Girassol escrita por they call me hell


Capítulo 14
Perpétuo


Notas iniciais do capítulo

Quando escrevi esse capítulo, pensei em adicionar uma investigação policial à história, mas depois de mais dois ou três capítulos eu percebi que isso não estava encaixando muito bem com o resto e acabei modificando o texto. Haveria um serial killer com um grande desenvolvimento de personagem, mas essa ideia ficará para um outro projeto.

Espero que goste! :)



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— 14 —

 

Calliope e Lodge continuam me apresentando detalhes do projeto enquanto revisamos documentos. Já se passaram alguns dias nesse processo, mas não temos pressa, querendo garantir a maior chance possível de sucesso em nossa primeira tentativa. Os arquivos do projeto anterior são parte importante disso, nos explicando as falhas ocorridas que precisamos evitar. Lendo mais uma vez, reparo em algo que não havia reparado antes. O diretor do departamento na época tinha um nome sugestivo: Octavius Dawlish. Sinto o ímpeto de mencionar essa coincidência, mas não sou próxima de Calliope o suficiente para questionar se este era o seu pai, então permaneço em silêncio. Minha teoria pode estar errada, visto que as famílias bruxas costumam ser muito grandes e não é difícil ver pessoas com um mesmo sobrenome, mas essa seria uma boa justificativa para o interesse neste projeto específico.

Acordamos algumas alterações necessárias e eu fico responsável por conferir cada detalhe e passá-las para o papel, enquanto Lodge deixa a sala para providenciar os itens necessários e Calliope confere se nossa estrutura está dentro do previsto. 

Tomo cuidado em dobro, verificando cada detalhe para que nada escape minha atenção. Esse momento pode arruinar ou alavancar minha carreira e não quero correr riscos que poderiam ser evitados com um pouco de atenção.

Quando termino e arquivo o projeto no laboratório, vejo no relógio de parede que é hora do almoço e vou até o refeitório comum para encontrar Harry e Ron que já devem estar esperando por mim. A caminhada é consideravelmente longa, mas não me incomoda e ao chegar posso ver os dois sentados na mesa de sempre. Me sirvo e ocupo uma cadeira, pegando sua conversa na metade.

— Acho que sim — Ron diz com a boca cheia. — Ei, Hermione.

— Por um momento achei que não viria.

— Estou cheia de coisas esse mês — respondo para Harry. — Mas nada que me faça perder o almoço.

— Isso é bom. Gina me disse que você vai levar seus pais no natal, achamos uma ótima ideia.

— É muito legal, mas o que eu realmente quero saber é se levará biscoitos.

Harry dá uma cotovelada nas costelas de Ron que quase engasga e me faz rir.

— Terão pais e biscoitos, não se preocupem.

— Você já contou sobre você e Fred?

Balanço a cabeça negativamente enquanto engulo a comida para responder.

— Ainda não, talvez o faça quando estiver mais próximo. Ou espere o natal passar, assim não vira o grande assunto do momento.

Ambos acenam em concordância.

— O máximo que meus pais podem fazer é comemorar, você sabe. Foi assim com Harry e Gina, Gui e Fleur, George e Angelina...

— Eu sei disso, mas você também sabe que logo depois começam as perguntas sobre casamento, filhos e tudo mais.

— É só dizer que acontecerá quando for a hora. Digo o mesmo quando perguntam quando apresentarei a garota com quem estou saindo.

Harry ri.

— E, afinal, quem é a garota com quem você está saindo? Acho que nunca perguntei.

Aguardo a resposta com curiosidade. Seja lá quem ela for, merece um prêmio, ainda que Ron seja um pouco mais maduro hoje em dia.

— Vocês não devem conhecê-la, a vi pela primeira vez na arquibancada de um jogo do Chudley Cannons — ele diz, bebendo seu suco. — Seu nome é Agnetta e ela trabalha em Saint Mungus como mestre de poções.

Lembro do meu vizinho que trabalha no mesmo lugar e penso em perguntar para ele se é uma boa pessoa, apenas para assegurar que Ron não se meteu em problemas. Quando começou a trabalhar no Ministério apareceu uma garota de repente com quem ele começou a sair e um tempo depois Gina descobriu que ela dava em cima de todo mundo que aparecia nos jornais. Não sei o que ela esperava conquistar com isso, mas talvez achasse que por Ron ser um herói de guerra, se tornaria uma estrela.

— Fico feliz por vocês — digo de forma genuína. Por mais que implique com seus defeitos como a melhor amiga que sou, tudo o que quero é que esteja bem e se isso se enquadra na categoria, só posso desejar sorte.

— Pode convidá-la para ir ao Três Vassouras conosco quando quiser — Harry sugere. — Prometo que vamos nos comportar e não contaremos para os seus pais.

Nós três rimos disso. É impossível garantir isso quando se trata de Gina, mas sua intenção é apreciada.

— Vamos essa sexta-feira, não é? Vou ver com ela e aviso vocês.

Terminamos o almoço conversando trivialidades e ao voltar para o DDM, encontro Calliope me aguardando. 

— Assim que Lodge chegar, estaremos prontos para começar.

Murmuro em concordância e pego os documentos no laboratório, colocando-os sobre uma das mesas da sala principal. 

— Seremos só nós três?

— Por hora sim, pelo menos até realizarmos esse primeiro teste de forma satisfatória.

Me sento, tirando minha pena de repetição rápida de dentro da bolsa e deixando-a ao lado dos papéis. Quando Lodge chega alguns minutos depois, vestimos nossos itens de proteção e ligamos a grande máquina que se conecta à câmara, a qual processará alguns dados importantes para nós.

Ajustamos alguns valores no equipamento de acordo com o projeto e estamos prontos para começar, visto que já havíamos antecipado alguns passos no dia anterior. Calliope vai até o viveiro no canto da sala e retira uma cobaia de dentro. Estou apreensiva, mas ela me garante que nenhum teste, mesmo o que falhou no passado, jamais causou qualquer dano a um animal, então respiro fundo e tento prosseguir, mesmo que isso me incomode por dentro. Eu me ofereceria em seu lugar, se fosse possível.

— Prontos?

Lodge e eu acenamos que sim, e Calliope abre a pesada porta da primeira câmara, colocando a cobaia lá dentro e fechando em seguida. Meus olhos se voltam para o monitor, onde uma câmera previamente instalada me mostra o que preciso ver.

Lodge executa um feitiço, mas não presto atenção nisso, pegando um cronômetro em meu bolso e me preparando para apertar o botão. Quando a tela me mostra o início da atividade dentro da câmara, começo a narrar o que vejo para que a pena anote e inicio a contagem. Antes que possa marcar um minuto, a cobaia desaparece por um momento e surge novamente pouco depois dentro da segunda câmara ao lado. Paro o contador, vendo que ultrapassamos a marca de cem milissegundos que havíamos pensado.

Calliope recolhe a cobaia e a leva até outra mesa, conferindo se houve qualquer alteração. Ela acena nos informando que sim e me aproximo com o coração apertado. Ela aponta com o dedo sinais de envelhecimento que antes não estavam presentes e tomo nota, enquanto Lodge apanha a câmera fotográfica e registra o fato para comparação posterior.

Calliope coloca a cobaia em uma pequena jaula e sai da sala, a levando para outra área do departamento onde poderão avaliar. Sabemos que funcionou, mas não sabemos quão além nós fomos dos cem milissegundos inicialmente estimados.

— Se ajustarmos o nível no próximo teste, temos a chance de melhorar os resultados — Lodge diz, visivelmente agitado.

— Precisamos garantir algumas coisas antes disso.

Ele me mostra as fotos do antes e depois, e a diferença é visível. Quando Calliope tiver os resultados que foi requisitar, poderemos saber não só o tempo, mas o espaço. Isso é, onde exatamente essa cobaia esteve durante os segundos em que sumiu das câmeras de segurança.

Estou triunfante. Parece algo mínimo, mas se esse projeto continuar tendo sucesso, podemos ter a chance de manipular o espaço-tempo no futuro. 

O que faremos com isso, entretanto, é a real questão. O sucesso desse projeto abre uma série de possibilidades nunca antes imaginadas, como voltar no tempo e alterar acontecimentos ou avançar e vislumbrar o futuro. Me questiono se estou exercendo o papel daqueles cientistas em filmes que criam coisas que acabam destruindo o mundo.

Espero que não.

 

Na sexta-feira, deixo o trabalho prometendo para mim mesma que não pensarei nele durante o final de semana. Tomo um banho e me arrumo para encontrar meus amigos, mesmo que me sinta cansada. Sei que rir um pouco me fará bem, então aparato antes que possa considerar deitar na minha cama.

Harry e Gina conversam sobre algo quando chego, e nos cumprimentamos com beijos e abraços. Me sento e peço uma cerveja, me sentindo mais leve. Fred chega pouco depois e se senta ao meu lado. É bom vê-lo, confesso que senti sua falta.

— Acho que conheceremos a namorada de Ron hoje — Harry diz em um sussurro, como se contasse um segredo. — Prometi que iríamos nos comportar, lembrem-se.

Fred solta uma gargalhada e posso ver a apreensão no rosto de Harry.

— O máximo que poderia acontecer é parabenizá-la pelo seu ato de caridade, mas não se preocupe. Vou deixar isso para outro dia.

Gina concorda e eu olho para Fred, deixando que ele saiba que o estou julgando mentalmente.

— Não vamos estragar isso, talvez Ron nunca mais consiga alguém na vida — ele diz perto do meu ouvido, beijando meu rosto. — Relaxe.

Vejo quando Harry olha para a entrada atrás de mim e controlo meu desejo de me virar. Quando Ron chega, vejo uma garota parar atrás dele, segurando sua mão. Ela é pequena e tem os cabelos escuros presos em um rabo de cavalo no topo da cabeça.

— Esta é Agnetta — ele diz, a puxando para que fique ao seu lado. Acho uma gracinha. — Esses são meus irmãos, Gina e Fred, e meus cunhados, Harry e Hermione.

A garota sorri e acena para cada um de nós.

— É um prazer. Ron falou muito sobre vocês.

— Bem, eu espero — Fred diz, arrastando sua cadeira para dar mais espaço para eles em nossa mesa redonda. 

— Nem sempre, mas, no geral, a impressão foi positiva.

Fred me olha como quem diz "gostei dela" e eu peço mais duas cervejas para eles.

Ela se enturma conosco facilmente e Ron relaxa sua postura, aparentemente aliviado. Somos uns amores, ele não deveria ter se preocupado. Conversamos sobre a vida em geral quando Agnetta diz onde trabalha e o que faz.

— Conheci meu vizinho um dia desses e ele faz o mesmo que você, deve ser um trabalho interessante.

— Qual o nome dele? — ela pergunta. — Nossa equipe não é tão grande, então é provável que eu o conheça.

— Zach — digo, beliscando alguns aperitivos. — Zachary.

Ela franze o cenho para mim.

— Oh, sim, ele é um rapaz legal, mas não aparece no trabalho já fazem alguns dias — me diz, um pouco incomodada. — Enviaram uma notificação, mas ainda não tivemos resposta.

Todos me olham um pouco preocupados e recordo da conversa que tive com ele no café há algum tempo.

— Isso é... estranho.

Gina chacoalha Harry do outro lado da mesa.

— Pode ser apenas um mal entendido — ele beija a testa da esposa, me olhando em seguida. — Não se preocupe.

— Fique em casa alguns dias, Mione. Vai saber o que o que aconteceu com esse cara.

É mesmo algo muito estranho, mas não há razão para toda essa paranóia de Gina.

— Eu vou ficar bem, deve ser apenas um mal entendido.

— Se você quiser, pode ficar conosco na loja durante o dia e, se precisar, te faço companhia depois do expediente. Mas também acho que é cedo para dizer algo.

— Desde que não atrapalhe, por mim tudo bem.

Concordamos assim e seguimos o assunto, mas continuo pensando nisso. Talvez Gina estivesse certa em duvidar.

Fred percebe que estou pensativa e passa um dos braços ao redor da minha cintura. Olho para ele e dou um sorriso, mas à essa altura ele já me conhece.

— Deve ser apenas alguma confusão.

— Duvido muito — uma risada escapa pelos meus lábios e vendo que conseguiu o que queria, Fred se dá por satisfeito e eu não acho ruim.

Pedimos outras duas cervejas e ofereço um brinde por Agnetta ter concordado em vir. Depois que a mesa toda brinda, ela agradece e diz:

— Fiquei apreensiva de início, pois estamos saindo ainda e não sabia o que vocês achariam disso.

— Posso dizer o mesmo — digo para que ela não se sinta só. 

— Sabendo disso me sinto mais confortável para conhecer a sua casa no natal — ela olha para Ron que tem um sorriso bobo no rosto.

— Mandou bem — Fred sussurra para mim.

No fim da noite combinamos o que cada um levará e nos despedimos.

 

Fred me acompanha até em casa como de costume e o convido para entrar. Não consigo evitar de olhar para a casa ao lado que está com todas as luzes apagadas. Sinto que fui feita de boba e isso me irrita.

— Você acha que aconteceu algo?

Se jogando no meu sofá, Fred ergue uma das sobrancelhas para mim.

— Algo deve ter acontecido, ninguém para de ir trabalhar por nada, mas não deve ter sido nada sério.

Conto para ele sobre o dia em que Zach e eu tomamos café e ele fica enciumado, mesmo que não o diga eu posso ver em seu rosto. Ergo ambas as sobrancelhas para ele em resposta, levando minhas mãos à cintura.

— Ah Hermione... Está tudo bem. Não precisa me olhar dessa forma.

Seu tom é brincalhão, então deixo para lá. Ele pondera um pouco, até que quebra o silêncio:

— Se você está preocupada, vamos resolver isso.

Ele sai pela porta da minha sala e, preocupada, o sigo pelo quintal até a entrada da casa do vizinho. Ele bate palmas, grita e assovia, enquanto tento fazer com que desista. Porém, não há qualquer sinal.

Fred olha para os dois lados da rua, analisando. Sei que está bolando um plano.

— Há quantos dias você não o vê?

— Não sei, eu não o vejo com frequência e geralmente ele está entrando ou saindo no final do dia.

Destemido, Fred escala e pula o portão baixo, e eu digo que invasão domiciliar é um crime, mas ele ignora. Sem muita alternativa, resolvo segui-lo e decido que se encontrarmos alguém direi que não vejo Zach há alguns dias e fiquei preocupada, já que ele mora sozinho e nunca o vi receber visitas.

Fred contorna a casa e acha uma janela entreaberta nos fundos, utilizando as mãos para abrir passagem. Ele pula para dentro e some no escuro, mas volto a vê-lo quando uma luz ilumina a ponta da sua varinha. Ele me oferece a sua mão, me ajudando a pular, e sinto como se estivesse andando nos corredores de Hogwarts após o toque de recolher. Quando estou lá dentro, o sigo de perto, agarrando a parte de trás da sua camiseta.

Deixamos o cômodo, que está completamente vazio, e passamos pela cozinha até a sala. Existem poucos móveis, é uma casa pequena e muito simples, ideal para alguém que passa o dia todo fora. Fred para de repente e posso ouvilo sussurrar algo incompreensível, virando-se para mim.

— Vamos dar o fora daqui.

Ele agarra meu braço, tentando me virar para a direção de onde viemos, mas eu não cheguei até aqui para dar meia volta. Enfio minha cabeça no vão entre seu braço e seu tronco, e mesmo com a luz fraca da varinha consigo ver que há duas pessoas caídas no chão. Minha mão vai até meus lábios instintivamente e olho para Fred em choque. Ele me arrasta até o cômodo vazio e me ajuda a pular para fora, vindo logo depois. Corremos até o portão e ao ganhar à rua, corro para a casa de Gina com Fred atrás de mim.

 

Grito o nome de Gina no portão e sua cabeça surge na janela para pouco depois aparecer com seu roupão abrindo a porta.

— O que aconteceu?

— Harry... precisa... ver isso.

Ele surge atrás dela, ajeitando o roupão, e Gina nos coloca para dentro de imediato. Ela começa a ferver água para fazer chá enquanto sento no seu sofá com o olhar assustado de Harry a me encarar. Minhas mãos tremem de uma forma que não tremiam há muito tempo.

— Fred entrou na casa ao lado e estava tudo estranho — digo, respirando fundo. — Há dois corpos lá.

Ginevra solta um som de espanto da cozinha.

— Eu não sei como não suspeitei de nada, céus. Eu não o via no portão há dias.

— Você estava com a cabeça cheia por causa do trabalho — Fred segura minha mão, percebendo que tremo.

Gina surge com duas xícaras de chá e me passa uma delas, na qual dou um longo gole.

— Algum sinal do seu vizinho?

— Não tivemos tempo de olhar. Ele pode estar entre os corpos ou ser o responsável por eles.

Harry se levanta e some em direção ao quarto, então Ginevra assume o seu lugar.

— Vai ficar tudo bem, Mione.

Quando Harry volta com uma roupa mais apresentável, rabisca algo em um pergaminho e o entrega para sua coruja, sussurrando algo. 

— Como vocês entraram lá? — questiona Gina.

— Fred pulou o portão quando ninguém respondeu e encontrou uma janela entreaberta nos fundos.

— Eu achei que fosse encontrar qualquer outra coisa, se soubesse que encontraria aquilo não teria nos colocado em risco — Fred olha para mim, usando os dedos para afastar uma mecha de cabelo que caía sobre meu rosto. — Me desculpe.

— Tudo bem. Se não tivesse feito isso, sabe-se quando alguém sentiria falta daquelas pessoas. Agora vamos poder saber o que está acontecendo.

Detesto envolver Harry e Ron nisso, mas foram as primeiras pessoas que surgiram em minha mente. Fazer a justiça é mais importante do que qualquer outra coisa, me sentiria péssima se não fizesse tudo que está ao meu alcance.

Sua coruja retorna trazendo um pergaminho, o qual ele lê com pressa. Em seguida, pega um casaco no cabideiro e vai até a porta.

— Os aurores já foram notificados, Ron agilizou as coisas. Preciso que vocês dois venham comigo — seu olhar vai até Ginevra que está sem expressão no sofá. — Me avise qualquer coisa, sim?

Ela concorda, se levantando e indo até ele para beijar seus lábios antes que parta. Fred e eu o seguimos até o Ministério, onde Harry me pede para colocar na penseira as lembranças que tenho de Zach para que ele possa vê-las. Eu o faço e em seguida Fred coloca as suas lembranças sobre a casa e a cena que vimos. 

Harry nos agradece e nos acompanha de volta até a minha casa, onde posso ver a movimentação de um grande grupo de aurores.

— Vamos ficar aqui até amanhã, provavelmente — diz para mim. — Se precisarem de algo, é só dizer. Ficaremos de olho.

— Obrigada, Harry — agradeço, o abraçando apertado.

Ele apenas sorri em resposta, meio sem jeito, e o deixamos trabalhar. 

 

Na minha casa, Fred se joga outra vez no sofá e eu o acompanho.

— Eu não esperava por nada disso quando saí mais cedo.

Sua cara é de surpresa e já me sentindo um pouco melhor, consigo rir disso.

— Sinto como se estivesse em um filme. 

— Harry é o investigador protagonista e nós somos as testemunhas que fazem figuração. Vamos aparecer de novo no final quando explicarem tudo.

O puxo para a cama antes que tenha outra ideia mirabolante e assistimos uma comédia para tentar nos distrair. Sabendo que os aurores estão ao lado e que Fred está comigo, consigo pegar no sono.

É uma noite sem sonhos.


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