It's a Match! escrita por mandy


Capítulo 16
Certos esclarecimentos


Notas iniciais do capítulo

Olá, navegantes. Venho por meio das notas iniciais dizer que ainda estou sem computador, mas neste momento, enquanto uso um computador secundário para tentar arrumar o meu que está ruim, aproveito para atualizar a fanfiction. Aproveito também para deixar programado o próximo capítulo e dizer que, sem computador, talvez depois do próximo eu volte a demorar um pouco mais já que, mesmo escrevendo no caderno, preciso ainda passar a limpo. Espero que a tecnologia pare de me fod** :) No mais, espero que aproveitem o capítulo!



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Partimos para a área externa as três em ponto, com mochilas penduradas nas costas, cheias de besteiras comestíveis, além de uma ou duas cobertas na mão e revezando a barraca que o acampamento nos havia cedido. Eu já havia acampado uma vez com os meus pais, mas era uma experiência tão longínqua que eu quase não me lembrava de nada então, de alguma forma, eu me via positivamente ansioso. Eram os meus amigos, afinal de contas. Não que já não estivéssemos por duas semanas juntos, dividindo um mesmo quarto, compartilhando de novas idéias, mas a ideia de um acampamento com barracas e fogueira me animava.

O trajeto inteiro, no entanto, eu fiz de cabeça baixa. Sentia olhares em minhas costas e não podia distinguir se os cochichos eram fontes da minha imaginação ou se os outros realmente falavam de mim, sobre o sumiço no parque, sobre o que diabos acontece com aquele rapaz esquisito. Eu também não queria encarar a Regulus. Não queria sequer vê-lo, e somente em pensar eu sentia o meu estômago embrulhar violentamente. Não éramos muito numerosos, uma hora eu sabia que teria de encará-lo e tentava imaginar que se, talvez, agisse naturalmente como fazia antes – sem conversas, apenas uma mínima educação para com o irmão do meu melhor amigo – as coisas poderiam ser esquecidas. Eu só precisava que aquele nó na garganta deixasse de existir. Então, me concentrava nas conversas aleatórias dos meus amigos, até que chegássemos à clareira do bosque.

As barracas disponibilizadas pelos monitores suportavam quatro pessoas cada uma e, desta forma, mantivemos a organização primária, mesmo eu tendo a impressão de que a nossa especificamente estaria um pouco mais cheia. Nos divertimos enquanto montamos e, lá dentro, percebi que era confortável. Não tanto quanto a beliche do acampamento, nem comparável a minha própria cama, na minha casa, mas assim que me deitava no colchão inflável, eu sentia o corpo afundar, como se o tecido me envolvesse com braços maternos. Eu talvez estivesse cansado. Fechava os olhos por alguns segundos e, tão logo, apagava.

Não sei ao certo por quanto tempo dormi, sem celular era tudo um pouco mais difícil, mas já anoitecia fora da barraca quando despertei. Dava para ouvir vozes agitadas ao redor, além de sons que eu não pude identificar no momento. E, se antes eu estava animado, com o cérebro me dando uma trégua agora eu só pensava em dormir um pouco mais. Um pouco mais até o dia seguinte, quem sabe. Me virei de lado a fim de concretizar a ideia e quase dei um pulo do colchão, me deparando com Sirius, de cócoras, num canto da barraca.

— Porra – resmunguei, fechando os olhos e apertando à têmpora com a ponta dos dedos.

— Desculpa, eu não vi que tinha acordado... – tentou concertar, tirando de dentro da mochila o maço de cigarros e antes de guardar no bolso, pareceu mudar de ideia.

Me ofereceu um.

Eu não sabia como estávamos. Apesar de ter acordado com um clima muito melhor, eu ainda assim não sabia, deveras, como estávamos, como se as palavras de Sirius ontem houvessem sido induzidas por James, o apaziguador. Somente aceitei o cigarro porque queria que ficássemos bem, ao mesmo tempo em que pensava na minha “dívida” com eles por causa do maço que não havia comprado. Ignorando o sono, me sentei no colchão e Sirius logo fazia o mesmo, ao meu lado. Depois de acender o tabaco, ele enfim introduziu a conversa

— Você nem chegou a contar a verdade? – E, por mais que eu estivesse nervoso, eu sabia que logo o assunto seria um tema para nós, mas preferia daquela forma: nós dois, sozinhos – Se não tiver legal pra falar, não tem problema. Eu só fiquei curioso.

Balancei a cabeça numa negativa assim.

— Eu travei.

Por um tempo mais, ficamos em silêncio. Traguei o cigarro, me concentrando na densidade da fumaça em minha garganta antes de prosseguir.

— A gente ta bem?

— Porque não estaríamos? – Riu-se ele, me dando uma cotovelada de leve – Porque você gosta do Regulus?

— É porque na festa você não parecia muito feliz depois que eu e ele saímos do banheiro – encolhia os ombros assim, respirando fundo uma vez – Eu não planejei tudo isso. Só... aconteceu.

— Eu sei, eu não to culpando você. E nem to bravo ou coisa do tipo. Só que pensa comigo se... Por exemplo. Você, de repente, me encontrasse aos beijos com... O Peter! Que é meio que o seu irmão. É meio estranho, não é?!

Comprimi os lábios, segurando o riso.

— Se fosse com o James eu não estaria surpreso.

— É que o James é meu namorado – me dava uma piscadela assim, tragando o próprio cigarro por sua vez – O que acontece é: eu talvez só precise me acostumar.

— Com o que exatamente? – Eu e Regulus não estávamos juntos. E nem estaríamos, por minha própria culpa.

— Com o seu mau gosto, talvez?

E, se eu e Sirius não estávamos bem, aquele era um primeiro passo para estarmos.

O riso era a confirmação que eu precisava.

Mas então Sirius voltava ao tom mais sério, como o inicial daquela conversa:

— Eu fiquei meio chateado ontem, mas não foi por que você está gostando do Regulus – confessou – Claro, tenho coisas a digerir, mas é que fiquei meio envergonhado. Eu não cheguei a contar a vocês sobre o que aconteceu na minha casa. Depois que eu e James pegamos a última detenção o meu pai começou a pegar muito pesado, e eu não estou falando só de trancar a porta do meu quarto e me deixar sair quando ele tinha vontade apenas. Eu to falando de terror psicológico. Tirar a minha mesada? – bufou, rindo como se aquilo fosse coisa pequena – Ele estava falando de legado. Que ele me faria cumprir o legado da família, mesmo se fosse na marra. Falou de me transferir para um colégio militar. E você sabe que eu não tenho papas na língua, eu quero que o Orion, sinceramente, vá se foder. Mas daí a gente brigou antes de vir pra cá. E aí eu percebi que ele estava mesmo falando sério. Que ele não hesitaria em me bater, se preciso fosse, pra eu cumprir as ordens dele. Para “entrar na linha”, sacou?

Concordei muito lentamente, engolindo a fumaça junto ao nó na garganta.

— Eu não to falando isso para te preocupar ainda mais – continuou – Regulus sempre foi muito melhor que eu, ele conhece a nossa família como a palma da mão. É ruim porque ele sempre abaixa a cabeça, mas eu duvido que Reggie não tenha saído da linha alguma vez e, com maestria, tenha se safado disso. Ele sabe jogar o jogo de Orion e Walburga e, ainda assim, fazer o próprio jogo quando eles não estão vendo.

Eu discordava.

— Ele está preocupado com você – dizia e depois balançava a cabeça negativamente algumas vezes, corrigindo a afirmação – A sua mãe está preocupada, na verdade. E pediu pra ele ficar de olho. Ele não parece muito bem com a situação.

Sirius encolheu os ombros assim, desviando os olhos.

— Seguir essa ordem é uma escolha dele. Você entende que eu não posso mudar porque estou sendo monitorado?

— E o que vai ser quando você chegar em casa? Eles sabem sobre a festa, as bebidas...

Então ele riu amargamente, encolhendo os ombros uma vez mais.

— Eu vou sair de casa, Remus. Assim que acabarem as férias, eu pego as minhas coisas e meto o pé.

E eu não sabia se estava aliviado ou assustado com a confissão. Aliviado porque eu mal podia imaginar como era viver sob o teto de pais autoritários e violentos, então me preocupava de verdade com o que poderia acontecer partindo daí. Mas assustado porque Sirius Black era um rebelde e mimado de dezesseis anos que não conhecia absolutamente nada do mundo.

Por outro lado poderia ser um aprendizado. Não era como se ele fosse morar na rua, havia a minha casa e mesmo a do Peter, mas eu imaginava que os pais de James nunca o desamparariam, porque eles mimavam ao Sirius mais do que ao próprio filho. Qualquer coisa seria melhor do que ameaças.

Sirius apagou o cigarro na sola do sapato assim, enquanto eu fazia o mesmo. 

— Desculpa por ter despejado esse tanto de coisa em cima de você – ele continuou – Eu só não quero que fique com coisas mal resolvidas na cabeça, eu realmente não estou chateado ou bravo com você, então achei que te devia uma explicação por estar estranho ontem depois do que nos contou. Desculpa também te meter nessa de descobrir se Regulus é gay, foi ridículo, eu sei. Mas, pensando pelo lado positivo, você acabou descobrindo uma coisa importante sobre você mesmo e eu estou orgulhoso disso – estendeu a mão para mim então, fazendo sinal para que o acompanhasse para fora da barraca – A gente ta reunido na barraca da Marlene. Vamos?

Era estranho estar aliviado depois de tudo o que ele havia me contado, mas saber que Sirius ficaria bem era um bom motivo. Além ainda de ter riscado um item da minha lista de preocupações. E o acampamento já não me parecia um bicho de sete cabeças, que me animava e ao mesmo tempo me assustava. O bicho deveria ter agora só umas... Cinco cabeças? Era melhor do que sete.

Segui junto dele para a barraca de Marlene então e, mesmo que estivesse meio apertada, o calor humano era bem vindo. Nem Sirius nem James haviam comprado qualquer bebida alcoólica, mas Marlene realmente não parecia dar a mínima para as regras internas. Inteligente, no entanto, ela nos passava garrafinhas de refrigerante, misturadas com vodca, enquanto lá fora o falatório continuava. Eu não bebi. A nossa monitoria não era muito severa, apesar de toda a bronca. Os monitores tinham as suas próprias barracas, acompanhavam a algazarra externa, fazendo rondas pelo bosque e mesmo dentro das barracas – como presenciei uma vez, mas tudo parecia realmente pacífico ali, sem a fumaça de cigarro e o cheiro forte de cachaça – mas, num contexto geral, estávamos livres para nos divertirmos.

E quando a fogueira já estava alta, nos reunimos num canto suficientemente próximo para sentirmos o calor, queimando marshmallow e comendo besteiras enquanto James tocava violão. A maioria das pessoas ali não gostava de James e companhia, mas dava para perceber que cantavam uma música e outra e apreciavam aquele ambiente clichê de filme adolescente. Mas ninguém parecia saber muito o que fazer no meio do mato e, daí, nos negando a dormir cedo, surgia a ideia.

Pique esconde.

Eu já estava mais animado e, depois da primeira partida, o sono foi embora completamente. E mesmo que como marotos fôssemos as pessoas menos queridas nos arredores, tão logo, outros entediados se juntavam a nós, como crianças no jardim de infância que se aglomeram para um objetivo em comum. E, à medida que íamos ganhando campo, sempre monitorados e às vezes com dados limites impostos pelos monitores, os esconderijos ficavam ainda mais difíceis de encontrar. A primeira vista só tínhamos as árvores como opção, e eram diversas delas! Mas então, havia gente se metendo atrás de barracas, montada nos galhos, deitadas atrás de pedras grandes ou simplesmente paradas num espaço escuro para que não fossem percebidas pelo pegador

Quando foi a vez de Sirius contar para depois procurar, eu corri ofegante na direção do lago, buscando qualquer lugar diferente para me abrigar, sabendo que poderia ficar sentado por um bom tempo porque, com o número de pessoas que participavam da brincadeira, eu demoraria a ser encontrado. No caminho encontrava com o monitor de Sonserina que, com a voz baixa, me aconselhava a ter cuidado. Concordando uma vez, prossegui, até me sentar detrás de uma árvore próxima à água. Era para isso que serviam os exercícios físicos? Eu não conseguia pensar em absolutamente nada naquele momento.

Mas tão logo a cabeça já se enchia de coisas. Primeiro, achei que estivesse alucinando, ouvindo vozes e a possibilidade de estar psicótico realmente me assustou. Mas tão logo a voz ganhava forma. Corpo. Cabelos pretos, pouco acima dos ombros, olhos escuros por conta da luz baixa, traços característicos.

— Você esqueceu o seu urso ontem, no parque.

Regulus não pediu licença quando se sentou ao meu lado e o meu coração disparou tão violentamente que achei que fosse vomitá-lo para fora do peito. Suspeitei que o que bebia não era somente suco de laranja como dizia a embalagem da garrafinha que segurava e as pálpebras pesadas somente me confirmaram a teoria. Mas Regulus não bebia. Porque estava bebendo? Me senti mal automaticamente, sem saber como respondê-lo. Se antes eu ficava nervoso, agora eu parecia um vulcão.

— Você ta bem? – Questionou, ao que somente concordei com a cabeça uma vez – Tá todo mundo sem entender qual foi a pegadinha da vez. Foi uma pegadinha de vocês, não foi?

Lentamente eu concordava uma vez mais, somente porque eu não podia lhe explicar o verdadeiro motivo de tudo. Não saberia como, não ainda. Mas Regulus esboçou uma breve careta então, negando uma vez com a cabeça.

— Não acho. Os seus amigos estavam bem preocupados, me pareceu sério – mas, logo, ele dava de ombros uma vez – Não precisa contar se não quiser.

E por um tempo ficamos em silêncio. Eu comprimia os lábios com força, sentindo que com o mais breve entreabrir, eu faria um papel ridículo diante dele, pedindo desculpas em meio a um choro que ele nem entenderia. Precisava me controlar. E somente porque tinha a impressão de que ele ouviria o meu coração acelerado se eu deixasse que o silêncio prevalecesse, eu enfiei um assunto qualquer entre a gente.

— Desde quando você bebe?

Regulus arqueou as sobrancelhas uma vez, mas acabava por responder um momento depois.

— Desde hoje – ofereceu-me a garrafa, mas eu neguei uma vez – Os meus amigos estão meio desanimados então eu resolvi sair pra caminhar. Barty diz que tudo isso está um porre, que não vê a hora de voltar pra casa e Severus está muito preocupado, com ciúmes da Lily.

— Você não deveria me contar essas coisas...

— Eu sei – bebeu um pouco mais do suco batizado – No final das contas, eu também estou um porre.

— Você deveria brincar de pique esconde. É terapêutico.

Que tipo de conselho ridículo era aquele? Regulus riu, no entanto, arqueando as sobrancelhas para mim e balançando a cabeça numa negativa. Talvez eu houvesse soado extremamente patético, mas me aliviou o riso.

— Bem, eu espero que os seus amigos não nos encontrem aqui – dizia, olhando rapidamente ao redor – Você vai perder o jogo. E eles vão achar que está fazendo algo errado.

E de repente uma coisa me incomodou. De tudo, de todas as coisas que eu havia pensado naqueles dias, tão freneticamente que me havia arrancado dos eixos, eu só não havia pensado a fundo numa coisa. E somente por imaginar eu me sentia novamente à beira daquele looping.

— Você faz isso pra provocar o Sirius? – Fui direto à pergunta.

— Isso o que exatamente?

— Falar comigo. Quero dizer... Você não fala com nenhum dos outros. E você não pareceu nenhum pouco constrangido depois dos sete minutos no paraíso há uns dias atrás, muito pelo contrário – disparava a falar – E você me deixou sentar contigo no parque, e conversou comigo como se eu nem andasse com o Sirius, quem você parece querer matar às vezes. E agora sentou aqui comigo e está dando a entender coisas...

— Eu não estou dando a entender coisas— me interrompeu, desviando os olhos e, mesmo no escuro, eu podia ver as bochechas se avermelharem.

Respirei fundo uma vez assim, fechando os olhos.

— Só... responde.

— Porque todo mundo acha que eu vivo em prol do Sirius? Como se a minha vida já não fosse desinteressante o suficiente. Se você quiser, eu vou embora e deixo você terminar o seu jogo estúpido sozinho, mas que fique claro que, no parque, foi você quem se aproximou primeiro. E nos sete minutos no paraíso, porque eu deveria ficar constrangido? Era de verdade o contrário.

— O contrário?

— O Sirius está aqui agora? Porque eu só veria lógica no seu argumento se ele estivesse aqui agora – continuou a falar, a voz meio áspera, ignorando completamente a minha pergunta – Ou eu devo entender que tudo o que acontece você corre e conta ao Sirius e por isso deveria me preocupar com alguma coisa?

— Não, eu não...

— A resposta é não – pontuou ao final e eu engoli em seco.

Mas estava um pouco perdido. Claro, Regulus tinha bebido um pouco, mas era uma descarga de informações que eu deveria processar, quando eu deveria estar focado somente no não. Ele não estava ali comigo para provocar o Sirius. E, mesmo confuso, aquilo de alguma forma me aquecia o peito, fazia desfazer o nó na garganta. Mas outra coisa latejava na minha cabeça.

— Qual o contrário de constrangido? – Perguntei, olhando-o de canto.

— Não sei – encolheu os ombros assim, hesitando um pouco ao retribuir o olhar – Confiante? À vontade?

Ri baixo, concordando uma vez com a cabeça. Se ele não estava constrangido, estava então, confiante. À vontade. Eu me lembrava bem do tempo que passei o encarando depois de estarmos sozinhos no banheiro, e aqueles sentimentos pareciam próprios dele, naquela noite. Mas, como quem demora a entender, ele guardou o silêncio por um momento, até soltar a longa exclamação:

— Oh!

E de novo eu ria, baixando os olhos assim.

— Agora eu estou constrangido, é – me acompanhou no riso assim, balançando a cabeça numa negativa e voltando o rosto para mim uma vez mais – E você? Como se sente?

— Igualmente constrangido – respondia, me voltando de novo para ele.

— Acho que isso é algo típico seu. Você parece sempre muito nervoso.

E agora eu me sentia um pouco mais idiota.

Mas Regulus continuou olhando pra mim. E, por algum motivo, eu senti novamente o estômago em movimento. Não era como estar enjoado, prestes a vomitar, estava bem longe de um mal estar. Era como um bater de asas. Um maldito bater de asas no estômago.

— Quer tentar o contrário? – Perguntou.

E, depois de algum tempo olhando para ele, compreendendo exatamente que aquela proposta tinha a ver com quebrar a timidez, eu concordei muito devagar.

Foi quando ele aproximou o rosto. Sem mãos cobrindo a minha boca desta vez, mas mesmo nervosismo e expectativa de alguns dias atrás. Eu podia sentir o hálito quente alcançando os meus lábios antes de ter os dele roçando ali. E, ali, eu não conseguia me importar com mais absolutamente nada. De modo egoísta, me esqueci que devia a ele a verdade, me esqueci do encontro mal sucedido no parque e do desastre que era Luci. Éramos só nós dois ali, lábios entreaberto, respirações presas e línguas em frenesi.

A saliva tinha gosto de vodca.


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Notas finais do capítulo

Agora, com as notas finais, venho dizer: UM PARTO, SENHORAS E SENHORES. Eu desaprendi a escrever romance. Desaprendi a escrever cena de beijo. Escrevi e reescrevi um tanto de vezes, e não sei se estou satisfeita, mas acho que se tentasse um pouco mais estragaria toda a cena. Por favor, comentem. Me digam o que acharam. E muito obrigada aos que ainda estão aqui ♥ Beijos e até o próximo.



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