Em Cima do Muro escrita por unalternagi


Capítulo 8
Nunca vou te derrubar, mesmo que eu esteja em cima do muro


Notas iniciais do capítulo

Oiiii

Acabei de finalizar esse capítulo e corri aqui para postar, estou muito animada em aprender o que todxs vocês pensam sobre o final deles.

Ainda tem a grande finalização na história "Entre Nós"

Mas, por agora, os ofereço o final de Emmett...

Espero que gostem!



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Nunca vou te derrubar, mesmo que eu esteja em cima do muro

Para Emmett, ficar em Forks até todas as vítimas estarem bem longe de lá foi uma questão de honra, apesar da saudade que tinha de Claire. A decisão sobre seu futuro foi óbvia no momento que Royce e James, assim como Athenodora Hale, foram condenados por seus crimes – claro que, para Emmett, a mãe de Rosalie não teve nem metade do que realmente mereceu e o fato do pai dela não ser condenado também o irritou, mas Emmett era um agente da justiça e sabia que, apesar de atitudes claras, sem provas não existia, realmente, um crime, então ele resolveu aceitar as coisas da forma que aconteceram.

Pouco tempo depois do julgamento, Kate jurou que Rosalie nunca mais teria que ver os pais dela se não quisesse e Garrett tratou de tornar a vontade de Rosalie judicial. Emmett sentiu-se contente em vê-la indo passar uma temporada no Alasca, assim que Tia garantiu que cuidaria da ONG delas. Então Emmett foi com Bella se despedir de todos no aeroporto de Port Angeles.

—Cuida dela – o agente pediu a Kate que sorriu para ele.

—Você é um bom garoto, agente Swan – ela falou arrancando uma gargalhada de Emmett.

—Você me chamar de agente Swan não melhora o fato de ter me chamado de garoto, Kate.

Foi a vez dela de rir.

—Você é muito novo para ser um herói, apenas quero manter seus pés no chão – a mulher brincou.

Kate e Garrett desenvolveram uma ótima relação com o agente Swan, apesar das circunstâncias e o pouco tempo que tiveram, eram realmente gratos por ele ter salvo Rosalie quando tudo aconteceu.

—Não penso em mim mesmo como um herói, ridícula – ele riu da amiga.

—Bom, deveria, pelo menos, ter a consciência de que é como eu penso em você – ele escutou a voz melodiosa dizer em suas costas, então se virou sorrindo para Rosalie que abraçava Bella até um momento atrás.

Ele reparou que Bella agora agradecia a dedicação de Garrett.

—Por seus olhos, é uma honra ser um herói – o agente falou ainda bem humorado.

Rosalie abraçou o agente com carinho, realmente grata.

—Você fez a diferença na minha vida, Emmett, obrigada por nosso primeiro contato há onze anos e, muito obrigada por não deixar Marie se virar sozinha agora, mesmo que muitos anos tenham se passado e, com certeza, você já tivesse crescido para longe desse caso...

—Eu nunca esqueci o seu caso, Rosalie, já te falei isso – ele falou rapidamente – Foi o maior caso e o mais pesado em que já trabalhei e sabe que isso se dá porque fiquei envolvido nele muito antes do que apenas agora – ele suspirou – Obrigado por confiar em mim e me deixar ajudar dessa vez, realmente ajudar.

—Acredite, o prazer foi completamente meu – a mulher falou.

Ela voltou a abraçar Isabella antes de entrar no avião e, então, Emmett dirigiu Bella até a surpresa que Edward tinha preparado para ela. Ele viu com carinho a cumplicidade do casal ao contarem que estavam noivos de novo e ficou feliz por ver a paz rondando todo mundo.

Bella e Edward só foram embora de Forks, quase um mês depois de Riley chegar e Emmett se preparou para voltar para casa em um momento ótimo: a apresentação de ballet de Claire. Sequer se importou em passar em seu apartamento na Virgínia, ele desembarcou na cidade em que sua filha morava e foi até o endereço que Angela mandou por mensagem. Pronto para a surpresa.

Angela e Ben estavam sentados na segunda fileira, com uma cadeira reservada para a grande estrela da manhã, Claire ficaria tão animada em ver o pai dela ali.

Emmett chegou apressado, andou até onde Angela tinha o indicado, também por mensagem e sorriu quando Angela o olhou.

—Você realmente veio – ela comemorou se levantando para abraçar o ex-marido.

—Claro que vim – Emm sorriu – Estou tão feliz por estar de volta – contou sorridente, então cumprimentou Ben – Tem certeza que ela nem desconfia? – Emmett pediu, ansioso, sentando-se ao lado de Angela.

—Ela me fez ter certeza que eu tinha carregado a câmera e obrigou Ben a jurar de mindinho que ele ia gravar no celular também, caso algo acabasse dando errado – Angela riu e Ben anuiu embasando o que a namorada dizia.

—É a promessa mais importante de todas – Emmett falou surpreso.

—Ela realmente achava inaceitável a possibilidade de você não assistir a primeira apresentação dela – Ben contou bem humorado.

—Bom, gravamos para o chefe Swan que me fez jurar que diria a ela um monte de coisas que eu já esqueci, ou seja, um vídeo vai ser um bom pedido de desculpas – o agente falou.

Logo as apresentações começaram e, apesar de achar uma graça todas as coreografias e as crianças dançando, Emmett estava ansioso apenas para uma apresentação, uma criança.

—A seguir, a abelhinhas da senhora Mallory – a professora anunciou no microfone e Angela ligou a câmera instantaneamente.

Emmett abriu um sorriso amplo.

Claire apareceu na fila, concentrada. Fez os primeiros passos sem olhar para a mãe, então levantou o olhar varrendo o ginásio atrás da mesma, ela errou os próximos passos ao ver quem estava ao lado da mãe dela.

Papai — Emmett viu a boca dela dizer antes da filha se debulhar em lágrimas no palco.

Emmett começou a chorar também e olhou para Angela que chorava igualmente, a música melancólica que tocava apenas parecia criar o ambiente para aquilo.

—Acha que tem problema se eu-

—Claro que não, Emm, vai busca-la – Angela ordenou.

Emmett se levantou apressado e correu até o palco, que nem estava tão distante assim. Claire já soluçava e pulou no pai quando ele se aproximou do palco.

—Ursinha, desculpa o papai, eu não queria atrapalhar a sua apresentação de maneira nenhuma, você estava tão linda, pedacinho – ele falou abraçando-a enquanto a ninava contra seu peito.

—Eu ia fazer uma surpresa – Claire chorou -, mas gostei mais da sua, papai, muito mais, obrigada – a garotinha dizia engolindo seus soluços.

Logo palmas foram escutadas e Emmett saiu de sua bolha, percebendo que a apresentação tinha acabado.

—Ó, Claire, perdoa o papai – Emmett disse verdadeiramente chateado que ela não tivesse tido a oportunidade de apresentar os passos que treinou pelas últimas semanas.

—Vamos almoçar na nossa lanchonete, papai? – Claire perguntou sem se importar.

—Vamos ver se a mamãe e o tio Ben concordam com a ideia.

Eles concordaram, claro que sim. Terminaram de ver as apresentações com Claire no colo do pai, então seguiram para a lanchonete. Claire fez uma apresentação para os pais, tio Ben – que tratou de gravar para mandar para Charlie – e as garçonetes que normalmente atendiam a ela e Emmett, sendo muito aplaudida e ela ficou cheia de si, antes de se sentar para comer.

Emmett estava finalmente contente por estar em casa, sentiu a paz o tomar como não se lembrava de sentir antes. Havia sido esperto em decidir ir atrás do que lhe mantinha afastado de seu bom sono. Ele percebia agora que não teria qualquer forma de fazer aquilo diferente. Ele tinha que ter prendido Royce e feito justiça por Rosalie, não haveria outra maneira de ser verdadeiramente feliz.

.

~~Cinco anos depois~~

O celular despertava e Emmett bufou, não querendo levantar-se. Estava cansado de toda a bagunça que Claire o obrigou a participar na noite passada, mas aquele era um dia animado para eles, então Emmett suspirou e se obrigou a acordar.

Tomou uma ducha gelada para acordar e vestiu uma roupa limpa antes de seguir até o apartamento do andar de baixo.

Depois da resolução do caso Brandon-Hale x King, como ficou conhecido o caso das garotas, Emmett pediu o afastamento da Agência Central de Inteligência (CIA) e pediu transferência para a polícia de Nova Iorque, quando Angela quis conversar com ele sobre a proposta de emprego que ela tinha recebido.

Em um prédio alto, perto do Central Park, mas não muito, o antigo casal alugou dois apartamentos. Ben e Angela, que no momento da compra estavam noivos, compraram um apartamento no 17º andar do prédio e Emmett ficou com o apartamento que tinha no 19º andar, as coisas foram muito melhores a partir daquele ponto.

Claire vivia correndo de um andar para o outro e foi bom para ela ter o pai mais perto ainda.

Também foi mais fácil para Angela e Ben quando, depois de se casarem, eles saíram em lua de mel e Emmett não teve problemas em cuidar de Claire estando tão perto da “casa oficial” dela. Assim como o ex-agente os ajudou muito com o novo bebê e os horários que eles tinham entre buscar Claire, ir às consultas no ginecologista e mais tudo o que a nova família precisava.

Emmett era como o irmão do casal, sempre disposto a ajuda-los e, o mesmo eles faziam para ele.

Claire estava para completar seus onze anos de idade e havia virado uma linda e inteligente jovem. Ela era simpática como o pai e esperta como a mãe, sempre argumentando, o que causava muita dor de cabeça em Emmett e Angela, mas também muito orgulho.

Emmett foi tirado de seus devaneios quando Claire abriu a porta de supetão no momento em que ele deu a primeira batida.

—Finalmente, achei que ia nos atrasar – a menina disse revirando os olhos o que fez Emmett rir.

—Claire-

—A gente conversa no carro – ela falou rapidamente – Mamãe, meu pai chegou, eu estou indo com ele – Claire gritou por sobre o ombro e saiu empurrando o pai para o elevador.

—Menina, você está muito ansiosa – ele riu.

—Faz três meses que estou esperando esse momento – ela disse saltitante.

Emmett apertou o botão do elevador e encostou-se à parede. Ele também estava ansioso, mas não seria patético em ficar saltitando como Claire. Ele era um homem adulto e se portaria como tal. Por isso respirou fundo antes de entrar no elevador e seguir com Claire para o subsolo.

No carro eles conversaram as mais diversas amenidades e, apesar de estarem com fome, se seguraram para que a surpresa desse certo.

Claire incentivou Emmett a seguir sua tradição, então o mesmo parou na floricultura de sempre.

—Cuidado porque são delicadas – ele demandou quando voltou para o carro, posicionando o buquê no colo da filha, a fazendo rir.

Ele reparou que ela tirou uma foto, mas toda sua atenção estava no caminho até o aeroporto, mesmo quando sentiu seu celular vibrar em seu bolso.

—Foi você quem mandou mensagem? – ele indagou sorridente.

—Claro, às vezes esse grupo morre – ela bufou o fazendo rir.

—Claire, esse grupo não passa um dia sem mensagens – Emmett a lembrou rindo.

—Bem, e é como tem que ser. Estou surpresa que sou a primeira mensagem de hoje – ela falou pensativa, o fazendo rir.

—Tecnicamente...

—Ah, ela já vai pousar, corre papai – Claire se assustou ao receber a mensagem da convidada de honra.

Emmett sorriu de canto, sabendo que era demorada toda a passagem pela segurança e pegar as malas. De qualquer jeito, ele se apressou. Estacionou o carro quinze minutos depois e, em vinte e cinco minutos, eles estavam em frente ao portão de desembarque. Emmett carregava as flores, e Claire a folha de sulfite em que ela escreveu.

Entediado, o ex-agente alcançou o celular para ver o que estava acontecendo no grupo e riu quando viu a foto das flores que Claire tinha mandado com a legenda “tradições que não morrem, apesar de quão tolas possam parecer”.

—Você sabe como me fazer arrepender por um presente – Emmett disse negando com a cabeça, decidindo que continuaria vendo o grupo depois, estava com medo de perder a chegada dela.

—Está falando sobre as flores? Papai, são adoráveis, eu só falei brincando...

—Estou falando sobre o seu celular, tola – Emmett riu quando Claire bufou.

—Otimiza nossa comunicação – ela deu de ombros.

—Eu só comprei porque você me fez sentir culpado por quebrar seu walkie-talkie.

Eles tinham comprado os walkie-talkies assim que se mudaram para o mesmo prédio. A distância era a ideal para eles se comunicarem, fazendo-os se sentir ainda mais perto. E, bom, eles usaram o aparelho por muito tempo e para, basicamente, qualquer coisa. Uma vez até papel higiênico Claire demandou que Emmett levasse para ela e, Emmett se fingiu de bravo quando viu que Angela estava em casa, mas não poderia negar que ele amava a proximidade que ele havia desenvolvido com a filha com o passar dos anos. Apagando qualquer tempo separado que eles passaram antes.

O legado dos walkie-talkies foi morto quando Emmett bateu o braço no de Claire, que estava posicionado em cima da mesa, e a garota chorou, chateada com a perda de seu meio de comunicação favorito. Foi quando Emmett conversou com Angela e os dois concordaram que Claire estava pronta para seu primeiro celular.

Emmett foi violentamente retirado de seus devaneios com Claire balançando o braço dele enquanto pulava.

—Ela está ali, papai! – Claire pulava mexendo sua folha de sulfite sem parar – Aqui, tia, aqui!

Rosalie Hale riu da animação descabida de Claire, elas tinham se visto há pouco menos de quatro meses, entretanto, Rosalie gostou de ser tão bem recebida por Claire, gostava muito da garota e era reconfortante que o sentimento fosse recíproco.

—Tem que parar de mexer o papel para que eu possa entender o que está escrito aí, querida – Rosalie avisou e Claire riu, mostrando a escrita colorida e cheia de adesivos que ela havia feito.

Bem-vinda ao lar

(já não era sem tempo)

Rosalie riu abertamente com a impaciência de Claire.

Depois do julgamento de Royce, ela e Emmett haviam virado próximos. Sempre trocavam e-mails antes de começarem a conversar por mensagens e ligações. Eventualmente, Claire foi inserida na amizade dos dois e, quando Rosalie voou para Nova Iorque a primeira vez, foi quando Emmett foi a buscar no aeroporto com Claire e um buquê de rosas e lírios, como um trocadilho pelo nome dela, Rosalie Lilian.

—Eu amo tradições – a loira disse dando um abraço apertado em Claire.

Emmett sorria abertamente para sua melhor amiga. Rosalie era uma ótima ouvinte e a pessoa de quem Emmett era mais próximo na vida. Era óbvio que toda a admiração e respeito houvessem virado algo a mais para Emmett e também, para ele, foi óbvio que o sentimento fosse algo completamente platônico, mas ele não realmente se importava.

—Temos que ir para a casa do papai antes de irmos conhecer o seu apartamento, ele quis deixar o café da manhã pronto para você e fomos nós mesmo que pré-preparamos ontem a noite.

—Você tem que aprender o significado de surpresa – Emmett brincou batendo com o quadril dele contra Claire para que ele tivesse um espaço para abraçar Rosalie também.

—Ai, bruto, papai você é muito mais forte que eu – a garota reclamou dando o espaço pelo qual ele lutou.

Emmett deu uma piscadela para a filha e entregou as flores para Rosalie.

—É bom que goste de tradições – ele falou quando ela sorriu pegando as flores.

—O que há para não gostar? – ela riu, abraçando o amigo.

No jipe de Emmett, Claire e Rosalie tagarelavam causando risadas eventuais e muita animação.

Depois de anos sendo uma forasteira, Rosalie pensou que estava na hora de voltar para o país em que nasceu e, com o apoio de Kate e Tia, ela decidiu tentar a sorte. Foi quando Emmett sugeriu que ela se mudasse para Nova Iorque, porque ele estaria por perto para qualquer coisa que ela precisasse e, tornando tudo ainda melhor, era longe o bastante de Forks e Los Angeles, Rosalie queria voltar para visitar o chefe Swan um dia, mas ela estava tomando seu tempo.

—E ela disse que eu tinha futuro para qualquer um dos dois que eu quisesse fazer – Claire terminou sua história sobre a treinadora de baseball que a viu dançando ballet— Minha pergunta é: por que eu tenho que escolher apenas um? – Claire perguntou.

—Já lhe disse que não precisa, filha – Emmett disse a olhando pelo retrovisor.

—Mas...

—Acho que entendo o que diz, Claire Bear— Rosalie disse quando a menina se calou, pensativa – Eu penso que a sua treinadora quis dizer sobre seguir carreiras nisso, mas você ainda é muito nova para se preocupar com esse tipo de coisa, então seu pai tem razão, você não precisa escolher nada agora, afinal, são hobbies, certo?

Hobbies? – Claire repetiu sem ter certeza do que aquilo significava.

—Isso, como coisas que você gosta de fazer – Rosalie explicou superficialmente.

—Isso! – Claire disse animada – Então você também acha que eu posso continuar com os dois, tia? – pediu para ter certeza.

—Se é o que quer – Rosalie concordou.

—Então são os quatro que eu queria saber. Você, minha mãe, meu pai e tio Ben – a garota contou sorridente – Obrigada, tia Rose – ela falou voltando a encostar-se ao banco, cantarolando a música que tinha escolhido para tocar no rádio.

Rosalie sorriu para ela piscando e Emmett tentou prender o sorriso que queria aparecer em seu rosto ao escutar Claire colocando Rosalie no lugar que ela havia colocado, mas ele não disse nada. Não era seu tipo ficar dando a entender coisas e, certamente, não queria deixar Rosalie desconfortável.

—O que temos para o café da manhã? – Rosalie perguntou curiosa, realmente faminta.

—O que não temos seria uma pergunta mais justa – Emmett riu – Claire se animou com as possibilidades que eu dei, então resolvemos fazer tudo – ele contou fazendo Rosalie gargalhar.

—Não precisava, eu nem vou conseguir comer tudo – ela pensou alto.

—Bom, vai ter que vir tomar café da manhã conosco algumas vezes, então – Emmett brincou, não totalmente, mas para todos os efeitos, ele riu.

—Não doeria nada – Rosalie respondeu sorridente.

Claire colocou uma nova música e voltou a tomar a atenção de Rosalie enquanto conversava sobre a banda que tocava e como ela gostava e mais muitos pedaços de informação que Emmett não escutou verdadeiramente, ele apenas pensava nas coisas que tinha para esquentar e assar uma vez que chegassem no apartamento dele.

Quando Rosalie entrou ali, se jogou instantaneamente no sofá cinza e confortável que Emmett e Claire haviam escolhido.

—Eu o amo – Rosalie falou se esparramando ali.

Emmett sorriu para a cena e logo foi empurrado para o lado quando Claire tratou de se jogar em cima de Rosalie, a abraçando.

—Irei te mostrar tudo por aqui, tia Rose – Claire garantiu.

Os três sentaram na mesa de café da manhã quando Emmett deixou tudo como deveria estar. Panquecas e waffles frescos, bolos feitos no dia anterior, torradas, croissants, tudo o que Claire tinha dito que queria ofertar para Rosalie em seu primeiro café da manhã como uma verdadeira cidadã americana.

—Vamos tirar uma selfie para fazermos inveja – Rosalie brincou ao virar a câmera para uma selfie.

Claire sentou-se no colo dela e Emmett parou ao lado das duas, Rosalie pegou o rosto dos três próximo um do outro além de parte da mesa do café da manhã.

Nova Iorque chegou com muito amor e mimos.

Ela mandou no grupo da família, sorridente, então eles se ajeitaram na mesa, devorando um pouco de cada coisa e, diferente do que ela achou de primeira, Rosalie até que tinha feito um bom trabalho em experimentar cada pequena coisa.

E depois do café, os três descansaram um pouco. Próximo ao horário do almoço, quando Angela ligou para Claire descer para almoçar e para Rosalie ir falar com ela, Rosalie pediu para Emmett a levar para casa. Ela passou no apartamento de Angela, brincou um pouco com o pequeno Michael e conversou com Angela e Ben antes de, depois de muitos protestos de Claire, sair para ir para sua casa. Mas para isso teve que jurar que voltava pra buscar a garota para elas jantarem junto com Emmett, o que acabou num convite de Ben para eles jantarem ali, o que Emmett e Rosalie aceitaram prontamente.

—Sabe que não precisa fazer tudo o que Claire pede, não sabe? – Emmett perguntou ao afivelar seu cinto.

—Claro que sei – a mulher riu –, mas verdadeiramente não é nada que eu não queira, de fato, fazer – ela sorriu de canto e então Emmett deu partida em seu carro – Então, como é o meu apartamento? Quão longe de vocês é? – Rosalie perguntava animada – Você sabe que isso vai me dizer o quanto você me quer por perto, não é? – ela brincou enquanto o carro de Emmett saía do prédio dele.

Quando contou que viria para Nova Iorque mesmo, Rosalie pediu ajuda para Emmett para encontrar um apartamento e, depois de algumas sugestões, ela escolheu um duplex pequeno, mas bom o bastante para ela morar sozinha e bem confortável, Emmett garantiu que tinham muitas lojas e coisas por perto, mas se negou a dizer o quão perto era de Claire e, consequentemente, dele.

—Bom... – Emmett riu com o que ela disse e começou a diminuir a velocidade do carro em três prédios na frente do dele – Você quem escolheu e negou de cara o apartamento que tinha no meu prédio – Emmett contou dando de ombros e aproximando o cartão magnético para entrar no prédio de Rosalie.

Era um pouco mais chique que o de Emmett e, assim sendo, também mais seguro. Emmett gostou daquela parte e, apesar de ter que sair do prédio dele para chegar no dela, ainda assim, era perto o suficiente para eles poderem sempre se encontrar.

—Se você tivesse dito que tinha um no prédio de vocês... – Rosalie sugeriu e Emmett negou rapidamente.

—Queria que você realmente gostasse da sua casa, não que escolhesse por Claire, vocês vão estar perto o bastante assim.

A mulher anuiu sorridente, não reclamaria, estava animada para ver sua nova casa.

Ela tinha três caixas grandes e quatro malas. Eles fizeram duas viagens até o décimo primeiro andar do prédio, deixaram as malas na sala e, então, Emmett fez um tour pelo apartamento que já estava mobiliada pela empresa de Angela e Rosalie amou tudo, fazendo questão de ligar para a ex-mulher de Emmett para agradecê-la por todo o cuidado e a dando certeza que tinha amado cada pequeno detalhe de sua casa.

—É muito aconchegante, não é? – Rosalie disse sorridente, abrindo uma garrafa de água.

—Sim, Angela é boa em transformar casas em lares – Emmett contou sorridente.

—Ela foi demais enchendo meus armários e geladeira de comida – a mulher comentou rindo.

Emmett sentiu seu rosto esquentar com aquele comentário e, a mudança na pose dele não passou despercebida por Rosalie que riu do amigo.

—Foi você né, estranho? – ela acusou.

—Ei, eu estava tentando ser legal e te deixar feliz aqui. É um recomeço muito importante para você e queria que você tivesse certeza que será muito amada nessa cidade, não está sozinha, apesar de largar Tia pela primeira vez em tanto tempo – Emmett falou sincero e Rosalie sorriu para o doce homem a sua frente.

—Você não existe – ela comentou indo abraça-lo.

Emmett a tomou em seus braços e sorriu para o que sempre sentia quando a tinha ali.

—Bem, apesar de querer logo arrumar tudo em seu devido lugar, meu café da manhã reforçado já foi completamente digerido e eu começo a sentir fome – Rosalie anunciou ao soltá-lo depois de perceber que estava a tempo demais presa no abraço do amigo.

—Certo, almoço – Emmett balançou a cabeça para os pensamentos apaixonados que o cegaram por um momento – Ah, eu pensei que poderíamos almoçar perto do hospital? Assim você já aprender a chegar lá – ele sugeriu e ela rapidamente acatou sua ideia.

Ela tinha aplicado para alguns hospitais de Nova Iorque como psicóloga, tinha recebido a resposta há alguns dias sobre a aceitação dela, não poderia estar mais feliz. Tudo parecia mesmo estar se encaminhando para um novo início e um que Rosalie estava amando.

Ela precisaria de um carro e Emmett garantiu que ela poderia usar o dele por enquanto, já que o batalhão dele não era mais do que duas quadras da casa dele e o hospital era um pouco mais distante.

—Eu vou comprar um carro logo – ela garantiu quando ele sugeriu o empréstimo e ela resolveu aceitar.

—Não duvido disso – ele deu de ombros – E quando comprar, estarei contente em receber o meu bebê de volta – brincou com uma piscadela.

O almoço foi amistoso. Depois daquilo Emmett a deixou na casa dela, com o carro dele em sua garagem, a entregou a chave do jipe e foi para sua casa terminar algumas coisas que tinha que fazer e ambos combinaram de se ver no jantar de Claire.

Emmett passou a tarde toda lavando roupa, organizando o apartamento e então foi assistir alguma série que ele estava acompanhando. Perto das sete da noite escutou o celular tocando e sorriu para a tela que brilhava a foto dos dois juntos.

—Fala, filha – ele demandou risonho.

Ainda não tomou banho né, McCarthy? – Claire perguntou desgostosa fazendo Emmett rir.

—Garota, eu sou o pai, você a filha.

Já são sete horas — Claire brigou, ignorando a última colocação dele.

—Ainda não são não, estou com o relógio a minha frente, Claire Bear — o pai disse bem humorado – E eu achei que sua mãe tinha marcado sete e meia? – ele indagou se levantando.

Sim, mas você é meu papaizinho, pode chegar mais cedo — Claire disse manhosa.

—Pode vir me esperar ficar pronto – ele disse o que sabia que ela queria ouvir.

Ufa — escutou junto com a porta de seu apartamento abrindo.

Claire sorriu brilhantemente para o pai.

—Por que ainda faz esse show todo se sabe que pode entrar quando quiser? – Emmett perguntou e a garota sorriu, matreiramente.

—Eu gosto de escutar você me chamando – ela confessou e ele esticou-se para a puxar para o colo dele e beijou o rosto dela repetidas vezes a fazendo rir – Papai, tem que ir tomar banho.

—Está me chamando de fedido? – Emmett se fingiu de ofendido.

—Se a carapuça serve – a menina deu de ombros.

Emmett se levantou a derrubando no sofá e foi para o quarto.

—Para a sua informação, pentelha, eu já me banhei hoje – ele falou desgostoso.

—Dois banhos nunca é demais – ele escutou a filha dizer.

Ele acabou acatando a ideia, mas foi mais uma ducha rápida. Vestiu uma camisa de linho e calça jeans, chinelos e então saiu do quarto, já perfumado.

—Camisa e chinelos? – Claire julgou.

—Eu vou para a casa da sua mãe, nem sair do prédio eu vou – ele bufou.

—Então minha tia Rose vai sozinha para casa mais tarde? – Claire provocou.

—Ela mora a três prédios daqui – Emmett lembrou.

—Está dizendo que ela vai sozinha ou que você pode ir de chinelo? – a menina indagou.

—Chinelo está bom – Emmett disse indo até a geladeira.

Pegou o vinho que tinha separado mais cedo e também o suco que era o favorito de Claire.

Quando os dois chegaram no apartamento dos Cheney, Rosalie ninava Mike enquanto conversava com Angela.

—Finalmente, vocês dois, achei que você tinha ido apressar seu pai, filha – Angela atiçou.

—Ele é um lento, sempre quer se embelezar quando temos certas visitas – Claire falou risonha, fazendo Rosalie abaixar o olhar para o bebê e Angela rir.

—A famosa lasanha do Ben está pronta – Ben contou saindo da cozinha com o avental amarrado na cintura e uma forma com uma bela lasanha ali.

Ele posicionou na mesa que já estava arrumada.

—Famosa por que é a única coisa que você faz? – Emmett zoou o amigo.

—Famosa porque você vai comer e vai chorar – Ben riu.

—Espero que seja de felicidade.

—Normalmente é – Ben finalizou indo tirar o avental e devolver os panos de prato para a cozinha.

—É realmente boa, ele melhorou a receita – Angela contou a Rosalie que sorriu, assentindo.

—Parece ótima.

O jantar transcorreu bem, sem nada ruim para ser colocado em evidência. Já era nove e meia da noite quando Rosalie anunciou que ia embora e Emmett se predispôs a ir com ela.

—Obrigada por me acompanhar, eu poderia tropeçar na calçada e a gente sabe que coisas horríveis poderiam acontecer – Rosalie zombou quando Emmett parou na portaria com ela.

—Eu vim para tomar café, estou sem na minha casa e Angela e Ben estão na fase descafeinada porque, segundo eles, o bebê já faz o trabalho de os manter acordados apenas bem demais – Emmett riu.

—Está se convidando para subir? – Rosalie ridicularizou.

—Estou surpreso que você ainda não o tenha feito – ele devolveu.

Rosalie revirou os olhos liberando sua entrada com a digital e levando Emmett consigo.

Desde tudo o que aconteceu, a partir do momento que começaram a trocar e-mails, era apenas fácil demais para os dois conversarem sobre tudo e qualquer coisa, a pouca diferença de idade dos dois ajudava muito naquilo. Rosalie era dois anos mais velha que Emmett.

O que era um rápido café, se tornou bocejos da parte de Rosalie.

—Caramba, já é uma hora da manhã – Emmett falou surpreso ao olhar para o relógio.

—Desculpa, eu não queria ser rude – Rosalie falou ao bocejar de novo.

—Eu que estou sendo, já que me convidei e ainda não vou embora.

—Eu gosto de você aqui – Rosalie confessou arrancando um sorriso bobo do amigo.

—Bom, quando precisar da minha companhia, sabe que número discar – ele falou sorridente se levantando do sofá.

—Não desligue seu celular – ela avisou, como quem diz que o ligaria sempre.

E Emmett realmente esperava que ela o fizesse. Ele estaria sempre lá.


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Notas finais do capítulo

E FIIIIIIIIIM

O que acharam da amizade de Rosalie e Emmett? E com a Claire? Que grupo vocês acham que é esse que eles citaram durante o capítulo?

Fui muito feliz escrevendo essa história, apesar de seu enredo pesado, e fiquei tão feliz em ler cada comentário em cada segmento, muito obrigada a todos que leram e acompanharam, espero ver todo mundo no final verdadeiro em "Entre Nós"!

Um beijão! ♥