Tudo que uma Cullen Quer escrita por Ellen Cullen


Capítulo 6
Baile


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Eu não abandonei a fanfic, é só que eu estava sem tempo para ela, sorry.
Espero que gostem desse capitulo, ele está bem animado.
Boa leitura!



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POV Edward

 

Já devia passar das duas da manhã, e eu me revirava de um lado para o outro na cama.

O dia já tinha sido tenso o suficiente para mim. Alias, a semana toda estava sendo tensa. Primeiro, por causa da minha mudança no meu partido, então logo eu descubro que Bella escondeu por 17 anos uma filha de mim.

E agora ela estará comigo durante todo o tempo.

Confesso que isso não me incomoda nem um pouco, apenas tenho medo de como as coisas possam ficar daqui para frente.

Finalmente desisti de tentar dormir, e me levantei tentando não fazer barulho. Tanya dormia ao meu lado, com uma daquelas máscaras que as mulheres gostam de usar para dormir.

Pensei em ir à biblioteca ler alguma coisa para me distrair, mas acabei optando por uma coisa melhor. - Comer.

Desci até a cozinha, estava tudo escuro. Fui procurar por um pouco de leite, abri a geladeira, iluminando um pouco a cozinha, e me deparei com um vulto, que quase fez com que eu jogasse todo o leite pelos ares.

— Nossa você me assustou! – disse a Renesmee que estava sentada em uma das bancadas da cozinha, comendo.

— Desculpe. – Ela sorriu.

Acendi a luz, procurando por uma tigela.

— O que faz acordada a essa hora? – questionei.

— Acho que é o fuso horário, eu ainda não me acostumei. – Deu de ombros. -  E você, qual a sua desculpa? – ela disse dando uma mordida no cookie, me encarando.

Suspirei.

— Não consigo dormir. Tenho muitos pensamentos na cabeça, e fico pensando...

— Em como eu arruinei tudo com a sua família real? – ela completou bebendo o copo de leite.

Tentei não rir. Ela tinha o mesmo temperamento da mãe dela.

— É claro que não, Renesmee. – Revirei os olhos. – Para falar a verdade, eles gostaram muito de você. Principalmente a princesa Charlotte.

Ela sorriu.

— É mesmo?

— Sim. – Sorri. – Acho que foi a primeira vez que a vi sorrindo para alguém. E ninguém chega perto daquele cachorro desde que ele comeu um dos testículos do Lord Jenks ano passado. – Renesmee franziu o nariz.

— Que trágico. – Ela riu.

— Até que não, o mais trágico é que ele ainda reproduz. – disse.

Peguei um cereal do armário, colocando um pouco na tigela.

— Hmmm sucrilhos de chocolate, que escolha interessante... – ela disse se aproximando de onde eu estava sentado. – Sabe eu o imaginaria comendo aquelas granolas super saudáveis, ou quem sabe aqueles cereais de milho zero açúcar.

Ri de seu comentário.

— Sabe, na verdade isso aqui é um contrabando.- disse apontando para a caixa de cereal. - Tanya me obriga a comer aquelas porcarias todas as manhãs. – Balancei a cabeça. – Então, você gosta de sucrilhos?

Renesmee riu.

— O que? Isso tem chocolate, é claro que sim!

Levantei pegando uma tigela para ela.

— Então... – Renesmee disse limpando a garganta.

— Sim?

— Você falava sério quando disse que eu ficaria aqui para a temporada de verão?

— Sim. – Respondi confuso a sua pergunta. – É claro que falava sério.

— Hmmm.

— Por quê?

— Bem, então isso significa que você vai me apresentar a sociedade?

Pensei em sua pergunta.

Ela é a minha filha, merece algo mais sofisticado.

— Sabe, na verdade Renesmee, eu acho que devemos dar uma festa para você se revelar.

Ela riu.

— Me revelar, como assim? Revelar o que? – ela pareceu confusa.

— Uma festa de debutante, sabe, para se revelar como... uma mulher.... uma jovem.

— O que está tentando me dizer Edward? – ela disse franzindo a testa.

— Bom, o que eu estou querendo dizer, é que você é uma moça jovem, tem um bom partido, que tem uma importante posição social, elegibilidade...

— Elegibilidade para que? – ela disse dando uma colherada no cereal.

— Ah, bem... – por que era tão difícil explicar isso para ela? – Você sabe, para... Para os homens, err, achar pretendentes...- por que eu estava tão nervoso?

Surpreendentemente ela começou a rir.

— Está falando sério? – ela continuava a rir, ria tanto que eu não sei como não se engasgou com o cereal.

Franzi a testa.

Não era para ela achar graça.

— Bom, estou, mas acho que não estou explicando isso muito bem para você, não é?

— Não. – Ela riu. – Mas está sendo muito engraçado ver você tentar. – E voltou sua atenção para o seu cereal.

— Neste caso, acho que seria melhor deixar os preparativos com você, sabe, fazer como achar melhor. – disse, remexendo meu cereal.

Ela balançou a cabeça.

— Não é bem o meu tipo de coisa, mas eu vou pensar nisso. – Ela disse como quem não está interessada. – Obrigada Edward. – Ela sorriu.

Então ficou me olhando, e de repente senti que o silencio entre nós estava ficando estranho. Eu queria conhecer mais ela, e agora estávamos sozinhos, o que era difícil de acontecer. Durante a semana toda eu estou em reuniões, ou cercado de várias pessoas. Este momento entre nós era raro, e eu precisava aproveitar.

— Sabe, eu estive pensando... – Algo que eu queria perguntar a ela há vários dias. – Se sua mãe... se ela...

Renesmee balançou a cabeça, entendendo a minha pergunta inacabada.

— Não. – Ela disse triste. – Ela não se casou.

— Ah, sim claro. – Tentei soar normalmente. – Mas ela deve ter alguém, err, um namorado é claro.

Para minha surpresa Renesmee balançou a cabeça.

— Não, ela não tem ninguém. – Ela disse me olhando, tinha um olhar triste.

Isso me pegou de surpresa.

Bella era uma mulher tão bonita e atraente. Por que estava sozinha esse tempo todo? Eu consegui estragar sua vida tanto assim a ponto de ela não querer se relacionar com mais ninguém?

Fiquei parado olhando para Renesmee. Ela tinha tantos traços de Bella, mas eu via claramente os meus traços nela.

Ah Bella, por que você me escondeu isso?

— Bom, sabe, eu acho que agora vou me deitar. – disse me levantando. – Espero que você tenha tudo o que precisa para dormir, e que seu quarto te constitua uma boa noite de sono...

— Edward. – Renesmee me interrompeu. – Fala apenas “boa noite”, que está bom. – Ela riu.

Ah, é claro.

Eu não era muito bom nessas coisas.

— Tudo bem. – Sorri. – Boa noite. – Eu disse dando um beijo em sua testa.

— Para você também Edward. – Eu a ouvi dizer enquanto eu atravessava a porta.

 

POV Nessie

 

Acordei quando a claridade da janela bateu em meu rosto. Acho que já estava começando a me acostumar com isso, embora quando eu morasse em Forks, geralmente não era assim que eu acordava. Até porque lá o sol nem batia na janela.

Eu acordei tão bem. Fiquei pensando em meu pai, e sobre nossa conversa durante a madrugada. Queria que fosse sempre assim, foi tão bom poder ter esse momento com ele. Tomei um banho na banheira. – A qual não ficou doidona  jorrando água. – E vesti uma roupa confortável. Fui até a sacada do meu quarto, e vi que meu pai estava prestes a entrar no carro.

— BOM DIA EDWARD!— Eu gritei de minha janela para que ele me ouvisse, mas ele se assustou, e acabou batendo a cabeça bem na borda de porta.

Ops.

— Bom dia. – Ele disse esfregando a parte de trás da cabeça.

— Vai trabalhar? – eu perguntei, agora em um volume normal.

— Vou sim. Eu tenho que ir...- ele disse entrando novamente no carro, então voltou. - Ah, Renesmee, acabei de lembrar, você vai precisar de um vestido para o sábado.

Sábado?

— O que tem no sábado? – perguntei.

— Vai ter o baile dos Tanners, sabe como é, muitas mãos para apertar.

Então de repente eu ouvi a voz de taquara rachada de Rosalie.

— Pode deixar que eu ajudo a Renesmee achar um vestido Edward! – ela disse toda falsiane, de sua sacada.

Então do outro lado, eu ouvi a voz da bruxa loira.

— Não, não querida, eu já tenho o vestido ideal para Renesmee. Eu o encontrei com um dos meus estilistas. Mandarei em seu quarto, querida, ele é fantástico!

Ah, nossa como ela eram super boazinhas comigo...

Só que não.

— Excelente. – Ouvi meu pai dizer lá embaixo. – Obrigada querida, eu estou contando com vocês para ajudarem Renesmee, e aconselharem em que ela precisar. - Ele sorriu. – Até mais tarde.

— Tchau. – Nós três dissemos ao mesmo tempo.

(...)

Eu já havia tomado o café da manhã, e estava esperando ser uma hora mais apropriada para falar com minha mãe, então voltei para o meu quarto, e vi que havia uma enorme caixa branca em cima de minha cama.

Deveria der o tal vestido.

Abri a caixa, revelando um tecido de seda, cor de vomito de bebê, ele tinha vários babados, e camadas, o forro do vestido era todo prata de cetim, e ele tinha umas mangas de seda verde, e uma fita azul clara para marcar a cintura. Eu não era muito do tipo que criticava as coisas, antes de dar uma chance, então, mesmo não gostando logo de cara do vestido, eu resolvi prová-lo.

(...)

Meu Deus do céu, que coisa mais horrorosa era essa?!

Eu estava me virando em frente ao espelho, olhando de todos os ângulos possíveis, mais sério, se fora da caixa ele já era feio, no corpo então ficou a coisa mais bizarra do mundo.

— Nossa, muito bonito. Realmente adorável. – Ouvi a voz irritante de Rosalie na porta do meu quarto. - É a sua cara. – Ela dizia cada palavra em um tom sarcástico.

Não era possível que essa Regina George ia ficar me infernizando agora.

— Obrigada. – Devolvi com um tom igualmente sarcástico.

— Então, Edward nos pediu para que ajudássemos você, e que a aconselhássemos, não é? – ela disse me rodeando. – Então, aqui vai o conselho número 1: Volte para casa. Minha mãe e eu é que pertencemos a este lugar, não tem mais espaço para mais gente aqui, sem dizer que está claro que você não se encaixa. – Coloquei a minha melhor cara de cú, e a deixei continuar.

Fala cobra, pode continuar a derramar o seu veneno...

— Conselho número 2: Enquanto faz as malas, tire as suas patas sujas e americanas de cima do Emmett. Ele é meu!

Emmett? – fiquei pensando, então me lembrei que no dia do desfile, eu havia caído no colo daquele rapaz desconhecido, por isso ela fez aquela cara de cú para mim...

Ah...

— Conselho número 3: Esqueça de Edward Cullen. Quando ele se casar com a minha mãe, em breve, você não terá mais nada com essa família, então sugiro que você nunca mais dê notícias.

Ah filha da puta, agora você vai ouvir.

— Terminou seu discurso de merda querida? – perguntei em um tom irônico. – Primeiro: Estou pouco me fodendo com o que você ou sua mãe acham a respeito de eu estar aqui. Segundo, se você desinclinasse um pouquinho esse seu nariz empinado, e parasse de pensar em si mesma por um minuto, veria que você usa roupas de marcas e eu as de liquidações. Você mora em uma mansão, e eu em uma casinha simples em uma cidadezinha de interior. Você frequentou os melhores colégios, e eu os colégios estaduais. Você é arrogante, debochada, e mimada e eu apenas deixo as coisas rolarem. Então onde nessa cabecinha de merda você achou que eu vou ter o mesmo gosto de garotos que você tem?

— Err... – ela pareceu chocada.

— E tem mais, pode tirar seu pocotózinho da chuva, por que eu não vou a lugar nenhum! Então eu vou apenas te dar uma sugestãozinha: Deixa de ser sínica e egoísta e vê se para de querer bancar a filhinha do meu pai, porque só existe uma e sou eu!

— Err... – Parece que era tudo o que ela conseguia dizer. Então empinou o seu nariz, e saiu pisando duro enquanto saia do quarto, então se virou, e me deu um olhar fuzilado.

— Vaza! – eu disse, e ela saiu resmungando.

(...)

 Mais tarde eu desci, e resolvi andar um pouco pelo jardim da mansão, então acabei encontrando Esme em sua estufa, ela havia acabado de fazer um enxerto em uma de suas plantas, e me convidou para fazer “algo muito britânico” com ela, então a acompanhei entrar dentro da mansão.

— Ah querida, você vai adorar, seu pai adorava fazer isso, mas como sabe, agora ele não tem mais tempo para isso. – Ela disse suspirando, e pegando uma enorme espingarda, que o mordomo ajudava a carregar, e alguns pratos.

Era basicamente um jogo onde eram lançados uma espécie de pratos, e o objetivo era conseguir acertas estes pratos que estavam no ar, antes de chegarem ao chão.

(...)

— VAI! – Esme gritou, então ela atirou novamente, mas desta vez acabou acertando a cabeça de uma das estátuas do jardim. Neste meio tempo que eu fiquei assistindo-a jogar, e acabei contando tudo a ela sobre o que Rosalie havia dito. – Querida, não de ouvidos a invejosa da Rosalie, ela se sente ameaçada por você, é só isso. - ela disse. -  VAI! - Ela gritou novamente, e outro prato foi lançado.

— Por que ela se sentiria ameaçada? – eu disse confusa.

— Porque a mãe dela está para se casar com seu pai, e ganhar todos os títulos e vantagens que virão com ele. Durante anos Demetri vem tentando aumentar a sua posição social, através da carreira política, desde que meu marido estava vivo. Agora ele tem Edward, então é claro que ele teria que cravar as suas garras nele também. - Ela disse balançando a cabeça. – Sabe querida, para pessoas como Demetri e Tanya, posição social é tudo que importa. VAI!

Novamente outro prato foi lançado, mas desta vez ela acabou acertando o tronco de uma arvore.

— Eu sei que é estupidez querida, mas tem gente que vive para isso. Eu mesma vivi para isso por muitos anos. Ate eu perceber que isso pode custar as pessoas que você mais ama...Acredite querida, muitas pessoas estão torcendo para que você fracasse. Por isso é tão divertido! – ela disse me dando um sorriso. – Quer tentar? - ela disse me entregando a espingarda. Acenei com a cabeça.

— Você deve se concentrar no prato, e atirar quando sentir que é a hora. – Esme me orientou.

Balancei a cabeça.

— Pode mandar! – eu disse.

— VAI! – Esme gritou.

Um prato foi lançado, tentei mirá-lo, e puxei o gatilho, que deu um solavanco e eu caí de costas.

Esme riu.

— Sabe querida, foi assim que eu comecei.

(...)

— Pode ficar tranquila Nessie, eu sei exatamente o que fazer com esse vestido. – Esme me assegurou assim que mostrei o vestido a ela. – Sabe, eu já modifiquei muitos vestidos meus quando era mais jovem, esse não será nenhum desafio. Até sábado você terá um novo vestido modificado. – Esme piscou para mim.

Então Esme começou a analisar o vestido, e fez algumas medições com sua fita de costureira, tirando algumas medidas minhas.

(...)

Era sábado de manhã. Hoje seria o tal baile dos Tanners, a filha mais velha do casal seria apresentada a sociedade. Era como seria comigo daqui a um tempo.

Acordei cedo, e me sentei na cama, me espreguiçando. Para minha surpresa havia a mesma caixa branca em meu quarto, em cima de uma cômoda. Fui até a caixa, a trazendo para minha cama. Quando abri, vi o mesmo tecido verde vomito, e fiz uma careta.

Ah, tudo bem, pelo menos alguém tentou me ajudar. Então mais ao fundo, reconheci a forro prata, e o puxei para fora da caixa, e meu queixo foi ao chão.

Esme havia modificado o vestido a partir do forro do vestido, e ficou a coisa mais espetacular do mundo. Parecia uma criação da Monique Lhuillier, estava muito parecido com o vestido que a Anastasia Steele usou no baile de máscaras.

Ah meu Deus, que mulher criativa.

E com o restante do tecido verde, ela fez uma espécie de capa, para eu usar por cima. Se eu colocasse a capa, ia parecer apenas um vestido horroroso, mas quando eu tirasse a capa, nossa senhora, segura o queixo querida.

(...)

Quando anoiteceu, o motorista nos levou a mansão dos Tarnner. Eu devo admitir que esses Ingleses têm um gosto muito refinado quando se trata de mansões, por que vou te contar, era cada mansão mais espetacular do que a outra!

Quando chegamos, a frente da mansão, ela estava toda iluminada por LED´s brancos, havia vários fotógrafos, e muitas pessoas vestidas elegantemente. Eu estava com a minha capa horrorosa, mas em breve eu revelaria a obra prima que Esme havia feito.

— Renesmee, como ainda você não foi oficialmente apresentada como, err, a minha filha, fui orientado a apenas entrar com Tanya e Rosalie quando me chamarem.

— Tudo bem. – Eu disse dando de ombros, mas no fundo, fuzilando as duas cascavéis de barranco.

Aposto como isso foi ideia daquela cobra loira, ou do pai da cobra loira.

Pobre papai, totalmente manipulável. Ai ai.

Quando entramos na mansão, as pessoas” importantes” deveriam entrar por trás, porque sairia em uma enorme escadaria, onde seria anunciado o nome, e bla bla bla. Então o meu pai, a jararaca loira e a jararaca adolescente foram uma de cada lado do braço do meu pai, então ele cochichou algo a um homem, e logo ouvimos anunciar:

— Lord Edward Cullen, Senhorita Tanya Denali e sua filha Rosalie Denali.

 Esme e eu ficamos observando eles descerem a escadaria, e vários fotógrafos vieram em sua direção, como um bando de abelhas zangadas, com suas câmeras e flashs. Rosalie estava tentando se exibir, é claro, mas os fotógrafos não estavam nem aí para ela, e sim para o meu pai.

Depois ouvimos o homem anunciar mais alguns nomes, então Esme se virou para mim.

— Bem querida, já podemos ir. Lembre-se de respirar fundo e lembre-se do lema da família.

— Que lema da família? – eu disse.

Cum ceciderit, non possumus.

E o que isso significa?

— Sempre que cair, você pode se levantar.

— Atá.

— Fique calma, que você vai se sair bem. – Ela disse me dando uma piscada, então foi até o homem e cochichou algo a ele.

— Lady Esme Cullen, condessa de Westminster . — O homem anunciou

Esme foi a escada descendo, e eu ainda estava no topo da escada, cochichei ao homem.

— Senhorita Renesmee Swan, Washington, Forks.

Tomei coragem, descendo as escadas, e desamarrando a capa e entregando ao homem.

Dezenas de fotógrafos vieram em minha direção, tirando várias fotos. Eu já estava começando a me sentir zonza, de tantos flashs que eu estava vendo. Mas o que eu mais me deliciei foi ver a cara de merda das duas ao ver o meu vestido modificado. Parecia que a pele delas iria derreter de tanta raiva que seus rostos demonstravam.

Felizmente meu pai veio em minha direção, me tirando dos holofotes dos fotógrafos.

— Com licença, com licença, senhoras e senhores. – e pegou o meu braço. – Já chega, obrigada.

Então chegamos ao fim da escada.

— Desculpe por isso, Renesmee. É que você ainda é novidade para eles.

Sorri para ele.

— Tudo bem.

Andamos mais a frente, e havia uma moça de cabelos castanhos, sentada em uma cadeira, parecia triste.

— É aquela que é a debutante? – perguntei ao meu pai.

— Ah, sim. É Bree Tanner. É a filha preciosa do Lord Tarnner, presidente do meu partido político. – Ele disse apontando a um senhor gordinho, que conversava com um homem, apontando para um lustre exageradamente posto no meio do salão. – Mas sabe, acho que o seu verdadeiro amor é por aquele lustre ali. Por favor, não deixe ele te pegar olhando por mais de 5 segundos para o lustre, ou então será obrigada a ouvir a enfadonha história de como Napoleão o deu para Josefina na batalha de Borodino. E acredite, a história é maior do que a batalha. – Ele sorriu para mim.

— Com licença senhor, será que eu poderia pedir para dançar com a sua linda filha? – O estranho que eu havia caído aquele dia do desfile, Emmett veio em nossa direção.

— Ah, sim, claro. – Meu pai disse olhando para mim. – Com licença. – E nos deixou.

Confesso que eu não queria dançar não, mas só pelo fato de ser Emmett, e isso provocar a ira de Rosalie, valia muito a pena.

 

POV Rosalie

 

— Eu não acredito que essa impostora americana veio aqui para estragar o meu verão! – disse a uma de minhas amigas, que estava ao meu lado.

A começar pelo vestido que ela modificou, e ficou mais chamativo do que pendurar melancias no pescoço. Agora essa puta vem dançar com o meu Emmett.

O meu Emmett!

— Sabe Rosalie, ela pode ser muitas coisas, mas impostora não seria uma delas. – Kate disse. – Pois tecnicamente falando, ela é a 29 no número de sucessão ao trono.

— Eu hein. – disse revirando os olhos. – Francamente Kate. 28 Pessoas teriam que morrer, para essazinha aí se tornar a rainha. – disse rindo.

— Mas seria menos do que as 72 que você precisa. – Irina disse. – Se você quer continuar na posição social em que está, precisa dar um jeito de se livrar dessa garota.

— O que quer dizer? – disse a ela.

— Ora Rosalie, não é obvio? Se Edward resolver nomear a tal de Renesmee no baile de debutantes, os holofotes ficarão apenas nela. Ela é uma legitima, e você é apenas a enteada.

Continuamos a observar Renesmee dançar com Emmett.

Eu preciso dar um jeito dela ir embora.

 

POV Nessie

 

— ... E as garotas são atraídas por mim... – ele dizia convencido. – Não sei, acho que é apenas um dom ao qual fui abençoado, sabe?

Acho que perdi as contas de quantas vezes revirei os olhos para esse cara, que só podia ser a pessoa mais convencida do mundo.

Eu isso, eu aquilo, eu eu eu... Ah!

Nesses últimos minutos em que estivemos dançando esse ritmo lento, ele só falou sobre ele mesmos, e acho que estava com a mão perto demais onde o sol não bate.

— Acho que é uma indefinível compulsão, que as relaxa, ou apenas as fascina. - ele dizia no meu ouvido. – Está sentindo isso, não está Regina?

— É Renesmee. – Eu disse revirando os olhos novamente.

Cacete que cara mala.

Então senti sua mão descer pela minha bunda, e o ousado ainda teve a audácia de apertá-la.

— Olha só o querido, não dei intimidade para você não tá? – disse retirando sua mão dali.

Então comecei a ouvir uma voz cantando, que fez com que eu virasse imediatamente.

Era Jacob!

Ele foi contratado para tocar aqui.

Me aproximei do palco, sorrindo para ele.

Mas então Emmett me agarrou, e começou a me rodopiar, me afastando de Jacob. Então me desvencilhei dele.

— Me solta seu nojento! – eu disse voltando a me aproximar do palco. Isso não pareceu irritá-lo, ele apenas sorriu para mim.

— Adoro um desafio. – Ele disse piscando e se afastou.

Ah vai se foder.

Voltei a assistir Jacob cantar e tocar a guitarra.

Quando ele terminou de cantar, todos começaram a aplaudir.

Então Jacob desceu do palco, indo para um canto do salão.

Eu ia falar com ele, mas então vi a garota debutante sentada. Ele parecia muito desanimada para alguém que deveria ser o centro das atenções.

Resolvi ir falar com ela.

— Olá, sou Renesmee Swan, filha de Edward. Você é Bree Tarnner, certo?

— Sim. – Ela deu um sorriso.

— Que nome interessante. É abreviatura de Brianna?

— Não. É só Bree mesmo. – Ela sorriu tímida. -  Tenho o mesmo nome da minha avó. – Ela disse dando de ombros.

— Ah, nossa meninas, vamos sair daqui... – Ouvi a voz enjoada de Rosalie. – Porque essa festa está um tédio.

Então vimos as três de narizes empinados saírem para irem para outra parte do salão.

— Não ligue para ela. – disse. – é só uma invejosa, e sua festa está ótima. – disse dando um sorriso, olhando ao redor. Mas as pessoas pareciam tediosas mesmo.

Mas também, estava tocando uma musiquinha de fundo que parecia que era para as pessoas dormirem!

Eles precisavam de agito, e eu sabia exatamente a quem pedir isso.

 

POV Edward

 

Estava procurando por Renesmee. Eu finalmente havia conseguido me desvencilhar de um grupo de empresários que estavam em uma conversa totalmente tediosa sobre finanças.

Então vi quando o Sr. Tarnner vinha em minha direção.

Ah não.

Tomara que ele não tenha me visto, virei-me em direção a porta.

— Edward! Meu velho chapa! Mas que noite mais agradável, não?

Não fale sobro o lustre. Não fale sobre o lustre.

— Ah sim, realmente agradável. – Eu disse dando um sorriso a ele.

— Então, não sei se reparou no lustre, acabei de mandá-lo polir. Afinal, sabe como é, é uma história fascinante, tudo começou quando...

Ah céus.

 

POV Nessie

 

Estava na parte de trás do jardim, procurando por Jacob. Felizmente o mala do Emmett não me incomodou mais.

— Procurando por mim? – a voz rouca de Jacob veio atrás das minhas costas.

— Ah, claro que não, eu estava procurando pelo banheiro... – sorri para ele, fingindo procurar por outra coisa.

— Ah, nossa, que estranho, no jardim? – ele disse com uma sobrancelha erguida.

— Claro. Sou uma menina muito ecológica. – disse.

Ele revirou os olhos.

— Então, vai desaparecer de novo com um sapatinho de cristal? – ele disse me olhando.

— Claro que não. – disse. – A cinderella aqui agora tem um pai. E uma madrasta e uma “irmã” malvada.

Ele riu.

— Sei. Acho que percebi isso quando eu te liguei.

— Você me ligou? – perguntei surpresa.

— Sim. E até fui no seu “castelo”, mas o guarda cuzão não deixou eu falar com você.

— Ah Jacob! Eu não sabia. – disse franzindo a testa. – Sabe, eu realmente adorei a sua música. – disse mudando de assunto.

— É mesmo? – ele disse sorrindo.

— Sim. E sabe... estava até aqui pensando se alguém não gostaria de tocar algo mais... agitado para dar uma levantada nessa festa.

Ele riu.

— Bom, em primeiro lugar, eu vou ser demitido... – ele disse. – em segundo lugar... eu vou ser demitido...

— Ah Jacob! – eu disse dando um tapa em seu braço. – Vamos agitar a festa.

— Não.

— Covarde.

— Não.

— Bundão.

— Não. Bundão? – ele riu.

— Vai Jacob! Por mim! – fiz biquinho. – Por favor?

Ele me olhou sorrindo.

— Tá bom!

E se levantou, pegando a guitarra.

(...)

Fui até o fundo, onde Jacob disse que ficavam as caixas de som, e aumentei no último o volume.

Então voltei para o salão, Jacob estava cantando uma música bem agitada, com muitos baixos, e o som estava alto. Bem, alguém tinha que começar a dançar, então fui para o meio do salão dançando.

As pessoas começaram a se aproximar, mas todas apenas olhando de longe. Então puxei uma garotinha, e ela começou a imitar os gestos que eu fazia, então fui puxando mais gente, que estava seguindo o mesmo ritmo que o meu. Quando vi Bree, a puxei pelo braço, colocando-a no meio do salão, e ela me olhava tímida, e tentava imitar os meus passos.

A música estava muito alta, talvez eu tenha exagerado um pouquinho no volume, mas não importa, pois agora finalmente as pessoas estavam se mexendo. Para a minha surpresa, as pessoas se sentiram menos intimidadas por verem mais gente dançando no meio do salão, então todas começaram a dançar juntas. Até Esme veio para o meio do salão.

— Menina, eu não vejo uma festa animada assim, desde 63! – ela disse rindo.

Então estavam todos dançando felizes e animados, quando sentimos uma vibração. Apenas olhei para cima, vendo o imenso lustre balançar e começar a cair.

— O LUSTRE! – alguém gritou. – E todos se afastaram quando o lustre despencou e caiu no chão se partindo literalmente em um milhão de pedacinhos.

Opa.


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Notas finais do capítulo

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