A Terra das Sombras - Pov Jesse escrita por Ane Viz


Capítulo 22
Capítulo 13: parte final


Notas iniciais do capítulo

No último capítulo:


Ao chegarem ao pátio onde houve a batalha pude ver a expressão do padre se tornar surpresa, para preocupada e por fim chocada. Foram nítidas as mudanças de suas sensações. Seus olhos estavam um pouco arregalados e levou as mãos ao seu cabelo branco como se assim amenizasse as diferentes possibilidades para a escola estar neste estado.

Boa leitura!



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Seus olhos parecem inteligentes e ao fitar a cabeça da estatua parou por um momento e sua expressão tornou-se séria. Naquele instante tinha descoberto que o acidente não fora nada considerado normal. E uma ruga surgiu em sua testa. As opções são limitas e logo encontrara a causa. Certa garota teimosa que agi sem pensar. Por ¿Dios, cuándo esta niña va a escutar a alguien?De hecho, no lo sé. 

-O que houve aqui? – Perguntou o Monsenhor.

O padre pareceu respirar fundo e pensar no que poderia dizer. Não iriam acreditar caso ele falasse sobre o que havia realmente acontecido na missão. E a religião era o principal motivo para não terem fé no que o mesmo diria ao Monsenhor. Tudo teria sido mais fácil se ele não estivesse ali. Tinha de enfrentar dois problemas. Aquele senhor não parecia ser nada compreensível como o padre se mostra ser.

A situação estava complicada e nada seria feito de forma rápida. Não digo que resolvesse as coisas de uma forma mais fácil sem o outro ali, porém talvez não houvesse tantas complicações. Ainda mais com a visita do Arcebispo marcada como vem sido mencionada várias vezes nos últimos dias. Era impossível durante as minhas visitas a escola não escutar pelo menos uma vez sobre a tal visita.

O Monsenhor Constantine fitou mal-humorado a situação e olhei para o padre que parecia estar perdido em seus próprios pensamentos. Devia estar tentando desvendar o que acontecera, mas agora não teria muito tempo. A voz do Monsenhor chamou minha atenção e afastei meus olhos do padre ainda confuso e preocupado com o incidente. Não devia ter imaginado que Heather daria tanto trabalho.

-John, chama a policia. Agora! – Ordenou. – Padre Dominic, vamos ver o que mais aconteceu aqui.

-Sim, monsenhor.

Os dois seguiram pela escola e pararam em frente à porta da sala de aula. A qual possuía a porta arrombada e a janela com os vidros quebrados. E umas cadeiras também quebradas. Um sorriso surgiu em meu rosto ao lembrar-me da face de susto que Heather teve quando eu fiz parar o seu redemoinho e em seguida as cadeiras e tudo a volta voar sem rumo. Sem dúvida tinha sido interessante. E porque não dizer até mesmo divertido?

-Parece-me que fora vândalos, não? – Falou o homem ao lado do padre.

-É possível monsenhor.

O padre fitou a volta e a cada lugar destruído que olhava seu cenho franzia-se. Devia estar imaginando como estaria sua aluna. O padre passou os olhos pelo local procurando pela Heather e eu fiz o mesmo. Nenhum sinal dela. Um barulho de sirene sobressaltou-me e meus olhos focaram-se no portão por onde passavam algumas viaturas da policia. Espalharam-se pelo local fechando o espaço de investigação e pondo ao longo do caminho policias para vigiarem o terreno onde ocorreria a inspeção policial.

-Justo antes da visita do Arcebispo. Por Deus temos de consertar tudo. – Falava nervoso o Monsenhor ao padre Dominic.

-Nós vamos, mas antes temos que esperar o parecer da policia.

O outro assentiu e eu percebi que não teria mais informação. Sem ter mais o que fazer eu desmaterializei-me rapidamente. No outro momento já me encontrava no quarto de Suzannah. Pude ouvir o barulho vindo de seu banheiro e permaneci somente com o espírito. Não queria irritá-la agora de manhã. E deve estar cheia de preocupação por conta daquele garoto. Senti um nó em minha garganta ao pensar nisto.

Estaria ela interessada neste menino? De acordo com Heather sim. Bom, não tenho nada com isto. Falei firmemente para mim e recostei-me na cama. Vi Suzannah aparecer no quarto e descer sem sequer olhar algo a sua volta. Sentei-me na janela como todos os dias e fitei a imagem que me trazia conforto. A baía de Carmel. Pouco tempo depois a porta se abriu e observei Suzannah correr pelo cômodo até encontrar a jaqueta e retirar algo dali e mais uma vez sumir de minha vista. 

E sem ter o que fazer fui dar uma volta na casa. Andei por lá, mas tudo estava silencioso. Ninguém mais, além de mim, continuava aqui. Havia escutado faz pouco tempo as batidas na porta da mãe de Suzannah e Andy. Os corredores vaziam lembraram-me de quando passava meus dias tediosos. Engraçado como antes não os queria aqui e agora não me imagino mais sem os sons deles. Sejam de brigas, ou conversas. O relógio preso a parede mostrava que ainda não devia ter começado a aula.

O que havíamos passado ontem voltou a minha cabeça e eu materializei-me na escola. Ainda estavam fazendo as solenidades que chamam de “formatura”. Por Dios. Cuanta imaginación, ¿ no? Passei minha vista pelo local que outrora era limpo e reconhecível aos meus olhos. Encontrei depois de um tempo Suzannah que estava fitando atentamente ao padre Dominic. Estaria ela pensando em contar o que acontecera? ¡Lo dudo!Exclamei por fim.

Uns segundos se passaram e vi Suzannah esticando um pouco o pescoço para tentar olhar para outro lado dos alunos. Estaria procurando pelo garoto? Provavelmente. Após procurar um tempo voltou à posição antiga parecendo mais relaxada. Eu lembrei-me de quando os vi rolando pelo chão e ter visto seu rosto brevemente. Procurei-o por curiosidade e não o encontrei a vista. Teria sido este o motivo dela ter ficado relaxada?

Afastei meus pensamentos ao ver os alunos saindo da formação e dirigindo-se as salas de aulas. E para a minha surpresa, ou não, vi Suzannah tentando se encaminhar depressa para o gabinete padre, mas antes de conseguir sair do campo de visão das

Supervisoras da escola, ou como seja que atualmente as chamam, apanhou-a em seu intento. Exatamente no momento em que iria passar por debaixo de uma das fitas amarelas colocadas pela polícia e a voz da Irmã se fez presente:

        -Espera aí um pouquinho, senhorita Simon. Talvez lá em Nova York as pessoas possam ignorar fitas de isolamento da polícia, mas aqui na Califórnia não é nada recomendável.

      Ao endireitar-se respondeu educadamente a irmã.

       - Puxa, irmã, sinto muito. É que eu preciso chegar ao gabinete do padre Dominic.

      -O padre Dominic- Disse friamente a irmã. – está muito ocupado esta manhã. Ele está reunido com os policiais por causo do lamentável incidente da noite passada. Não vai poder falar com ninguém mais pelo menos até depois do almoço.

         -Deixa eu lhe dizer uma coisa, irmã. –Continuou ficando um pouco nervosa, mas somente quem a conhece notou. E outra fato que me alertou foi a cor de seus olhos. – O padre Dominic pediu que eu viesse falar com ele hoje de manhã. Ele quer ver uns... Uns documentos que eu trouxe da minha antiga escola. Eu tive de pedir que mandassem esses documentos por correio especial lá de Nova York, e eles acabam de chegar...

       A cor de seus olhos verdes estava cada vez mais escura, ela estava irritada por ter sido impedida de falar com o Padre, mas havia sido bem rápida em arrumar uma desculpa para a freira que a fitava desconfiada. Só que não conseguira convencer a tão irmã, pois a mesma esticou o braço e falou firme:

       - Entregue a mim e eu os faço chegar ao padre. 

       -É... – Suzannah falou, recuando. – Pode deixar. Acho que eu vou... Vou então falar com ele depois do almoço.

         A senhora a sua frente a fitou como se dissesse “Eu sabia” e voltou sua atenção para uma das crianças que passava pelo local. Nem pensei em ouvir, não era de meu interesse. Agora que sabia que Suzannah estava bem ficaria mais tranqüilo, porém onde estará a causadora deste acidente. Heather não parecia estar pela escola e eu preciso saber onde ela se encontra. Senti-me e tremer enquanto alguns raios de sol batiam em minha pele e sumir de vista.


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Notas finais do capítulo

Oii, queria agradecer a Littlelotte, Luisa, Dinha, Salete,
AnnaB, StephG_2802, Anna Carolina00 e dar as boas-vindas a Iara_Tw! Obrigada pelos reviews. Eu responderei todos os reviews que ainda não o fiz, mas eu li todos. Muito, muito obrigada.

Beeeijos e até o próximo capítulo!