Que horas são?? escrita por Fósforo ambulante
Notas iniciais do capítulo
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Chiclete
Estava preocupado com minha prima.
Depois da breve discussão com Marceline, ela tinha se apressado em sair da sala e eu não fazia ideia de para onde poderia ter ido. Perguntei a mim mesmo se ela gostaria de que eu fosse atrás dela ou não. Se ela esperasse que eu a seguisse e eu não fosse, ela se chatearia mais. Da mesma forma, se eu fosse até ela, mas ela só quisesse ficar sozinha, o resultado seria o mesmo.
Não sabia o que fazer.
Normalmente ela não se exaltaria assim. Ela tinha uma personalidade predominantemente calma e nós dois sabíamos que não podíamos esperar demais do nossos colegas. O perigo estava sempre bem mais presente que o bom senso. Já havíamos passado por tantas situações parecidas e fiquei sem saber o que a teria feito agir assim.
Estava quase decidido a seguí-la quando vi o que se passava na máquina do professor Simon. Assustei-me ao ver Fionna. Os cabelos estavam cortados e ela usava óculos, é verdade, mas era definitivamente ela. Ouvi Marshall Lee explodir em gargalhadas e ser silenciado em segundos. A Fionna da tela andava em direção à nossa escola, facilmente reconhecível. Esqueci a minha prima por alguns instantes, impressionado com o que via.
De fato, a nitidez da imagem era de se surpreender. E a conversa do professor sobre ser um universo paralelo também parecia ser verdade. Um milhão de perguntas se acumularam na minha cabeça e a principal delas era o que tinha mudado no nosso mundo para ficar daquele jeito. De repente, quis ter escolhido junto deles em vez de apenas alertá-los das possíveis consequências.
— Se o incidente da Lua Nova tivesse sido pior. - O professor Simon disse ao meu lado, como se lesse meus pensamentos. Não sei como chegou ali tão rápido e tão silenciosamente.
O incidente da Lua Nova aconteceu há três anos, durante as atividades recreativas da escola. Um vírus mortal que tinha sido erradicado séculos atrás se manifestou no corpo de um aluno e o resultado foi uma catástrofe. Ele se espalhou como uma praga e quase acabou com todos os competidores do dia. Entre os sintomas, a pessoa demonstrava extrema agressividade e, em alguns casos, canibalismo. Ao contrário dos zumbis, que depois que colocarmos o antídoto no organismo, voltarão ao normal e continuarão vivos, não havia antídoto para esse vírus e a única maneira de neutralizá-lo era matando o portador.
Por sorte, Finn, Fionna, Marceline e mais meia dúzia de bons lutadores que temos no colégio acabaram com o problema antes de mais perdas. Foi difícil e conseguiram por pouco, mas as baixas foram minimizadas. Vinte alunos e quatro professores morreram nesse dia. Foi um verdadeiro desastre, apesar da performance heroica de todos eles.
— Pior quanto? - Perguntei em um murmúrio. O professor olhou para mim e, pela primeira vez desde que o conheci, estava completamente sério. Senti que as notícias não seriam nada boas.
— Noventa e três mortes.
Voltei meus olhos para a tela. Esse número é preocupante. Quase cem pessoas em uma dia. Não sei o que deu errado nesse outro mundo, mas ainda bem que não aconteceu o mesmo conosco.
De repente, não estava mais tão divertido.
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De verdade, eu também amei escrever como Chiclete. A Jujuba era meio chata, mas o Chiclete é inteligente e legal. Ai, ai...
:D