Cupido, Traga Meu Amor escrita por Tricia


Capítulo 15
Colar


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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[Um pequeno teaser soltado esta manhã pelo DJ Nino Lahiffe mostra um pouco do que podemos esperar de sua parceria com Luka na musica que será a faixa principal de seu primeiro álbum, mas o que esta chamando a atenção mesmo é o que a pessoa escolhida para protagonizar o vídeo clipe ao lado do cantor é ninguém menos que Marinette Dupain-Cheng, modelo da Gabriel e de acordo com algumas fontes uma amiga da namorada do DJ, vantagem aproveitada pelo cantor para conseguir convencer a garota a participar de seu video.

Se alguém esta voando alto e em alta velocidade é ela. Será que de Anjo de Kang passara a ser a Musa de Luka?]

— É oficial; a receita para o sucesso é ser descoberta pela pessoa certa – Kevin comentou no refeitório enquanto o pequeno grupo almoçava após ler a notícia em voz alta. Aurora concordou prontamente com o colega.

— Conhecer Adrien foi à sorte de uma vida, Mari. Você conheceu até o Nino. Daqui a pouco você estará fazendo filmes por aí – a loira comentou enquanto bebia um pouco da bebida verde que Marinette detestara, mas a colega sempre bebia, assim como algumas outras modelos.

Havia sido realmente divertido participar daquele vídeo ao lado de Nino e de Luka que a tratara extremamente bem em todos os momentos e ate se dispunha a ajudar quando não estava conseguindo alcançar alguma emoção necessária.

— Provavelmente não.

— Diz isso porque uma oportunidade ainda não apareceu, mas do jeito que as coisas estão pra você daqui a pouco você consegue algo. É bom você agarrar com braços e pernas essa oportunidade feito um coala, ok?! – Kevin declarou.

— Não me compare a um coala, por favor.

— Por quê não?

As bochechas da cupido ficaram levemente rosadas, já bastava ter ouvido Adrien a chamando de coala por uma manhã inteira até a chegada de Lisa.

— Só não me chame de coala.

— Aurora, esta sentindo esse cheiro de mico vergonhoso que emana de nossa doce Anjo de Kang?

A loira sorriu retribuindo o olhar malicioso que o homem lhe direcionava.

— E como estou. Quanto acha que demorará para fazermos ela falar sobre isso?

 – Como eu amo uma historia de anjos que na verdade são demônios disfarçados. 

Se antes Marinette gostava de Rose, agora ela poderia dizer amar a loira ao vê-la surgir desviando toda a atenção que recaia sobre si. Acomodando-se em uma das cadeiras, a loira com um bolo de pote se pôs a comer roubando até a bebida de Aurora.

— Adrien ta de mau humor e descontou em você? – Aurora arriscou, quando recuperou sua bebida.

— Ele vai voltar de mau humor – a resposta veio rápido entre garfadas.

— Por que? – a pergunta veio antes que pudesse se conter, mas dada a curiosidade dos demais colegas, Marinette não se repreendeu.

— Ele foi almoçar com o senhor Agreste e ele vai falar sobre a Kyoko porque eu soube que ela jantou com ele esses dias.

— Ela preparou o terreno para seu retorno – Aurora concluiu.

— Só que o Adrien não a quer aqui. Eles vão brigar por ela. De novo.

— Ela vai voltar em pouco tempo. Ser querida por um dos Agrestes é uma sorte para poucos – kevin comentou arrumando seu prato na bandeja – Ainda mais se for o senhor Agreste, ele quem da a última palavra.

— Nem tanto – Aurora retrucou.

— Só espero que a briga deles não recaia sobre nós – Rose lamentou. Os dois concordaram com acenos de cabeça.

Pensar em um assunto para ocupar o pouco de tempo que ainda tinham não era difícil, mas evitar o nome de qualquer um dos Agrestes pareceu o ideal para não azedar ainda mais o humor da assistente, mas quando Kevin e Aurora se foram fora inevitável para a mulher se voltar para a modelo asiática com um pouco de esperança trazendo o assunto novamente à tona.

— Tem alguma chance de você conseguir melhorar o humor do Adrien quando ele chegar?

Gabriel era um problema de Natalie.

— Por que eu?

— Você ouviu que ser querida pelos Agrestes é um feito e tanto. Adrien gosta de você e talvez não desconte a raiva que estará.

— Mas se ele quiser descontar?

A loira ficou em silêncio por pelo menos 3 minutos.

— Eu dou um jeito de tentar te salvar – confiança alguma emanava daquelas palavras.

 

Ele chegou mais tarde que o normal e se trancou no escritório sem pedir ajuda para nada, porem, ainda sim a assistente enviou uma mensagem para a cupido avisando da situação.

Ela poderia ter apenas ignorado a mensagem e continuado o que estava fazendo, o que não era muita coisa, mas ela não o fez. Contrariando o bom senso Marinette pegou o elevador até o andar de cima em que a sala de Adrien ficava. Ela passou por uma Rose que tinha olhos brilhantes em sua direção por estar ali quando esta claramente não teria o feito se tivesse oportunidade.

Com algumas batidas na porta Adrien levantou a cabeça arqueando uma sobrancelha, dando à deixa para entrar com um movimento de mão.

A xicara de café estava vazia em um canto da mesa e conseguira ver na tela do computador a pagina de uma revista que trazia um artigo sobre algo relacionado a Gabriel.

— Ocupado?

— Consideravelmente. Aconteceu alguma coisa?

— Só estava passando para falar com a Rose sobre uma coisa, e, resolvi vir dar um “oi”.

— Você me viu hoje de manhã.

— Eu vi.

Ter um plano do que poderia falar com ele antes de ir teria sido bom.

— O que você quer, Mari? – o tom dele soara um pouco áspero e por um instante a cupido cogitou ir embora com uma desculpa idiota ou pelo menos buscar socorro em Rose, porem, a loira já não estava mais em sua mesa.

Ocupando a cadeira ela pensou em qualquer assunto que pudesse desenvolver, mas desistiu.

— Ouvi que você estaria irritado. Queria saber se poderia fazer alguma coisa para melhorar seu humor.

— Você não tem que fazer – o tom ainda continuava áspero, mas o vinco entre suas sobrancelhas diminuíra um pouco ao mesmo tempo que o loiro soltava a caneta encostando na cadeira – Isso não diz respeito a você.

— Eu sei.

— E ainda esta aqui?

  – É onde eu quero estar.

Os lábios dele repuxaram em um sorriso sem mostrar os dentes.

Ela estava passando dos limites e tinha consciência disso, mas preferiria se considerar no máximo ousada. Já vira Adrien irritado descontando sua raiva nas pessoas no passado quando ele não a conhecia e talvez teria problemas, todavia, seria apenas mais um em meio a tantos outros.

— Você faria qualquer coisa para me ajudar?

— Qualquer coisa é muito amplo, você não acha?

Adrien revirou os olhos levantando sendo seguido por ela pelo olhar ele caminhou ate o sofá, sentando e fazendo um sinal para que fizesse o mesmo ao lado.

— Apenas venha, ok.

Mesmo hesitando ela ainda obedeceu.

Estar próximos não era tão estranho, mas ainda a surpreendera quando ele se aproximou encostando a cabeça em seu ombro, fechando os olhos e aspirando o ar.

— Por que esta fazendo isso?

— Porque me sinto mais calmo assim, apenas me deixe ficar assim por alguns minutos.

— A Rose pode aparecer a qualquer momento – inevitavelmente os olhos da cupido foram para a mesa da assistente.

— Não se preocupe com isso, ela vai demorar um pouco para voltar porque deve achar que estou gritando com você. Vamos deixa-la acreditar nisso.

— Ok – disse baixo abaixando a cabeça, fitando as próprias mãos que repousavam sobre o colo.  O terno verde escuro que ele vestia criava um contraste interessante com o vestido verde claro florido que vestia quando perto, notou.

— Terei que viajar hoje a noite, apenas por 3 ou 4 dias para resolver uma coisa com um fornecedor de matéria-prima – ele começou após alguns minutos – Se precisar de qualquer coisa é só falar com a Rose, a Alya ou mesmo me ligar.

— Posso ficar bem por 3 ou 4 dias. Nada vai acontecer.

— Quando eu voltar vamos ter que falar sobre o seu contrato com a Gabriel.

— O que tem ele?

— Termina amanhã.

Se dissesse que havia marcado a data do termino estaria mentindo, se quer pensara que o seguiria de fato.

— Vamos pensar nisso só daqui a 4 dias. Nem se quer conseguimos encontrar meu colar.

Um suspiro pesaroso deixou os lábios do homem. Ele claramente não queria falar sobre e ela não queria falar sobre contratos, então tudo o que poderiam fazer era aproveitar o pequeno momento de paz.

E foi o que fizeram.

 

~&~

 

Quando ele arrumou as malas ela esteve perto ajudando e até o acompanhou até a entrada do prédio assistindo enquanto o carro partia pelas ruas de Paris até o aeroporto.

Quando entrou de volta, o silêncio era tudo o que tinha. Alcançando o celular abriu a lista de pessoas que possuía.

Uma mensagem de Rose agradecendo e se desculpando se Adrien tivesse pegado muito pesado, seguido por uma de Alya comentando que o videoclipe do namorado seria liberado a meia noite para todos. Quando estava prestes a larga-lo a ligação de Ivan chegando a fizera voltar atrás.

— Sim, Ivan.

— Mari, você esta no apartamento do Adrien agora?

— Estou.

— Pode pegar um contrato que esta no escritório dele para mim. É uma pasta marrom escrito “Restaurante”.

— Sem problemas.

Os passos foram certos na direção do escritório, Adrien era organizado o suficiente para nunca deixar qualquer pasta sobre a mesa displicentemente, então correra para as gavetas que não possuíam tranca porque duvidava que as que houvessem estivessem destrancadas.

Ela estava lá junto com mais quatro, os papeis organizados e presos por um grampo, mas não era a única coisa guardada. 

— Estou resolvendo algumas coisas importantes, então passo amanhã para pegar ele, tudo bem?

— Claro. Tchau.

Quando abaixou o celular enfiando no bolso da calça jeans que vestia agora os olhos ainda fitavam com curiosidade a caixa preta. Ela fechou a gaveta duas ou três vezes antes de finalmente ceder a tentação de ver o que estava guardada ali.

Não havia palavras que pudessem expressar o quão surpreendente fora para a cupido encontrar bem ali, em perfeito estado o colar de coração magico que nunca deveria ter saído de seu pescoço.


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Notas finais do capítulo

Quando escrevi esse capítulo por um momento achei bem parecido com o 12 e isso me incomodou no começo, mas depois acabei gostando desse fato já que isso trazia a relação dos dois para a normalidade. É uma pena que essa normalidade esta com os dias contados para eles.
Até o próximo
Bjs



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