Yu Yu Hakusho: A Relíquia Perdida escrita por Ocarina, LuisaPoison


Capítulo 7
Lacuna sobre o passado


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! @Ocarina aqui pra pedir desculpas pela demora. Tanto eu, quanto a @Luisapoison nos enrolamos com os estudos, então demoramos mais do que o normal :(

Espero que o capítulo de hoje compense a espera!

beijos ♥



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Sob a penumbra do quarto de Kurama, Yue dormia profundamente. No entanto, o sono que havia se iniciado tranquilo, tornava-se turbulento de repente. A respiração da jovem agitava-se num descompasso, e o seu corpo se remexia freneticamente de um lado para o outro. Presa no pesadelo, Yue debatia-se sem saber onde estava. Vagando num vasto local, cujo céu se mesclava entre tons de vermelho e púrpura, sentia a densa atmosfera pairando sobre ela, deixando o ar rarefeito. Porém, a jovem parecia não se importar com isso.

Intrigada com a estranha familiaridade daquele lugar, sondava o seu entorno procurando descobrir onde estava. Caminhando lentamente e sem rumo, encontrou uma enorme árvore, cujos galhos secos e desbotados não eram capazes de gerar vida alguma. Ao olhar para o solo, percebeu então que algo havia acontecido ali. A terra enegrecida exalava um odor cadavérico e apodrecido, como se ela estivesse em um cemitério a céu aberto. Assustada com a ideia, decidiu sair dali o quanto antes e, apressada, terminou por tropeçar em uma irregularidade proeminente do chão, caindo de joelhos no relevo.

Ao observar o que a havia derrubado, Yue levantou-se sobressaltada, levando as mãos à boca para abafar um grito. Um enorme fêmur, desgastado e destruído em pontos específicos, jazia caído sobre os seus pés. Amedrontada, ela correu para longe dali em busca de ajuda, deparando-se com a figura distante de um casal.

— Por favor, me ajudem! — gritou a plenos pulmões — Alguém morreu ali atrás!

De costas para a jovem, os dois pareciam incapazes de ouvi-la. Desesperada, Yue tentava alcançá-los, porém, quanto mais corria, mais se distanciava daquelas pessoas, que agora se tornavam silhuetas praticamente indistinguíveis.

— Por favor! Me ajudem! — ela exclamou novamente.

De repente, aquele cenário se desfez. Num piscar de olhos, novamente Yue se encontrava sob a mesma árvore seca e sem vida. Sozinha e confusa, permaneceu paralisada sem saber o que fazer. Cogitando a ideia de sair dali mais uma vez, estancou os passos ao ver uma assustadora sombra se aproximar. Quando se deu conta de quem se tratava, arregalou os olhos espantada. Era aquela criatura que a havia atacado. Aquela kamaitachi.

— O que você quer?! Me deixe em paz! — a sua voz tremulou, evidenciando o medo que sentia.

A youkai a ignorou. Yue então fechou os olhos, recuando ao se encostar no tronco seco daquela enorme árvore. Sentiu a respiração pesada do monstro próxima de seu rosto. Pensou em fugir, mas suas pernas não lhe obedeceram, e tampouco conseguiu gritar por socorro.

— Venha comigo...— a kamaitachi a chamou, erguendo o braço para a atingi-la com a sua foice.

Ao vê-la abaixar a lâmina em sua direção, prestes a ser atingida, Yue acordou num sobressalto. Sentada na cama, olhava ao seu redor tentando reconhecer onde estava. Lembrou-se então de tudo que havia acontecido no dia anterior, incluindo o convite de Kurama para que ficasse em sua casa. Suando frio, inspirou fundo tentando recuperar o fôlego perdido e reestabelecer a normalidade de seus batimentos cardíacos.

— Que sonho maluco foi esse? — ela sussurrou, tentando se acalmar. 

Perturbada, se deitou mais uma vez ao notar que nem havia sequer amanhecido. No entanto, temendo um novo pesadelo, permaneceu acordada a maior parte do tempo e voltou a adormecer somente quando não foi mais capaz de suportar os pensamentos agitados que ocupavam a sua mente. 

~*~*~

 

A luminosidade provenientes dos raios solares matinais adentrou as frestas da janela, fazendo com que Kurama abrisse lentamente os olhos. Deitado sobre o sofá da sala, ergueu o tronco ao olhar em direção ao seu quarto, cuja porta permanecia fechada. Yue continuava dormindo, o que, segundo ele, já era de se esperar. O kitsune sabia que ela não acordaria tão cedo, principalmente depois de tudo que tinha acontecido na noite anterior.

Ele fechou os olhos, concentrando-se na energia emanada pela garota que repousava em seu quarto. Ao perceber que não sentia absolutamente nada vindo daquela direção, sorriu satisfeito. O chá que havia oferecido para Yue no dia anterior havia suprimido completamente qualquer vestígio de sua existência. Se antes conseguia sentir o reiki dela tanto quanto o de um ser humano comum, agora ele não podia nem mesmo sentir a sua presença. Era como se estivesse completamente sozinho naquele lugar. Como se Yue fosse invisível espiritualmente. Supondo que os kamaitachi conseguiam rastreá-la por algum aspecto peculiar de sua energia espiritual, agora ele tinha certeza que jamais a encontrariam ali. Yue estava segura.

Apressado, se dirigiu ao escritório do apartamento. Retirou do bolso o vibrante bracelete kamaitachi que ainda guardava consigo e o depositou debaixo do fundo falso de uma gaveta da escrivaninha. Por fim, trancou o móvel para que Yue não pudesse acessá-lo. Ele sabia, é claro, que uma simples tranca jamais seria capaz de deter um youkai, caso quisessem lhe tomar a jóia. Aquilo somente serviria para humanos curiosos.

Assim, com o intuito de reforçar a segurança, espalhou armadilhas pelo cômodo, que somente seriam ativadas na presença de algum youkai

Kurama acreditava que tudo aquilo não seria necessário, pois os kamaitachi não possuíam meios de encontrá-lo, mas ainda assim preferiu se precaver. De maneira alguma aquela relíquia podia retornar para as mãos de seus antigos donos. 

Antes de sair dali, arrancou uma folha de papel do bloquinho de notas que estava sobre a mesa. Escreveu então uma mensagem curta e direta, jogando-a para dentro de seu quarto pela fresta debaixo da porta, garantindo que Yue o encontrasse assim que acordasse.

Ele então saiu de casa, convicto de que ela ficaria bem enquanto ele estivesse fora

~*~*~

Já estava quase na hora do almoço quando Yue enfim acordou. Sentindo fortes dores por todo o corpo decorrentes da tensão nervosa que a havia derrubado, se levantou com dificuldades da cama. Acendeu a luz do quarto deparando-se com um papel caído ao chão em frente à porta. Ao recolher o bilhete, o abriu em seguida, observando cada detalhe daquela caligrafia perfeita.

“Yue, saí para resolver alguns assuntos, mas volto em breve. Em hipótese alguma saia de casa, pois aí você estará em segurança. Sinta-se a vontade para comer o que quiser. Há mais chá preparado na chaleira.
Confie em mim, tudo ficará bem”

Ela pressionou o bilhete contra o seu peito, como se pudesse ouvir a voz de Kurama proferindo cada uma daquelas palavras. A jovem não sabia o porquê, mas sentia que ele realmente era de confiança. Afinal, ele havia salvado a sua vida, não é?

Faminta, após se arrumar, dirigiu-se até a cozinha. Preparou então um simples omurice (1), devorando-o em seguida em questão de minutos. Não havia jantado na noite anterior e o seu estômago reclamava pelo descaso de Yue para com o seu próprio corpo. Após o desjejum, retornou para a sala, fitando-se na foto da família de Kurama. Inevitavelmente se perguntou como ele era capaz de esconder o segredo de sua própria mãe. Ainda que soubesse que ele havia feito aquilo com o intuito de protegê-la, não conseguia compreender como ele conseguia encará-la sem denunciar toda a verdade.

De repente, um arrepio atravessou-lhe a espinha. Assustada, Yue olhou para os lados tendo a impressão de que alguém a observava, mas para o seu alívio, não encontrou ninguém. Ainda assim, uma estranha sensação preencheu o seu corpo, quente e liquefeita. Achou que estava enlouquecendo quando ouviu um tilintar vindo de algum local da casa. Caminhou em direção ao som que insistia em invadir os seus ouvidos e estancou os passos em frente à porta fechada ao lado do quarto de Kurama.

“Você está ficando louca, Yue. É sério.”, pensou, enquanto ria de nervoso.

Já estava começando a se afastar dali quando, de súbito, o som aumentou de intensidade. Vencida pela curiosidade, Yue girou a maçaneta, abrindo passagem para o cômodo desconhecido. Espiou o local pela fresta da porta para descobrir se havia alguém ali, mas novamente não encontrou ninguém. Decidiu então abri-la por completo, revelando o escritório de Kurama, totalmente submerso na escuridão. Pressionou o interruptor na parede, iluminando o local para que pudesse entrar.

Procurando a origem daquele barulho, ela observou os livros enfileirados na estante ao seu lado e a mesa limpa e organizada da escrivaninha. Percebeu então que o zumbido era emitido dentro de uma gaveta daquele móvel, o que fez com que o seu coração acelerasse repentinamente. Imaginando o que havia ali dentro, não foi capaz de conter o ímpeto de levar as mãos à gaveta. Porém, o ínfimo contato com a madeira fez com que um choque atravessasse o seu corpo. Assustada, Yue recuou num reflexo.

— O que foi isso?! — exclamou em voz alta.

Ainda receosa, decidiu tentar novamente. Por mais medo que sentisse, a curiosidade lhe fora maior. Dessa vez, ela não se afastou ao sentir a corrente elétrica. Respirando fundo, puxou enfim a válvula de metal com o intuito de abrir o compartimento, no entanto, para a sua decepção, não conseguiu. Ao perceber que a gaveta estava trancada, concluiu que Kurama havia levado a chave consigo e recriminou a si mesma por tentar mexer em algo que não lhe dizia respeito.

— O que eu estou fazendo?! — envergonhada, ela se afastou da escrivaninha.

Seja lá o que Kurama tivesse guardado naquela gaveta, ela decidiu que não tinha direito de tentar abri-la. Aquilo não era problema seu.

Indignada com a sua própria atitude, saiu do escritório às pressas, tomando cuidado pra não deixar evidências de que esteve ali. 

 

~*~*~

Kurama seguiu em direção à casa destruída de Yue. A partir daquele ponto, tentou rastrear os vestígios deixados pela kamaitachi com o intuito de descobrir de onde a youkai havia vindo. No entanto, como já imaginava, sua busca foi inútil. Essa raça era conhecida pela incrível capacidade de se esconder, sendo praticamente impossível seguir os seus rastros. No passado, o kitsune teve um enorme trabalho para conseguir se infiltrar no clã de seus inimigos, e agora já não podia contar com os mesmos recursos daquela época. 

“Se pelo menos Hiei estivesse aqui...”, ele pensou refletindo sobre a capacidade do amigo em utilizar o Jagan para localizar lugares ou pessoas escondidas, como já havia feito com o País de Gelo.

Cansado daquela busca, Kurama entrou no apartamento de Yue para recolher alguns pertences pessoais da jovem. Com certeza ela sentia falta de seus acessórios e roupas, e precisaria deles enquanto fosse se hospedar em sua casa. Em seguida, dirigiu-se ao templo da mestra Genkai, onde havia combinado de encontrar seus amigos. Ao chegar, Yusuke, Kuwabara, Botan e Koenma já o aguardavam.

— Olha ele aí! — Kuwabara exclamou ao ver o amigo entrar na residência — Achamos que não viria mais, Kurama!

— Desculpem tê-los feito esperar. Fui buscar algumas coisas pra Yue — ele respondeu indicando a mochila que carregava consigo.

— Yusuke e Kuwabara me contaram tudo — Koenma se adiantou antes que o kitsune tentasse lhe dar explicações — Descobriu algo sobre essa garota?

— Nada de anormal. Estive conversando com ela desde ontem, e ela garantiu que não tem ideia do porquê foi atacada.

— Alguma chance dela estar mentindo? — o líder espiritual questionou.

— Duvido muito — Kurama deu de ombros — Além disso, realmente não há nada de especial nela. A energia espiritual dela é tão fraca quanto a de um ser humano comum. Yusuke e Kuwabara também perceberam.

Koenma os encarou, observando ambos balançarem a cabeça em concordância.

— E a relíquia? — disparou de repente ao se voltar para Kurama — conseguiu buscá-la?

— Não — Kurama mentiu sem pestanejar ou dar indícios de não estar falando a verdade — Justamente no momento em que estava indo ao esconderijo, a kamaitachi apareceu. Não tive outra alternativa a não ser salvar Yue. 

— Precisa recuperá-la Kurama, antes que caia nas mãos erradas.

— Eu sei que manter a relíquia em segurança é a sua prioridade Koenma, mas não podemos abandonar Yue. Você já deve ter percebido que o ataque não feito ao acaso, não é?

O líder espiritual resmungou desviando o olhar.

— Do que estão falando? — Yusuke perguntou.

— O ataque sofrido por Yue não foi por vingança aos seres humanos. Se eles quisessem causar mal para a humanidade, continuariam atingindo a todos ao mesmo tempo, como vinham fazendo desde o início. No entanto, eles atacaram somente Yue. Por algum motivo, estão atrás dela.

— Isso é impossível! — confuso, Kuwabara retrucou — Você mesmo acabou de dizer que ela é uma humana comum! Não faz sentido que queiram justamente ela.

— Será que querem utilizá-la como uma espécie de refém? — inocente, Botan sugeriu tentando compreender.

— Não. Não há nada de extraordinário nela que permita ser utilizada como refém. Além disso, kamaitachi não gostam de negociar. Eles simplesmente matam todos aqueles que se opuserem aos seus propósitos.

Amedrontada, Botan engoliu em seco.

— É evidente que precisamos descobrir o que eles querem com ela — Koenma voltou a dizer — Mas também não podemos deixar a relíquia fora de segurança, Kurama. Entendo que esteja preocupado com a garota, mas você precisa buscar a jóia o quanto antes.

— Com relação a questão de segurança, sou obrigado a lembrá-lo que o Reikai não é o local mais seguro que existe, Koenma — o líder espiritual arregalou os olhos — Se lembra de quando Gouki, Hiei e eu roubamos o museu de tesouros do mundo espiritual? Tenho certeza de que outros youkais poderiam invadir o Reikai da mesma forma que fizemos. Vai por mim, você não conhece a astúcia dos kamaitachi.

— E por acaso conhece algum lugar mais seguro do que o Mundo espiritual, Kurama? — ele indagou um tanto ofendido.

— Mais do que segurança à relíquia, você precisa oferecer perigo aos kamaitachi. No momento, o bracelete está escondido na floresta sangrenta do Makai.

— A-a floresta sangrenta?! Como você entrou lá?! — surpreso, o líder espiritual questionou.

— E que raio de lugar é esse, heim? — Kuwabara perguntou curioso.

— Pelo nome, já deu pra ver que não é coisa boa — Yusuke observou.

— Exatamente, Yusuke. É uma floresta muito perigosa do Makai, que devora todos aqueles que ousarem entrarem em seu território — o kitsune respondeu — Por mais poderoso que você seja, é preciso ter uma boa estratégia para conseguir  invadi-la.

— Que horror! — Botan se encolheu assustada.

— Não estou pedindo para que se esqueça da relíquia, Koenma — Kurama continuou — Mas, por hora, vamos nos focar em Yue. Tenha certeza que a jóia está muito bem guardado no Makai. Ninguém a roubará enquanto estiver na floresta sangrenta. A buscaremos no momento certo.

Koenma emudeceu por alguns instantes, ponderando as palavras do kitsune. Por fim, decidiu acatar a sua sugestão, mudando o rumo da conversa.

— Certo. Precisamos então descobrir o que eles querem com essa garota. Botan, quero que verifique os arquivos do Reikai que contenham o nome “Yue Takeuchi”.

— Agora mesmo! — alegre, ela respondeu ao bater continência para o líder espiritual. Em seguida, retirou de suas vestes o arquivo Enma, que continha inúmeras informações sobre os seres humanos vigiados pelo mundo espiritual. Procurou então pelo nome da jovem, até que enfim o encontrasse — Aqui está! “Yue Takeuchi, 24 anos. Personalidade: calma, estudiosa e gentil. Apresentou notas excelentes em todos as provas que prestou, tornando-se a primeira da turma no curso de medicina da faculdade mais conceituada do país. Fez trabalhos voluntários para ajudar os mais necessitados e nunca se meteu em nenhuma confusão”. Caramba, ela parece ser a garota perfeita! Ela é, basicamente, igual ao Yusuke, só que ao contrário!

— Só isso? É tudo o que diz aí? — Kuwabara questionou.

— Espera aí...— ela respondeu procurando outro arquivo entre suas vestes —...sempre levo comigo o caderno de informações adicionais sobre os seres humanos. Nunca se sabe quando vou precisar!

Os três a observavam abrir o segundo livro, procurando novamente pelo nome da jovem. Ao encontrá-lo, tratou de relatar a eles o que estava escrito.

— Aqui diz que Yue Takeuchi nasceu dia 15 de março, e é filha de Naoko e Renji Takeuchi. Além disso, contém informações detalhadas sobre os locais em que estudou, relação com os familiares e até mesmo os seus hobbies! Sinceramente, não tem nada de estranho aqui. Acho que estamos procurando pelo em ovo.

— Posso dar uma olhada? — curioso, Kurama pediu.

Botan lhe entregou o arquivo, deixando que o examinasse por conta própria. Intrigado, o kitsune franziu o cenho ao terminar a leitura, chamando a atenção de seus companheiros.

— O que foi, Kurama? — Yusuke perguntou.

— Estranho. Essa ficha relata absolutamente todos os lugares que Yue já frequentou.

— O que tem de estranho nisso? — Koenma perguntou — O Reikai tem total domínio sobre todos os seres humanos. Sabemos tudo o que fazem.

— Exatamente por isso — Kurama constatou, entregando o livro para o líder espiritual — Não consegue ver o que há de errado?

Koenma leu e releu o que estava escrito, mas não conseguiu entender aonde Kurama queria chegar. Cansado, exigiu então uma explicação.

— Está tudo certo. Eles relatam toda a vida de Yue desde o seu nascimento, até os dias atuais.

— Errado, Koenma — Kurama responde — Eles relatam toda a vida de Yue após o seu nascimento.

Ao entender a linha de raciocínio de Kurama, um estalo ecoou na mente do líder espiritual. Como não havia percebido antes?

— Eu ainda não entendi. O que isso quer dizer? — Botan perguntou tomando o livro de volta para si. Tão confusos quanto ela, Yusuke e Kuwabara se aproximaram para  que pudessem examiná-lo em conjunto.

— Quero dizer que não há registro da maternidade em que Yue nasceu.

Os três arregalaram os olhos, compreendendo o que o kitsune insinuava. Botan então folheou as páginas do caderno, observando que os registros de outras pessoas continham aquela informação.

— Isso não é possível! Deve ter ocorrido algum um erro na hora de transcreverem a ficha de Yue…— ela concluiu incerta.

— Ou então existe algo sobre Yue que nem mesmo ela sabe — Kurama retrucou, imaginando que por trás desse segredo, ele encontraria a resposta que precisava para esclarecer todo o mistério por trás do retorno dos kamaitachi.


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Notas finais do capítulo

(1) omelete japonesa.



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