Girassol escrita por they call me hell


Capítulo 13
Curiosidade


Notas iniciais do capítulo

Três capítulos novos de uma vez para compensar minha ausência nos últimos dias. :)



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— 13 —

 

Durante as primeiras horas da manhã, Calliope me chama em sua sala. Ainda não aprendi a me sentir completamente tranquila perto dela, por mais que sua versão real seja menos intimidadora do que a sua versão do teste de admissão, mas acabei construindo uma espécie de amizade com ela e meus outros colegas de departamento. Para ter um relacionamento profissional agradável, passei a almoçar no refeitório do departamento duas ou três vezes na semana e já tinha conversas ocasionais com os responsáveis pelas demais áreas.

Caminho com pressa e sinto meus ombros tensos. Quando entro na sala de Calliope, a vejo com o semblante sério, imponente e penso que uma mulher como ela deve ser segura o suficiente para refletir e tomar ações em sua vida que evitem esses dilemas bobos que eu me meto vez ou outra, tirando meu sono. Eu gostaria de ser mais como ela. Talvez ela mesma gostaria disso, pois quem garante que sua postura profissional não reflete em nada a sua vida pessoal? Talvez ela seja apenas um grande coração mole fora daqui.

Ela percebe que estou distante quando me pede para sentar. Folheia brevemente os papéis em suas mãos, depois os coloca sobre a mesa, me olhando.

— Seus relatórios foram excelentes, você é rápida, além de muito observadora e cuidadosa. Isso é ótimo. Nosso experimento foi concluído com sucesso e eu gostaria agora de deixar outra tarefa aos seus cuidados.

Estou nas nuvens com isso.

— O que for necessário — digo, meus dedos tamborilando em nervosismo.

Ela pega uma pasta em uma gaveta e a passa para mim.

— Você será treinada para realizar os experimentos na Orchid e deve reportar-se diretamente a mim. Sou responsável direta dessa área e trabalharemos juntas durante nesse período. Vejo algo promissor em você, Granger.

Por dentro eu estou pulando, mas por fora mantenho todo o meu profissionalismo e apenas movo minha cabeça em concordância com a expressão mais séria do mundo.

— Pode ir. Tome esse tempo antes do almoço para reunir as coisas em sua sala e transferi-las para cá. Lodge a ajudará com isso.

Calliope estreita os olhos para mim. Me sinto constantemente analisada desde que comecei a trabalhar no DDM e não é para menos. Porém, antes que ela possa ler algo no meu rosto ou dizer mais alguma coisa, apanho a pasta e deixo a sala.

Uma vez diante das minhas coisas, me despeço do espaço que me acomodou nesse tempo que se passou. Consigo guardar todas as coisas em minha bolsa, com exceção do buquê de girassóis – agora em um belo vaso – que preciso carregar com a mão livre. A área do Cérebro fica ao lado da sala de Calliope e entrar nela pela primeira vez é incrível.

 

Quando a porta se abre diante de mim após bater meu cartão no leitor, vejo que é um cômodo imenso. À primeira vista o nome Orchid faz sentido, pois aparenta ser uma estufa contendo uma grande variedade de plantas diferentes crescendo em várias treliças. Me sinto intimidada, pois mesmo tendo notas excelentes em herbologia, essa nunca foi uma das minhas disciplinas preferidas e não me aprofundei além do necessário para concluir meus estudos.

Há poucas mesas e pessoas aqui, mas logo um rapaz vem até mim.

— Seja bem vinda — ele me diz, parando diante de mim e ajeitando a parte superior do seu terno com as mãos. Ele me lembra Percy e é bem o tipo de rapaz que você imagina trabalhando de terno enquanto todos os outros usam apenas calça e camisa social, não me surpreende. — Não nos conhecemos anteriormente, mas Calliope fez boas recomendações, então posso dizer que você é uma ótima adição à equipe — uma das suas mãos se estende para mim em um cumprimento e eu já o xingo mentalmente por não enxergar que estou com minhas mãos ocupadas. Ainda assim, deixo minha pasta em pé no chão ao meu lado e o cumprimento antes de pegá-la outra vez. — Thomas Lodge, ao seu dispor.

— Obrigada, Lodge — curvo meus lábios em um pequeno sorriso educado. Não quero correr o risco de fazer algo que possa incomodá-lo ou as coisas poderão ficar tensas entre nós. — Calliope me disse que você me guiaria de início, fico grata por isso.

Ele ri, aquele riso convencido de quem diz “oh não, imagina... é um grande prazer”. Depois de dizer mais algumas bobagens que não me interessam, ele começa a me guiar para o final da sala e em um canto, muito discretamente, pressiona um interruptor que faz surgir um elevador diante de nós. O sigo para dentro e descemos para algum lugar que desperta minha curiosidade.

— Não sei o quanto Calliope já te adiantou, mas suponho que não muito, então... Essa área do DDM é um projeto de pesquisa científica e nosso objetivo é manipular as leis estabelecidas para fins variados. Aqui na Orchid nós estudamos o espaço-tempo e nossa pesquisa é altamente sigilosa.

— Dividimos as pesquisas por categoria e são muitas, acredite, mas você deve se concentrar apenas no que foi determinado. O que importa nesse momento é que você está aos cuidados de Calliope, então seu trabalho nesse primeiro momento será converter os dados recolhidos em relatórios. O objetivo principal é utilizar esses relatórios para traçar padrões e analisar possíveis falhas.

Respiro fundo ao ouvi-lo. Isso é algo grande, importante. É por coisas assim que estou aqui.

— Certo, estou pronta para fazê-lo.

Ele sorri de canto.

— Tenho certeza de que sim, mas antes vou te mostrar como recolher dados e organizá-los por evento.

Será um dia longo, eu posso prever.

 

* * *

 

A loja está cheia e eu estou carregando caixas do estoque para o saguão enquanto George cuida do caixa durante toda a manhã. Estamos ficando loucos. Em um momento de desespero, mando uma coruja para Gina e imploro por sua ajuda durante a tarde para que eu possa dar uma olhada nos currículos que temos. Alguém precisa ser contratado com urgência, pois fomos bons padrões e deixamos Verity curtir seu filho por seis meses, de forma que ela apenas voltará no começo do ano. Gina barganha seu preço e quando finalmente consigo convencê-la com a promessa de que fico devendo uma, sem direito de reclamar, ela concorda em vir.

Me fecho no escritório dos fundos pelas próximas horas, contatando pessoas e fazendo entrevistas. Depois de quase oito encontros, tenho dois novos funcionários: William, um rapaz da idade de Gina que precisa de algo no período da manhã para estudar a tarde e Kendall, que se dispõe a trabalhar em período integral. Comunico George e ele fica aliviado.

— Podemos treiná-los amanhã cedo, nas primeiras horas, quando o movimento for menor e depois disso é torcer para que tudo dê certo — ele diz, contando galeões para dar troco.

Gina está ao seu lado, atendendo outra cliente apressada. As mãe detestam comprar logros para os seus filhos, mas é melhor fazê-lo do que ter uma criança contrariada dentro de casa, tenho certeza.

— Como estão as coisas com Hermione? — minha irmã questiona, ao deixar o caixa pouco depois e juntar-se a mim nas prateleiras. São muitas caixas para abrir.

— Ótimas, eu diria.

Ela bate o cotovelo em mim e eu a olho sem entender.

— Me fale mais sobre isso, eu quero detalhes. Já fazem alguns meses desde que vocês assumiram para o mundo que estavam dispostos a tentar.

Ela ri, zombando de mim.

— Não a vi essa semana por conta da correria na loja, mas ela me mandou uma coruja hoje. Marcamos de comer algo na sexta-feira.

Ela ri, repondo os produtos nas prateleiras.

— Isso é ótimo. Torço muito para que as coisas deem certo entre vocês, sabe.

Eu também torço. E como.

— Vocês já contaram para mamãe?

— Ainda não, talvez quando formos à Toca para a ceia de natal. Na verdade, você disse que contamos ao mundo, mas acho que apenas você, Harry, Ron e George sabem disso. O fim de ano é um caos aqui e não tive tempo de ver mais ninguém desde que dezembro começou.

— Mamãe vai sair pulando pela casa — Gina ri, terminando de organizar uma das caixas.

Pego a caixa vazia para levar aos fundos, mas vejo clientes indo para o caixa e deixo isso para depois, correndo para atendê-los. Gostaria de ter algum tempo para respirar.

 

* * *

 

No final do elevador há um corredor curto com várias salas adjacentes e uma grande área contendo equipamentos eletrônicos, que suponho que servem como computadores para processar os relatórios, além de algumas mesas. Posso ver também dois laboratórios e adjacente à sala principal está uma câmara oval com uma porta muito incomum.

Lodge me indica minha nova mesa, onde coloco minhas coisas, e depois me acompanha para que apanhe um jaleco no laboratório. Ele me mostra onde posso encontrar luvas e óculos de proteção, bem como outros materiais úteis. No laboratório seguinte ele fecha a porta atrás de nós e me convida para sentar em uma das cadeiras.

— Gostaria de reiterar que está área é extremamente sigilosa e informações não devem ser compartilhadas nem mesmo entre membros do departamento — Lodge diz, sentando-se de frente para mim. — O que fazemos aqui vai além da razão humana e pode ser entendido de forma equivocada por outras pessoas.

— Estou de acordo — digo sem pensar duas vezes.

— Você ainda tem pouco tempo de casa e está se adaptando, então confesso que não considerei seu nome em um primeiro momento, mas Calliope garantiu que você está apta e é de confiança, então devo lhe apresentar nosso projeto.

Me sinto intimidada, mas também orgulhosa por ser considerada apta para a função mesmo que tenham se passado apenas alguns poucos meses.

— Como eu já te disse, aqui é onde conduzimos experimentos sobre o espaço-tempo. Esta é a segunda área mais antiga do departamento e junto com sua antecessora, são o motivo pelo qual o Ministério foi construído nesse local e não pode ser transferido para nenhum outro.

O escuto com total atenção, anotando mentalmente os detalhes.

— O motivo de nosso sigilo é que essa estação foi fechada no passado após um acidente, mas eram outros tempos. Hoje temos tecnologia mais avançada e pesquisadores com capacidades superiores, então Calliope e eu decidimos retomar as pesquisas. Nosso departamento não é subordinado ao Ministério, como você já sabe, mas queremos evitar complicações desnecessárias.

Eu sei alguma coisa sobre o acidente com viagens no tempo que causou a interdição do DDM no passado e estou surpresa por saber que reiniciaram os testes agora. Não me surpreende que seja tudo tão sigiloso e isso explica a razão pela qual estão utilizando um método alternativo para os testes que dessa vez não utilizam um vira-tempo, o qual poderia ser facilmente detectado pelo Ministério. Porém, isso também implica em algumas complicações, já que utilizar a magia que permite as viagens sem a limitação que garante a segurança de um vira-tempo pode acarretar situações imprevisíveis.

— Atualmente estamos trabalhando em um experimento que, se estivermos corretos, será capaz de deslocar a matéria em alguns milissegundos. É para isso que serve a porta que você viu. Dentro dela está a câmara que utilizaremos. Preciso que você verifique alguns projetos comigo e Calliope antes de fazermos o primeiro teste.

— Podemos começar.

— Você é prática, gosto disso — ele diz, levantando-se e indicando que deveríamos deixar o laboratório. — Se tivermos sucesso, você terá um futuro brilhante aqui.

Ouvir isso me motiva ainda mais e ao nos encontrarmos com Calliope, os dois me apresentam os arquivos do projeto original que foi fechado no passado, bem como o novo projeto que estão planejando.

Iniciamos uma conversa extensa, debatendo teorias e conferindo cálculos com base nas anotações. Calliope sabe que utilizei um vira-tempo nos meus anos de Hogwarts e que fiz mais do que assistir aulas extras com ele. Não tenho ideia de como ela sabe disso, mas percebo que estava certa em achar que nesse trabalho os meus feitos durantr a guerra não são mais relevantes do que minhas experiências pessoais. Tudo isso, em conjunto, parece ter me guiado até aqui e isso me traz confiança, mesmo que seja uma novata. Isso também me ajuda a finalmente decidir qual especialização quero fazer.

Estou motivada como nunca estive antes.

 

* * *

 

Com a chegada do natal, George e eu decidimos colocar algumas luzes natalinas na fachada da loja para atrair os clientes. Não que isso seja necessário, já que nossas vitrines possuem inúmeros objetos que piscam, acendem, rodopiam e explodem.

Com minha varinha em punhos, faço um feitiço que eleva o cordão de luzes até o lugar que acho adequado. Do outro lado da rua, Ginevra analisa se está ficando bom. Ela grita algo, mas não entendo. Tem muitas pessoas passando nesse momento e elas falam tão alto quanto. Aponto meus ouvidos com os dedos e aceno um grande "x", dizendo que não entendi. Ela sinaliza para cima e eu subo um pouco mais as luzes. Ela me mostra o polegar em aprovação e atravessa a rua de volta até parar ao meu lado.

George deixa o caixa por um momento e verifica a fachada, empolgado.

— Ficou muito bom.

— É claro que ficou, fui eu que coloquei.

— Mas fui eu que indiquei o lugar certo — rebate Gina.

Passo meus braços pelo pescoço de ambos, puxando como se fosse dar um cascudo em suas cabeças. Já é o fim do dia e decidimos fechar a loja para tomar um café, pois nas próximas semanas trabalharemos até tarde para aproveitar as vendas fora do horário comercial.

Já no café, confirmo com George se passamos todas as informações importantes para os novos funcionários e decidimos que estão prontos para atender. Ginevra nos ajudará por mais um dia, caso tenham quaisquer dúvidas.

— Mamãe me mandou uma coruja hoje falando sobre o natal — diz George, bebendo seu café sem açúcar que me dá arrepios. — Combinei de irmos na véspera e dormiremos lá para jantar e almoçar no dia seguinte.

Aceno em concordância.

— Vou avisar a Hermione. Falamos sobre convidar os pais dela para jantar conosco.

Gina me olha e dá um sorriso de canto. Na cabeça dela, isso significa que as coisas estão ficando sérias.

— Você já contou para os outros o que está rolando?

— Ainda não — respondo, comendo alguns biscoitos que pedimos para acompanhar. — Estou deixando a decisão nas mãos dela. Se achar que devemos contar, contaremos. Senão, deixarei para outra hora.

— Vocês deveriam contar.

Gina aponta para George após ouvi-lo, como se dissesse que ele estava certo.

— Eu não teria problemas com isso, mas acho que Hermione não quer ninguém a pressionando para namoramos ou casarmos e nós sabemos que isso aconteceria — termino meu café, limpando as mãos cheias de farelo de biscoito nas minha calça sem muita elegância. — Além do mais, já é um milagre que ela tenha concordado em tentar, então não vou arriscar perder isso por uma bobagem.

Meus irmãos balançam os ombros, encerrando o assunto. É claro que eu gostaria de contar a todos que Hermione e eu estamos juntos, mas deixaria a ideia partir dela no momento que julgasse melhor.

 

* * *

 

Quando chego em casa no final do dia, estou exausta, mas também tenho comigo um sentimento agradável por estar reconhecida. Tenho uma porção de anotações em minha bolsa que gostaria de analisar novamente, mas lembro que prometi aos meus pais que não levaria trabalho para casa a não ser que fosse extremamente necessário e, pensando sobre, vejo que é melhor deixar isso para quando minha mente estiver descansada.

Decido que mereço um banho demorado, então coloco a banheira para encher e me sirvo uma taça de vinho. Mando uma coruja para Gina, confirmando nossa ida ao Três Vassouras na sexta-feira, e outra para Fred, dizendo que vou tomar um banho demorado por conta da correria do trabalho e perguntando como foi seu dia. Considero pegar um livro para ler, mas minha vista está cansada depois de tantos documentos, então apenas ligo o som de fundo. A água quente relaxa meus músculos tensos e sinto que posso pensar em nada pela primeira vez no dia.

Fico submersa na banheira até que o sono comece a vir. Depois de me ensaboar, saio e me seco com uma toalha próxima, vestindo o pijama em seguida. Ainda ao som da música, cozinho um jantar simples e confiro as respostas que esperava. Gina conversa nossa tradição usual e Fred me conta que as coisas estão uma loucura na loja, mas que os funcionários novos começarão no dia seguinte. Respondo que agora ficará menos sobrecarregado e que planejo comprar os presentes de fim de ano no sábado.

Como sem pressa quando sua resposta chega. Ao terminar, leio sua pergunta sobre ter convidado meus pais para ir à Toca no natal. Escrevo que comentei brevemente sobre a ideia, mas que, como eu já imaginava, eles foram relutantes em ir por meios mágicos e que estou pensando em alternativas viáveis. Ele responde, um tempo depois, que pode ajudar com isso, nos guiando de carro. Duvido que ele seja um especialista nisso, mas aceito sua ajuda.

Nos despedimos em seguida desejando uma boa noite de descanso e eu lavo a pouca louça que está na pia. Desligo o rádio, coloco um filme qualquer para passar e me deito, mas minha cabeça está a mil e não consigo dormir de imediato. Penso sobre o natal e se direi algo sobre Fred e eu estarmos juntos, considerando as possibilidades de dizer ou não, mas nem chego perto de uma conclusão. Então penso sobre o trabalho e algumas ideias que debati com Calliope e Lodge, relembrando toda a conversa que tivemos.

Estou feliz por ter escolhido esse departamento e me sinto desafiada a ir além, o que provavelmente não aconteceria se tivesse ido por um rumo diferente. Gostaria de poder conversar com meus amigos sobre tudo isso, mas sei o sigilo solicitado possui razões justas e guardo o deslumbre para mim mesma.

Me lembro de que preciso enviar minha inscrição para o curso avançado o mais rápido possível, assim posso garantir uma vaga na turma que iniciará em janeiro. Será exaustivo manter o trabalho e os estudos em dia, mas por alguns meses sei que o esforço valerá.

Rolo na cama, abraçando um travesseiro. Isso me faz pensar sobre como serão as coisas entre Fred e eu. Não nos vemos há alguns dias, mas ele tem me dado o espaço de que preciso e eu tenho feito o mesmo, então há uma grande chance de que tudo ficará bem.

Pego no sono pouco depois, ansiosa pelo dia que virá.


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