O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 111
Melissa


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindo a mais um capitulo da reta final de O Legado part.2, que traz uma narração especial pelo posto de vista da Mel, espero que gostem da novidade.
Segunda, voltarei com o grand finale e a surpresa.
Boa leitura para todos.

Música do capitulo:
https://www.youtube.com/watch?v=dcnd55tLCv8

Imagem do capitulo:
Kyra:
https://i.pinimg.com/564x/30/3d/45/303d45a8100e838bde1a5d7b969b035c.jpg



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Isso não podia estar acontecendo... Não desse jeito.

Estava cedo demais para que minha filha nascesse e além do mais, nem meu marido ou a minha mãe estavam aqui, constar isso e ver o desespero de Cíntia, enquanto segurava a minha mão, me fez chorar de desespero, porque nada do que planejei para esse momento estava saindo como o esperado.

—Mas que gritaria toda é essa meninas? - Leah questionou confusa descendo as escadas, usando apenas um roupão e Cíntia apontou desesperada para a poça de água que estava embaixo de mim, enquanto eu só conseguia chorar assustada, porque não estava pronta para dar à luz naquele momento.

—Ainda está cedo demais, para ela nascer...- Leah disse preocupada correndo em nossa direção, me ajudando a sentar no sofá enquanto minha amiga tremia e chorava, nem poderia culpá-la porque estava da mesma forma. -Preciso que as duas tentem ficar calmas, vai dar tudo certo. Mel, qual é o intervalo das suas contrações?

—Eu não sei...Deus...Benjamin nunca me deixou sozinha, justo na única vez que ele deixa a nossa filha resolve nascer...- disse entre lágrimas, com dor e assustada, por tudo que estava acontecendo.

—Querida, vai ficar tudo bem. Não se preocupe, vou ficar ao seu lado o tempo todo segurando a sua mão, não precisa ficar assustada. - Leah prometeu segurando a minha mão, antes de pedir a Cíntia que pegasse seu celular para cronometrar o intervalo das minhas contrações, que estavam cada vez mais fortes e com menos intervalos entre si.

Em seguida minha sogra me examinou, para saber quantos centímetros de dilatação eu estava e pela sua expressão sabia que a notícia não era boa, me deixando ainda mais nervosa e assustada.

—Me ajude a levar a Mel para cima, Cíntia, preciso que tente ficar calma, porque vou precisar da sua ajuda. - Leah disse para a minha amiga e naquele momento soube que minha bebê estava a caminho.

Apavorada com tudo o que estava acontecendo, comecei a implorar para São Lucas, o padroeiro da minha família, para que trouxesse meu marido para casa, pois não conseguiria passar por isso sem tê-lo ao meu lado.

—O que está acontecendo? Porque todas estão assustadas desse jeito? - ouvi a voz que tanto queria ao meu lado, me fazendo chorar de alivio e gratidão por ter novamente meu pedido atendido por São Lucas.

—Estamos assustadas porque a sua filhotinha vai nascer, Ben. Me diz que seu pai e o Ethan, também estão aí? - minha sogra questionou séria para o meu marido que piscou confuso, sem entender o que havia ouvido, antes de eu começar a gemer de dor.

Como se despertasse do transe em que estava Ben correu para o meu lado, me pegando no colo a pedido da sua mãe, me levando para o nosso quarto enquanto todos nos seguiam para o andar de cima.

—Achei que...Iria me deixar sozinha nesse momento. - sussurrei com dor e assustada, enquanto meu marido me colocava na cama com cuidado, sem deixar de olhar nos meus olhos.

—Eu nunca vou te deixar sozinha, amor. Fiz meu pai voltar no meio do caminho, porque sabia que alguma coisa estava acontecendo com você, mas nunca pude imaginar que era a nossa filhotinha que estava a caminho. -Ben disse sorrindo amoroso para mim e apertei a sua mão com força, gemendo de dor enquanto ele acariciava meu rosto com a mão livre, me falando palavras de conforto.

—Ela não está pronta, Benjamin... A nossa filhotinha vai nascer, antes da hora...- disse entre lágrimas, preocupada que algo de ruim pudesse acontecer ao meu bebê não nascido.

—Eu sei, amor, estou tão preocupado quanto você, mas a nossa filhotinha é forte e corajosa, como a mãe dela, tenho certeza que ela ficará bem. -Ben assegurou e beijou a minha testa com carinho, antes da sua família entrar no nosso quarto.

—Mel, querida, sei que está assustada, preocupada e com dor, mas preciso que confie em mim. Vou fazer de tudo, para que a minha neta nasça bem e em segurança, mas preciso que colabore comigo. Pode confiar em mim? -meu sogro questionou com a voz calma me olhando nos olhos, assim que se sentou ao meu lado perto do seu filho.

—Eu cofio em você, Elliot. - disse sincera olhando em seus olhos e ele concordou, antes de se inclinar para beijar a minha testa com carinho assegurando que tudo ficaria bem, começando em seguida a dar instruções para todos.

—Leah, vou precisar que me auxilie durante o parto. Ethan e Cíntia, preciso de todas as toalhas novas da casa e água quente, antes da minha neta nascer e precisar que a examine, filho, e ligue também para a emergência, pedindo uma ambulância com UTI neonatal. Ben, preciso que fique ao lado da sua esposa, ela vai precisar do seu apoio agora. - Elliot explicou olhando para cada um, logo eles seguiram em suas missões, antes dele voltar a sua atenção a mim. -Suas contrações estão com o intervalo muito curto entre elas, Mel, assim que sentir dor quero que empurre com toda a sua força. Tudo bem?

—Tudo bem. - disse assustada com tudo o que estava acontecendo, mas assim que olhei para o lado e vi os olhos castanhos do homem que eu amava, me assegurando que tudo iria ficar bem, respirei fundo me enchendo de coragem, antes de começar a fazer força quando era solicitado.

Passei o que me pareceu uma eternidade fazendo força, sem ouvir o choro da minha filha o que estava me deixando apavorada, de que pudesse ter acontecido algo de errado com ela.

—Ben, porque ela ainda não nasceu?! Será que tem algo errado, com ela? - questionei exausta para o meu marido, que aparentava estar tão preocupado quanto eu, mas disfarçava para não me assustar mais do que já estava.

—Não há nada de errado, meu anjo. Tenho certeza, que ela só está esperando o momento certo...Não precisa ficar com medo, tudo irá dar certo, apenas tenha fé. - meu marido disse segurando a minha mão, antes de beijar a minha testa suada com carinho e meu sogro me pedir para fazer força novamente.

Reunindo toda a força que ainda possuía dentro de mim, empurrei sem parar até cair exausta nos braços do meu marido que me amparou, antes de começarmos a escutar um choro alto, anunciando que a nossa filhotinha havia nascido.

—Você conseguiu meu amor, estou tão orgulhoso de você. -Benjamin disse amoroso para mim, enquanto ainda me mantinha nos seus braços, antes de beijar a minha testa com carinho.

—Ela está bem? - questionei sem forças para o meu marido que desviou sua atenção de mim olhando para a frente, preocupada segui seu olhar e vi meu cunhado com o estetoscópio no ouvido, antes de tirá-lo e olhar para nós, me deixando apreensiva de que meu bebê não estivesse bem.

—Ethan, nossa filhotinha...- Ben questionou angustiado enquanto olhava para o irmão, que sorriu, nos fazendo respirar aliviados.

—Ela é perfeita, Ben e Mel, apesar de ser de oito meses. Gostaria de fazer as honras e cortar o cordão umbilical da sua filha, irmão? -meu cunhado questionou sorrindo para nós e meu marido me olhou, questionando com o olhar se poderia me deixar a sós por alguns instantes e concordei.

Benjamin beijou a minha testa com carinho, antes de se afastar de mim e caminhar em direção ao irmão, que lhe entregou uma tesoura e explicou onde ele deveria cortar. Vi a emoção tomar conta do meu marido assim que seu pai, lhe entregou um pequeno embrulho no colo, o qual ele o pegou como se fosse o tesouro mais precioso desse mundo.

Sem dizer uma palavra, Benjamin se inclinou para beijar o pequeno embrulho no colo, sorrindo entre lágrimas para ele, antes de sentir seu cheiro e sorri emocionada por presenciar o primeiro momento de pai e filha, entre as duas pessoas que mais amava nesse mundo.

—Tem alguém ansiosa para conhecer você, minha lobinha. - meu marido disse sorrindo apaixonado para o pequeno embrulho, enquanto caminhava em minha direção e sorri ansiosa para ter a minha pequena no colo pela primeira vez.

Com cuidado, Benjamin colocou nossa filha no meu colo e sorri entre lágrimas assim que vi seu rostinho rosado e curioso, me encarando com lindos olhos castanhos cor de mel, idênticos aos meus. Emocionada, segurei sua mãozinha enquanto olhava para a minha filha, como um cego que via a luz pela primeira vez, encantada por ter feito junto com o homem que amava, uma menininha tão linda e perfeita como ela.

A nossa garotinha, era uma mistura perfeita nossa.

Ela possuía meus olhos, o formato do meu rosto e das minhas mãos, mas o nariz e a cor dos cabelos assim como o sorriso, mesmo que banguela, eram do pai, o que me deixou ainda mais apaixonada por ela.

Minha filha...

Sorri em pensamento, enquanto acariciava o seu rosto com cuidado com a ponta dos meus dedos, com medo de machucá-la diante da sua fragilidade. Perceber isso me deixou apavorada, com medo de que não pudesse ser forte o suficiente para protegê-la como devia, mas logo me lembrei que minha mãe sempre dizia, que as mães são capazes de se transformar em verdadeiras leoas para defender suas crias, e pela minha filhotinha seria capaz de tudo.

—Ela é perfeita, Ben. - disse sorrindo emocionada segurando a mãozinha da minha filha, desviando os olhos dela para ver o meu marido que estava sentado ao meu lado, sorrindo todo orgulhoso pela filha que havíamos acabado de ter.

—Sim, meu amor. A nossa filhotinha é perfeita. Obrigado, Mel por me dar a filha mais linda e perfeita, que se quer imaginei que teria. Eu te amo, muito, meu anjo. -ele disse agradecido e sussurrou um eu te amo também, antes dele me envolver nos seus braços beijando meus cabelos, enquanto ficávamos admirando a nossa filhotinha que nos olhava com extrema curiosidade.

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Depois que a ambulância chegou a minha casa, fui levada ao lado da minha filha para o hospital, para que pudéssemos ser examinadas para saber se tudo estava bem, mesmo que não tenha acontecido nenhuma complicação durante o parto. Por segurança, minha obstetra fez questão de nos manter em observação no hospital por vinte e quatro horas, o que segundo meu sogro era um procedimento de rotina e que não devíamos nos preocupar, porque a nossa garotinha estava bem, mas só conseguiria ficar calma quando a tivesse novamente nos meus braços, já que a enfermeira havia levado minha bebê para o berçário e não havia voltado.

—Porque eles estão demorando tanto para trazerem, a nossa filhotinha? -questionei preocupada deitada na cama do quarto de hospital, impaciente por estar longe da minha filha.

—Também estou preocupado, meu amor, mas meu irmão disse que é normal essa demora, não se preocupe porque Ethan me garantiu que não sairia de perto dela. - Ben garantiu sentado na ponta da minha cama, já que ele me acompanhou durante todos os exames enquanto meu cunhado ficava com a minha bebê durante os exames dela.

—Quer saber, eu mesma vou atrás da minha filha. - disse decidida afastando o cobertor do hospital, mas antes que pudesse me levantar meu marido me impediu e olhei feio para ele.

—Você precisa ficar deitada, meu anjo, para poder se recuperar do parto. - ele disse sério me segurando na cama e suspirei contrariada.

—E se alguma coisa acontecer com ela? E se alguém fugir com a nossa garotinha, Benjamin? Você como pai dela, devia estar tão preocupado como eu. - disse magoada por ele não está nervoso e meu marido sorriu carinhoso, me deixando confusa com a sua atitude.

—E quem disse que não estou, Melissa? Ela é a minha filhotinha, um pedaço meu e da mulher que amo, posso estar aqui com você de corpo presente, mas todos os meus sentidos estão conectados com os dela, sei onde ela está por causa do seu cheiro e das batidas do seu coração. Se alguém tentar algo contra a nossa filhotinha, vou saber e não terei misericórdia para quem ousar machucar um fio de cabelo dela. - Benjamin disse severo a ultima parte e naquele momento, soube que meu marido não estava falando em tom de brincadeira, o que me deixou mais calma em saber que ele estava tão preocupado quanto eu.

—Será que podemos entrar? - minha mãe questionou abrindo a porta e desviei os olhos de Benjamin para olhar minha família na entrada do quarto.

—Claro, Sophia, por favor, entrem. - Benjamin disse suave convidando todos a entrarem, em seguida minha mãe veio me abraçar com força, enquanto me pedia desculpas por não ter estado ao meu lado durante o parto, mas fiz questão de tranquiliza-la dizendo que ela não tinha culpa, afinal havia sido a sua neta que tinha chegado antes da hora.

Depois que falei com a minha família e tranquilizei a todos, foi a vez da enfermeira entrar no quarto empurrando um berço com rodinhas transparente, sendo seguida de perto por meu cunhado, meus sogros e minha amiga.

—Por favor, me dê ela aqui. - implorei ansiosa para ter a minha pequena novamente nos braços e a enfermeira concordou sorrindo, antes de colocar meu bebê no meu colo.

—Oi meu amor, estava morrendo de saudades de você. - sussurrei para ela que sorriu para mim me deixando ainda mais apaixonada, mas todo o encanto acabou assim que minha filha começou a chorar desesperada me deixando angustiada sem saber o que fazer.

Percebendo meu desespero, minha mãe sorriu e se aproximou de mim me instruindo como devia amamentar a minha filha, que sugou meu seio com vontade soltando-o apenas quando estava satisfeita. Em seguida, minha mãe me ensino também como deveria colocar a minha filha para arrotar, antes dela voltar a dormir sossegada como um anjinho que era.

—Agora que a nossa filhotinha, está alimentada e dormindo, acho que está na hora de contar a todos como ela irá se chamar, não acha amor? - Benjamin sugeriu sentado ao meu lado, enquanto admirávamos a nossa pequena.

—Acho justo, meu amor, afinal todos já estão aqui. - disse desviando os olhos da nossa filha para olhar a nossa família completa no quarto, pois os últimos que faltavam chegar eram apenas meus pais e irmãos com suas esposas e a irmã de Ben com a sua família, que chegaram juntos.

Em silêncio, meu marido concordou me dando um leve beijo nos lábios, antes de beijar a testa da nossa filha e se levantar em seguida, enquanto seu pai caminhava em sua direção com uma caixa de joias de veludo preto nas mãos.

—O nome da nossa garotinha é Kyra... Kyra Melissa Hastings Thompson. - meu marido disse de forma solene e senti meus olhos se encherem de lágrimas, por saber que Benjamin havia dado meu nome a nossa filhotinha.

—É um nome lindo, Benjamin, meus parabéns aos dois. Tem algum significado especial para a escolha? - meu pai questionou curioso e todos concordaram, querendo saber o porque dos nomes, algo que eu também estava, principalmente para saber o porque do segundo, já que havíamos feito o acordo de contar apenas o primeiro nome ao outro, algo que meu marido fez quando descobrimos que estava grávida de uma menina.

—Sim, Will. Kyra, significa rainha, ou aquela que tem ampla autoridade, já Melissa, foi em homenagem a mãe dela. - Benjamin explicou olhando para mim e sorri emocionada para o meu marido, por sua homenagem.

Desviando os olhos de mim, Benjamin respirou fundo e abriu a caixa de joias que estava nas suas mãos, caminhando para mais perto da cama onde parou para retirar uma delicada medalhinha dourada do interior, entregando a caixa de joias para o seu pai, antes de voltar a falar.

— Kyra, você é uma garotinha especial, meu amor. Porque sua mãe e eu, travamos uma verdadeira guerra para que pudesse estar aqui hoje, você foi amada desde antes de nascer, minha pequena. Você foi a primeira Thompson a nascer, depois de anos. Você é a prova viva do amor que sinto por sua mãe e ela por mim, minha princesinha. -Benjamin disse emocionado enquanto nossa filha dormia serena em meu colo, aleia a toda emoção que estávamos sentindo naquele momento. - Entrego a você, que é meu bem mais precioso, a medalhinha de São Lucas, para que ele a proteja, a guarde e a defenda de todos os perigos. E que você possa entrega-la um dia ao seu filho assim como estou fazendo agora. Seja bem-vindo a sua família, meu amor.

Com cuidado, meu marido prendeu a medalhinha de São Lucas na roupinha que a nossa filha estava usando, antes de beijar a sua testa com carinho fazendo todos chorarem emocionados, por termos presenciado esse momento tão importante para Kyra, a entrega da medalhinha que ficaria com ela para sempre.

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—Quem é a lobinha linda, do papai? -ouvi Ben questionar sorrindo assim que me aproximei da porta do quarto da nossa filha, que começou a rir provavelmente das caras e bocas que o pai devia estar fazendo para ela.

Graças a Deus, no dia seguinte após o nascimento de Kyra, recebemos alta com a certeza de que estávamos bem, como era o aniversário do meu marido insisti para que continuássemos com os planos do jantar, mas Benjamin não quis, alegando que ele não precisava de festa já que havia lhe dado o melhor presente de todos, e não tive como discordar disso.

Por isso passamos o dia do seu aniversário, quinze de dezembro, deitados na nossa cama paparicando a nossa filhotinha, absorvendo com o olhar cada detalhe que fazia parte dela e fiquei surpresa por perceber, que Kyra possuía o mesmo sinal no ombro direito que o pai, segundo ele era um sinal de nascença transmitido de pai para filho.

Com a chegada de Kyra, a família toda decidiu passar as festas de fim de ano conosco porque ninguém queria se afastar dela. Tão nova e ela já havia se tornando o xodó da família inteira, a família Cullen fez questão de nos fazer uma visita depois das festas, trazendo inúmeros presentes para a mais nova integrante da família.

O que dizer da minha pequena Kyra...Minha filha era um verdadeiro anjinho, tão tranquila e serena, só chorava quando estava com fome ou quando precisava trocar a fralda. Já

Benjamin, estava se mostrando a cada dia um pai incrível, dividindo todos os cuidados da nossa filha comigo e quando ela acordava de madruga, ele fazia questão de levantar para troca-la ou trazê-la para que pudesse amamentá-la, um comportamento que deveria ser seguido pela grande maioria dos pais.

—Pronta para o seu grande dia, filhotinha? Não precisa ficar nervosa, sua mãe e eu, vamos estar ao seu lado o tempo todo, lobinha. - ouvi Ben prometer para a nossa filha e respirei fundo, me lembrando do que aconteceria hoje.

Como Kyra havia completado um mês de nascida, era dever do meu marido como líder da tribo, apresentar a sua sucessora natural perante não só o conselho como a todos da tribo, e também a matilha, para que os lobos a reconhecessem como herdeira do seu alfa, protegendo-a e jurando sua lealdade a próxima alfa.

—Vai dar tudo, certo. -sussurrei para mim mesma, respirando fundo antes de entrar no quarto para ajudar o meu marido a terminar de arrumar a nossa filha.

Assim que estávamos com tudo pronto, saímos de casa seguindo em direção ao museu que havia no centro de La Push, responsável por abrigar a história do povo Quileute assim como as reuniões do concelho, só que dessa vez a reunião seria feita na área externa para que todos pudessem participar da cerimônia de apresentação do sucessor tribal.

—Hoje é um dia muito especial e esperando por nosso povo, pois finalmente nos será apresentado a próxima líder tribal do povo Quileute. - Isacc, o ancião chefe do conselho disse no centro olhando para todos que faziam parte do povo que um dia ajudei a salvar, e do qual fazia parte agora. - Benjamin e Melissa, por favor tragam a criança.

Em silêncio, nos levantando de onde estávamos sentados e caminhamos em direção a Isacc com Kyra dormindo serena em meus braços, sem saber o que estava acontecendo a sua volta ou a importância desse dia para o nosso povo.

—Quem apresenta essa criança? - Isacc questionou assim que paramos em sua frente.

—Eu, Benjamin Clearwater, herdeiro da linhagem de Lyva, atual líder tribal do povo Quileute. - meu marido disse solene olhando para Isacc e Joana, que estava ao seu lado.

—Para que apresenta essa criança? -Joana questionou olhando para nós e Benjamin desviou os olhos dela, para ver a nossa filha, antes de olhar para a anciã a nossa frente.

—Para ser a minha sucessora natural, perante o povo Quileute. A próxima líder tribal da minha linhagem. - meu marido disse aos dois anciões que balançaram a cabeça concordando, deixando claro que aceitavam a apresentação da próxima sucessora.

—Por favor, faça o juramento, Benjamin. - Joana pediu e meu marido concordou, antes de pegar a nossa bebê no colo e segurar a sua mãozinha com carinho, enquanto sorria para ela que havia acordado e olhava para o pai de maneira curiosa, como se tentasse entender o que estava acontecendo a sua volta.

Meu marido respirou fundo, desviando os olhos da nossa bebê para olhar para todos que estavam naquela manhã quente de janeiro, esperando para conhecerem a próxima líder tribal do seu clã.

—Eu, Benjamin Clearwater, herdeiro da linhagem de Lyva, apresento ao meu clã a herdeira do meu legado, aquela que ocupará o meu lugar como líder tribal, quando chegar a hora. Prometo, protegê-la, educa-la e guia-la, para que possa se tornar uma líder melhor do que eu, protegendo assim o nosso povo, fazendo-o prosperar durante o seu reinado. - Ben prometeu solene e Isacc pegou Kyra no colo, levantando-a no ar com cuidado para que todos a vissem.

—Apresento ao povo Quileute, Kyra Clearwater, da linhagem de Lyva, a próxima líder tribal. - ele disse e logo todos fizeram uma pequena reverencia para a minha filha, reconhecendo a sua autoridade, antes de começarem a aplaudir.

Depois que apresentamos a nossa filha ao povo Quileute, foi a vez de nos reunirmos com a matilha na floresta, para lhes apresentar a sua próxima líder. Meus sogros estavam extremamente emocionados, pois seria a primeira vez que uma menina seria apresentada como a próxima alfa e futura líder tribal.

—Eu, Benjamin Clearwater, herdeiro da linhagem de Lyva, apresento a minha matilha a herdeira do meu legado, a próxima alfa da linhagem de Lyva. Prometo guia-la e ensiná-la a amar e defender o nosso povo, para que possa exercer as suas funções quando assim chegar a hora. Aceitarei e reconhecerei a sua autoridade como alfa. Aceito segui-la sem contestar suas ordens. Suas lutas serão as minhas lutas, suas dores serão as minhas dores e defenderei o seu imprinting, acima de qualquer coisa. A partir de hoje, seremos irmãos de bando e a minha lealdade sempre estará com você, minha herdeira. -Benjamin jurou olhando para a nossa filha no seu colo e se inclinou para beijar sua testa com carinho.

Em seguida, um por um dos seus irmãos de bandos, se ajoelharam em sua frente jurando lealdade para Kyra, prometendo protegê-la e segui-la como sua alfa, quando chegasse a hora.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado de saber, como a Kyra, a futura alfa da tribo Quileute, chegou ao mundo.
Beijos e até segunda.
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️



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