Os 7 Cristais - A herdeira da fênix escrita por Maiko


Capítulo 4
Capítulo 4




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— Não podemos perder tempo! –Gritou empurrando-a

Saya agora caía dentro do vulcão de olhos arregalados, enquanto Hiroshi, corria desesperado em sua direção.

Em uma fração de segundos, Keiichi a pegou, levando-a de volta a superfície, perguntando:

— Você está bem?

— K-Keiichi… -Chamou a mesma abraçando-o, agora chorando assustada

— Fique tranquila, você está conosco agora –Respondeu colocando-a no chão

— O que? –Perguntou sem entender

Agora a mesma olhava para frente e via Hiroshi encarando Yasui enfurecido.

— Hiroshi?

Nos olhos de Hiroshi era possível enxergar a irá do rapaz, afinal, como o próprio tio era capaz de jogar sua sobrinha-neta dentro de um vulcão. Aquele ato de Yasui era repulsivo.

Não demorou para que o ex-guardião do fogo reconhecesse Hiroshi, claro, como não reconheceria o garoto que o desafio naquele dia do evento no país das águas. Enquanto o analisava, Yasui sentia que o rosto do rapaz era familiar, mas não conseguia se lembrar, então perguntou:

— Quem é você?

— O que isso importa agora? –Perguntou o jovem encarando-o seriamente

— Você me parece familiar –Comentou –Me lembra…claro…

— Hein? –Perguntou seriamente

— O bisneto de imperador Asuko e da marechala Asuya –Deu um meio sorriso –Isso explica esses cabelos rebeldes –Comentou pegando a espada em chamas

— Isso é genética, tá?! Eu não pedi para que fossem assim! –Reclamou corado – Esqueça! –Mandou se colocando em posição de batalha

Não demorou para que Yasui incendiasse a sua espada, enquanto os punhos de Hiroshi eram envolvidos por água. Era impressionante a quantidade de moléculas de água que o mesmo conseguia controlar em torno de sua mão, afinal, era necessário muito treino pra manipular aquela quantidade.

— Você deve estar gastando uma energia danada para manipular essas partículas –Riu –Vai aguenta utilizar essa técnica até o fim da batalha, garoto? –Perguntou Yasui esperando-o atacar

— Não se preocupe –Respondeu com um sorriso convencido –Isso vai acabar em cinco minutos! –Gritou partindo para cima de Yasui com um soco

— Hiroshi! –Gritou Saya ainda preocupada com o amigo, vendo uma grande poeira se levantar com o golpe do mesmo

Não demorou para que Keiichi a pegasse no colo e se afastasse do local com a irmã.

Hiroshi agora procurava Yasui no meio daquela poeira, ainda se levantando. Não demorou para que o mesmo sentisse a energia do adversário vindo de trás. Quando Hiroshi foi se vira para se defender, foi atingido na bochecha pela espada do ex-guardião, que provocou uma leve queimadura e corte. Em seguida, Yasui chutou o seu estômago tirando o seu ar.

— Fala sério, garoto. É tudo o que pode fazer? –Perguntou Yasui debochado –Essa geração está fardada ao fracasso –Suspirou

Enquanto Yasui cantava vitória, o rapaz que estava sendo treinado para assumir o posto de guardião observou que o adversário havia aberto a guarda. Neste momento, Hiroshi o acertou com um soco em seu estomago, fazendo com que a pressão da água que rodeava as suas mãos, cortasse o tórax do oponente.

Yasui soltou um leve grito de dor, se afastando, enquanto Hiroshi fazia o mesmo. Não demorou para que um partisse em direção ao outro, se atacando e desviando um do golpe do outro.

— Estou cansado dessa brincadeira, garoto! *Hi no Ori! –Fincou a espada no chão

* Hi no Ori significa Gaiola de Fogo. A as chamas da espada incendiada percorre o chão até chegar no adversário, formando um círculo e as pontas da chamas se encontram no alto, formando uma enorme gaiola de fogo.

— O que?! –Se perguntou Hiroshi se vendo cercado pelas chamas – Droga! –Começou a tossir, caindo de joelhos no chão

— Pare com isso! Por favor! Dessa forma ele vai morrer! Yasui! –Gritou Saya, ainda de longe, junto do irmão –Por favor!

— Está se sentindo desidratado? –Perguntou Yasui, ignorando Saya –Que engraçado, não é? Nunca pensei que para um bem maior, teria que matar o bisneto de Asuya

Ofegante, já de joelhos, Hiroshi encarava Yasui revoltado, afinal, era para ele ter adquirido uma resistência ao fogo. O rapaz se sentia humilhado, se tivesse treinado como o pai havia mandado, talvez não passará por aquela humilhação. Hiroshi se sentia frustrado.

— Agora é só esperar morrer –Comentou Yasui, dando um meio sorriso, agora guardando a espada no suporte que havia em suas costas

Para a surpresa de Yasui, alguém o virou acertando-o com um soco no rosto, essa pessoa era Saya, que havia fugido do irmão e corrido até o tio-avô. Antes que o mesmo se esquivasse, a mesma o acertou com um chute na costela, fazendo-o soltar um grito de dor, cambaleando para o lado.

— S-Sua peste…como?

— Eu estava evitando lutar –Comentou a mesma colocando-se em posição de batalha –Afinal, essa camisola foi muito cara. Rasga-la seria um desperdício

É tão a cara dela…—Pensou Hiroshi ainda ofegante, observando-a

— Não fique tão confiante –Respondeu Yasui recuperando a compostura –Isso foi um golpe de sorte!

— Veremos –Respondeu a mesma chamando-o

Yasui agora sacava a espada novamente, partindo para cima de Saya, tentando acerta-la com um golpe no ombro. A mesma desviou rapidamente, envolveu suas mãos com chamas de segundo grau e tentou acertar o adversário. O tio-avô bloqueou o golpe com facilidade, afinal, aquelas chamas da jovem eram muito fracas.

Desta forma Yasui jogou a espada para o alto e a acertou com um soco, que a lançou para longe, fazendo-a soltar um grito.

— Saya! –Gritaram Hiroshi e Keiichi

Keiichi rapidamente se deslocou de onde estava e correu para pegar a irmã. Já Hiroshi, enfurecido, viu que não havia outra escolha, teria que usar a técnica que o seu pai havia ensinado contra o guardião do fogo.

— Ryu no Mizu!!!! –Gritou invocando o dragão de água

Ryu no Mizu agora descia do céus rapidamente, evaporando aquela gaiola de fogo e pegando Hiroshi que agora se agarrava ofegante no dragão. Ao ver aquele enorme dragão, Yasui soltou um sorriso um tanto convencido e chamou o seu animal celestial:

— Akuma! Vamos lá!

Agora o lobo uivava enquanto corria até o dono e o pegava. Agora sobre voando os céus, frente a frente com Ryu no Mizu, Yasui e Hiroshi se encaravam, cada um montado em seu respectivo monstro celestial.

— Vamos decidir isso agora, Hiroshi –Mandou Yasui confiante

— Ora, parece que agora está levando as coisas mais a sério –Comentou Hiroshi com um meio sorriso –Está reconhecendo as minhas habilidades?

— Não é qualquer um que consegue invocar um animal celestial, sabia? Eu entendo que o Ryu no Mizu seja uma técnica secreta da sua família; mas conseguir invoca-lo com a pouca energia que te restava, você deve ser bem próximo a ele –Deu um meio sorriso

— Ele é o meu aliado e não uma arma –Respondeu

— Entendo

Agora ambos se afastavam um do outro. Vendo o que ambos estavam prestes a fazer, Keiichi arregalou os olhos e rapidamente largou a irmã encostada em uma árvore, enquanto a mesma o chamava:

— Keiichi…

— Fique aqui! Não saia de jeito nenhum, entendeu?

— Keiichi?

Agora o mesmo corria até ambos, já vendo Ryu no Mizu e Akuma abrindo a boca, concentrando toda a sua energia na garganta. Não demorou para que mesmo gritasse:

— Não façam isso! Yasui! Hiroshi!

Tarde demais!—Pensaram ambos

No mesmo instante os animais celestiais dispararam uma grande quantidade de energia de sua boca, fazendo com que os seus invocadores sofressem vários cortes com a energia um do outro. A camiseta de Hiroshi estava em farrapos, não diferente do sobretudo de Yasui.

Próximos ao vulcão, Misaki, Ren e Yuu viam aquela grande quantidade de energia ser disparada de Ryu no Mizu e Akuma. Aquele choque de água e fogo começara a formar uma forte neblina e ao mesmo tempo uma grande ventania.

— O que diabos está acontecendo lá em cima? –Perguntou Ren

— É o Ryu no Mizu! O Hiroshi deve ter invocado!

— Precisamos nos proteger ou seremos atingidos –Disse Yuu se transformando em um dragão adulto, agora abraçando-os com suas asas

Hiroshi e Yasui, transpirando, gritavam tentando depositar o máximo de energia em seus animais celestiais, que aumentavam mais a quantidade de poder exposta. Não demorou para que ocorresse uma enorme explosão, jogando ambos para trás, ferindo-os completamente.

Yasui agora rolava no chão, completamente inconsciente, enquanto Akuma, enfraquecido desaparecia completamente e ao mesmo tempo, Ryu no Mizu.

Sem pensar duas vezes, Saya correu até onde Hiroshi estava, enquanto Keiichi o socorria.

— Hiroshi! Hiroshi! Você está bem?! Ei! –Chamou Keiichi preocupado

— Minha energia…estou sem forças…

— No que estava pensando? Seu idiota –Respondeu debochado

—Hiroshi! –Chamou a mesma preocupada –Keiichi precisamos cuidar dele o mais rápido possível!

Não demorou para que os três sentissem uma grande ventania sobre eles.

— O que? –Perguntou Saya sem entender

Logo os três viram Misaki e Ren saltando de cima de Yuu, enquanto o mesmo pousava sobre o vulcão.

— Não se preocupem, o Yuu os levará de volta a cidade do fogo –Respondeu Misaki com um meio sorriso

— Mesmo?! Obrigada! –Agradeceu Saya

Agora Ren se abaixava do lado do amigo, ainda debochado e comentava:

— Uau, dessa vez você se arrebentou em Hiroshi

— C-Cala a boca… -Mandou ainda todo dolorido

Não demorou para que Saya montasse em Yuu e Keiichi deitasse Hiroshi sobre o dragão.

— Você ficará bem? –Perguntou Keiichi a irmã

— Não precisa se preocupar –Respondeu sorrindo, ainda aliviada – Tem certeza que não tem problema?

— Tsuchii e Ken muito provavelmente devem estar chegando, desta forma, acho que aqueles dois não estão com pressa para chegar até a cidade real –Respondeu indiferente

— E você? Voltará conosco ou…

— Eu preciso resolver algumas coisas, mas mande lembranças ao Kenji e aos nossos pais –Pediu dando as costas

— Pode deixar –Respondeu

Agora o irmão saltava do dragão que agora começava a bater as suas asas, sobrevoando os céus. Ainda de pernas de índio, Saya deitava Hiroshi em seu colo e começava a acariciar os seus cabelos, ainda meio corada.

( Música nas notas finais)

— Por quê fez isso?

— Do que está falando…? –Perguntou ainda com dificuldade

— Olha como você ficou –Respondeu sentindo-se culpada –Se eu tivesse sido mais cuidadosa…isso não teria acontecido –Respondeu de cabeça baixa

Hiroshi agora sentia uma lágrima pingar em seu rosto. Saya estaria chorando por vê-lo ferido? Não, ela nunca demonstrou um pingo de afeto por ele, desde criança. Ambos discutiam feito cão e gato, sempre que podia a jovem o prejudicava, seja armando um esquema para que ele fosse flagrado pelos país chegando tarde ou tirando uma com a sua cara.

Mas se era desta forma, então porque ela estava chorando daquele jeito? Por que sentia-se tão culpada? Não havia motivos para que ela se sentisse de tal forma, não para ele.

— Eu não entendo… por que está chorando…? –Perguntou corado, desviando o olhar – Sempre implicou comigo…

— Isso não me faz um monstro, sabia? Gastou toda a sua energia para me proteger, não precisava fazer isso…

Ainda desviando o olhar corado, o mesmo respondia:

— Foi uma questão de orgulho, sabia? –Perguntou - Não pense que…

Antes que o mesmo terminasse de falar, Saya o calou com um doce beijo em seus lábios, surpreendendo-o. Ao se separarem, a mesma o encarou, confessando:

— Eu te amo

— O que?

— Eu sinto muito –Se desculpo olhando para frente, ainda constrangida –Minha assessora disse que eu devia fazer o que o meu coração pedisse…acho que não foi a melhor escolha –Respondeu sem graça

— Acho que de todas…foi a mais… sensata…

— O que? –Perguntou encarando-o

— Quero mais –Respondeu fechando os olhos

— Tá –Respondeu acariciando os seus cabelos

Saya ficou acariciando os cabelos do príncipe das águas até que ambos chegasse a cidade real do fogo. Aos poucos Hiroshi foi caindo no sono, até chegarem no hospital.

Ao chegarem no local, o mesmo teve os seus ferimentos tratados. Enquanto isso, do lado de fora, Ken e Tsuchii esperavam por Ren e Misaki.

— Fico aliviado que estejam bem –Comentou Ken suspirando –Yuu me contou sobre o quadro de Hiroshi e parece que foram ferimentos leves. Com toda a certeza, deve ter gasto uma grande quantidade energia durante a batalha

— Não quero estar na pele desse garoto quando voltar para o país das águas –Respondeu dando um meio sorriso –Quanto tempo acha que ele ficará internado? –Perguntou

— Segundo o Yuu ele recebe alta amanhã –Respondeu –Mas terá que fazer repouso no hotel durante um tempo

Não demorou para que ambos vissem os filhos chegando juntos. Agora frente a frente, Ren apontava o dedo para Misaki e a dedurava:

 - A ideia foi dela

— Mentiroso! A ideia foi sua! –Gritou nervosa

— Não venha me acusar agora! Que coisa feia, Misaki –Respondeu se fazendo de desentendido, ainda de braços cruzados

— Ah é, né?! Nessas horas o filho não tem dono! Cara de pau! –Xingou nervosa

Aborrecido com a discussão de ambos, Tsuchii apartava a briga usando de sua autoridade:

— Já chega vocês dois!

— Ambos foram irresponsáveis –Continuou Ken –Podiam ter se ferido, vejam como está o Hiroshi!

— Receberam uma punição –Respondeu Tsuchii –Ren, quero que vá para o hotel e só saíra para voltar ao país das águas, estamos entendidos?

— Fazer o que? –Murmurou direcionando-se até o hotel

— Misaki, o mesmo vale para você –Respondeu Ken

— Tá…

Uma semana se passou desde o ocorrido e agora no quarto do hotel onde estava hospedado, agora mexia a sua mão normalmente, agora recuperado.

Parece que recuperei a minha energia…

Logo o mesmo ouviu alguém bater na porta de seu quarto. Sem demoras, o mesmo a abriu, surpreendendo-se com a visita:

— S-Saya? –Perguntou corado

— Posso entrar? –Perguntou corada, ainda constrangida pelo o que havia acontecido no outro dia

— Entra –Abriu passagem, deixando-a passar –O que houve? –Perguntou fechando a porta, após a mesma entrar

— Como você está? –Perguntou encarando a janela, agora de costas para o rapaz

— Felizmente recuperei a minha energia –Respondeu abrindo e fechando as mãos – Hm? Onde arrumou essas roupas? –Perguntou lembrando-se que a mesma só tinha aquela camisola que vestirá no dia do sequestro

— Eu tinha umas roupas no palácio do fogo –Respondeu –Fala sério, achou mesmo que eu passaria todo esse tempo andando de camisola?!

— Como você disse que era “super cara” –Imitou a mesma no dia da batalha

— Para com isso! –Mandou se virando nervosa e batendo no mesmo

— Olha! Eu estou me recuperando –Brincou rindo, tentando se defender

— Você é insuportável!

Não demorou para que Saya tropeçasse no chão e derrubasse Hiroshi sobre a cama, caindo sobre o príncipe das águas. Corados, ambos se encaravam com aquela troca de olhares. Automaticamente, as mãos de Hiroshi foram até o rosto de Saya, que agora as segurava, chamando-o, ainda sem graça:

— Hiroshi…

— É a minha vez… -Respondeu roubando um beijo de seus lábios

Saya agora correspondia aquele doce beijo, sem pensar duas vezes. Ao se separarem, ambos voltaram a se encarar, enquanto o mesmo sussurrava em seu ouvido:

— Eu te amo

Hiroshi…

Agora ambos invertiam as posições e voltavam a se beijar, abraçados sobre a cama daquele quarto.

Após o ocorrido, mais uma semana se passou. Ao chegar no país das águas, Hiroshi subiu diretamente para o quarto, ainda entristecido. Akio percebeu que havia algo de errado, afinal, Hiroshi sempre fora bastante debochado, não era normal vê-lo tão cabisbaixo.

Não demorou para que o guardião das águas abrisse a porta do quarto de Hiroshi e entrasse. Akio agora encontrava o filho sentado na cama, virado de frente a porta que dava acesso a sacada do quarto, observando o céu, ainda segurando uma carta em suas mãos.

— Como você está?

— Melhor –Respondeu indiferente

— Quantas vezes eu vou ter que repetir –Suspirou –O Ryu no Mizu faz parte de você, se ele se fere, o mesmo…

— …acontece o mesmo comigo. Eu já sei…Pode me deixar sozinho? –Perguntou –Eu não estou afim de ouvir sermão hoje…

Agora Akio notava que o cabelo filho estava mais curto do que antes, já não havia aquele rabo de cavalo que o mesmo usava.

— O que aconteceu com o seu cabelo? –Perguntou –Você não estava deixando crescer? –Perguntou observando-o

— Foi durante a batalha –Respondeu indiferente, ainda de costas para o pai –Olha, pai, eu realmente…preciso ficar sozinho. Depois você faz quantas perguntas quiser, mas…

— Hiroshi, o que você tem? –Perguntou Akio colocando a mão em seu ombro

— Me deixa em paz! Droga! –Gritou revoltado virando-se para o pai

Ao ver o rosto do filho, Akio viu que Hiroshi estava se desmanchando em lágrimas, enquanto segurava uma carta. Ainda tentando manter a postura, Akio notava que esse era o momento de ser o apoio que o Hiroshi necessitava. Mas como faria isso? Afinal, ele perdeu o pai ainda menino, não sabia como reagir a tal situação, só restava seguir a sua intuição.

— Hiroshi, você não pode guardar o que está sentindo apenas para você –Disse Akio sentando-se ao seu lado –Então converse comigo

Agora Hiroshi se levantava da cama e caminhava até a porta da sacada, encarando o céu, ainda com revoltava em seus olhos.

— Como ela pode me trocar desta forma?! E ainda por aquele sujeito…eu não consigo entender!

— Hiroshi

— Ela disse que me amava, então por quê?! –Perguntou se virando para o pai

Akio agora o encarava seriamente e respondia:

— Eu não posso tomar uma posição em relação a isso, afinal, não sabemos o que se passou na cabeça da Saya. Mas Hiroshi, se não for ela, será outra…

— Não se trata disso –Respondeu –Isso foi uma apunhalada pelas costas e dói! Depois do que ela me disse…depois de tudo…

Logo Akio ser levantou, caminhou até o filho e o abraçou, dizendo:

— Está tudo bem, Hiroshi. Eu imagino que esteja doendo, afinal, você correu um grande risco por ela. Mas entenda o lado dela, a Saya tem um vida pública, diferente da nossa. Ela tem fãs, contratos e muito se deve deste namoro com o Sora. Se ela terminar esse relacionamento, tudo o que ela conquistou…

— Ela pode engolir as conquistas dela –Respondeu enfurecido –Eu não quero mais saber dela e nem da vida dela

— Hiroshi…

— Para mim ela morreu –Respondeu dando as costas ao pai

— Hiroshi…

— Me deixe sozinho –Pediu ainda enfurecido

— Está bem –Suspirou –Pedirei para a empregada trazer o seu jantar –disse se retirando do quarto

Agora enfurecido, Hiroshi pegava a carta escrita pela amada, que dizia:

“Olá Hiroshi, como está?

Sei que escrever uma carta parece antiquado, mas onde eu estou agora não tem sinal, então não posso te ligar ou enviar uma mensagem. De qualquer forma, eu estou escrevendo porque fiquei de te dar uma resposta a respeito de nós dois.

Hiroshi, não tenho dúvidas do que eu sinto por você é real. Isso ficou claro naquele dia em que você me resgatou e naquela noite em fizemos amor pela primeira vez. Eu realmente, nunca irei me esquecer daquela noite.

Apesar disso, ainda carrego a culpa de ter traído o Sora com você e não acho justo terminar com ele depois do que eu fiz, muito embora, eu continue te amando. Além deste fator, eu e Sora temos diversos contratos e boa parte dos meus lucros vem desse relacionamento, seja fazendo sessão de fotos juntos ou anúncios publicitário.

Eu não posso simplesmente ignorar isso, eu lutei muito para ter um nome nessa área e se eu romper com ele, pode ser que eu nunca mais me recupere, entende? Por isso eu não posso aceitar namorar com você.

Os dias que passei no pais do fogo ao seu lado, aquela noite, foram os melhores momentos da minha vida, mas eu não posso abandonar a minha carreira desta forma. Eu sinto muito Hiroshi, eu realmente sinto muito.

Espero que você se recupere logo e que um dia podemos se reencontrar sem guardar rancor um do outro.

 Ass: Haru Hi Saya”

Hiroshi estava com o seu coração despedaçado, afinal, após o ocorrido com Yasui, a mesma ajudou a cuidar dele. Desmarcou todos os seus compromissos, o ajudou em sua recuperação e quando recuperado, ambos até chegaram a sair juntos, alguns dias.

Na noite em que o mesmo se deitou com a princesa do fogo, a mesma disse que queria passar a sua vida ao lado do príncipe das águas, diversas vezes repetiu que o amava e que ele era o homem mais importante de sua vida.

O rapaz sentia como se facas atingisse o seu peito, pois ele realmente amava Saya. Se fosse qualquer outra mulher, ele não ficaria neste estado, mas a Saya era especial. Ele realmente se confrontou, lutou contra si mesmo, para aceitar que a amava, tudo para salva-la naquele dia.

Naquele momento, Hiroshi tomou a decisão de nunca mais se permitir apaixonar-se por outra mulher. Se ele se envolvesse, seria apenas para passar o tempo. O mesmo não queria saber relacionamento sério com nenhuma garota, nem mesmo Saya.


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Notas finais do capítulo

Música: Ano Hi No Yakusoku
Artista: Sugawara Sayuri

https://www.youtube.com/watch?v=dl7j_CM4CV4



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