perguntaram ao mesmo tempo.

—Não. –ele repetiu, estranhando a repentina curiosidade das amigas –Não estamos mais ficando.

—E você está bem com isso? –Scarllet perguntou levantando uma sobrancelha.

Kai deu de ombro.

—Sim. –ele respondeu, como quem comenta do tempo –Foi legal e etc, mas deu.

Scarllet e Kira se entreolharam enquanto Kai pegava uma pena particularmente bonita, azul céu e a examinava.

—Que desapegado. –Scarllet murmurou.

—Combina com meus olhos? –Kai perguntou e piscou duas vezes com a pena próxima aos olhos.

—Combina bastante. –Kira respondeu séria, só depois de um momento percebendo que o amigo estava fazendo uma brincadeira.

Scarllet e Kai riram e Kira revirou os olhos.

—Quantos anos você tem, Kai? –Kira perguntou ironicamente. 

—Cinco. –ele respondeu sorrindo largo –E vou levar a pena que combina com meus olhos e esses pergaminhos, e essa tinta aqui que o último trabalho do Snape acabou com um pote inteiro meu. -terminou de forma exagerada -Vocês já escolheram?

Scarllet assentiu com um aceno de cabeça com suas compras em mãos, quase as mesmas coisas que Kai iria levar. Kira olhou para os dois, a expressão um pouco emburrada.

—Não vou levar nada. –ela afirmou, saindo na frente.

Scarllet e Kai se entreolharam.

—Eu fui tão idiota assim? –ele perguntou quando a garota já saira da loja e ele e a ruiva iam em direção ao caixa.

—Não. –ela respondeu –Mas Kira está muito mexida com os N.O.M.s, você sabe que ela é bem sensível... Deixa que daqui a pouco ela volta ao normal... Ou pede desculpas, ela se chateou, é mais sobre como ela se sentiu do que qualquer coisa.

—Mas eu não fiz nada pra ter que me desculpar! –Kai afirmou, pagando sua compra e agradecendo a moça enquanto pegava o troco.

—É, mas você quer estar certo ou em paz? –Scarllet perguntou o encarando entregando o dinheiro bruxo para a moça que soltou uma risadinha, fazendo Scarllet sorrir de leve.

Kai abriu e fechou a boca duas vezes antes de rir também.

—É... –ele soltou um suspiro.

Os dois saíram da loja com novas sacolas, Kira esperava-os de braços cruzados olhando a movimentação da rua. Kai lançou um olhar para Scarllet antes de se aproximar e passar o braço pelo ombro da garota.

—Hey, Tampinha. –ele chamou e ela olhou pra cima, tinha um bico nos lábios que fez Kai rir –Foi mal. 

O bico se desfez na hora e Kira corou, abaixando a cabeça. Kai a abraçou e ela correspondeu o abraço.

—’Ta tudo bem. –ela murmurou e Scarllet se aproximou.

Os dois se soltaram e Scarllet sorriu para eles.

—Três Vassouras? –ela perguntou.  

Os dois assentiram e os três andaram os poucos minutos que separava o local que estavam até o bar, que estava apinhado de alunos de Hogwarts. Localizaram Scott Gowen e Katherine Watson dividindo uma mesa mais ao fundo e se dirigiram para lá, se sentando com eles. Estavam também na mesa Miranda Jargo, a apanhadora do time da Grifinória, Atilla Sven, um garoto alto de cabelos castanhos e compridos, que jogava como apanhador pela Corvinal, Lin e Marta Smaler e mais alguns membros do time da Corvinal que Scarllet não se recordava o nome. Lin estava encostada em um desses garotos, que pelo que Scarllet lembra era o batedor. Ela lançou um olhar de canto para Kai, mas ele não pareceu nem um pouco incomodado, sentando-se ao lado de Sven e cumprimentando a todos com entusiasmo, então a ruiva relaxou, fazendo o mesmo e pedindo sua cerveja amanteigada.

Deixaram o local o sol já estava começando a se pôr, todos se sentindo um pouco mais leves depois de passarem algum tempo relaxando e falando sobre quadribol, fofocas e tudo  o que poderiam falar que não relacionado a aulas e exames.

OoOoOoOoOoOoOo

O penúltimo jogo da temporada de quadribol do ano letivo acontece no primeiro  sábado de maio e todos os alunos e professores pareceram estar presentes para ver a Lufa-Lufa jogar contra a Sonserina. 

Kai e todo o time da Grifinória se sentaram juntos, ansiosos para saber o resultado e como ele influenciaria na final que aconteceria após os exames entre Grifinória e Corvinal. Scarllet e Kira sentara-se com eles, Scarllet muito animada e Kira com cara de quem preferia estar no castelo estudando para os N.O.M.s.

—Se anima um pouco, Kira! -Scarllet pediu no meio da barulheira que as arquibancadas faziam enquanto Douglas Johnson, monitor do quinto ano a Lufa-Lufa, irradiava o nome dos jogadores das casas enquanto eles entravam no campo montados em suas vassouras.

—Talvez se eu entendesse alguma coisa, até me animaria. -a garoto respondeu.

—Impossível você assistir jogos da escola a cinco anos e não entender nada, Kira! -Katherine Watson foi quem rebateu.

—Três. -Scarllet corrigiu -Tirando o primeiro jogo no nosso primeiro ano, ela só começou a vir mesmo depois que o Kai entrou pro time no terceiro ano.

—Mesmo assim. -Katherine insistiu enquanto Madame Hooch apitava o começo do jogo -É simples: Sete jogadores, três tipos de bola, um objetivo: Fazer mais pontos.

—Isso me confunde. -Kira admitiu -O objetivo não é pegar o pomo de ouro?

—Não. -respondeu Scarllet -O jogo termina quando o pomo é pego, mas independente disso, ganha quem tem mais pontos.

—Por exemplo: Se a Lufa estiver com 150 pontos e a Sonserina com 100 e a Sonserina pegar o pomo, quem ganha é a Sonserina, com 250 pontos. -Katherine explicou -Mas se a Lufa estiver com 250 pontos e a Sonserina com 50, e a Sonserina pegar o pomo, a Lufa ainda assim ganha, pois mesmo pegando o pomo a Sonserina ficaria com 200 pontos.

—Eu entendo isso. -Kira disse -Mas mesmo assim é confuso. Por que a glória é do apanhador se ele não determina o jogo?

Scarllet e Katherine se entreolharam.

—Vocês estão tentando explicar a lógica da euforia e amor por quadribol pra Kira? -Kai perguntou, notando a conversa depois de um gol particularmente bonito de um dos artilheiros da Lufa-Lufa.

—Sim. -Katherine respondeu.

—Esqueça. -Kai fez um gesto com a mão -Tento isso a cinco anos.

—Eu sou muito burra pra entender, não é mesmo, Kai? -Kira perguntou, sua voz soando chorosa.

Scarllet suspirou, vendo a amiga levantar e desviar das pessoas, descendo da arquibancada. Kai, por sua vez, demorou um momento para entender o que estava acontecendo e desviar os olhos do jogo, olhando para o local vazio onde alguns segundos atrás estava Kira.

—Que…? -ele perguntou confuso

Scarllet suspirou de novo

—Assista o jogo, depois vocês conversam. -ela falou.

O Stom franziu o cenho, mas deu de ombro. Scarllet encarou as escadas que levavam para baixo um momento, se perguntando se devia ir atrás da amiga. Para ela, Kira estava tendo um comportamento um tanto imaturo desde que Kai começou a sair com Lin, mas não deixava de ser sua amiga. Com um terceiro suspiro, Scarllet levantou e foi atrás da amiga, usando a estrela que sempre ficava em seu pescoço para guiá-la na direção correta.

Kira estava jogando pedrinha no lago quando a encontrou, com força, mas nunca conseguia fazê-las quicar mais de uma vez.

—Hey! -Scarllet chamou.

Kira se virou, os olhos avermelhados 

—Hey… -ela respondeu, limpando o rastro das lágrimas que ainda caiam -Você não precisava ter vindo atrás de mim.

Scarllet deu de ombro e se aproximou. Estendeu a mão para Kira, que entregou um punhadinho de predinhas.

—Não ia deixar você sozinha. -a ruiva respondeu, jogando uma pedrinha que quicou duas vezes antes de afundar.

—Nem pra isso eu sirvo. -Kira resmungou, largando as pedrinhas que ainda tinha na mão e sentando no chão.

Scarllet suspirou e sentou-se ao lado da amiga.

—Olha… -ela começou, olhando para a amiga- Eu sei que a pressão dos exames está grande e… E você gosta do cabeça dura e cego do nosso amigo… Mas eu vou encher sua cara de bolacha se você continuar com isso.

Kira arregalou os olhos.

—Scarllet! -ela exclamou horrorizada.

—Você está se botando para baixo sem motivo algum. -Scarllet continuou -Você tem boas notas, alguma dificuldade em Transfiguração e Poções, certo. Mas e Feitiços? Você é um dos cinco melhores alunos da nossa turma em Duelo e não sou eu quem diz isso, são os professores, são os treinos e os testes. Você inclusive me superou no feitiço escudo aula passada, e vai ficar se achando inferior porque o menino que você gosta estava ficando com uma garota mais velha e porque você não vai bem em todas as matérias? Quer que eu ou qualquer pessoa tenha dó de você por isso? -Scarllet deu uma pausa -Você quer ter dó de você mesma por causa disso?

Kira continuou a encarando por um longo tempo, os olhos arregalados e a boca entre aberta. Até que ela piscou duas vezes e sacudiu a cabeça, como quem acorda de um transe.

—Ai! -Kira exclamou -Eu acho que as bolachas na cara teríam doído menos.

Scarllet tentou permanecer séria, mas falhou miseravelmente, rindo. 

—Posso providenciar elas também. -ela ameaçou entre as risadas, apontando a mão em riste para a amiga.

—Ah não! -Kira choramingou -Ou uma, ou outra!

Scarllet negou com a cabeça.

—Você não é assim. -ela disse mais séria e em tom mais compreensivo -Você está sendo infantil e sabe disso. Está jogando suas frustrações em cima do Kai, em vez de fazer algo a respeito delas e dos seus sentimentos. Sabe disso, não é?

—Sei. -Kira respondeu, suspirando -Você tem razão.

Scarllet assentiu, desviando o olhar para o lago. Ficaram em silêncio alguns minutos, sentindo a brisa fresca e ouvindo o movimento da lula gigante no lago.

—Eu vou voltar para o jogo. -Scarllet interrompeu o silêncio -Você vem ou precisa de uns momentos sozinha para pensar?

—Segunda opção. -Kira respondeu. Scarllet a fitou por um momento. -Pode ir, eu vou ficar bem.

—Certo. -Scarllet assentiu, dando as costas -Te vejo depois.

—Obrigada, Scar.

OoOoOoOoOoOoOoOo

A derrota da Lufa-Lufa no jogo deixou Grifinória e Corvinal com a maior chance de levar a Taça de Quadribol, fazendo com que os dois times começassem uma maratona de treinos que rivalizava muito com as aulas preparatórias para os exames de fim do ano, que estavam cada vez mais próximos agora que maio chegara. 

Kai estava tão atarefado entre treinos de quadribol, trabalhos e revisão de matéria, que não percebeu como Kira estava mais quieta e introspectiva. Mas, apesar de ter percebido, Scarllet não disse mais nada, deixando a amiga com os próprios dilemas e pensamentos. Ela já tinha os seus e sabia que não podia resolver os problemas do mundo. O que podia ter feito, tinha feito.

Apesar de não ter dado data para entregar, o professor Snape cobrou o relatório sobre a poção que tinha aguçado sua curiosidade após a aula de uma segunda-feira, no meio de maio, pedindo que esperasse os outros alunos saírem para falar com ela. Scarllet prometeu entregar na outra semana o relatório e aproveitou para fazer mais algumas perguntas que não tinham lhe ocorrido na conversa que teve com ele em abril. Acabaram se prolongando na conversa e Scarllet perdeu metade da aula de Feitiços. O Mestre em Poções cedeu prontamente uma justificativa para ela ao professor Flitiwick.

Quando chegou em sala, Kai e Kira a encararam com curiosidade.

—Agora você é amiga do Snape, é isso? -Kai perguntou em espanto após ela explicar seu atraso.

—Fala baixo, Kai! -Scarllet pediu, mesmo que a maior parte da sala estivesse treinando o novo feitiço e não prestando atenção as conversas ao redor. -E não, eu não virei amiga dele. Ele tem a carreira que eu quero seguir, portanto existem muitas coisas sobre as quais podemos conversar, só isso. Está com ciúme, por acaso?

—Claro. -Kai afirmou em ironia -Morrendo. Você vai me trocar por ele, eu e Kira vamos ser jogados para escanteio por causa do Morcegão das Masmorras e quando menos esperarmos você vai estar andando por aí com capas farfalhantes e vai ser a Morceguinha da Torre.

Scarllet fez uma careta de descrença para Kai.

—Você tem mesmo cinco anos. -ela afirmou, e logo depois caiu na risada. -Não é, Kira? Kira?

Scarllet olhou para a morena ao seu lado, mas ela não parecia nem mesmo ter ouvido Kai falar, olhando distraidamente o livro aberto de Feitiços a sua frente.

—Kira? -Kai chamou, também olhando para a amiga.

—Ah, oi? -ela respondeu, piscando e olhando para os dois, que levantaram as sobrancelhas para ela.

—Você ‘ta bem? -Kai perguntou.

—’To sim. -ela respondeu, voltando-se para o livro.

Kai e Scarllet se entreolharam novamente, Kai deu de ombro e Scarllet crispou os lábios, voltando a olhar para a amiga.

Quando subiram para o dormitório a noite, depois de um jantar onde Kira quase não tocou na comida e Kai falou pelos cotovelos sobre as estratégias que estavam sendo montadas para combater a Corvinal na final do campeonato, Scarllet se certificou que Katherine e Marta ainda não haviam subido e parou atrás da morena, com os braços cruzando

—Kira. -ela chamou.

Kira deu um pulinho, assustada com a fala repentina.

—Ai, Scar! -ela exclamou -Não faz isso.

—Se você não estivesse distraída pelos cantos, não tinha se assustado. -Scarllet respondeu.

Kira suspirou.

—Eu sei. -ela respondeu, sentando-se na beira da própria cama e Scarllet a imitou -Eu sei que ando avoada. Eu estava muito pensativa sobre o que você me disse e… Eu acho que cheguei a algumas conclusões.

—Certo. -Scarllet disse quando ela parou de falar -E…?

—Bem, primeiro… Eu quero ser curandeira. -ela determinou -Então eu preciso de um “Ótimo” no N.O.M.s de Poções e “Excede Expectativas” em Transfiguração, então vou parar de me lamentar e correr atrás, e não ficar só dependendo de você para me explicar a matéria como se você fosse a salvadora do dia. -Kira deu uma pausa e suspirou -E eu vou conversar com o Kai a respeito dos meus sentimentos.

—Oh?! -Scarllet exclamou.

—É. -Kira deu um sorriso tímido -Agora ele não está saindo com ninguém e eu não tenho desculpa. Postergar só vai dar a chance de ele começar a sair com outra pessoa e eu continuar a me sentir inadequada sendo que nem tentei.

—’Ta vendo? -Scarllet perguntou -A bronca doeu mais, mas fez mais efeito que as bolachas.

Kira riu.

—Pois é.

—Quando vai falar com ele? -a ruiva perguntou curiosa.

—Provavelmente no fim de semana. -ela respondeu corando -Depois do treino. Ele está com a cabeça tão em “quadribol” que eu acho que se falar qualquer coisa antes dele descarregar toda a energia treinando ele não vai absorver muita coisa.

—Você tem razão. -Scarllet riu. -Aquele cabeça-dura acha que só vai provar que é um bom capitão se ganhar o campeonato.

—As chances são boas? -Kira perguntou com uma careta.

—São sim. -Scarllet respondeu -Sonserina ‘ta fora, mesmo tendo ganhado da Lufa-Lufa, a pontuação dela não bateu de nenhuma das outras três casas e ela já jogou seus três jogos. a Lufa-lufa ainda ‘ta no páreo, mas por muito pouco. Tem 170 ou 190 pontos separando ela da Corvinal e da gente, que estamos tecnicamente empatados.

—Isso significa que…? -Kira perguntou perdida.

—Que a final vai mesmo ser uma coisa decisiva, mas que apesar do Atilla Sven ser um apanhador e tanto, nossos artilheiros e goleiro dão um show. -ela respondeu -E, como a gente conversou no jogo, não adianta só pegar o pomo para garantir a vitória.

Kira concordou, parecendo até um pouco empolgada com a colocação de Scarllet.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoas!!

Aquele drama adolescente básico para nossas mentes hahahaa O que acharam do capitulo? Deixem comentários para eu saber ;D



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