O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 75
Ethan


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O Legado part. 2, que promete fortes emoções e aos leitores fantasmas, apareçam pois adoraria saber o que estão achando da fic.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/788068/chapter/75

A vida não podia ser tão cruel assim comigo.

Aquilo só podia ser castigo, pelo meu passado de Dom Juan.

Sempre fui uma pessoa boa e um filhotinho obediente...Tá legal, nem sempre, admito que meus pais ganharam vários cabelos brancos por minha causa, mas isso não justificava que o destino ou a vida, trouxessem o fantasma do primeiro namorado de Cíntia de volta, não quando acabamos de dar um grande passo hoje.

Sabia pelas memórias dela que Pedro Novais havia sido seu primeiro amor, com quem viveu momentos incríveis dos quais ela lembrava com muito carinho, mesmo depois de anos do termino os dois continuavam amigos, mas vi nos seus olhos o quanto a presença dele ainda mexia com Cíntia, o que me deixou furioso.

Vê-la correndo em sua direção sem ao menos hesitar e sendo abraçada por ele, de forma tão intima e carinhosa enquanto o mesmo enxugava suas lágrimas, me fez tremer de raiva querendo desesperadamente arrancá-lo de perto do meu imprinting.

Cíntia era a minha fêmea e nada mudaria isso, nem mesmo a chegada de Pedro.

 Havia esperado minha vida todo por ela e não iria perdê-la para outro homem, mas ao em vez de ir até eles e tirar o meu imprinting dos braços do jornalistazinho, tive que me contentar em segurar a maleta do meu pai com mais força que o necessário, enquanto tentava controlar meu gênio explosivo respirando, pois sabia que se fizesse o que realmente queria colocaria a perder tudo o que começamos a construir nessa tarde e não faria isso, por mais que estivesse louco para mostrar a Pedro Novais o seu lugar.

—Se é guerra que você quer, é guerra que você terá...Acho bom estar preparado, jornalistazinho porque não desistirei da minha fêmea. - sussurrei furioso no idioma Quileute enquanto olhava para aquele cara, que achava que podia tirar meu imprinting de mim.

Se meu olhar pudesse matar, com certeza Pedro Novais não existiria mais entre nós.

—Cíntia, querida, quem é o rapaz que veio com você? -um senhor questionou me olhando curioso e Cíntia piscou confusa se separando de Pedro, provavelmente lembrando que ainda estava ali.

E me doeu saber que ela havia esquecido de mim, depois da tarde maravilhosa que passamos juntos, o que me fez odiar ainda mais o jornalistazinho.

—É verdade, papai. - Cíntia disse sem graça corando um pouco por seu esquecimento, antes de virar para me ver e tentei fingir que não estava abalado com tudo que vi. - Ethan, me desculpe, esqueci completamente de você, juro que não fiz por mal.

—Está tudo bem, Cíntia. Entendo o seu lado, afinal, seu amigo de longa data chegou de surpresa para fazer uma visita. - disse sério sem desviar os olhos de Pedro, enquanto tentava me controlar para não expulsá-lo da sala ou melhor do planeta.

—É verdade...Nem acredito que esteja aqui, Pedro. Parece que estou sonhando. - Cíntia disse com os olhos brilhando e Pedro sorriu feliz para ela, antes dos dois se abraçarem novamente.

Qual é? Sei que os dois eram amigos, mas precisavam ficar se abraçando toda hora? E o jornalistazinho, precisa ficar olhando para a minha Cíntia, todo bobo e com os olhos brilhando?

—Não é sonho Ci, estou aqui do seu lado. - Pedro disse suave e beijou a bochecha de Cíntia, que corou em um vermelho delicado.

É oficial, esse cara quer morrer hoje.

Quem ele pensa que é, para ficar beijando a minha fêmea daquele jeito, ainda mais na minha frente? Cíntia Lopes, havia sido destinada a mim pela magia Quileute.

Meus ancestrais a escolheram, para ser minha companheira e mãe dos meus filhotes, dando continuidade a linhagem de Lyva, e não era aquele cara que destruiria um laço que nem a morte seria capaz de desfazer.

Será que Cíntia ficaria com muita raiva, se deixasse o amiguinho dela de olho roxo? Pensei furioso assim que Pedro Novais, colocou alguns fios soltos do cabelo loiro do meu imprinting, para trás da sua orelha.

—Que cabeça a minha, me desculpem nem apresentei vocês. - Cíntia disse sem graça me tirando dos meus pensamentos furiosos em relação ao seu amigo, antes de se afastar de Pedro e se aproximar de mim, me deixando automaticamente com um sorriso vitorioso nos lábios, por ter sido o seu escolhido no final. -Ethan, este são meus pais Lorenzo e Lauren, minha irmã Susan, você já conhece, e a minha avó Marta. E este, é o meu amigo, Pedro.

—É um prazer conhece-los. - disse sorrindo gentil para os familiares de Cíntia, ignorando o jornalistazinho por completo.

Sem dizer uma palavra Pedro caminhou em minha direção, antes de parar na minha frente estendendo sua mão para me cumprimentar. Olhei para sua mão estendida por alguns minutos, como se ela fosse um animal peçonhento prestes a me atacar, e por mais que não quisesse apertei a sua mão com força, não ao ponto de machucá-lo por mais que quisesse.

Se meu pai me visse agora, sendo educado e gentil enquanto controlava o meu gênio, ele seria capaz de abrir uma garrafa de champanhe em comemoração.

—É um prazer conhecê-lo, Ethan. - Pedro disse suave me olhando nos olhos, mas pude ver que ele não parecia nada feliz em me conhecer.

Ótimo, bem-vindo ao clube.

—O prazer é meu. - disse falsamente, tentando usar a educação que meus pais haviam me dado e forcei um sorriso.

Deus, como queria despachar Pedro novais no primeiro voo para longe da Inglaterra, ou melhor, no primeiro foguete que saísse da terra em direção ao espaço, sem a oportunidade dele pensar em voltar.

—Sabe, Cíntia nunca me falou de você. - Pedro disse soltando a minha mão enquanto me estudava com o olhar e sorri irônico.

—É muita coincidência, porque ela também nunca me falou de você. -revelei frio sem tirar os olhos de Pedro que fazia o mesmo comigo.

Se ele achava que podia me intimidar, estava muito enganado.

—Ethan, você aceita um café ou uma água? - a mãe de Cíntia questionou e desviei os olhos de Pedro, interrompendo a nossa disputa silenciosa para olhá-la.

—Não obrigado Lauren, só vim ver como a avó da Cíntia está. Ela me contou durante a festa, que a avó não se sentiu bem e me prontifiquei em vê-la. - expliquei e Cíntia concordou com a cabeça, ainda abalada pela chegada surpresa do ex.

—Cíntia, querida, disse que estava bem, não precisava incomodar seu amigo em pleno sábado à noite para me ver. Aconselhei que arrumasse uma companhia para se divertir durante o casamento e  não um médico, para me fazer uma visita domiciliar...Sem ofensas doutor.- a avó de Cíntia disse e sorri gentil, indicando que não havia me ofendido com seu comentário.

—Não se preocupe dona Marta, não me senti nem um pouco ofendido. Eu posso? - questionei indicando o local ao seu lado e ela concordou, antes de me sentar e olhar em seus olhos castanhos. -Asseguro a senhora, que a sua neta se divertiu a tarde toda comigo.

—Verdade? Vocês dançaram? -ela questionou curiosa me olhando e sorri concordando.

—Verdade e sim, nós dançamos bastante. - confidenciei a ela que sorriu feliz, antes de olhar para Cíntia, que estava ao lado do seu pai. -E ela dança muito bem, para alguém que disse que não dançava a anos.

—Você está sendo gentil, Ethan, pelo que me lembre pisei no seu pé algumas vezes e você gemeu de dor. - ela lembrou e sorri concordando o que lhe fez rir.

—Ela está fora de forma, mas acho que você pode resolver isso levando-a para dançar de novo, que tal? -a avó de Cíntia sugeriu e sorri concordando sem desviar os olhos de Cíntia.

—Vovó. - Cíntia repreendeu a avó sem graça enquanto todos riam, menos Pedro.

—Eu adoraria dona Marta, por isso a convidei, antes mesmo da senhora sugerir. - segredei para a avó de Cíntia sem tirar os olhos de sua neta, que corou sem graça.

—Gostei de você, é um rapaz de atitude. Sou Marta. - ela disse feliz em me conhecer e sorri virando para vê-la antes de apertar sua mão.

—Sou Ethan, é um prazer conhecê-la, sua neta me falou muito da senhora. - disse e ela me olhou confusa enquanto apertava a minha mão.

—Espera, acho que o conheço de algum lugar...Você não foi o bonitão, que deixou a Cíntia em casa ontem? - ela questionou incerta me olhando com cuidado e todos riram.

—Vovó. - Cíntia disse sem graça para a avó que revirou os olhos.

—Não disse nada demais, Cíntia Aurora, só disse a verdade, afinal, ele é mesmo bonitão...Que olhos lindos e brilhantes você tem meu rapaz. -ela me elogiou admirada e sorri agradecido.

—Obrigado pelo elogio Marta, herdei os olhos da minha mãe. E sim, fui eu que deixei a sua neta em casa ontem.

— Sabia que era você e não foi um elogio, meu filho, foi a constatação de um fato. - Marta segredou para mim e sorrimos, antes dela olhar para a neta. -Eu gostei dele, Cíntia...Esse é pra casar. Você é solteiro, Ethan?

—Sou, dona Marta.

—Minha neta também é.- ela segredou para mim e concordei com a cabeça, deixando claro que sabia. -Há se eu fosse alguns anos mais nova, não dispensaria você.

—Meu Deus, vovó. - Cíntia disse sem graça enquanto riamos.

—Fico lisonjeado, dona Marta. - disse agradecido e ela sorriu, antes de Cíntia sugerir que começasse a examiná-la e Marta concordou.

Fui extremamente minucioso no exame que fiz na avó de Cíntia, pois queria assegurar que não havia nada de errado pelo menos a olho nu, mas só poderia ter cem por cento certeza depois de uma bateria de exames e com o histórico médico dela em mãos.

—Então? -todos questionaram ansiosos assim que tirei o estetoscópio do ouvido, após escutar o coração de Marta.

—A olho nu, a dona Marta está bem, mas vou pedir que a leve na segunda para um check up completo no hospital. Vou ligar para o doutor Xavier, o médico que fez o transplante dela para que acompanhe tudo, além de me passar o histórico médico dela. - assegurei guardando o estetoscópio na maleta e Cíntia sorriu agradecida.

—Muito obrigado Ethan, não se preocupe porque na segunda sem falta levaremos a Marta. - Lorenzo assegurou me olhando e concordei.

—Já disse que não precisa disso tudo, foi apenas um mal-estar passageiro. - Marta disse suave olhando para a sua família.

—Precisa dona Marta, só assim sua família ficará tranquila. Não custa nada, ver se tudo está bem com o seu coração. - expliquei olhando em seus olhos e ela concordou resignada.

—Você tem razão, Ethan, mas só vou fazer esses exames se estiver lá. Porque o doutor Xavier, não é bem-humorado como você.

—Não se preocupe, vou estar lá, afinal, a senhora é a minha paciente número um. - brinquei e ela sorriu.

— E você, é meu médico preferido a partir de hoje. Você não quer comer um pedaço de bolo de laranja com café? Acabei de fazer os dois e estão fresquinhos. - Marta me ofereceu gentil e sorri educado sabendo que tinha que recusar, pois precisava buscar meus pais que ficaram na festa, já que eles queriam dar um pouco de privacidade para mim e para Cíntia durante a nossa viagem de carro.

—Por mais que queira dona Marta terei que deixar pra próxima, preciso buscar meus pais na festa de casamento do meu irmão.  - expliquei triste por não poder ficar mais na companhia de Cíntia ou da sua avó, uma pessoa extremamente divertida que me lembrava minha irmã mais velha.

—Tudo bem, mas na próxima não aceito uma desculpa, Ethan. - Marta me avisou e concordei sorrindo, antes de nos despedirmos enquanto lamentava do sofá.

Me despedi de todos antes de Cíntia se oferecer para me deixar até o carro, um gesto que me deixou feliz, apesar de perceber que o jornalistazinho não gostou muito disso.

—Não tenho palavras para lhe agradecer, Ethan, não só por ter vindo até aqui examinar a minha avó e me tranquilizar um pouco, mas por ter sido tão gentil comigo hoje. Fazia um bom tempo que não me divertia tanto. - Cíntia disse agradecida, depois que coloquei a maleta do meu pai no porta malas do carro e o fechei.

—Não precisa agradecer Cíntia, também me divertir muito. Espero que possamos repetir a tarde de hoje em breve.

—Eu também. E me desculpe, se a minha avó lhe deixou constrangido. - Cíntia pediu sem graça e sorri suave para ela.

—Está tudo bem, estou acostumado. Sua avó é praticamente uma versão mais velha da Ária. - brinquei antes de rimos juntos ali no meio da rua, sob a luz da lua cheia.

Devagar me aproximei de Cíntia, que segurou a respiração quando parei perto do seu rosto, apesar de estar louco para beijá-la desde a primeira vez que a vi sabia que ainda não estava na hora. Então me contentei em dar um leve beijo em sua bochecha, antes de me afastar e vi nos seus olhos que meu gesto a deixou surpresa e maravilhada.

—Boa noite, Cíntia. - desejei encarando seus lindos olhos verdes escuros, enquanto tentava controlar a vontade que sentia de beijá-la.

—Boa noite, Ethan e obrigada novamente. - ela disse agradecida e sorri suave antes de nos despedirmos novamente.

Cíntia se afastou do carro assim que abri a porta do motorista e sorri, ao ver que ela havia esquecido o seu buquê de noiva no banco do passageiro. O mesmo buquê que minha cunhada praticamente jogou no colo da amiga, enquanto estávamos distraídos demais conversando em nossa mesa. Com cuidado me inclinei até o banco do passageiro, peguei o buque em minhas mãos e virei para vê-la.

—Acho que você esqueceu o seu buquê. - disse com ele nas mãos, assim que a mesma virou para me ver e sorriu negando, enquanto se aproximava novamente de mim.

—Não esqueci o buquê o deixei de propósito no seu carro, porque não acredito na lenda urbana de quem pega o buque da noiva é a próxima a se casar. -Cíntia segredou e sorri ao olhar um detalhe em particular do buquê em minhas mãos.

—Entendo, mas pelo jeito a minha cunhada não sabia dessa sua desconfiança.

—Porque está dizendo isso? - ela questionou confusa e sorri, olhando novamente para o detalhe no buquê antes de olhar para Cíntia.

—Porque a Mel mandou bordar o seu nome no buquê de noiva dela.

—Ela o quê? - Cíntia questionou surpresa e lhe entreguei o buquê, antes de mostrar seu nome completo bordado em um dos laços de cetim que havia nele. - Não acredito que a Mel fez isso.

—Não fique chateada com a Melissa, Cíntia, tenho certeza que ela só quer a sua felicidade. - pedi enquanto Cíntia ainda olhava para o laço em que seu nome estava bordado.

—Não estou chateada, sei que ela só quer me ver feliz.

—Assim como eu...Então, por favor, aceite o buquê. Quem sabe você, não o usa em breve. - sugeri e ela me olhou incrédula, como se não acreditasse no que estava falando.

—Me desculpe, mas acho que não vou usar um buquê tão cedo, Ethan.

—Olha que a Mel é sortuda...Ela pegou um buquê no casamento do irmão e meses depois, se casou, quem sabe você não é a próxima.

—Só se eu esbarrasse em um príncipe encantado, que me ajudasse a resolver todos os meus problemas, mas ainda assim pensaria se me casaria ou não com ele. - ela brincou com o buquê nas mãos e sorri segurando a porta do motorista.

 -Quem sabe? Tudo é possível Cíntia, apenas, não perca a fé. Minha avó sempre diz, que a nossa felicidade está na nossa frente, só precisamos enxergá-la e agarrá-la. - disse suave olhando-a com saudade, só de pensar que teria que me separar dela.

—Obrigada pelo conselho, Ethan.

—De nada, boa noite Cíntia.

—Boa noite Ethan. - ela disse suave e respirei fundo antes de entrar no carro fechando a porta em seguida, dirigindo para longe dali mesmo que meu desejo fosse o contrário.

O caminho de volta para a festa foi rápido, depois que estacionei o carro em frente ao salão de festas liguei para o meu pai avisando que já estava aqui lhes esperando e os dois não demoraram a entrar no carro.

—E então, como foi? Vocês se beijaram? - mamãe questionou curiosa, assim que sentou no banco de trás e sorri triste olhando-a pelo espelho retrovisor.

—Mãe, não posso sair por aí beijando a Cíntia, por mais que quisesse. Preciso ir com calma. - expliquei virando para vê-la e meu pai sorriu surpreso, assim que se sentou ao lado da minha mãe.

—Essa é novidade...Será que trocaram o nosso filho, enquanto estávamos na festa? - papai questionou brincando para a minha mãe que sorriu, mas não acompanhei os dois nas risadas.

—Hei, eu conheço esse olhar...O que aconteceu, Ethan Harry? - mamãe questionou preocupada e não consegui segurar as lágrimas. - Vem cá, querido, sente-se aqui conosco.

Sem dizer uma palavra, tirei meu cinto e passei para o banco de trás me sentando no meio dos meus pais, logo mamãe enxugou as minhas lágrimas enquanto meu pai acariciava meu cabelo com carinho.

—Harry, amor, o que aconteceu? Achei que você e a Cíntia estavam se entendendo, pelo menos foi o que pareceu, já que passaram a festa toda conversando e depois dançaram juntos. - mamãe questionou preocupada e concordei antes de respirar fundo.

—Eu também achava, mas quando a deixei em casa tive a desagradável surpresa de saber, que o primeiro namorado dela voltou do fim do mundo para ficar com a Cíntia, que ficou balançada com a volta dele, o que me deixou furioso e louco para sumir com ele do planeta. Vi nos olhos dele que não pretende ser só o amigo dela, mas se aquele jornalistazinho pensa que vou desistir da minha fêmea está muito enganado. - disse furioso e determinado, fazendo meus pais se entreolharam antes do meu pai sorrir, o que me deixou confuso.

—Leah, acho que nosso filhote está com ciúmes. - papai disse sorrindo enquanto o olhava confuso e mamãe sorriu concordando.

—Eu não acho, Elliot, tenho certeza. Ethan ficou igualzinho a você, todo nervoso e irracional, quando fica com ciúmes sem motivos do Henrique. - mamãe disse sorrindo e papai a olhou sério.

—Meus ciúmes tem motivos sim, dona Leah. Seu ex-colega de residência, sempre deu em cima de você nem com o passar dos anos ele perdeu a esperança, mas não posso culpa-lo, afinal, você é linda só que é a minha esposa, e não pretendo deixar o caminho livre pra ele e nem pra ninguém.- papai declarou sério e mamãe sorriu amorosa para ele, antes de beijar seu lábios com carinho.

—Eu te amo seu bobo, ciumento. Você é o único homem que eu vejo, amo e quero, para o resto da minha vida, Elliot Thompson. Acredita em mim? - mamãe questionou suave olhando nos olhos do meu pai que concordou. - Ótimo, agora precisamos ajudar o nosso filhote.

—Você tem razão, me desculpe, mas quando se trata do Henrique...Tenho vontade de esganá-lo.-papai confessou nervoso e concordei com a cabeça.

—É desse jeito que me sinto, em relação ao jornalistazinho. - expliquei e mamãe sorriu olhando para nós.

—Ciumento, igualzinho o seu pai. -mamãe apontou e papai corou sem graça nos fazendo rir.

—Será que poderíamos voltar ao assunto inicial? - papai sugeriu e concordamos. - O que realmente aconteceu, Ethan?

Respirei fundo antes de contar sobre tudo, desde a conversa que tive com Cíntia durante a festa até o momento em que passei na sua casa, principalmente sua reação na presença do jornalistazinho.

—Amor, você precisa se acalmar e pensar com calma. Cíntia pode até estar balançada pelo primeiro namorado dela, mas ela sentiu algo por você.  Vi o jeito que se olhavam, enquanto conversavam e esse sentimento não pode ser ignorado ou escondido, por mais que ela queira. - mamãe disse suave acariciando meu cabelos e neguei com a cabeça, pois sabia que as coisas não eram tão fácies assim.

—Não é tão simples, mãe. Pedro Novais foi o primeiro amor da Cíntia, ela nunca arriscará a estabilidade de um relacionamento que já conhece e sabe que funciona, para se aventurar em algo totalmente desconhecido, com alguém que tem fama de ser o maior libertino de Londres.- disse desamparado olhando para o meus pais, em busca de uma resposta que pudesse me ajudar.

—Ethan, filho...- mamãe começou a dizer tentando me acalmar, mas meu pai a interrompeu.

—Então, a faça querer se aventurar, Ethan. Faça-a perceber que vale a pena, deixar o conhecido para ficar com você. Pedro Novais pode ter sido o primeiro amor da vida dela, mas você pode ser o último, filho, basta apenas lutar para defender o que senti e conquistá-la. - meu pai disse sério e mamãe concordou.

E percebi que meu pai tinha razão.

Não podia mudar o passado de Cíntia e muito menos o meu, mas podia fazê-la querer se envolver comigo, bastava apenas acreditar que era capaz conquistá-la e faria isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Legado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.