Redenção escrita por SraNara
Notas iniciais do capítulo
Espero que curtam e se gostarem deixem seu comentário
Hoje é Domingo e já faz uma semana que eu sou babá temporário da Hyūga. Confesso, até que não é tão ruim assim cuidar dela, exceto quando baixa o capiroto. Ainda nem são seis da manhã e eu já estou acordado, depois do trauma de alguns dias atrás eu não me arrisco mais a dormir tão profundamente, acho que perdi um pouco da audição do ouvido direito, mas enfim. Estranhamente ela ainda não está acordada, o que me deixa surpreso já que a azulada tem o sono bastante leve e acorda com qualquer barulho. Bom, vou tomar banho e preparar o nosso café da manhã.
Saí do quarto e fui em direção ao banheiro fazer minhas higienes matinais. Olhei o meu reflexo no espelho e realmente. Sou um Deus Grego, não, um Deus Nórdico. Olha esse abdômen bem talhado, esse cabelo sedoso e macio que daria inveja a qualquer mulher.
— Eu sou maravilhoso!
— Sai daí doido.— falou a azulada escorada no batente da porta com os braços cruzados.
— Quem — falei.
— O quê? — arqueou a sobrancelha.
— Te perguntou? — Tão infantil quanto a própria criança.
— A boca falou e a língua ajudou. — a menor rebateu mostrando a língua
— Olha, advinha quem vai ficar sem comer?— ironizou
— Humpf.— bufou saindo irritada do quarto. Crianças.
Terminou de se arrumar e desceu para fazer o café.
Um longo dia o aguardava.
Sasuke Off
(...)
Ligou a Televisão e deixou em um noticiário qualquer e nesse meio tempo retirou-se da sala para preparar o desjejum.
— Cheguei — o moreno apareceu em seu campo de visão com uma sacola de pães.
— Ótimo. Deixe aí.
— E quem disse que eu vou deixar uma tampinha como você cozinhar?
— Se eu for depender do seu dote culinário eu morro de fome.
— Hey, eu não cozinho tão mal assim. — falou ofendido.
— E eu não tenho olhos de peteca.— revidou venenosa.
— Onde você aprendeu a ser tão insolente assim? - perguntou incrédulo.
— Convivência meu caro.
— Hm, que seja. Eu faço o café. — Deu de ombros indo pegar a panela.
— Antes pegue os ovos e o bacon para mim.
E aos gritos e patadas o café da manhã foi feito. Odiava admitir mas a anã cozinhava quase tão bem quanto a sua mãe enquanto ele era uma negação. Estavam terminando de lavar as louças quando um membro da ANBU aparece.
— Sasuke-sama, o Hokage solicita sua presença imediatamente. — o ANBU desapareceu logo após dar o ultimato.
"O que será que ele quer agora?"- pensou.
— Hinata, tudo bem em ficar aqui sozinha enquanto eu dou uma saída? — viu-a manear a cabeça em sinal negativo.
— Eu não demoro. Se comporte. — ele pegou seu capuz e saiu.
— Como se eu fosse desastrada como você. — concluiu o vendo desaparecer na porta.
Não tinha outra opção a não ser esperar, e passou a manhã assistindo.
(...)
No escritório de Naruto
O Hokage analisava algumas papeladas enquanto esperava pelo seu rival e melhor amigo, Sasuke. Dado o aviso do ANBU em um piscar de olhos o moreno já estava na porta.
— Entre.
— Eu vim assim que recebi o seu recado.
— Ótimo, Teme. Como está a Hinata?
— Está mais insolente do que nunca. — Bufou vendo o amigo rir. — Que foi?
— É que suas expressões deixaram de ser apáticas. Você fala até com mais entusiasmo, mesmo se for pra reclamar.
— Hm. Enfim, qual a finalidade de ter me chamado aqui?
— Eu preciso que escolte alguns mercadores de Suna até aqui.
— Missão de Escolta é coisa que Genin faz. O que há de tão importante nessa mercadoria?
— Encomendei novos produtos tecnológicos para a população. As nossas tecnologias já estão ficando obsoletas. Chegou a era dos Smartphones. — o loiro estava radiante enquanto era observado por um Sasuke entediado.
— É só isso?
— Ah, claro. Também vão alguns Genins. Você parte amanhã pela manhã e quanto à Hinata não se preocupe, eu cuido dela.
— Ok. Já vou indo, deixei aquela peste sozinha em casa e ainda tenho que passar na loja de roupas que encomendei.
— Huh, o que houve com as que eu comprei?
— Por algum motivo desconhecido ela cresce a cada vez que dorme. Eu diria que agora ela já está com uns quatro anos e meio.
— Entendo.
— Até amanhã.
O moreno se retirava da sala deixando Naruto pensativo, será que Hinata estava conseguindo livrar Sasuke da solidão? Ele queria que o moreno encontrasse sua luz.
Que ele fosse amado.
O Uchiha se encontrava caminhando nas ruas de Konoha, que agora tinha virado uma metrópole bastante movimentada, a procura da loja de roupas.
— Olá, eu vim buscar a encomenda.
— Sasuke-kun, estamos embalando. Não se preocupe que não vai demorar. — Notou que a atendente estava dando em cima dele quando enrolava as mechas do cabelo e tentava tocá-lo.
— Assim espero. — cortou-a.
— Você não gostaria de se sentar enquanto espera? — questionou ouvindo apenas um "não" curto e grosso.
— Aqui está.
— Quanto custou?
— 300 ryos.
"Desse jeito vou à falência"
Pegou as compras e saiu da loja o mais rápido possível dali. Na sua volta para casa pingos molhavam a sua roupa, o que indicava que uma forte chuva cairia. Bufou irritado apressando o passo, amava a chuva, entretanto odiava estar fora de casa quando ela aparecia.
— Tadaima.
— Okaeri.— Hinata vinha do quintal coberta de lama e molhada da chuva.
— O que você estava fazendo? — balbuciou em um fio de voz vendo que a pérolada havia deixado o rastro de lama por onde vinha passando.
— Estava cuidando do seu jardim.
— Já pro banheiro.
— Tem certeza? Eu vou acabar sujando a casa mais ainda.
— Então volte para o quintal que vou te dar banho com a mangueira.
(...)
*Atchim*
— Tá vendo? Isso que dá ficar o dia quase todo na água. — Pôs a mão em sua testa para medir a temperatura. — Vai ter que tomar remédio.
A menor fez bico. Odiava ficar doente e ter que tomar remédio.
— Eu não quero tomar remédio. — choramingou.
— Quer ir para o hospital tomar agulhada na bunda? Não né, então eu sugiro não reclamar.
— Tá. Eu vou para o quarto.
Subiu as escadas deixando um Uchiha preocupado, não sabia lidar com crianças e muito menos com crianças doentes. E se ela piorasse? Ele iria sair logo ao primeiro raiar do dia seguinte e não confiava muito nas habilidades de seu amigo para lhe deixar a azulada. Maldito resfriado.
Hinata dormiu a tarde toda e só acordou na hora da janta, ou melhor, foi acordada pelo Uchiha.
— Hey, Hinata. Você está melhor?
— Estou na mesma.
— Eu preparei o jantar, vem comer e depois eu te deixo dormir.
— Eu estou sem fome, Sasuke.
— Eu comprei um bolo de chocolate e refrigerante. Não vai querer comer nem isso? — perguntou aflito.
— Ah, isso eu quero!
— Falou em doce, hein? Se tiver até morta levanta. Mas só depois do jantar.
— Também gosto muito de você, Sasuke.— A morena saiu do quarto deixando um Uchiha atônico.
Na hora do jantar Hinata fez o possível para comer. Não estava com fome entretanto não queria deixar Sasuke preocupado.
— Eu vou para Suna amanhã e você ficará com o Naruto, tudo bem para você?
— Sim Sasuke-kun, não se preocupe. Eu ficarei bem, é só um resfriado de nada. Agora se não se importa, vou me retirar para ir para o quarto.
O Uchiha estava ponderando adiar a missão até que ela ficasse melhor. Não estava contente em ter que ir e deixar a menor doente com o doido desvairado do seu melhor amigo.
— Hinata abre a porta. — Sasuke falou
— Por quê está carregando a TV? — a curiosidade bateu.
— Vamos assistir um filme hoje.
— Qual o nome do filme?
— Ainda não escolhi, o que você quer ver?
— Humm. Pode ser Resident Evil?
— Você gosta de filmes de ficção cientifica? — questionou surpreso, ela era das suas.
— São os melhores.
— Então ok, iremos assistir Resident Evil.
Os dois estavam vidrados na TV enquanto devoravam cada pedaço do bolo e se entupiam de refrigerante. Não deu nem na metade do filme e Hinata já estava babando no travesseiro. Sasuke a ajeitou confortavelmente no seu colo para que pudesse dormir e desligou o Televisor.
— Fique bem até eu voltar. — susurrou
(...)
— as coisas dela estão todas aqui?
— Sim, e fale baixo. Hinata ainda está dormindo. Pegue-a.
O moreno entregou a Hyūga cuidadosamente que se encontrava ainda adormecida em seu colo, para Naruto.
— Cuide dela, Dobe.
— Hai.
Foi com o coração apertado para a missão, quando já estavam longe ele se permitiu olhar para trás uma última vez antes de partir, queria ter a certeza que sua Hinata ficaria bem.
— Eu virei o mais rápido possível.
Um pequeno sorriso se formou em seus lábios, então essa era a sensação de se apegar a alguém?
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