Yu Yu Hakusho: A Relíquia Perdida escrita por Ocarina, LuisaPoison


Capítulo 18
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, meus amores! Tudo bem com vocês?
Bem, hoje é um dia triste e feliz para mim e para a @Ocarina, pois estamos nos despedindo desta história que escrevemos com muito carinho.
Estamos muito honradas com todo carinho de recebemos de cada um de vocês. E, com certeza, outras parcerias virão.
Então, vamos ao capítulo!?



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Ningenkai. Seis meses depois.

— Yue, o café está pronto!

Kurama finalizou o preparo do café da manhã, arrumando as xícaras sobre a mesa.

— Estou indo! — ela gritou por detrás da porta fechada do quarto, terminando de se vestir às pressas. 

Apesar de ainda ser muito cedo, os dois se preparavam para ir até o Makai com o intuito de visitar a colônia onde os kamaitachi remanescentes do clã haviam se instalado, como faziam desde o último incidente no Mundo dos Demônios. Depois daquela violenta luta, que culminou na morte de Shinohara, os sobreviventes do clã das doninhas resolveram se libertar das memórias dolorosas do passado. Com o retorno da relíquia e da herdeira da família real, eles estavam dispostos a recomeçar. Apesar da presença de Kurama ainda não ser completamente aceita entre os membros da raça de Yue, ainda assim, eles não estavam dispostos a contrariar a decisão da princesa em permanecer ao lado dele.

E, por inúmeros motivos, Yue não estava pronta para fazer do Makai o seu lar. Não ainda. Ela os ajudaria no que fosse necessário, é claro, fazendo-se presente mesmo à distância, mas não poderia libertar-se do seu vínculo com o Mundo dos Humanos de um dia para o outro. No futuro, tudo poderia mudar, mas, no presente, ela precisava continuar a sua vida. Ao lado de seus pais e de Kurama.

Inicialmente, a decisão pegou a todos os kamaitachi de surpresa, porém, não demorou para que os youkais doninha a compreendessem. Afinal, como poderiam ignorar toda a história que a garota tinha construído até então? Além disso, os kamaitachi estavam certos de que seria questão de tempo para Yue assumir o lugar que lhe correspondia dentro do clã.  Não havia dúvidas de que, uma hora ou outra, ela deixaria o Mundo dos Humanos.  E como o tempo não era um problema para os youkais, eles a esperariam pacientemente. 

“Daichi, aqui não é meu lugar. Sei que vocês contam comigo, mas não posso simplesmente deixar tudo para trás. Eu irei ajudá-los a reerguer o nosso clã, não duvide disso. Mas simplesmente não posso ficar aqui. Espero que me perdoem.”

Essas foram as palavras de Yue para o ancião antes de retornar com Kurama e os outros para o Mundo dos Humanos. Seus olhos estavam inundados de lágrimas.

“Não precisa fazer essa cara”, ele disse, esboçando um sorriso. “A partir de agora, tudo será diferente para nós. Enquanto você estiver com o bracelete, não há com o que nos preocupar. Onde quer que você esteja, seremos a sua família. Se te esperamos até hoje, podemos esperar mais um pouco. Será bem-vinda quando quiser voltar.”

Assim, Yue retornou para o Nigenkai, retomando o seu emprego como médica. Convenientemente, Kurama já havia tratado de usar seus artifícios para convencer ou apagar a memória de todos aqueles que estavam envolvidos no seu círculo social. E, como se nunca tivesse desaparecido, Yue foi capaz de dar continuidade às suas atividades exatamente de onde havia parado. 

Kurama, por sua vez, foi obrigado a enfrentar o tribunal do Mundo Espiritual pelas mentiras contadas sobre o paradeiro da relíquia kamaitachi. Koenma também sofreu advertências pela sucessão de eventos ocorridos, no entanto, não houveram maiores punições, uma vez que a situação de desordem no Makai foi completamente neutralizada. Ambos foram totalmente perdoados pelos administradores do conselho de justiça do Reikai. 

Agora, junto de Kurama e, por vezes, Yusuke e Kuwabara, Yue partia para o Makai a cada quinze dias para verificar o progresso do seu Clã. Como os kamaitachi no passado eram temidos por todos, recomeçar não foi uma tarefa muito fácil. Muitos demônios tinham medo de que eles voltassem a ser como eram, mas com a ajuda e influência de Kurama e Yusuke, aos poucos conseguiam provar que aqueles tempos sombrios estavam extintos de uma vez por todas.

Hoje era dia de visita e Yue estava ansiosa. Ao finalizarem o café da manhã, a princesa kamaitachi e o kitsune foram de encontro a Yusuke e Kuwabara. 

Juntos, passaram o dia inteiro no Makai e, como sempre, para a alegria e alívio de Yue, tudo estava perfeitamente dentro da normalidade. A cada dia, ela integrava-se ainda mais ao bando, conhecendo e interagindo com cada um de seus integrantes. Ganhando a confiança de sua própria comunidade youkai e criando vínculos que jamais poderiam ser rompidos. Além disso, aos poucos Yusuke e Kurama conquistavam respeito entre os membros daquele clã, sendo reconhecidos como os poderosos youkais que são. Já a presença de Kuwabara, por sua vez, não deixava dúvidas que a crueldade das doninhas com relação aos humanos nunca mais voltaria à tona.

Aquele era, de fato, o início de uma nova Era.

Exaustos, eles retornaram para o Ningenkai somente no fim da tarde, quando o sol já se punha no horizonte. Yue e Kurama foram pegos de surpresa quando, de repente, Yusuke, ao se colocar entre os dois, passou os braços ao redor do pescoço de ambos, apertando-os naquele abraço forçado. 

— E então? Eu quero saber...quando vai sair o casório? Vai ficar enrolando ela até quando, Kurama? — ele se virou então na direção da garota — Yue, não deixa ele te engambelar. Esse cara aqui é só fachada!

— Não seja tão intrometido, Yusuke — Kurama respondeu, desviando o olhar.

— Que cara é essa, Kurama? — Kuwabara riu, se aproximando dos três — Tem medo de compromisso? 

—  Olha só quem fala — Yusuke retrucou — O cara que até hoje não conseguiu assumir os seus sentimentos pra Yukina. Cria vergonha nessa cara!

Enquanto Kurama e Yusuke riam do desespero de Kuwabara, Yue permaneceu em silêncio. As bochechas mais rosadas do que de costume, encabulada com o teor da conversa e, ao mesmo, feliz por estar ali. Jamais imaginou que a sua vida iria tomar o rumo que tomou. A sua vida, antes pacata e sem graça, ganhou dimensões que nem podia mensurar, e também seu coração havia sido preenchido pelo sentimento mais puro, totalmente à mercê daquele que um dia foi o maior inimigo de seu clã. Agora, no entanto, ele era a pessoa mais importante para ela. Pensando nisso, acabou se rendendo às brincadeiras, rindo junto aos três rapazes que seguiam atormentando uns aos outros.

  ~*~*~

De volta ao apartamento, enrolada em um roupão, Yue secava os cabelos úmidos na toalha. 

— Fiquei tão aliviada hoje — ela disse, virando-se para Kurama — Daichi me disse que as coisas estão indo melhor do que o planejado. Eles já conseguiram até mesmo uma aliança com aquela tribo youkai vizinha. Eles não terão atritos naquele território tão cedo.

— Tudo isso graças a você, Yue — Kurama disse ao se aproximar — Você está se saindo muito bem como líder.

— Com a nossa ajuda, você quis dizer. Se você não estivesse me orientando, não seria a mesma coisa. Eu não conseguiria sozinha.

— Conseguiria sim. Não duvide da sua capacidade. 

— Mesmo assim, estou feliz por tê-lo ao meu lado. Agradeço por tudo o que me aconteceu, até mesmo as coisas ruins. Porque, se  não fosse por isso, eu não teria te conhecido. 

Kurama a analisou por um instante. Quando vivia como um ladrão no Makai, roubou os mais diversos tipos de tesouros, jóias e artefatos valiosos. Naquela época, só lhe importava o ouro e o poder. Mas agora, nada no mundo tinha o mesmo valor do que aquele singelo momento ao lado de Yue. Perto dela, qualquer jóia perdia o brilho.

— Eu também estou muito feliz — respondeu então, sorrindo ao acariciar o seu rosto.

Ele a beijou em seguida, selando o sentimento que os uniria para sempre. 


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