O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 70
Cíntia


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a uma postagem especial, de O Legado part.2. O capitulo de hoje, é em comemoração a recomendação que a história recebeu. Espero que gostem do presente.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Apesar do jeito estranho que Ethan me olhou e da sensação incomum, que provocou em meu corpo quando nos vimos, tinha que admitir que ele era um homem bonito e extremamente perigoso para o meu novo estilo de vida.

Deus, não podia estar atraída por ele.

Não podia me deixar levar por mais um cafajeste, que só iria se divertir comigo e me deixar de coração partido.

Toda aquela atração maluca, que senti quando nos vimos só podia ser resultado da privação de sexo ou meu péssimo gosto para homem, mas iria resistir bravamente antes de cometer o mesmo erro novamente.

—Uma garrafa de água, por favor. - pedi ao garçom, pois precisava acalmar a minha pulsação e o meu corpo que parecia febril.

—Isso foi estranho, nunca vi os dois agindo dessa forma. Será que aconteceu algo? - Mel questionou preocupada enquanto o garçom me entregava a garrafa de água, em seguida a abri e tomei um longo gole, esperando que ela fizesse o efeito que desejava.

—Mel, tenho certeza que não deve ter acontecido nada, por favor, fique calma  o nervosismo não faz bem para você nesse estado. - disse suave depois que consegui voltar a ter controle sobre mim mesma, o que me deixou mais calma.

Afinal, não poderia deixar um homem qualquer, me arruinar novamente.

—Você tem razão, Ci.- ela disse agradecida antes de pedir para o garçom do bar um suco de morango.

Conversamos sobre amenidades enquanto tomávamos as nossas bebidas, antes de Benjamin voltar para o lado da noiva, que sugeriu que deveriam começar o jantar, pois os convidados já haviam esperado demais e concordamos. Me despedi dos meus amigos, antes de ir em direção ao painel que continha o mapa de distribuição das mesas dos convidados, procurando meu nome nas mesas e fiquei confusa quando não o encontrei.

—Cíntia, que bom que a encontrei. - Ária disse sorrindo feliz enquanto se aproximava de mim que ainda estava parada na frente do painel. - Houve um problema de última hora nas distribuições da mesas, parece que alguns convidados ficaram em duas mesas ao mesmo tempo, mas conversei com a cerimonialista e consegui colocá-la na minha mesa, se você não se incomodar de sentar comigo e com a minha família.

—Claro que não Ária, seria um prazer. - disse agradecida a minha chefe que sorriu antes de indicar o caminho para a sua mesa, enquanto tentava entender como havia acontecido essa confusão de lugares, pois eu e Mel havíamos organizado e revisado todos os lugares, não deixando nenhum convidado sem lugar ou em dois lugares ao mesmo tempo.

Cumprimentei o marido de Ária e seus filhos que me responderam de forma educada, antes de me sentar em um dos dois lugares vagos que haviam em sua mesa. Estava distraída com o cardápio que continha várias opções de prato principal, quando senti uma presença perto de mim que me fez estremecer de leve, atordoada desviei os olhos do cardápio e olhei para cima, dando de cara com os olhos cor de ônix, que haviam me tirado do eixo minutos atrás.

Deus, como aquele homem era capaz de me descontrolar daquela forma?

Estava reagindo igual uma adolescente, quando consegui ficar perto do cara mais lindo da escola, por quem tem uma quedinha.

—Será que eu poderia me sentar? - Ethan questionou suave indicando a cadeira ao meu lado, sem desviar os olhos dos meus.

—De tantos lugares, porque quer se sentar justo ao meu lado? - questionei confusa sem desviar os olhos dos seus.

—Porque não me imagino sentando ao lado de mais ninguém. - Ethan disse com a voz rouca enquanto me olhava de forma intensa e estremeci de leve, tentando entender como ele conseguia provocar tal reação em mim. - Além do mais, parece que meu lugar é ao seu lado.

—Cíntia, você se importaria do meu irmão sentar ao seu lado? Assim como você, ele foi um dos convidados da confusão de lugares que lhe expliquei antes. - Ária questionou me olhando enquanto seu irmão ainda permanecia de pé atrás da cadeira vaga.

Talvez ficar perto de Ethan fizesse meu corpo parar de estremecer, toda vez que ele ficava perto de mim, pois ele não seria mais uma novidade pra mim. Com certeza, isso era uma excelente ideia.

—Claro que pode, me desculpe Ethan pela pergunta grosseira. - pedi sem graça por minha indelicadeza antes dele se sentar ao meu lado.

—Tudo bem, não se preocupe, não fiquei ofendido. - ele disse gentil enquanto me olhava e desviei meus olhos dos seus para ver o cardápio, tentando fugir da reação que seu olhar provocava em mim.

—Cíntia, você está linda. - Ária me elogiou e agradeci. - Você não acha, a mesma coisa, Ethan?

Sem dizer uma palavra, Ethan virou para me ver de forma intensa, me fazendo estremecer novamente diante do seu olhar.

—Eu acho, Ária...Cíntia é a mulher mais linda que já vi na vida. - Ethan disse suave sem tirar os olhos de mim e peguei a taça de água que estava na minha frente, tomando um generoso gole, tentando acalmar a minha pulsação e o calor que havia se apossado novamente de mim.

A partir daquele momento, conclui que ter Ethan tão perto de mim seria um verdadeiro tormento, faria de tudo para controlar o que ele estava despertando em mim.

 Ethan permaneceu todo o jantar calado ao meu lado, ouvindo o que seus sobrinhos diziam sobre o seu dia na escola ou a viagem de fim de ano, que sua irmã estava programando para toda a família.

—Liguei para Dolores, para saber da reforma na casa de Angra, ela me informou que já está tudo pronto a nossa espera, para as festas de fim de ano. Tenho certeza que a Mel irá adorar conhecer a nossa casa no Brasil.- Ária disse empolgada e meu coração bateu mais forte ao ouvir o nome do país em que nasci, me fazendo lembrar do desejo que tinha de voltar para lá.

—Acho melhor não criar expectativas Carol, até lá a Mel vai estar com oito meses e duvido que o obstetra dela, a libere para viajar para outro país tão perto do bebê nascer. - Ethan explicou a irmã antes de provar o seu file de peixe ao molho de maracujá.

—Mesmo ela embargando, na companhia dos três médicos mais renomados da Inglaterra?

—Sim e duvido que o Ben, queira arriscar a segurança da Mel e do filho por causa de uma viagem, que pode ser feita depois que o nosso sobrinho nascer.

—Você tem razão, talvez no ano que vem. Além do mais, quem sabe não tenhamos mais uma convidada na nossa viagem de fim de ano. - Ária disse misteriosa enquanto nos olhava e me preocupe em dar atenção a comida que estava no meu prato.

Apesar da sensação estranha que sentia ao lado de Ethan, o jantar havia sido agradável, fiquei feliz por perceber que todos haviam se divertido e gostado de tudo me deixando com a sensação de dever cumprindo, por ter ajudo a proporcionar um momento tão especial para os meus amigos, que sempre estiveram ao meu lado.

Peguei meu celular na bolsa que estava usando e vi o quão tarde estava, ainda mais para alguém que teria que acordar cedo, para estar na igreja amanhã. Me despedi dos meus companheiros de mesa antes de seguir em direção aos noivos, que estavam na pista de dança dançando em um ritmo só deles.

—Desculpe interrompê-los, mas vim me despedir antes de ir. - disse sem graça por interromper o momento do casal.

—Ainda está cedo, Cíntia. Porque não fica um pouco mais. - Mel pediu assim que se separou de Ben, que mantinha um braço em sua cintura.

—Acho melhor não, Mel. Estou cansada e preciso acordar cedo amanhã, assim como vocês. - disse olhando para os dois que pareciam não se preocupar com a hora.

—Você tem razão, vamos ficar só mais um pouco antes de Benjamin me levar para a casa dos meus pais. Novamente, obrigada por tudo que nos fez, Cíntia. - Mel disse agradecida enquanto segurava as minhas mãos e me olhava com carinho.

—Que isso Mel, não precisa agradecer amigos são para isso. - disse suave antes de dar um abraço de despedida na minha amiga e me despedir do meu amigo.

—Obrigado Cíntia, ficou tudo maravilhoso. Como posso lhe recompensar, por tudo que nos fez? - Ben questionou olhando em meus olhos e revirei os olhos fazendo os dois rirem.

—Você pode me recompensar, fazendo a minha amiga feliz.

—Isso é algo que nem precisa me pedir. - ele segredou e sorrimos antes de nos abraçarmos por alguns instantes, nos separando em seguida. - Como você vai voltar para casa?

—Não se preocupe, Ben, vou chamar um carro por aplicativo.

—A essa hora da noite?! Claro que não, Cíntia, posso pedir para o meu irmão te dar uma carona. - ele disse e Mel concordou, só de pensar em ficar em um carro sozinha com Ethan já ficava nervosa, porque não sabia como poderia reagir estando apenas nós dois.

— Não precisa Benjamin, seria muito incomodo fazer o seu irmão desviar do caminho dele para me deixar em casa.

—Não seria incomodo algum. Tenho certeza que nem ele e muito menos meus pais, se incomodarão de lhe dar uma carona. Saber que Ethan lhe deixou em casa, nos deixará mais tranquilos. - ele disse enquanto a noiva concordava e suspirei resignada,pois não ficaríamos sozinhos no mesmo carro.

—Tudo bem. - disse resignada e Ben sorriu antes de beijar a testa da noiva e ir atrás do seu irmão.

Mel ficou me analisando por alguns instantes, antes de sorrir para mim.

—E então, o que achou do Ethan? - Mel questionou curiosa e pisquei confusa, tentando entender porque ela havia perguntado isso.

—Ele é uma pessoa legal. - disse com cuidado e ela sorriu concordando.

—Sim e muito divertido, espero que ele tenha lhe feito rir um pouco, enquanto estavam na mesma mesa.

—Não tanto quanto você gostaria. - disse e ela concordou com a cabeça.

—Não se preocupe, quem sabe amanhã vocês não se conhecem melhor e até se tornam amigos.

—Quem sabe. - disse suave e logo vi Benjamin se aproximando de nós, em companhia dos pais e do irmão.

—Conversei com meu irmão e com meus pais, eles não se incomodaram em lhe dar uma carona, Cíntia. -Benjamin disse ao lado dos pais que me olhavam com curiosidade e agradeci suave, antes de acompanha-los em direção ao estacionamento.

Enquanto andávamos em direção ao carro, torcia para que um dos doutores Thompson quisesse ir na frente com Ethan, pois já havia ultrapassado a minha conta de controle por um dia.

Assim que nos aproximamos da Mercedes preta estacionada, o doutor Thompson destravou o carro e entregou as chaves para o filho, ele  abrir a porta de trás para a esposa que entrou antes dele, fazendo meu coração acelerar ao perceber que ficaria novamente do lado do homem, que nas últimas horas estava despertando reações inesperadas em mim.

—Cíntia? - Ethan chamou meu nome de forma doce e virei para vê-lo, com a porta do passageiro aberta esperando que eu entrasse.

—Obrigada. -disse antes de entrar no carro e ele fechou a porta em seguida, dando a volta para assumir o lugar do motorista.

—Cíntia, você se importaria se deixasse primeiro meus pais, antes de deixa-la em casa? -Ethan questionou ligando o carro antes de sair do estacionamento.

—Claro que não. - disse tentando controlar meu nervosismo, ao saber que iriamos ficar sozinhos por algum tempo depois que seus pais descessem do carro.

Ficamos  algum tempo calados, até que a doutora Thompson tirou o cinto de segurança que usava e se apoiou nos bancos da frente, perto de mim e Ethan.

—Mel me contou que você a ajudou a organizar todo o jantar, Cíntia, isso é verdade? - ela questionou curiosa e sorri concordando.

—Sim, estou acostumada a lidar com organizações para jantares...Minha avó tem uma pensão e a ajudo a organizar tudo, sei que não é a mesma coisa que um jantar de ensaio, mas essa experiência nos permitiu planejar tudo...Só não consegui entender, como ocorreu o erro dos lugares...- disse pensativa antes da doutora Thompson me interromper.

—Não se preocupe com isso, querida, o importante é que no final tudo deu certo.

—Ainda bem.

—Sabe, Cíntia, Elliot e eu, iremos fazer trinta e quatro anos de casados no dia vinte de agosto, quereremos fazer uma grande festa para renovar os nossos votos, afinal, não se faz bodas de oliveira todo dia. - ela disse sorrindo e o marido concordou. - Por isso, gostaria de convidá-la para me ajudar a organizar tudo, isso se você tiver tempo.

—Isso é sério? - questionei surpresa olhando-a pelo espelho retrovisor.

—É muito sério, Cíntia. Adoramos o que fez para o jantar de ensaio e gostaríamos muito, que cuidasse da renovação dos nossos votos. Não se preocupe com o limite de gasto e muito menos com o seu salário, pagaremos o preço que pedir.- o doutor Thompson disse sorrindo e meus olhos se encheram de lágrimas diante da luz no fim do túnel que tanto pedi a Deus, desde que descobri que a pensão estava a um passo de ser tomada pelo banco.

—Se eu fosse você não pensava muito para responder, meu pai não é tão generoso assim quando se trata de dinheiro. - Ethan segredou para mim sem tirar os olhos do volante e seu pai revirou os olhos enquanto sua mãe ria.

—Achei que tivesse superado a história da mesada, Ethan. Isso aconteceu a mais de vinte anos. - o doutor Thompson disse cansado e seu filho negou com a cabeça.

—Claro que não, pai. Eu pedi quatro libras para o senhor quando tinha seis anos, mas o senhor me disse que não daria.

—Porque você havia gastado toda a sua mesada de quatro libras daquele mês em doces, não seria justo com seu irmão mais velho e nem com você, recompensá-lo por não ter responsabilidade com dinheiro, afinal, ele não dá em árvores, meu rapaz.- o doutor Thompson disse paternal e Ethan sorriu enquanto fazia uma curva.

—E o senhor falou a mesma coisa, quando lhe pedir.

—Verdade, mas você nunca me contou, porque queria as quatro libras.

—Queria mandar fazer um desenho da nossa família, para lhe dar de presente. - Ethan explicou parando no sinal vermelho e fiquei surpresa por sua intenção e parecia que  não era a única.

—Porque não me contou, filho?

—Porque era surpresa pai e além do mais, o senhor ficou radiante quando lhe dei o desenho que fiz da nossa família, não queria estragar a sua felicidade.

—Isso é verdade. Leah mandou emoldurar o desenho que fez, ele ficou  anos pendurado na minha sala no hospital, agora está no escritório que tenho em casa. - o doutor Thompson disse antes de sorrir carinhoso para o filho. - Se não tivesse lhe negado as quatro libras, não teria ganhado aquele desenho maravilhoso.

—Nem é tão bom assim pai, usei verde demais. - Ethan brincou e foi impossível não rimos.

—Claro que é filhote, pois você fez aquele desenho com amor e não existe nada mais poderoso no mundo do que o amor. - doutora Thompson disse olhando para nós e corei sem graça, pois parecia que ela estava sugerindo algo.

— E então, Cíntia, aceita a nossa proposta? - o doutor Thompson questionou me olhando pelo espelho retrovisor do carro e sorri.

—Eu aceito doutor Thompson, seria uma honra para mim. - disse sincera e a doutora Thompson sorriu animada.

—Obrigada querida, a honra será nossa. Depois que passar toda essa confusão do casamento do meu filho mais velho, podemos marcar um almoço ou um café, para começarmos a discutir os detalhes, o que acha? - a doutora Thompson sugeriu feliz por ter aceitado o seu convite.

—Por mim tudo bem, doutora Thompson.

—Por favor, me chame de Leah. - ela pediu e concordei suave, antes dela voltar para o seu lugar ao lado do marido no banco de trás. - Já que vamos passar um tempo juntas, seria interessante se nos conhecêssemos, não acha Cíntia?

—Acho que sim, doutora...Leah. - disse me corrigindo e ela sorriu feliz por chama-la de maneira informal.

—Mamãe, veja lá o que a senhora irá perguntar. - Ethan pediu suave olhando para a mãe pelo retrovisor.

—Não se preocupe, filhote. - ela segredou e piscou para ele, antes de dedicar a sua atenção a mim. -Você nasceu em Londres, Cíntia?

—Não. Nasci no Brasil, na cidade de São Paulo. - disse e a vi ficar surpresa com o meu local de nascimento.

—Verdade?! O Brasil é um local incrível, já viajamos para lá várias vezes, temos até uma casa em Angra dos Reis no estado do Rio de Janeiro, sempre passamos a virada do ano lá. Você já foi ao Rio, Cíntia?

—Não, vim para Londres com quatro anos, por isso não me lembro de muita coisa.

—Entendo, você senti falta da sua cidade natal? Porque também não nasci aqui e sinto muita falta da minha terra natal. Uma saudade que mato, quando viajo para lá uma vez ao ano. - ela disse e parei um segundo antes de responder a sua pergunta.

Tinha vontade de visitar o Brasil e me reconectar com as minhas origens, afinal, nunca me senti uma inglesa, mas também não era uma brasileira completa.

—Na verdade, não sei Leah. - disse pensativa e ela me interrompeu.

— Porque você não sabe, Cíntia?

—Sai de lá pequena demais, quase não consigo lembrar dos meus primeiros anos no Brasil. - disse perdida em pensamentos, tentando me lembrar de algo mas sempre era em vão.

—Isso é compreensivo. Nessa idade, as crianças ainda estão no processo de familiarização com o mundo, faz parte do aprendizado delas na primeira infância. - Ethan disse usando um tom profissional enquanto fazia uma curva.

—Obrigada pela sua visão de pediatra, querido. -sua mãe disse e virei surpresa para Ethan, por saber a sua profissão.

—Você é pediatra?

—É uma das minhas especializações. Depois que me formei, escolhi a pediatria como primeira especialização, trabalhei exclusivamente nessa função durante sete anos antes de assumir o lugar do meu pai. Mesmo atuando como pediatra, fiz outras especializações que me prepararam para o cargo no qual estou agora. - ele explicou e fiquei pensativa.

Se Ethan trabalhou durante sete anos como pediatra, provavelmente no hospital Adrian Thompson, ele devia conhecer meus sobrinhos.

Não, seria coincidência demais. Afinal, ele não era o único pediatra daquele hospital.

—Por acaso, você não conhece Pandora, Alex e Ian Barnes? - questionei torcendo para que a sua resposta fosse não e ele sorriu.

—Sim. Conheço Pandora e Alex desde que tinham um ano de idade, me tornei pediatra deles quando substitui meu mentor que aposentou, fui pediatra do Ian até os quatro meses dele quando assumi a direção. Porque, você conhece as crianças Barnes? - Ethan questionou curioso à espera da minha resposta enquanto ainda tentava processar as coincidências da vida.

Ethan Thompson, o irmão caçula do meu ex-chefe e cunhado da minha amiga, era o pediatra gato dos meus sobrinhos, segundo Susan, o qual ela vivia querendo que eu conhecesse.

O universo só podia está curtindo com a minha cara mesmo.

—Sim...Eles são os meus sobrinhos. - disse e Ethan sorriu enquanto desviava os olhos por alguns minutos da pista para me ver.

—Não acredito que você é a tia das crianças Barnes?!- Ethan disse sem acreditar e concordei com a cabeça fazendo-o sorrir.

Um sorriso acolhedor e radiante, que fez borboletas dançarem no meu estômago.

—Sim, sou irmã da mãe deles. - disse tentando assimilar que finalmente o desejo de Susan e dos meus sobrinhos havia se realizado, pois havia conhecido o pediatra gato das crianças.

—Parece que o destino queria nos unir, senhorita Lopes. - Ethan disse seguro e tive que concordar, porque parecia que tínhamos que estávamos no destino um do outro e olha que nem acreditava mais nisso.

Depois de Douglas, todas as coincidências e clichês românticos, eram vistos com suspeita por mim.


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Notas finais do capítulo

Bom final de semana a todos e até segunda.



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