O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 83
Ethan


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos, a mais um capitulo de O Legado part.2.
Resolvi antecipar o capitulo de amanhã para hoje, pois terei uma reunião que provavelmente me ocupará a manhã toda, não seria justo com vocês colocar o capitulo na parte da tarde, já que costumo postar sempre pela manhã.
Espero que entendam.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.

Quarto de Ethan:
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Nunca pensei que pudesse existir uma dor tão grande assim.

Era como se meu corpo inteiro estivesse entrando em falência, mesmo com meus conhecimentos médicos não conseguia reverter esse quadro, mas segundo meus pais não havia nada errado comigo. O mal pelo qual estava passando nesse momento, não estava ligado a nenhuma doença, mas sim ao meu coração partido.

Depois de ter sido rejeitado daquela forma por Cíntia, desabei nos braços do meu pai sem forças para me levantar, foi necessário que Edgar ajudasse meu pai a me levar até a garagem da empresa onde o motorista estava esperando, pois mal conseguia caminhar sozinho.

Chorei igual uma criança pequena, durante todo o caminho em direção a minha casa, enquanto era aparado e reconfortado por meus pais, mas não havia palavra ou carinho que tirasse essa dor de dentro de mim, que parecia querer consumir a minha vida me fazendo adormecer de cansaço.

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Abri os olhos e reconheci imediatamente o quarto em que durmo desde que nasci, composto pelo padrão cinza e preto, minhas cores preferidas, e vários livros de medicina no criado mudo ao lado da minha cama, mas para minha surpresa não estava sozinho ali.

 Meus pais estavam sentados no divã preto que ficava perto da minha luminária de chão, na frente da minha estante de livros, meu local preferido para ler até tarde enquanto aproveitava a brisa fresca da minha varanda, resultado da área arborizada que cercava a mansão.

—Graças a Deus, você abriu os olhos, amor. - mamãe disse aliviada assim que me viu de olhos abertos e os dois se levantaram do divã para se sentarem ao meu lado.

—Achei que tivéssemos perdido você. - papai disse com os olhos assustados ao imaginar tal possibilidade.

—Como se senti? - mamãe questionou preocupada e balancei a cabeça, sinalizando que não queria falar sobre esse assunto.

—Tudo bem, filho, não vamos mais insistir nesse assunto. - papai prometeu e concordei virando para o lado e fechando os olhos, tentando esquecer o que havia acontecido, mas isso era impossível.

Cíntia havia se tornando parte de mim se ao menos perceber, me fazendo ansiar desesperadamente por sua companhia, mas saber que não teria mais isso me deixava arrasado, sem forças para ao menos levantar da cama.

Meus pais passaram o dia inteiro comigo no quarto em silêncio, respeitando meu momento de dor, falando apenas quando queriam me consolar quando voltava a chorar, o que aconteceu muitas vezes durante a tarde.

—Agora já chega, Ethan. Sou sua mãe e te amo, seria capaz de tudo por você, mas não vou aguentar mais um minuto vendo-o sofrer dessa forma, você precisa tomar uma atitude. - mamãe disse em pé em frente à minha cama, depois que recusei o jantar que Stella havia trago.

—Leah, nosso filho está com o coração partido. Tudo que ele não precisa agora, é da mãe o recriminando. -meu pai pediu olhando para a minha mãe, enquanto ele acariciava meus cabelos escuros.

—Claro que ele precisa, Elliot. Ethan, se você errou e reconhece que fez isso, peça desculpas, querido. Você é um Clearwater e nos nunca desistimos. Se tivesse desistido na primeira vez que seu pai me afastou, nem estaríamos tendo essa conversa. Não tenha medo de dizer o que senti, filhote, se você gosta da Cíntia lute por ela. - mamãe disse séria e sabia que mamãe tinha razão, precisa pedir desculpas para Cíntia.

Não só por tê-la constrangido na frente de todos os funcionários, chamando-a de minha mulher, mas por todas as coisas que fiz achando que eram certas. Como contar a verdade para a noiva de Douglas, apostar com os seus sobrinhos e a maior de todas, comprar a pensão, mas essa nem achava que era uma falha, ao meu ver foi o ato mais generoso e altruísta, que já tinha feito por amor a alguém, mas se fosse para ter Cíntia de volta, seria capaz de pedir desculpas por tudo, até pelas coisas que não havia feito.

—Onde pensa que vai, Ethan? Você não está em condições de sair da cama. - meu pai disse preocupado assim que fiz menção de me levantar, mas acabei perdendo o equilíbrio e ele automaticamente me segurou. - Você está fraco, pois não comeu nada nada depois do almoço. -Pai, a mamãe tem razão. Preciso ver a minha fêmea...Preciso pedir perdão. - implorei para o meu pai que desviou os olhos de mim para ver a minha mãe, antes de voltar a sua atenção para mim.

—Você está fraco demais, amor...- papai começou a explicar e mamãe o interrompeu.

—Elliot, amor, compartilho da mesma preocupação que você, mas o nosso filhote precisa da fêmea dele, só assim ele ficará melhor.

—Eu não sei, Leah...Não podemos arriscar a vida do nosso filho.

—Elli, meu bem, eu jamais colocaria em risco a vida de qualquer um dos nossos filhotes, mas nesse momento Ethan precisa da fêmea dele. Não queria ter que lhe contar isso, porque não queria que sofresse por algo que aconteceu anos atrás, mas acho que agora é o momento.- mamãe disse suave se sentando na ponta da minha cama, antes de olhar nos olhos do meu pai.- Lembra do primeiro almoço que fez pra mim na casa da Cece, um dia depois que torci o pulso?

—Lembro, mas o que esse fato que aconteceu tantos anos atrás, tem a ver com o nosso filho caçula? - papai questionou confuso e mamãe respirou fundo, como se estivesse tomando coragem antes de falar.

—Depois do jantar, você recebeu uma mensagem do seu ex-chefe de Nova York, pedindo que voltasse para a cidade e saber que você aceitou ficar longe de mim, quase me destruiu Elliot. Só não morri, porque no último minuto você ligou pra mim, me dando um novo sopro de vida.

—Liguei porque havia acabado de descobrir que te ama e queria te contar, mas a minha timidez acabou me fazendo adiar a ideia, para que pudesse ter mais tempo para me preparar e também, queria dizer isso pessoalmente e não por telefone.- meu pai contou perdido em pensamentos, antes de olhar para a minha mãe com lágrimas nos olhos.- Porque não me contou, querida? Porque não me contou que a fiz sofrer tanto, ao ponto de quase perdê-la, antes mesmo de ter a chance de conhecê-la?

—Porque não queria que sofresse, por algo que já passou, Elliot. Você já se culpou demais por ter me deixado quando estávamos noivos, não queria que carregasse mais esse fardo. Só estou lhe contado isso agora, porque precisamos evitar que o nosso filho e a nossa futura filha, sofram por decisões precipitadas. Nós dois já passamos por isso e sabemos o quanto dói, está longe de quem amamos.

—Você tem razão. Não quero que nosso caçula e muito menos a Cíntia, sofram. - papai disse e mamãe sorriu agradecida para ele, antes do meu pai levantar da cama e me ajudar a fazer o mesmo.

—Vou pegar um casaco para o Ethan, antes de descer e avisar ao motorista que vamos sair. -mamãe disse para o meu pai que concordou enquanto me ajudava a caminhar, já que estava fraco demais para fazê-lo sozinho.

—Isso quer dizer...- disse esperançoso e papai sorriu carinhoso, passando meu braço em volta do seu pescoço antes de sairmos do quarto.

—Isso quer dizer, que vamos atrás da sua fêmea, querido.

—Obrigado, não sei como lhes agradecer. - disse grato ao meu pai.

—Me agradeça se casando com a Cíntia e me dando netos. - meu pai brincou e sorri, pois só hoje era a segunda vez que havia ouvido o mesmo pedido.

—Vou ver o que posso fazer, papai. - disse e ele concordou sorrindo, antes de caminharmos em direção as escadas tendo mamãe atrás de nós.

Chegamos em tempo recorde na casa de Cíntia e por mais que meus pais insistissem em me ajudar, fiz questão de caminhar sozinho em direção a Pensão Moema. Havia feito essa confusão sozinho e iria desfazê-la do mesmo jeito.

—Ethan querido, que surpresa. - Marta disse gentil assim que abriu a porta, depois que toquei a companhia.

—Oi Marta, é bom vê-la também. A Cíntia está?

—Está sim, ela está no quintal tomando um ar puro, ainda mais depois de tudo que passou hoje, por favor, entre. - ela me convidou e concordei antes de entrar, em seguida Marta me indicou a direção onde sua neta estaria e andei até lá.

Abria a porta que dava acesso ao quintal e parei na entrada, sem coragem de dar um passo ou ao menos respirar, diante do que estava vendo.

Minha fêmea...Ela é minha...Fêmea...Minha.

 A voz do meu espirito de lobo rosnava furiosa na minha cabeça, sedento para atacar aquele jornalistazinho, que atendia por Pedro.

Ver aquele jornalistazinho beijando a minha fêmea me encheu de fúria, me fazendo querer arrancá-lo de perto dela, mas percebi que não tinha o direito de fazer aquilo, pois Cíntia não tinha nenhum compromisso comigo, já que o fato do imprinting era apenas do meu conhecimento.

Muito mais ferido e magoado do que havia chegado, descontei minha frustação e raiva na porta que dava acesso ao quintal, antes de andar apressado para longe dali.

—Ethan, está tudo bem? Conseguiu falar com a Cíntia? -Marta questionou preocupada, assim que me viu andar apressado em direção a porta da frente.

—Estou bem, Marta e não consegui falar com a Cíntia, ela está ocupada. - disse tentando controlar minhas lágrimas que ameaçam cair a qualquer momento.

—Tudo bem, posso dizer a ela...- ela começou a dizer solicita e a interrompi.

—Prefiro que a senhora não diga que estive aqui, por favor.

—É claro. - ela disse suave e concordei saindo apressado da pensão, mas antes de chegar ao carro dos meus pais desabei no chão, em meio a dor e as lágrimas de ter sido trocado por outro.

Rapidamente meus pais e o motorista saíram do carro, me ajudando a ficar de pé, mas mesmo em pé ainda me sentia caído no chão, diante da dor que estava sentindo e que parecia consumir a minha alma.

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—Obrigada por ter vindo, Alice. - ouvi minha mãe dizer e abri os olhos, percebendo que o som vinha da porta do meu quarto que estava entre aberta.

—Não precisa agradecer, vi que o Ethan precisava de mim e vim ajuda-lo.- ouvi tia Alice dizer com sua voz musical.

—Não sabemos mais o que fazer, tia Alice. Nosso filho não dorme e nem come direito há dois dias, isso já está nos deixando desesperados. Por favor, tia, ajude o meu filho, pois não queremos perde-lo.- ouvi meu pai dizer com a voz rouca, como se estivesse prestes a chorar.

— Não se preocupe, querido, prometo que vou ajuda-lo. Só preciso conversar a sós com o Ethan, tente se aclamar, Elliot, pois tudo dará certo. - ouvi minha tia dizer e meus pais concordaram, antes dela entrar no meu quarto.

—Bom dia, lobinho da titia. - tia Alice disse toda sorridente e saltitante, esbanjando seu “jeito Alice de ser”, assim que entrou no meu quarto e a olhei confuso, sem entender o porquê da sua visita.

—Devo estar realmente péssimo, para meus pais pedirem ajuda a senhora. - disse deitado na minha cama e ela revirou os olhos, olhando para o meu quarto antes de torcer o nariz reprovando a escuridão do ambiente.

—Engraçadinho, pelo menos você não perdeu seu senso de humor, o que já é um bom sinal. Seus pais não me ligaram, para dizer que estava escondido em uma caverna escura e fria, que outrora foi seu quarto, apenas vi que precisava de mim e vim. Antes de tudo, vou abrir essas cortinas e deixar o sol entrar nesse lugar, pelo que saiba você é um lobo e não o conde drácula. -minha tia segredou brincando antes de abrir as janelas, deixando a luz do sol entrar no meu quarto. -Agora sim, está bem melhor. Vou pedir para a Stella, fazer algo para você comer, enquanto toma um bom banho e coloca uma roupa decente, porque você está péssimo. Já lhe disse que moletons, são um pedido de socorro para uma intervenção de moda. Nem a sua tia Bella, ousa usar algo assim.

—Tia, por favor, só quero ficar deitado na minha cama, curtindo minha dor em paz. - pedi e ela revirou os olhos, antes de se sentar na beirada da minha cama.

— Cíntia não está com o Pedro. - ela disse séria e sorri negando.

—Eu sei o que vi, tia Alice.

—Você sabe o que acha que viu, Ethan. Sua cabeça quente e seu orgulho, não o deixaram perguntar o que estava acontecendo. Querido, vocês dois estão no destino um do outro, mas não era para se encontrarem agora.

—O que quer dizer, tia Alice? -questionei confuso e ela balançou a cabeça negando.

—Não vou dizer mais nada até você tomar um bom banho, trocar de roupa e comer alguma coisa. - ela disse antes de passar um zip invisível na boca, me fazendo rir.

—Baixinha esperta. - segredei sorrindo e ela me ajudou a levantar, me levando em direção ao meu banheiro.

Tomei um bom banho e vesti uma roupa confortável escolhida por minha tia, antes de voltar para o meu quarto, que parecia outro lugar com as janelas abertas deixando a claridade entrar e a cama com outra colcha, mas o que realmente atraiu a minha atenção foi o cheiro da bandeja que estava em cima da minha cama, fazendo meu estomago roncar de fome.

—Seja um lobinho obediente e coma tudo. - minha tia pediu e concordei, me sentando em frente a bandeja, comendo tudo e ainda pedindo por mais.

—Porque disse que ainda não era o momento de nos encontramos, tia? - questionei depois que terminei meu terceiro prato de sopa e tomei um gole do suco de laranja, que minha mãe havia trago.

— Cíntia sofreu muito no relacionamento que teve com o Douglas, por isso precisava de um tempo. Para se refazer e conquistar os sonhos dela antes de vocês se conhecerem, mas o destino foi caprichoso e os juntou na hora errada, mas cabe a você fazer o que é certo.

—A senhora está tentando dizer, que preciso me afastar da Cíntia? - questionei entre lágrimas, olhando em seus olhos dourados.

—Sim, Ethan. Vocês precisam de um tempo longe um do outro, mas não é pra sempre.

—E isso duraria quanto tempo?

—Um mês. - tia Alice disse e foi como se meu coração quebrasse, só de pensar em ficar tanto tempo longe do meu imprinting.

—Não posso fazer isso, tia. Não posso ficar um mês longe da Cíntia...Ela vai me esquecer...E ficar com o Pedro. Não vou abandoná-la. - disse sério e minha tia sorriu carinhosa para mim, antes de acariciar meus cabelos.

—Ethan, Cíntia jamais irá esquecê-lo, você é o homem da vida dela...Aquele que a fará feliz, até seu último dia de vida...Que lhe dará, os três melhores presentes da sua vida, mas para que isso aconteça, você precisa deixa-la agora.- minha tia disse segura sem desviar seus olhos dos meus, enquanto lágrimas molhavam a minha face.

 -Prometi, que ela não irá me esquecer? - questionei entre lágrimas e minha tia sorriu amorosa para mim.

—Prometo. Ela vai lembrar de você, até que possam se encontrar novamente. E quando se encontrarem, não se separarão mais. - ela jurou e concordei com a cabeça, sem condições de dizer mais nada.

Sem dizer uma palavra, minha tia me abraçou com carinho e me deixou chorar no seu peito, até que toda a minha dor aliviasse um pouco.

—Entendo que preciso ir, mas pra onde vou? - questionei confuso sentado no puff que havia no meu closet, enquanto tia Alice arrumava minhas malas de maneira ágil.

—Inscrevi você mês passado, em um curso de especialização em Nova York, Carlisle disse que ele é uma oportunidade única para você, a duração é de um mês.  Tenho certeza que esse curso, o ajudará a distrair um pouco a sua mente. E não se preocupe, pois Jazz alugou uma casa para nós na cidade, ficaremos com você durante esse tempo.

—A senhora pensou em tudo. - disse e ela sorriu para mim, antes de voltar a arrumar a minha mala.

—Quando você voltar, trate de organizar melhor o seu closet ou não terá espaço para a Cíntia. - ela disse censurando a minha arrumação, pois havia ocupado dos os espaços que havia ali até os reservados para uma possível senhora Thompson, e fiquei emocionado por saber que algum dia meu imprinting dividiria aquele closet comigo.

—Nós dois vamos morar juntos, tia?

—Sim, vocês irão, é o que acontece quando se casa com alguém. - ela disse dando de ombros, enquanto seguia para a parte dos casacos. -Você precisa levar alguns casacos, mesmo que não precise, mas é necessário manter as aparências pois irá fazer frio em Nova York.

Aproveitei que minha tia estava distraída demais, consultado o futuro sobre a previsão do tempo em Nova York para confirmar o que ela já havia deixado escapar, algumas horas atrás.

—Então, eu e Cíntia vamos nos casar, morar nessa casa e dividir esse closet...E ter três filhos...É isso tia Alice? - questionei empolgado para saber mais detalhes e minha tia suspirou.

—É lobinho esperto, mas nem adiada perguntar mais, você já soube demais sobre o seu futuro. Agora, onde você colocou a sua nécessaire da ultima vez que a usou? - ela questionou para si mesma, ficando distante por alguns instantes, antes de voar até a ultima porta do closet e tirar a minha  nécessaire de lá.

Depois que minha tia terminou de arrumar as minhas malas, troquei de roupa novamente antes de voltar para o meu quarto vendo-a com algumas folhas nas mãos e uma caneta.

—Sei que gostaria de se despedir dela pessoalmente, pois passará um mês sem falar com ela, mas será doloroso demais para os dois. Por isso diga até logo ao seu imprinting por meio das palavras, você sempre foi muito bom com elas. - minha tia disse e sorri agradeci, pegando os papeis de suas mãos e a caneta, seguindo em direção a minha escrivaninha que havia no quarto.

Seguindo as instruções de tia Alice, escrevi três cartas de próprio punho para Cíntia, colocando-as em três envelopes pretos diferentes. O primeiro deles seria entregue amanhã, já os outros, apenas quando minha tia ligasse para os meus pais lhes avisando de que era o momento de enviá-los junto com um buquê de lírios cor de rosas, as flores preferidas dela,  uma sugestão minha, para que quando ela visse essas flores lembrasse de mim.

—Ela gosta de lírios cor de rosa, papai. - disse entregando os envelopes com as cartas que havia escrito ao meu pai.

—Não se preocupe, filho. Vou enviar a carta e o buque de lírios cor de rosa, da forma como me pediu. - meu pai disse amoroso e concordei, antes de abraça-lo com carinho. - Vou sentir sua falta, amor.

—Eu também, pai. Eu te amo. - disse abraçado ao meu pai que me deu um beijo na bochecha, antes de nos separarmos.

—Tem certeza, que essa é a melhor decisão, Ethan? - mamãe questionou preocupada assim que fui me despedir dela.

—Sim mãe, será melhor para nós dois. Ainda não estamos prontos para ficarmos juntos, mas logo estaremos e não nos separaremos mais, segundo tia Alice. - disse desviando os olhos da minha mãe para ver a minha tia que confirmou com a cabeça, antes de olhar novamente para a minha mãe. - Mãe, não quero que pense que o fato de estar indo embora hoje, quer dizer que estou desistindo da Cíntia. Eu jamais desistiria dela, pois a amo mais do que tudo no mundo, mas sei que ela precisa ficar sozinha agora, por isso vou respeitar o momento dela.

—Você amadureceu tão rápido, querido, estou muito orgulhosa da sua atitude, espero que fique ao lado da mulher que ama em breve. - mamãe desejou beijando em seguida a minha bochecha, antes de nos separarmos.

—Cuidem da Cíntia por mim, por favor. - pedi olhando para os meus pais que concordaram.

Dei uma ultima olhada para a casa em que cresci, a qual ficaria um mês afastado, antes de entrar no carro da minha tia Alice e seguirmos em direção ao aeroporto, onde embargaríamos para os Estados Unidos, que seria o nosso lar por um mês.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gosta do capitulo e se preparem, pois na segunda a história passará por uma mudança de tempo, para acelerar as coisas e se preparem para mais emoções.
Beijos e até segunda.



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