Onimusha: The Journey by the Five Warriors escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 3
Duas Irmãs e Um Dia de Trabalho


Notas iniciais do capítulo

Boa noite turma! Estamos de volta com mais um capitulo de Onimusha! O que será que acontecera após o mal entendido entre as duas irmãs de Arendelle? E como será o dia de trabalho de Ash e Minokishi?
Leiam e descubram!
Desde já um bom final de semana e FELIZ ANO NOVO!!!



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Elsa corria pelo castelo a procura de sua irmã, estava se sentindo péssima, após a discussão. 

“Como não fui ouvi-la?!”

Resigna-se.

“Eu devia saber que ela nunca faria algo assim... muito menos sem uma o corte dessente!”

A rainha agora descia as escadas segurando a borda de seu vestido para não tropeçar.

“Você é uma tonta Elsa! Tonta, tonta, tonta!”

— Majestade?

A rainha se volta para a voz que a chama, revelando ser Kai que saia de uma porta.

— KAI! – Ela corre até ele. – Você viu a Anna? – Pergunta esbaforida.

— Não senhora, não a vi? A senhora não ia chama-la? – Pergunta o mordomo confuso.

— Sim, mas... – Como ela iria explicar.

— Aconteceu algo grave? A senhora não me parece nada bem? – Pergunta o mordomo preocupado ao ver o estado de sua rainha. Parecia aflita e perdida, ele só se lembra de tela visto assim na infância, quando se reclusava em seu quarto e se mantinha escondida do mundo por ordens dos antigos rei e rainha.

“Se eu soubesse de seu segredo, talvez pudesse ter lhe ajudado há muito mais tempo minha criança...”

Pensa o mordomo.

“Sei que não posso voltar ao passado, mas...”

Kai se aproxima da jovem rainha, segura seus ombros com delicadeza e pergunta:

— Diga-me o que ouve minha menina?

Elsa olhou para seu mordomo de confiança com os olhos trêmulos, ele sempre foi gentil e amigável com ela. Não tinha medo dela, mesmo não sabendo de seus poderes na infância, sempre esteve ali por perto quando mais precisava e se mostrou de grande valor durante o inverno eterno caudado por ela mesmo. Lágrimas começam a escorrer de seus belos olhos azuis assustando o velho mordomo e sem avisar recebe um abraço da jovem monarca.

Um abraço forte e de suplica.

— Ah, Kai eu sou uma idiota!!!

— Majestade?!

— Eu a magoei Kai... de novo!

O velho mordomo se assusta com as palavras da rainha e como um pai a abraça a consolando.

— Acalme-se, vai ficar tudo bem.

— Não, não vai! – Ergue seu rosto olhando para o mordomo. – Eu a juguei, fui indelicada e grossa... Meu Deus como eu fui burra!!!

O mordomo real começa a se preocupar ao ver o estado emocional da rainha e pensa no que pode ter acontecido para que ela ficasse nesse estado, mais o que realmente o preocupou foi ver as paredes e janelas ao redor se congelarem e o ar a ficar mais frio.

— Minha senhora, controle-se! – Brada Kai.

— Kai?

— Não sei o que ouve entre você e vossa irmã, mais a senhora não pode se resignar deste jeito, olhe ao seu redor!

Ao ouvir as palavras de Kai a jovem rainha olha em volta e vê que o ambiente estava se congelando... estava perdendo o controle!

— Não! Meu Deus, não!!!

— Acalme-se senhora! Apenas olhe para mim!

Elsa obedece e olha bem no fundo dos olhos de seu mordomo.

— Respire fundo e se controle!

Ela respira fundo.

— Solte pela boca bem devagar.

Solta a respiração bem devagar.

— Agora enquanto respira feche os olhos.

Os fecha.

— Imagine que está em um lugar que goste muito. – Comenta. – Alguma lembrança boa ou até mesmo um momento em especial, vamos pense!

A rainha mantinha os olhos fechados enquanto segura as mãos de Kai que por sua vez tentava passar segurança para sua rainha e para sua felicidade e alivio pareceu estar dando certo. Viu a jovem sorrir, sua feição de desespero sumia dando lugar a uma de tranquilidade e paz. O gelo que cobria o ambiente sumia como o medo que deixava o coração da rainha. Alguns minutos de respiração e pensamentos felizes e o gelo havia sumido por completo e a feição da rainha estava normal de novo.

O mordomo ao perceber que sua tática deu certo diz:

— Agora pode abrir os olhos e respirar normal minha criança... o medo já foi embora.

Assim ela o faz, abriu os olhos e respirou normalmente, parecia que tinha tirado um enorme peso de suas costas. Sentia-se até mais relaxada e descansada e sorrindo responde:

— Kai... obrigada!

O velho mordomo apenas sorri e responde:

— É para isso que estou aqui vossa majestade, ajuda-la e servi, mas mudando de assunto... o que a deixou tão mal a ponto de quase perder o controle... aconteceu algo entre a senhorita e Anna e a senhora?

O sorriso que Elsa tinha após respirar sumiu e em seu lugar uma fina linha vermelha surgiu devido à cor de seus lábios.

— Sim... nós brigamos, ou melhor, eu fiz uma burrada!

— Burrada? – Kai se assustou ao ouvir sua soberana usar um linguajar tão diferente do habitual, geralmente a rainha sempre usou frases requintadas e polidas, ela não era desse tipo, pelo visto a coisa foi realmente seria. – Quer me contar o que ouve?

A jovem rainha confirma com a cabeça.

— Então vamos para seu escritório, aqui definitivamente não seria um bom lugar para conversar. – Completa o mordomo.

— Tem razão... vamos.

Então ambos seguem para o escritório real para onde Elsa poderia descansar e até pensar melhor.

Enquanto isso no jardim real...

— Anna!

Um jovem grande, musculoso e de cabelos loiros adentra no jardim a procura de sua amada.

— Ela só pode estar aqui! – Diz pra si mesmo.

A princesa havia revelado a seu amado que sempre quando se sentia triste e sozinha vinha para o jardim real e lá ficava sozinha por horas chorando a espera que alguém a encontrasse, seus pais ou até mesmo sua irmã... mas nenhuns dos três nunca apareceram e quando o Sol já havia sumido e a Lua imperava, ela voltava para dentro e ninguém perguntava onde esteve. Se sua irmã estava sozinha naquele quarto... ela estava sozinha em um castelo inteiro.

— Não vou mais te deixar sozinha! – Exclama o jovem pra si mesmo.

Andou por mais alguns minutos, até que começou a ouvir soluços.

— Hum?

Parou e ficou atento. Concentrou sua audição para localizar a dona daqueles soluços que vinham mais a esquerda e para lá que ele foi. No caminho retirou algumas plantas que o atrapalhavam até que chegou o que parecia ser o centro do jardim, demarcado por um belo chafariz em formato de uma grande for. Sua base era feita de granito acinzentado com pontas que lembravam pétalas, de seu centro uma coluna de pedra semelhante a um caule jorrava água límpida e cristalina para a parte de baixo da estrutura. E em seu topo como se estivesse pousadas sobre o topo da flor, duas estátuas em tamanho real em forma de anjos completavam a decoração.

Eram dois anjos que se olhavam e davam as mãos, na mitologia de Arendelle simbolizavam os anjos da liberdade e do amor. Por onde voavam espalhavam esses sentimentos, como sementes que germinavam e floresceriam nos corações daqueles abençoados por suas graças. Outro fato notável é que esses dois seres celestiais eram irmãs, fato que inspirou o antigo rei e rainha a erguerem as estatua não apenas como decoração, mais também como homenagem as suas amadas filhas.

E encolhida ao lado chafariz estava um desse anjos...

— Anna!!! – Grita o jovem correndo até sua amada.

A princesa estava sentada abraçando os joelhos e com o rosto afundado neles, chorava com tanta intensidade que o seu amado podia ver seus ombros tremerem.

Ao ver sua amada naquele estado ele se agacha e com carinho faz um afago em sua cabeça.

— Anjo... – Diz ele erguendo o queixo de sua amada.

— Ursinho... – Sussurra a jovem que no ato abraça seu amado.

— Calma, eu tô aqui! Nada vai te acontecer.

Ela funga.

— Eu sei... mas a minha irmã... – Ela não conseguiu completar a frase e afundou o rosto no peito de seu amado.

— A culpa foi minha! – Diz Kristoff.

— Quê? – Pergunta assustada a princesa olhando para seu amado.

— Pois é, se eu não tivesse trazido àquela maldita caixa no meio da noite nada disso teria acontecido! A culpa é toda minha por você e sua irmã terem brigado! – Brada o mestre do gelo deixando sua amada pasma.

— Não... – Ela segura suas mãos. – A culpa também foi minha, eu devia ter ido falar com a Elsa logo de cara... eu fui uma boba, mas... pensar que eu e você estaríamos... – Anna cobre o rosto de vergonha.

O mestre do gelo gentilmente segura as mãos da amada descobrindo seu rosto.

Olhou para aqueles belos olhos da cor do mar que fizeram com que ele a amasse à primeira vista. Com sua mão direita acaricia sua face e enxuga as lagrimas de sua donzela e sem esperar lhe rouba um beijo.

Um beijo calmo e aconchegante, que na mesma hora foi retribuído pela princesa que fecha os olhos abraçando seu amado.

Após alguns minutos os dois se separaram tomando folego.

— Mais calma agora?

Ela sorri.

— Você sabe mesmo como me acalmar. – E dá um beijo em sua bochecha. – Obrigada.

— Disponha! E aí, pronta pra entrar e falar com sua irmã?

— Eu... – Ela vira o rosto.

— O que foi?

— Eu não sei Kriss, mais não... eu não quero vê-la!

Essa foi à deixa para seu amado a olhar abismado e sem reação nenhuma.

Longe de tudo o que acontecia um jovem menino descia as escadas de sua casa em alta velocidade indo direto para a varanda da casa onde o restaurante de sua mãe estava preste abrir!

— Bom dia mãe!

— Bom dia querido! – Responde a mãe do jovem sorrindo. Tinha a pele branca, olhos amendoados e cabelos castanhos curtos. Tinha trinta e seis anos, mas mantinha ainda a beleza de alguém dos trinta. – Então dormiu bem? – Pergunta colocando um prato com algumas guloseimas para o café da manhã do filho.

— Sim, menos quando o Minokichi apareceu gritando que nem um esclerosado!

— Eu não sou esclerosado!!! – Berra o pequeno servo dependurado de cabeça pra baixo, usando uma touca de mestre cuca, um avental do seu tamanho e segurando uma espátula. – Só estava preservando a saúde e o bem estar do meu querido mestrinho!

— Tá mais pra puxa saco mesmo! – Responde o menino comendo uma bisnaga de pão.

Essa foi à deixa para o show...

— AAAAHHHHH!!!! Meu mestrinho me acha um puxa saco, um bajulador de merda que não faz nada a não ser reclamar e chorar!!!

— Não, Minozinho! O Ash não pensa nada disso, não é? – Pergunta a mãe do menino com esperança.

— Penso sim! – Responde o garoto com ênfase e essa foi à deixa para pequeno surtar de vez!

— AAAHHHHHH!!!! HARAKIRI!!! VOU COMETER HARAKIRIIIII!!! – E se balança todo pegando uma faca, ao ver isso à mãe do menino se desespera.

— Meu Deus ele vai se matar!!! Ash faça algu...

Antes de sua mãe terminar de falar o jovem fixa seu olhar em Minokichi, pega o prato que estava sobre a mesa e o joga como um disco que desarma o pequeno ajudante e cai certinho na lavadora de pratos, depois pega a faca que passou manteiga no pão, roda nos dedos, corre, corta a corda do pequeno ajudante e o segura com seu braço esquerdo.

Tudo isso se deu em cinco segundos!

— Então? Você vai parar de frescura, ou eu mesmo vou ter que te matar?! – Pergunta Ash de maneira ameaçadora, fazendo o pequeno Mino tremer e a choramingar.

— Eu... snif... só queria ser útil! Para esta honorável família que me acolheu, snif, snif!

— OHHHH! – Uma lagrima escorre pelos olhos da mãe de Ash que faz bico, após a tocante declaração do pequenino, já o garoto tem outros planos para o baixinho.

— Mas você é útil! – Diz o menino sorrindo.

— SOU!!!

— Sim! Mais ainda para o que eu vou fazer agora!!!

E sem pestanejar o rapaz coloca o pequenino no chão, ergue o pé direito o máximo que pode, para depois desferir um potente chute no pequeno ajudante que é arremessado como uma bola contra a portinhola da cozinha. Despois ricocheteia abrindo uma janela, depois outra e mais outra e por fim vira a plaquinha da porta do estabelecimento de “fechado”, para “aberto” terminando por fim rolando perto dos pés do jovem que grita.

— Bom trabalho Minokichi, missão cumprida!!!

O pequeno ser se levanta com os olhos brilhando e chorando de alegria... além de três galos que latejavam em sua cabecinha.

— Minokishi... está... radiante! Por ter... sido... ULTIL!!! – E desaba com os olhinhos em espiral.

A mãe do garoto logico não gostou.

— Ash! Por Deus o que deu em você?! Como pode fazer algo tão cruel com o pequeno Mino?!

O garoto olha para a mãe e responde com olhar de sonso:

— Olha quem fala?! A senhora fez muito pior!

— Ah?

— Se lembra do dia das bruxas que você tece a “brilhante” ideia de transformar o restaurante numa temática de Halloween? E que você fez o Minokishi vestir um vestido branco e uma peruca longa preta!

A mãe do garoto pisca.

— Xi... eu fiz isso? – Questiona coçando queixo com olhar inocente.

— Ô se fez! – Exclama o rapaz. – Todo mundo saiu correndo ao ver esse carinha dependurado pelo teto se balançando e ecoando uma risada fantasmagórica!

— Minokishi estava muito inspirado neste dia! – Diz o baixinho para logo em seguida ser pisado pelo garoto que continua:

— Foi um verdadeiro inferno e quem se ferrou no final, fui eu! Porque, esse pestinha ficou vestido assim por uma semana inteira e me assustando com aquela roupa... – Ele dá uma pausa em seu relato no momento em que uma grossa lágrima escorre de seu olho esquerdo. – Péssimas lembranças, péssimas lembranças!

A mãe do menino coloca a mão direita sobre a boca ao finalmente se lembra do ocorrido.

— Aí, desculpa... acho que exagerei.

— E MUITO!!! Mais chega desse papo, vamos abri essa birosca e encher o bucho dos clientes e claro nossos bolsos também!!! Há, há, há!!! – Exclama o garoto já recuperado e rindo que nem louco.

— Ganancioso! – Responde sua mãe.

— Sou mesmo! – Devolve o menino dando de ombros. – Agora bora mãe, hora do trabalho! Mino a postos!

Nem precisou de uma segunda chamada, o pequeno ajudante se levanta como se nada tivesse acontecido e grita:

— É NÓS!!!

— Puxa, hoje parece bem animado aqui, não é? – Diz um homem entrando.

— UM CLIENTE! – Berra Minokishi.

— BELEZA! Vamos mãe ao trabalho, Mino vá lá fora e chame mais gente!

— Deixa comigo! – Grita o baixinho se lançando ao teto.

— Mãe, a senhora cozinha e eu atendo as mesas... o que foi? – Pergunta o menino para sua mãe que o olhava admirada.

— Você realmente é um líder nato, sabia?

O elogio deixa o garoto sem graça e coçando a cabeça.

— Para com isso mãe tá me deixando envergonhado.

— Mais feliz!!! – Responde Minokishi de supetão que receber um soco de seu mestre o fazendo voar porta afora e em pleno voou ele aproveita e faz a propaganda do restaurante. – VENHAM PARA O RESTAURANTE BLAZIKEN, A MELHOR COMIDA CASEIRA QUE JÁ PROVARAAAAMMMMM!

E cai numa lixeira enorme, logo em seguida clientes começam a entrar fazendo o restaurante ficar bem movimentado.  

— Não é que esse desgraçado sabe chamar clientes!

— De uma maneira meio peculiar, mais sabe! – Diz a mãe de Ash meio sem jeito.

— Bom, chega de papo e vamos ao trabalho mãe!

E com uma continência ela responde:

— Sim, capitão Ash!!!  – E vai em direção à cozinha preparar os pedido, não sem antes olhar uma foto em cima de uma mesa onde estava toda a sua família. Nela estavam seu filho, o pequeno Mino, seu marido e ela. – Se você visse como nosso filho está agora estaria tão orgulhoso Kaiser. – E faz um carinho no retrato e se volta a seus afazeres.

Passou-se algum tempo e Ash e Mino atendiam os clientes com presteza e qualidade.

Tudo ia bem... até...

“Eu não vou!”

Hum? – Ele olha ao redor. – O que foi isso?

Mais não havia nada, só o barulho dos clientes se servindo.

— Acho que tô ouvindo coisas?

Porém ele ouve novamente.

“Eu não quero vê-la!!!”

O garoto coça o ouvido, olha ao redor, mais nada.

— Mestrinho, algum problema? – Pergunta o pequeno Mino.

— Não... nada, só minha imaginação. – Disfarça o menino que não entendeu nada do que acabou de acontecer e sem perceber a pedra que carregava consigo brilhou... assim como a caixa que jazia nos jardins de Arendelle...

 


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Notas finais do capítulo

E assim encerramos o ultimo capitulo do ano de 2019. Qual será a estranha ligação entre as princesas e Ash? Só o tempo dirá, até lá um bom final de semana para vocês e Felzi ano novo!!!



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