O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 59
Benjamin


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos, ao penúltimo capitulo da primeira parte de O Legado, desde já quero agradecer a todos por me acompanharem nessa jornada incrível, espero que tenham gostado da história de amor do Mel e da Ben.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Fazer amor com Melissa havia sido a melhor experiência que já tive na vida, nunca havia me sentindo tão completo e realizado quanto estava agora, pois nenhuma outra mulher me completou e me amou, como meu imprinting havia feito essa noite.

Era como se todo amor que sentia por ela desde a primeira vez que a vi, houvesse aumentado de tamanho, se tornando tão grande e forte como se fossemos apenas um só.

E sabia que a partir de hoje, havíamos nos tornando um só para o resto das nossas vidas.

—Obrigada. -Mel sussurrou aconchegada ao meu peito, enquanto nos recuperávamos de todas as sensações incríveis que havíamos experimentado, depois que fizemos amor pela primeira vez.

—Pelo que está me agradecendo, amor? - questionei confuso enquanto acariciava suas costas nuas sem pressa.

—Por ter sido tão carinhoso e amoroso comigo...Jamais irei esquecer como me tratou ou tudo que me fez sentir, enquanto me amava, Benjamin. -ela disse agradecida e beijei o alto da sua cabeça com carinho.

—Não precisa me agradecer, Melissa. Eu te amo, meu anjo, e jamais me comportaria de outra forma com você.

—Eu sei, mas senti que precisava agradecer. - ela disse suave antes de apoiar seu queixo em meu peito me olhando preocupada. - Você ficou magoado, pelo que disse? Se ficou me perdoe, jamais quis magoá-lo.

—Não fiquei magoado, querida.

—Tem certeza?

—Tenho, minha linda. - disse suave e a puxei um pouco mais para cima, antes de beijar seus lábios com carinho.

—Alice, realmente tinha razão. - Mel disse assim que nos separamos e a olhei confuso, sem entender do que estava falando.

—Porque minha tia Alice tem razão?

—Ela me contou que iriamos fazer amor, muito em breve...E que eu iria gostar muito. - Mel disse corando de leve ao falar a última parte, o que me fez sorrir carinhoso para ela diante da sua timidez, que sempre me encantava.

—E você gostou de fazer amor comigo? -questionei ansioso por sua resposta sem desviar os olhos dos seus, e Mel corou em um vermelho vivo demonstrando sua timidez perante o assunto.

—Eu adorei. - Mel disse animada e sorri da sua empolgação, mas de repente ela ficou séria, como se estivesse preocupada com algo. - Mas e você...Gostou de fazer amor comigo?

—Eu adorei cada momento, Mel... - disse sincero olhando em seus olhos e ela respirou aliviada, antes de acariciar seu rosto com carinho. -Tanto, que adoraria fazer amor com você de novo, isso se não estiver cansada, afinal tivemos um longo e cansativo dia hoje.

—Não estou cansada. -ela admitiu empolgada e sorri antes de beijá-la com carinho, invertendo nossas posições na cama.

—Eu te amo muito, Mel, você me faz o homem mais feliz do mundo. - admiti olhando em seus olhos cor de mel e ela sorriu carinhosa para mim.

—Você também me faz a mulher mais feliz do mundo, Ben. - ela disse apaixonada e sorri amoroso para ela antes de nos beijarmos novamente, dando continuidade à nossa noite de amor.

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—Tem certeza que não quer ajuda, querido? - Mel questionou debruçada sobre a bancada da cozinha enquanto me via preparar o nosso almoço, já que só saímos do quarto no dia seguinte para comer algo.

—Tenho querida, não precisa se preocupar, está tudo sobre controle. - disse enquanto mexia uma panela sob o olhar atento dela, que estava usando apenas a minha camisa de ontem à noite enquanto eu, usava uma calça confortável de moletom.

Havia decidido preparar um macarrão á carbonara, algo simples e rápido, mas muito saboroso e que já havia feito várias vezes para os meus sobrinhos.

—Tenho muita sorte, em ter um homem tão lindo quanto você, cozinhando só pra mim. - ela disse feliz sem tirar os olhos de mim e sorri.

—Eu que sou sortudo, por ter uma esposa tão linda quanto você. - disse apaixonado e ela corou sem graça, ficando ainda mais atraente.

—O que está fazendo, querido? - Mel questionou curiosa, tentando adivinhar o que estava preparando.

— Macarrão á carbonara, você já provou? - questionei enquanto desligava a panela que estava fritando o bacon e a calabresa picada, antes de escorrer o macarrão para colocá-lo no refratário.

—Nunca provei, ele é bom? - ela questionou curiosa e sorri, antes de começar a montar o prato.

—Modéstia à parte, o meu é uma delícia. - disse e ela sorriu para mim.

—Você é muito convencido, Benjamin Thompson.

—Você está dizendo isso, porque ainda não provou o meu macarrão á carbonara. - disse terminando de montar o prato e colocando-o no forno, antes de ir em direção a minha esposa ficando em sua frente.

Sem dizer nada apoiei minhas mãos, uma de cada lado de Melissa, que estava encostada na bancada, sem desviar os olhos dos seus.

—Na realidade, sou muito bom em várias coisas, senhorita Hastings. - disse com a voz rouca enquanto olhava para ela, sentindo novamente vontade de amá-la. -Especificamente em uma, na qual você teve uma amostra ontem à noite...E de madrugada...E hoje pela manhã...

Comecei a dizer e Melissa ficou na ponta dos pés antes de segurar o meu cabelo, me puxando para um beijo repleto de desejo e saudade. Com cuidado segurei sua cintura e a coloquei sentada na bancada da cozinha, antes de ficar entre as suas pernas que logo envolveram a minha cintura, eliminando assim qualquer distância entre nós. Nos beijamos até que o forno elétrico apitou, anunciando que o prato havia ficado pronto.

—Preciso ver...O nosso almoço. -sussurrei entre um beijo e outro e Mel me deu um último beijo antes de me soltar.

—Só vou soltá-lo porque estou morrendo de fome. - ela segredou e sorri concordando lhe dando um último beijo, antes de me afastar dela para ver o forno.

Assim que a comida estava pronta, Mel me ajudou a arrumar a mesa antes de nos sentarmos para almoçar, com a mesma cumplicidade da qual desfrutamos no jantar de ontem.

—Hum...Você realmente tem razão, isso está uma delícia. - Mel disse depois que engoliu a primeira garfada e sorri feliz por poder agradar minha esposa, mesmo que fosse nas pequenas coisas, uma boa comida.

—Fico feliz que tenha gostado, meu anjo.

—Se eu continuar comendo a sua comida, vou ter que entrar urgente em uma academia, para gastar todas as calorias que estou adquirindo. - ela disse de repente e sorri sem acreditar no que Mel havia acabado de falar.

—Mel, meu anjo, você não precisa de nada disso. Você é perfeita do jeito que é.- disse olhando em seus olhos e ela me olhou insegura.

—Tem certeza disso? -ela questionou insegura e segurei sua mão por cima da mesa, olhando em seus olhos.

—Tenho. Melissa, você é linda por dentro e por fora, uma das pessoas mais lindas que já tive a chance de conhecer, meu amor. Mas sei de algo, que poderá ajudá-la a gastar muitas calorias sem pôr os pés em uma academia. -disse sorrindo para ela com segundas intenções, sem que a mesma desse conta.

—Verdade? Que tipo de exercício é esse? - Mel questionou interessada, deixando seu almoço de lado para me dar atenção.

—Do tipo que fizemos muito no nosso quarto, ontem à noite e hoje de manhã. - segredei malicioso para ela que corou sem graça, enquanto sorria e me inclinava para beijar seus lábios com doçura, antes de me sentar novamente na cadeira e voltarmos a comer.

Mandei uma mensagem para a minha mãe, assegurando que estávamos bem, já que ela havia ligado várias vezes e mandado inúmeras mensagens preocupadas com o nosso sumiço, assim que a tranquilizei foi a vez de ligar para minha irmã mais velha. Afinal, não falava com Ária desde que havia me recuperado e sabia que ela deveria estar louca de preocupação, com a minha falta de noticiais.

—Benjamin, graças a Deus que ligou. Você me deixou apavorada com o seu sumiço, achei que tivesse acontecido o pior e ninguém havia tido a coragem de me falar. - Ária disse aflita e suspirei culpado, afinal minha irmã tinha razão.

—Me desculpe, mas foram dias tumultuados. - disse dentro do meu quarto enquanto via minha esposa sentada na varanda que possuíamos no cômodo, tomando uma taça de vinho enquanto via o sol se pôr entre as árvores da floresta.

—Você está mesmo bem? Ou só está disfarçando a voz para não me preocupar, como já fez antes? - ela questionou séria do outro lado da linha.

—Eu estou bem, Carol. - disse e sorri ao olhar novamente para minha mulher. - Na verdade, estou muito mais do que bem.

—Isso parece frase de um homem apaixonado. Papai me contou que você e a Mel, fugiram para a sua casa, mas pelo tom da sua voz essa casa não é só sua agora. Não é verdade?

—Não, ela é minha e da Mel. É a nossa casa...Onde pretendemos viver e construir uma família. - disse e minha irmã sorriu empolgada do outro lado.

—Por favor, me diga que vocês estão se esforçando muito, para me transformar em titia. - Ária implorou do outro lado da linha e sorri, pois sabia o quanto ela queria ser tia.

—Odeio estragar a sua alegria, mas ainda não iremos transformá-la em titia tão cedo. Mel ainda é nova demais para ser mãe, além de estarmos juntos a poucas semanas.

—Mas e você? Acha que é novo demais, para ter um filho? - minha irmã questionou curiosa pela minha resposta.

—Não, já tenho quase vinte e nove anos, Ária. Mas já viagem pelo mundo e vivi muitas coisas, ao contrário da minha mulher, que está começando a viver agora. Séria egoísta da minha parte, privá-la de conhecer o mundo, além do mais, você sabe que só posso ter um filhote quando a magia Quileute assim desejar.

—Eu sei, e você tem razão. Melissa precisa viver um pouco antes de ter um filho, só espero que você consiga resistir como o papai e a mamãe conseguiram. Desejo sorte aos dois. - minha irmã desejou amorosa do outro lado da linha.

—Obrigado, Ária.

—De nada, mas não foi só para me dizer que está tudo bem que você ligou, não é?

—Não. Liguei também porque quero que autorize, a minha transferência e a da Mel da sede dos laboratórios Thompson, para a filial em Forks. E que você torne público, um novo edital de contratação de um farmacêutico assistente para a sede, daqui há alguns dias voltarei para a Inglaterra e poderemos fazer as entrevistas, para que lhe ajude a escolher o candidato mais qualificado para a vaga.

— Tudo bem, não se preocupe, pois farei tudo o que me pediu, mas vocês têm certeza disso? Afinal, morar juntos em outro país é um passo muito grande, ainda mais para vocês que nem tem um mês de relacionamento.

—Sabemos que é uma mudança muito grande, Carol, mas estamos conscientes de tudo isso, pensamos e conversamos muito sobre esse assunto, antes de ligar para você. - assegurei e ela concordou do outro lado da linha.

—Confio em sua escolha, Ben. Você sempre foi sensato e responsável, tudo que posso fazer como sua irmã, é dizer que estou muito feliz por vocês e espero que sejam muito felizes.

— Obrigado, irmã, você não sabe o quanto é bom saber que apoia a nossa decisão.

—Conheço esse tom de voz, maninho. O que está lhe deixando preocupado?

—Estou preocupado com a reação da família da Mel, quando souberem que ela decidiu morar comigo em La Push.

—Você tem medo que Melissa mude de ideia, se a família não apoiar a mudança de vocês? - Ária questionou e respirei fundo tentando acalmar meus temores.

—Não. Sei o quanto Mel me ama e está decidida em ficar comigo, mas não queria magoar a sua família com a nossa escolha. Queria que todos pudessem ficar felizes com a nossa felicidade.

—E eles ficarão irmão, tenho fé que tudo irá se resolver. - minha irmã disse esperançosa e agradeci por seu carinho.

—Eu também espero, Carol. Porque sinceramente, não consigo mais me imaginar longe da Mel. - disse olhando para a minha esposa que estava tão linda ali admirando o anoitecer.

—Agora me diga uma coisa, você e a Mel, já experimentaram a banheira da suíte master? - Ária questionou curiosa e corei sem graça diante da pergunta indiscreta da minha irmã, que havia me recomendado o modelo daquela banheira, pois segundo a mesma ela era incrível para um casal.

—Sim. - disse sem graça enquanto corava e ela sorriu feliz do outro lado da linha.

—E vocês gostaram? - ela questionou curiosa por detalhes e senti meu rosto ficar ainda mais quente.

—Sim. - disse sem graça e minha irmã sorriu feliz pela notícia.

—Sabia que ia gostar. Henry e eu, fizemos o Arthur na nossa.

—Ária, você está dando detalhes demais. - disse envergonhado por ouvir tal revelação da minha irmã mais velha, que sorriu do meu constrangimento.

—Como se você não tivesse feito o mesmo na sua com a sua mulher. - ela comentou me deixando envergonhado antes de sorrir.

Conversarmos mais um pouco, antes de nos despedirmos e desligarmos. Respirei fundo algumas vezes, tentando dissipar todo o constrangimento que minha irmã havia me feito passar antes de me juntar a minha mulher em nossa sacada.

Passamos dois dias incríveis na nossa casa, aproveitando a companhia um do outro enquanto desfrutávamos do nosso lar, que havia ficado incrível. Assim que tive tempo, liguei para a minha madrinha e tia Alice, e lhes agradeci pelo trabalho incrível que haviam feito no local.

Depois que recebi a autorização do concelho Quileute, para ficar apenas uma semana fora resolvendo minhas pendências pessoais e profissionais em meu país natal, embarcamos de volta para a Inglaterra, mas antes de parti agradeci a todos os meus familiares e amigos, que deixaram suas vidas de lado para me ajudarem quando mais precisei.

 Jamais esqueceria o que haviam feito por mim, principalmente por minha esposa, por quem a cada dia ficava ainda mais apaixonado e orgulhoso. Em tão pouco tempo, Melissa havia se tornado uma mulher tão forte e destemida, sendo meu ponto de equilíbrio e razão nos momentos que mais precisei, sem perder sua doçura e timidez.

Enfrentamos tantos desafios para ficarmos juntos, desde o seu receio por se envolver com o chefe, a possibilidade de sua família se opor ao nosso romance e por último, o fato da minha prima usurpar o meu lugar de alfa e líder, quase me matando no processo. Mesmo diante de tudo isso, Melissa continuou ao meu lado, me amando e me apoiando, sempre me mostrando o melhor caminho a seguir, se tornando o meu porto seguro.

—Para onde estamos indo? - ela questionou confusa assim que percebeu que não estávamos indo em direção a casa dos seus pais, após desembarcarmos do jatinho hoje à tarde.

—Queria lhe mostrar um lugar, antes de deixá-la em casa. - disse desviando os olhos da estrada para vê-la.

—Tudo bem, mas só para deixar claro, meu amor, a minha casa é em La Push ao lado do meu marido. - ela me lembrou suave e concordei sorrindo orgulhoso por sua resposta, antes de voltar minha atenção a estrada. -Mas que lugar é esse que você gostaria de me mostrar?

—É uma surpresa, já estamos quase chegando. - disse enquanto fazia uma curva, entrando na rua larga e arborizada onde ficava a mansão da minha família.

Estacionei perto da calçada, pois não queria me aproximar muito da casa com medo de que o cheiro das flores do jardim, provocassem uma crise alérgica em Melissa.

—Onde estamos Ben? - ela questionou confusa assim que tirei meu cinto de segurança e virei para vê-la.

—Estamos no bairro em que nasci e cresci. Sempre quis trazê-la aqui, mas tinha medo de machucá-la por causa da sua alergia. Enquanto estávamos em La Push, conversei com meu padrinho, que exerce medicina a séculos, sobre a possibilidade de levá-la até a casa dos meus pais. Ele me assegurou que não haveria problemas, desde que estacionasse afastado da casa e ficássemos dentro do carro com as janelas fechadas.

—Porque queria que conhecesse a casa dos seus pais, amor? - ela questionou me olhando nos olhos.

—Porque queria que conhecesse o lugar que nasci e cresci, assim como conheci o lugar que cresceu. Porque sei o quanto isso é importante para você, porque foi para mim também. Só queria poder lhe dar muito mais...- comecei a me desculpar e ela tirou seu cinto de segurança antes de segurar meu rosto em suas mãos.

—Amor, está tudo bem. Só de você me trazer aqui, mesmo que seja apenas no portão da frente, já significa muito pra mim. Obrigada, por me permitir conhecer o lugar onde nasceu e cresceu, Benjamin. -ela disse emocionada e acariciei meu nariz com o seu, antes de beijar seus lábios com carinho.

—Quer saber onde fica o meu quarto? - questionei assim que nos separamos para respirar.

—Adoraria. - ela disse sincera enquanto me olhava nos olhos.

—Está vendo aquela janela a esquerda, perto da sacada principal, que está de frente para nós? - questionei apontado para o local onde ficava meu quarto de solteiro.

—Sim.

—Meu quarto é ali, durmo nele desde que era recém-nascido. A sacada ao lado do meu, pertence ao quarto dos meus pais, onde nasci no dia quinze de dezembro. Fui o primeiro Thompson a nascer na mansão depois de mais de cinquenta anos, o meu antecessor foi meu avô paterno, Adrian, que não cheguei a conhecer porque morreu antes de eu nascer. - expliquei enquanto lhe contava todos os detalhes da mansão que estava a gerações na minha família, mais especificamente de tudo que havia no meu quarto. -A posse da mansão sempre passou para o filho mais velho, agora ela está em posse do meu pai, depois seguirá direto para as mãos de Ethan, já que Ária e eu abdicamos dela.

—Porque abdicou da casa da sua família, amor? Ela faz parte do seu legado, você não deveria ter...- ela começou a dizer e segurei o seu rosto em minhas mãos, enquanto olhava em seus olhos.

—Eu deveria sim e sabe porquê? Porque você, não poderia viver comigo aqui...Porque não poderíamos formar uma família na mesma casa, em que nasci e cresci. Melissa, você é o meu grande amor e não me vejo vivendo sem tê-la ao meu lado, sei o quanto a casa da minha família é importante, mas a mulher que eu amo, é muito mais importante pra mim.-disse seguro e seus olhos se encheram de lágrimas enquanto me olhava.

—Eu te amo tanto, meu amor. - ela disse emocionada antes de me beijar com carinho.

Sem interromper o nosso beijo, a puxei para o meu colo antes de envolver sua cintura com as minhas mãos, enquanto Mel segurava meu cabelo tentando evitar que me afastasse dela, algo que jamais faria.

Desde que havíamos feito amor, não conseguíamos mais ficar longe um do outro. Parecia que nunca estávamos satisfeitos, só conseguíamos nos separar por algumas horas para realizarmos necessidades básicas, antes de voltarmos a ficar trancados no quarto por horas.

Saber disso alegrava minha mãe, que aguardava ansiosa pela chegado de mais um neto, mesmo assegurando que não havia nenhuma possibilidade disso acontecer tão cedo, pois nos preveníamos, mesmo que só pudesse engravidar minha esposa quando a magia Quileute quisesse, isso se nós dois decidíssemos que era o momento certo para sermos pais.

Mas a dona Leah era esperançosa, ela acreditava que não aguentaríamos tanto tempo assim, afinal o efeito da magia era muito mais forte em mim e na minha fêmea, do que foi nos meus pais. Sempre soube que como alfa e líder tribal, era o meu dever dar continuidade a linhagem de Lyva, assegurando o meu legado que já esteve em risco, mas queria muito aproveitar o momento que estávamos vivendo agora, antes de termos o nosso tão desejado filhote.

Ficamos namorando um pouco no meu carro antes de seguir em direção a casa dos pais de Mel, que nos receberam com muitos abraços e inúmeras perguntas preocupadas, sobre tudo que havia acontecido na terra natal da minha mãe. Assegurei aos dois que não havia acontecido nada grave, apenas alguns problemas familiares que conseguimos resolver sem maiores danos, o que lhes deixou aliviados.

—Fico feliz que tudo tenha se resolvido da melhor maneira possível, rezei muito para que isso acontecesse. - Sophia disse amorosa enquanto nos servia uma xicara de chá.

—Mel me contou sobre a preocupação de vocês e lhes agradeço muito, por terem rezado por nós. - disse suave sentado ao lado de Melissa, enquanto seus pais e sua avó estavam sentados em nossa frente, já que Theo estava no Conglomerado e Daniel ainda estava em lua de mel.

—Como é a terra dos lobos, abelhinha? -Athena questionou curiosa olhando para a neta que sorriu amorosa.

—Ela é maravilhosa, vovó. Tenho certeza que a senhora iria adorar La Push.

—Isso é um convite, abelhinha e lobinho? - Athena questionou animada enquanto nos olhava e Mel virou para me ver, esperando por minha resposta.

—Sim, Athena. Você sempre será bem-vinda em La Push.- assegurei sério e ela sorriu feliz por minha resposta.

—Vou subir e ligar para a Judy, ela vai adorar saber que poderemos visitar a terra dos lobos. - Athena disse empolgada enquanto se levantava do sofá antes de subir as escadas.

—É bem capaz, de na sua próxima viagem a La Push, minha mãe embarcar de maneira clandestina no jatinho da sua família, Ben. -Will brincou sorrindo antes de tomar o seu chá e Sophia concordou, enquanto nos dois nos entreolhávamos antes de eu voltar a falar.

Havia conversado com Melissa e lhe dito que queria estar ao seu lado, quando contássemos aos seus pais que iriamos morar juntos em outro país.

—Will e Sophia, precisamos ter uma conversa muito séria. - disse olhando para os meus sogros que ficaram preocupados com minhas palavras.

—Aconteceu alguma coisa grave com vocês, enquanto estavam em La Push? - Sophia questionou preocupada enquanto nos analisava com mais cuidado, como se estivesse em busca de qualquer sinal que comprovasse que algo de ruim havia acontecido conosco.

—Não Sophia, estamos bem, não precisa se preocupar. - assegurei suave antes de respirar fundo, tomando coragem para o que iria falar a seguir. -Depois que resolvi meus problemas familiares em La Push, percebi que não poderia mais continuar morando na Inglaterra, porque tinha responsabilidades com o meu povo e eles precisavam de mim, por isso decidi que me mudaria para a terra natal da minha mãe.

Com carinho Mel entrelaçou sua mão a minha, enquanto desviada minha atenção dos seus pais para vê-la.

—E eu decidi me mudar com o Benjamin. -minha esposa disse e seus pais piscaram confusos, sem entender o que sua filha havia acabado de falar.

—Quer dizer...Que vocês irão morar juntos? Morar juntos em outro país? - Sophia questionou ainda sem acreditar no que havíamos acabado de falar.

—Sim. - eu e Melissa dissemos enquanto meus olhos estavam em Will, que ainda não havia falado nada, desde que havíamos anunciado que moraríamos juntos.

—Vocês dois tem certeza? Morar juntos, é um passo muito importante para um casal e vocês só tem semanas de namoro, ainda nem possuem uma base sólida para um passo desses. - Sophia disse preocupada enquanto nos olhava.

—Temos certeza, mamãe. Sabemos que temos poucas semanas de namoro, mas nós nos amamos e sei que tudo dará certo. - Mel disse suave e concordei ainda olhando para o meu sogro, a espera de alguma reação sua.

—Benjamin, me acompanhe até o meu escritório, quero falar a sós com você. -Will disse sério se levantando do lugar em que estava sentado.

—Claro, Will. - disse me levantando do sofá e Mel segurou a minha mão me impedindo de deixa-la.

—Nada disso. Porque não pode conversar com o Benjamin na nossa frente, papai? - ela questionou se levantando do sofá e ficando em pé ao meu lado.

—Porque é uma conversa, que um pai deve ter a sós com o namorado da sua filha. - Will explicou sério enquanto olhava para a filha, antes de começar a caminhar em direção ao seu escritório.

—Você não precisa entrar naquele escritório, Ben. Não precisa se quer ouvir o que meu pai tem a dizer, sou adulta e posso muito bem tomar as minhas próprias decisões. - Mel disse séria me olhando nos olhos, tentando impedir que conversasse a sós com seu pai.

—Eu sei meu amor, mas devo isso a ele. Afinal, a filha dele irá deixar a sua casa, para viver comigo, se estivesse no seu lugar faria a mesma coisa. - disse suave acariciando o rosto de Melissa antes de beijar a sua testa com carinho e seguir para o escritório de Will.

—Feche a porta e se sente, por favor. - ele disse sério indicando uma cadeira a sua frente, assim que entrei no escritório e o encontrei sentado à minha espera.

Sem dizer uma palavra me sentei em sua frente, sob o seu olhar atento a espera de que ele começasse a falar.

—Quero que saiba de uma coisa senhor Thompson, Melissa é o meu bem mais precioso, assim como seus irmãos mais velhos, e não irei admitir que tire a minha filhinha dessa casa, para fazê-la infeliz. Se ela sair desse teto para morar com você, espero que a trate da maneira que minha filha merece, porque se não, esquecerei a simpatia que tenho por você. Estamos entendidos? - Will questionou sério sem desviar os olhos dos meus.

—Estamos. Isso quer dizer que o senhor, não se opõem da Melissa ir morar comigo?

—Não é uma noticia que me agrade, afinal vocês estão juntos a tão pouco tempo, mas como ela mesma disse a pouco na sala, Melissa é adulta e responsável por suas decisões. Não posso mais proibi-la de nada e deixa-la de castigo, como quando era criança. Tudo que posso fazer agora que é adulta é aconselhá-la, mas a escolha final sempre será dela. - ele explicou suave e concordei olhando em seus olhos. -Tudo que peço, é que cuide da minha garotinha, que a ame e a proteja, como se ela fosse o seu bem mais precioso. Se por algum motivo, a relação de vocês não der certo, por favor, não maltrate a minha filha...Apenas a traga de volta para mim, pois a receberei de braços aberto e com todo o amor do mundo. O mesmo amor que sinto por ela, agora que estou deixando-a partir. Apenas, me prometa Benjamin, só assim conseguirei ficar tranquilo, em ver minha filha partir dessa casa com você.

Com cuidado coloquei minha mão em cima da sua e o olhei com carinho, tentando tranquilizar o seu coração de pai preocupado.

—Eu prometo, Will. A partir de hoje, Melissa será o meu bem mais preciso, irei amá-la e protegê-la de tudo até o fim dos meus dias. - jurei olhando em seus olhos e ele me agradeceu emocionado antes de nos abraçarmos.

Depois que comunicamos nossa decisão a todos, inclusive aos irmãos da minha esposa que não ficaram tão felizes com a notícia, mas respeitaram a decisão da irmã caçula, nos preocupamos em resolver todas as outras pendencias que ainda tínhamos na Inglaterra.

Ária havia conseguido nos transferir para a filial em Forks, onde continuaria a exercer a mesma função que tinha na sede dos laboratórios, já Melissa ficou responsável por gerir toda a logística da filial de distribuição dos medicamentos gratuitos que havia no local, o que deixou minha esposa radiante, pois sabia o quanto ela amava  a área social do conglomerado.

Após tudo resolvido e com a nossa mudança já enviada para La Push, nos despedimos de todos antes de embarcamos no jatinho da família, em direção a nossa nova vida.


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Notas finais do capítulo

Imagem do capitulo?
Mansão Thompson:
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