Nature and Gods. escrita por Lord JH


Capítulo 5
A visita.


Notas iniciais do capítulo

Kaleb recebe uma visita que lhe traz um presente bastante especial.



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O cheiro de pão e café quentinho preenchia o ar do salão da mansão, quando pelas escadas, Kaleb e Alejandro desceram juntos e cheios de fome.

— Bom dia, jovem mestre e monsenhor Alejandro. Tenho aqui pão e café quentinho, acompanhados também por queijo branco e geleia de morango. — Falou Thomas enquanto terminava de ajeitar a mesa.

— Muito obrigado, Thomas. Você certamente se juntará conosco para apreciar tudo isso, estou certo? — Perguntou Alejandro enquanto puxava uma cadeira para se sentar.

— Hêhehe... — Riu Thomas de maneira respeitosa. — Peço perdão pela indelicadeza, monsenhor Alejandro, mas como irmão de visão eu achei que você saberia que eu fui o primeiro a comer aqui hoje. —

Alejandro então pegou um pedaço de pão e ao passar um pouco de geleia de morango por cima, deu uma mordida suave e respondeu — Eu até vislumbrei você se empanturrando em sua cama ontem, mas sabe como é..... Eu estava um pouco mais ocupado com outras coisas ontem à noite. — Completou o vidente com um sorriso bastante provocante que fez Kaleb corar instantaneamente.

Thomas, porém, apenas riu daquela situação, e ao pegar um pedaço pequeno de queijo para si, pediu licença e foi até a cozinha iniciar os preparativos para o almoço.

Alejandro então olhou para Kaleb, que ainda estava vermelho como uma pimenta, e ao oferecer um pouco de geleia para o anfitrião, perguntou — Você acha que o Thomas gosta de me ter por aqui? —

Kaleb apenas sorriu ao perceber que Alejandro estava confuso sobre o comportamento do velho mordomo, e então, ao provar da geleia que Alejandro lhe dera carinhosamente na boca, o de olhos castanhos respondeu — O Thomas adora ter alguém parecido com ele por perto, assim como ele também sente um pouco de ciúmes por você ter mais atenção minha quando está por aqui do que ele. —

Alejandro então aceitou a explicação de seu amado, e ao se servir de um pouco de café preto e forte, perguntou — Ele também era assim com o Imek? —

Kaleb então gargalhou alto e somente após perceber que Alejandro ainda estava fazendo cara de inquisidor para ele, que o senhor da mansão respondeu — Não, Alê, o Thomas não implica com você pelo fato de você ser gay.  Já a questão com o Imek era.... Bem, era mais complicada. —

— Se você se referir ao fato de você ficar com ele e com a irmã dele ao mesmo tempo como complicado, então eu acredito que era. — Comentou e provocou Alejandro enquanto bebericava de seu quente café.

— Hihihi... — Riu Kaleb baixinho — Não acredito que você tem ciúmes de meus outros relacionamentos. —

— Mas é obvio que eu tenho. — Respondeu o mais alto com um olhar sério. — E sabe o que é pior? Eu tenho que ter. A ruiva vem todo dia aqui te entregar pão e ainda é a sua melhor amiga, a loira e a tatuada são casadas, mas ainda representam perigo; já o casal de irmão pode aparecer do nada e querer reatar laços, desse jeito a única com quem eu não tenho que me preocupar é com a doce Laura. — Finalizou o vidente com certo respeito pelo último nome.

Kaleb então sorriu discretamente, e ao apontar uma faquinha de serra para o de mechas arroxeadas, falou — Primeiro, eu não acredito que você seja tão ciumento assim; E segundo, a Sam gosta mais de mulheres do que de homens, a Andreza e a Rebeca são bem fiéis aos seus maridos, a Asha casou com uma japonesa e com um homem francês, enquanto o Imek, pelo o que eu soube da irmã dele, conheceu outro rapaz e foi se aventurar com o mesmo em uma viajem pelo mundo. —

Alejandro então segurou a ponta da faca com o dedo indicador direito, e ao encarar Kaleb com um olhar extremamente sedutor, falou — Eu acho que deveríamos fazer que nem o Imek e tentar o mesmo. Rsrs... O que me diz? — Perguntou o mais alto com uma vontade imensa de ouvir um belo sim como resposta.

Porém, o mais baixo apenas sorriu e ao voltar a sua atenção para a comida saborosa, respondeu — Não estou em condições de viajar atualmente, Alejandro. Me comprometi a ajudar uma moça com o seu trabalho aqui na região e manterei minha palavra. — Finalizou o senhor da mansão sem permitir espaço para mais nenhuma palavra sobre aquele caso.

Alejandro apenas aceitou as palavras de Kaleb e também voltou a sua atenção para comida. Porém, poucos segundos depois, o vidente foi surpreendido com uma pergunta.

— Alê, com quantas pessoas você já se relacionou antes de mim? —

O mais alto então apenas riu ao ouvir a curiosa pergunta de seu amado, e ao dar mais um gole no quente e forte café que Thomas havia preparado, o de olhos violeta falou — Nossa, meu precioso, por essa nem meus olhos esperavam. Rsrs... —

Kaleb então sorriu ao perceber que deixara o seu parceiro envergonhado, e ao se levantar e se sentar por sobre a mesa, um pouco mais próximo do vidente, perguntou — Você não previu essa, olhos mágicos? —

Alejandro então se conteve para não contar as coisas que ele já vira o seu amado fazer sem que ele soubesse que estava sendo “observado”, e ao colocar a mão direita por sobre a perna esquerda do de olhos castanhos, respondeu — Não, meu amor, meus olhos também precisam enxergar o presente de vez em quando, principalmente quando eu estou aqui com você. —

— Hêhehe.... — Riu Kaleb vitorioso. — Mesmo assim eu quero a minha resposta. Quantos? —

O vidente apenas sorriu e ao se levantar e dá um beijo rápido nos lábios do anfitrião, respondeu — Foram vários. Muitos para contar e enumerar em uma conversa matutina. Principalmente quando você receberá a visita de uma mãe com sua filha dentro de dez minutos. — Completou Alejandro ao dar um pequeno vislumbre no futuro próximo de seu amado.

— É sério isso? — Perguntou Kaleb desconfiado de que aquilo era uma estratégia de fuga do mais alto.

— É sim. Mas não se preocupe, outra hora lhe falo sobre os homens e as mulheres do meu passado. Agora você vai terminar o seu café, tomar um banho bem tomado, colocar uma roupa limpa e ficar lindo e cheiroso para receber a sua visita, entendeu? — Provocou e zombou o vidente com um sorriso brincalhão no rosto.

— Você me ajudaria com o banho? — Perguntou Kaleb com um sorriso bastante convidativo para o mais alto.

Alejandro então concordou com a cabeça, mas ao segurar na mão do de olhos castanho, beijou os seus dedos carinhosamente e falou — Teremos que ser rápido, ok? Pois você não deve deixar a sua visita esperando. —

Kaleb então consentiu com a cabeça, mas ao aproximar a boca do ouvido esquerdo do mais alto, sussurrou — Eu creio que ela consiga esperar uns minutinhos a mais com a companhia de Thomas. —

Um sorriso de felicidade tomou os lábios do vidente, que ao beijar a bochecha esquerda do senhor da mansão, falou — Então abandone o café e vamos logo para o banho. — E assim Alejandro acompanhou Kaleb até o seu quarto, onde no banheiro, eles conseguiram aproveitar melhor um pouco do curto tempo antes da chegada de uma certa visita.

Vinte minutos depois Kaleb desceu sozinho de seu quarto, já que Alejandro decidiu passar um tempinho fazendo umas pesquisas particulares e não queria se envolver nos assuntos de seu amado anfitrião.

Na sala, Thomas servia chá, café e biscoitos para uma mulher e uma garota.

Kaleb logo percebeu que se tratava da arqueóloga Marta Ortes, e ao se aproximar e cumprimentar a bela mulher de cabelos castanhos curto, dirigiu também o seu olhar para a mais nova e perguntou — Sua filha, senhorita Ortes? —

A arqueóloga logo sorriu e ao concordar com a cabeça falou — Filha, este é o Lorde Kaleb Noble, Lorde Kaleb, esta é minha filha Iris. —

— Prazer em conhecê-lo, senhor Lorde Kaleb. — Falou íris meio sem jeito e sem saber como falar com aquele belo e simpático rapaz.

— Hahahaha.... — Riu Kaleb alegre. — Nunca ninguém me chamou assim antes. Rsrs.... Pode me chamar apenas de Kaleb, Iris. Você também, senhorita Ortes. — Acrescentou para arqueóloga.

— Me chame apenas de Marta, Kaleb. Espero que possamos descobrir coisas maravilhosas nas ruinas que você me falou. — Confessou Marta completamente empolgada e ansiosa para iniciar a sua pesquisa.

Kaleb então ficou feliz pela empolgação de sua convidada, e logo após contar que possuía alguns livros que gostaria que ela lesse antes de ele a levar até a floresta, Marta também abriu a sua mochila e ofereceu algo para o anfitrião.

— É um presente humilde, mas espero que você goste. — Falou marta bastante contente em poder presentear o seu novo colega de pesquisa com algo bastante especial.

Kaleb recebeu o presente contente e ao perceber do que se tratava, falou — Que magnifico! Uma mbira muito mais linda do que a que eu possuo. —

— Que bom que gostou. — Falou Marta. — Achei essa no porão da minha antiga casa, mas como não sei tocar e já possuo outra que era do meu pai, decidi que ela deveria pertencer a um verdadeiro colecionador. — Completou a arqueóloga ao olhar para os lados e admirar todos os quadros, vasos, esculturas e artefatos antigos que decoravam e ostentavam a riqueza cultural e financeira da casa.

— Ah, muito obrigado. — Disse Kaleb totalmente lisonjeado. — Também quero que você fique à vontade e se sinta em casa para poder apreciar, ver e tocar cada peça que tiver vontade. Thomas, por favor mostre tudo o que temos para a senhorita Marta e sua filha, enquanto eu vou guardar a mbira e pegar os livros dos quais lhe falei. — Finalizou Kaleb ao fazer uma reverência de pedido de licença e ir até a sua biblioteca.

Então, ao anoitecer, Marta e Iris retornaram para casa com três livros velhos e bem preservados para pesquisa; e ao avistar que seu Tomás havia passado a tarde com os dois novos amigos que o garoto fizera, a recém-chegada família se uniu para uma noite de jogos e comida, onde o garoto contou que o primo e o irmão mais novo da Daniele se chamavam Rufus e Ricardo.

Iris também havia gostado bastante de Daniele, a ponto até de já estar pensando em convidar a garota para fazerem alguma coisa juntas no próximo dia.

Porém, isso teria que esperar, pois depois de comer muito e de se divertir bastante com a sua mãe e irmão, Iris logo se cansou e foi até a cama para dormir, onde sonhou com Kaleb e um garoto estranho ao qual a garota da cidade nunca avistara antes.

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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