V E N U S - Origin (Segunda Temporada) escrita por badgalkel


Capítulo 10
2.9 Asgard




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Reino de Asgard, Os Nove Reinos

A luz celestial refletia nos prédios elaborados e pináculos intricados de estruturas douradas da grande Asgard, emitindo tamanha luxuria e poder que a raça que vivia ali possuíam. Os asgardianos são um povo de origem nobre e milenar, os quais têm a guarda de seus guerreiros poderosos que lutam fielmente à proteção dos Nove Reios que os rodeiam.

Heimdall é o eterno e fiel guardião do reino de Asgard e sentinela da Bifrost, o único portal permanente entre os reinos de Asgard e Midgard. Heimdall tem poderes inigualáveis por ser um Deus, e fora designado à tais cargos justamente pela competência e lealdade com seu povo.

Um destes poderes os quais possuía eram seus sentidos aguçados e habilidades proféticas, as quais o permitiam que antecedesse às batalhas que seriam enfrentadas. Deste modo ele calculava previamente suas ações e as de seus inimigos como as ameaças para evita-las ou projetá-las para um fim condizente, seguindo a melhor possibilidade para proteger o seu povo e os Nove Reinos.

Harriet não sabia muito sobre os asgardianos, os Nove Reinos ficavam em uma Galáxia reclusa e não mantinham muito contato com os externos. No entanto haviam histórias, rumores e até quem já havia lhe informado sobre os guerreiros quando ainda estava como Vênus.

A assassina nunca dera muita importância àquele povo, de fato eram seres que não lhes chamavam a atenção, e muito menos se sentiu amedrontada ou ameaçada com a menção dos mesmos – por mais fortes e poderosos que eles fossem. Mas Harriet não era Vênus e a cada salto que passavam que os deixavam mais próximos à Asgard, seu estomago revirava.

No entanto ela permanecia inexpressiva e prosseguia com seu plano, que fora drasticamente afetado pelo fato de Ayesha ter cartas na manga, as quais ela não esperava. Bombas potentes uma em cada planeta o qual ela pretendia proteger, ela deveria imaginar que ela jogaria baixo.

Estava perdida, agindo feito um robô automático, e torcia para que não estragasse tudo de vez. Além de torcer para o seu plano inicial funcionar, porque estaria perdida caso não funcionasse.

Quando a espaçonave saltou para o último ponto e a reluzente Asgard apareceu diante de seus olhos ela perdeu a fala por um instante. Como era linda, de fato um dos lugares mais bonitos e ricos que ela já havia visto em todo o Universo.

— Vamos prosseguir, o Vortéx não virá até aqui sozinho. – Ayesha desperta-a dos devaneios e ela assente.

— Para que esse plano tenha a mínima chance de dar certo, a única opção que temos é que eu distraia os guerreiros enquanto você se infiltra em Asgard e invade os cofres. – Harriet diz com a voz levemente trêmula, ela logo se adianta em limpar a garganta.

— O cofre deve ser guardado por seguranças poderosos. – Ayesha constata entredentes.

— Você não consegue lidar com eles? – Harriet indaga arqueando uma sobrancelha desafiadora.

— Certamente que sim. – a sacerdotisa diz entredentes.

Harriet respira fundo e se levanta, encaminhando-se até o duto que a levaria ao lado de fora. Assim que voou e se posicionou acima da nave soberana seu contato visual com os prédios dourados foi interrompido drasticamente pela sombra de dezenas de naves da Tropa Nova.

Harriet quase engasga de surpresa, seu estomago gela e as pernas enfraquecem.

Ela se recompõem no segundo seguinte para questionar ao comunicador: - Ótimo, o que faremos agora?

"Continue com o plano." – Ayesha ordena, engolindo em seco em seguida. – "Acabe com todos eles".

Como se tivessem ouvido a ordem da suma sacerdotisa, diversos disparos de armas espaciais são lançados na direção de Harriet.

— Merda. – ela xinga antes de se desviar dos disparos com maestria enquanto voava para longe dali.

As naves a seguiram disparando uma chuva torrencial de lasers contra o seu corpo pequeno. Ela disparada algumas rajadas na direção das naves, mas pouco as afeta, uma vez que estava mais concentrada em fugir a atacar.

Além de desviar dos disparos, ela tem que se desviar dos asteroides e meteoroides que vagavam pelo espaço. Algumas das pedras eram pequenas feito a ponta de seu dedo, mas outras grandes e pesadas que ultrapassavam o seu tamanho. Em uma tentativa de escapar de um disparo duplo, ela se choca com um meteorito dos grandes e perde o foco por um instante.

Uma nave se destaca, se aproximando com rapidez ao desviar-se com perfeição das pedras espaciais. Afobada ela solta uma rajada em um asteroide grande, que move-se rapidamente na direção da nave e choca-se com ela antes o piloto pudesse agir para evitar.

Ao se afastar do campo de pedras ela para abruptamente ao mirar sua frente, naves silenciosas e velozes haviam dado á volta sem que ela notasse e agora ela estava rodeada.

As naves continuaram a se aproximar, fechando-a no centro de um círculo completamente compactado e sem possibilidades de fuga. Ela mira as naves ao seu redor, pela quantidade de naves ela podia deduzir que estava presente toda a Tropa Nova. Ela sente todos os soldados dentro delas encará-la com desprezo.

Os disparos são cessados para o aviso ser dado:

— Se entregue, Vênus! – uma voz é reproduzida de uma das naves. – Ou continuaremos à atacar!

Harriet sente seu peito queimar e os olhos marejarem.

— Não... me chame... de Vênus. – murmura engasgada.

— O que foi que disse? – a mesma voz questiona.

Harriet então fecha os olhos, concentrando toda a sua energia para que fossem focalizadas no centro do seu ser. Quando abre os olhos flamejantes ela dá um sorriso de lado antes de lançar uma rajada ultrassônica, que atinge todos ao seu redor e com sua potência desativa todas as naves.

Os soldados dentro das naves fazem tentativas de religa-las, mas o painel evidenciava que o curto que o sistema levou era de proporção grave. O modo de emergência havia sido ativado automaticamente, eles não poderiam disparar e sequer se movimentar.

Sob os olhares furiosos dos soldados da Tropa Nova, ela empurra algumas naves com a força do campo de energia cósmica que a rodeava pelo corpo todo e facilmente escapa do circulo que a aprisionava.

Harriet volta a se aproximar de Asgard a tempo de ver a nave soberana a poucos metros de invadir o reino. Quando fica próxima o suficiente da Bifrost, a ponte de arco-íris, uma faixa reluzente de luz surge e cega-os momentaneamente.

A nave soberana perde o controle e cai sob as aguas cristalinas de Asgard num baque estrondoso.

A luz diminui gradativamente até desaparecer por completo e assim, revelar que ali em cima daquela ponte havia quatro guerreiros. Harriet sente seu estomago congelar.

Eram três mulheres e um homem de grande força aparente e repletos de confiança sem precisar pronunciar uma palavra sequer. Certamente eram guerreiros, mas Harriet desconfiava se sua origem fosse realmente asgardianas considerando o que sabia e a maneira como eles se comportavam. Estes estavam calmos e despreocupados, sem indicio algum de querer ataca-la ou se adiantar em atacar os tripulantes da nave soberana.

Estavam parados observando a nave afundar e por um breve instante Harriet conseguiu observa-los, mesmo de longe. O homem tinha os cabelos loiros penteados em um topete charmoso, vestia um traje de cor azulada com detalhes em dourado e tinha a expressão firme. Uma das mulheres tinha os cabelos escuros e encaracolados penteados para cima, peso por seu capacete de cor vermelha assim como o resto de seus trajes que compactuavam com a cor branca em algumas particularidades. Outra vestia-se inteiramente de branco, com algumas listras douradas que realçavam as curvas de seu corpo e combinavam com os cabelos igualmente dourados e se assemelhava literalmente à uma deusa grega. A última, que possuía a face mais amigável dos quatro, tinha cabelos extensos completamente pretos e usava trajes de coloração verde que reluzia a cor de seus olhos.

Quando nota um chiado proferir do comunicador em seu ouvido, ela indaga: - Ayesha?

Pelo dispositivo pode-se ouvir o barulho da água invadindo o ambiente dentro da nave meio aos ruídos e a conexão foi cessada, o comunicador central havia sido desativado.

Antes que ela pudesse tomar qualquer atitude um raio de cor alaranjada surge de dentro da nave caída na direção do céu de Asgard, fazendo uma abertura em sua lateral e Harriet logo anseia pelo o que está por vir.

No instante seguinte Callisto aparece na superfície com a respiração afobada e batendo os braços freneticamente em um nado nada convencional.

Harriet voa na direção do soberano e pegando-o pelos braços o leva na direção da ponte, pouco afastado de onde os guerreiros ainda estavam. Os quatro observavam a nave afundar cada vez mais nas águas em silêncio, como se estivessem assistindo à um enterro fúnebre. O que de fato, pelo bem do Universo, poderia ser.

— Você está bem? – Harriet indaga ao pousar na ponte com Callisto.

— Eu sabia, sabia que não deixaria ela chegar até o Vortéx. Mas me enganou tão perfeitamente... Eu devia saber que tinha um plano em mente. – ele pronuncia contente. – Como o convenceu?

— Eu o convenci? – questiona estupefata.

— Sim! – Callisto afirmou – Ele invadiu pelos dutos superiores, lutou com Ayesha e a fez perder o controle da nave. Por isso que caímos.

Harriet arqueia as sobrancelhas em surpresa e olha na direção da onde a nave afundava, constatando que já não era mais possível vê-la.

Pouco tempo depois a luz alaranjada desponta novamente no meio das águas e do fundo daquele mar um homem surge, pousando descuidadamente na ponte. Richard Rider, Harriet reconhece aliviada.

Ela corre na direção do rapaz imediatamente.

— Richard. – ela pronuncia, agachando ao seu lado.

O rapaz tosse, expelindo a água que havia entrado em seus pulmões, respira profundamente para em seguida mirá-la com um sorriso no rosto.

— Espero ter atrasado Ayesha o suficiente, demorei para entender o que aquele monte de imagens na minha cabeça queriam dizer. – ele revela citando o fato dela secretamente ter transmitido algumas de suas lembranças e instruções de como invadir a nave soberana diretamente para a mente dele através de sua energia. Era uma tática nova e ela nunca havia feito antes, mal sabia se poderia realizar tal feito, no entanto havia apostado todas as suas fichas nisto. Este era o seu real plano.

— Não tinha certeza se daria certo. – ela sorri estupenda.

— Definitivamente deu certo, vi até mais do que devia. – ele diz encarando dela à Callisto que vinha logo atrás com um semblante envergonhado – Só não precisava ter me apagado, aquilo foi constrangedor.

— Desculpe, eu não tenho controle disso ainda. – explica, não contendo-se em abraça-lo. Ele retribui desajeitadamente – Obrigada. Você era a minha única esperança.

— Só espero que a Tropa Nova não fique muito zangada em ter sido usada como distração. – ele ri ao se soltarem do aperto. – Eles não acreditariam seu eu dissesse que você não era mais a Vênus. Espero que não tenham te machucado.

— Espero que eu não tenha os machucado. – ela corrige e ambos riem novamente.

No instante seguinte a atenção dos espectadores é voltada à agua, a qual borbulhava arduamente e uma claridade anormal despontava de suas profundezas. Não demora muito para Ayesha surgir ferozmente e levanta vôo.

— Não. – Harriet engole em seco.

Ayesha procura a humana com os olhos, mas ao passa-los pela extensão da ponte ela nota os quatro guerreiros à observando e sua expressão é de choque.

— O que estão fazendo aqui? – ela esbraveja na direção deles. – Isso não é da sua conta.

— Quando qualquer ação tenha possibilidade de afetar o povo da Terra, nós certamente interferimos – o homem loiro responde. – Pensei que já havíamos deixado claro o bastante da última vez.

Ayesha então nota Harriet pelo canto dos olhos e seu rosto muda para completa fúria. Ela se vira completamente para a humana.

— Posso não conseguir o que eu quero e morrer tentando, mas pela sua traição levo todos aqueles com quem se importa junto comigo. – ela declara não hesitando em apertar o botão no bracelete em seu pulso.

— NÃO! – Harriet esbraveja desesperada, os olhos se umedecem automaticamente e sua garganta se fecha.

O silêncio cresce entre os presentes, interrompidos apenas pelos ruídos da movimentação das águas e sopro dos ventos. A confusão explicita cresce no rosto da suma sacerdotisa ao encarar os dizeres do dispositivo em seu pulso erro na ativação.

Richard sorri.

— É isso que você procura, sacerdotisa? – o rapaz questiona levantando-se e revelando alguns fios sintéticos com um botão em suas extremidades na palma de sua mão.

Ayesha abre o bracelete e constata a falta da placa do dispositivo e seus olhos irradiam faíscas furiosas. Quando ela está para avançar da direção de Richard e Harriet o guerreiro se aproxima e congela o corpo de Ayesha no ar através de um campo de força com os átomos ao seu redor.

Harriet suspira em choque enquanto Richard solta um palavrão.

— Vocês não são asgardianos. – ela conclui ao mirar o homem agora próximo à ela.

— São os Eternos. – Callisto afirma e o loiro assente sem parecer fazer esforço algum para aprisionar Ayesha.

— Como conseguiu contata-los? – Richard indaga na direção de Harriet.

— Eu não contatei. – ela revela confusa.

— Fomos notificados por Heimdall. – A eterna loira revela. – Protetor da Bifrost e por consequência de Midgard.

— Midgard? – Harriet repete desnorteada.

— É como eles chamam a Terra por aqui. – Callisto releva.

A atenção deles é voltada para o homem extremamente forte e alto de pele preta, trajado com uma armadura dourada e capa de pele de animal escura. Seus cabelos crespos caiam até suas cosas, mas não o deixavam com ar menos masculino, seja por ele mesmo ou pela barba que compunha o belo rosto másculo. Os olhos vermelhos não amedrontavam os recém-chegados, apenas pela expressão tranquila e bondosa emitida por eles.

Os eternos se curvam rapidamente, e logo os demais se adiantam em copiar o gesto.

— Por favor, não sou nenhum rei. Levantem-se. – Heimdall pede com a voz rouca.

Todos se erguem.

— Sou um profeta, tenho visões do futuro quando este está para prejudicar qualquer um dos Nove Reinos. – o homem revela. – Quando Ayesha tomou a decisão de vir para Asgard atrás do Vortéx e dizimar tanto Sovereign como Midgard, eu tive que agir.

— Você sabia de minhas intenções? – Harriet questionou.

— Sim, a razão de não ter encontrado uma tropa asgardiana na linha de frente quando chegou aqui foi porque senti a bondade em seu coração. – revelou e a humana suspirou. – Entrei em contato com os Eternos para evitar maiores feitos, mas já sabia que você, pequena guardiã dos povos, impediria a guerra com louvor.

Harriet suspira novamente e percebe a respiração entrecortada.

— Está me dizendo que está tudo bem? – ela indaga com a voz falha e água se acumulando em seus olhos.

— Sim. – o homem assente, pousando a mão sob a cabeça da humana e a acariciando carinhosamente.

— E as bombas? – ela questiona com os olhos alarmados.

— No buraco negro da nossa Galáxia. Não serão mais problema. – a eterna de traje verde revela com um sorriso no rosto. – Quando soubemos delas a nossa Makkari aqui logo localizou a da Terra. – indicou a mulher morena de vestimenta vermelha – Ela pode ser bem rápida quando quer, sabe. E a outra bomba não funcionará sem o dispositivo completo, então estamos bem por enquanto. Aliás, sou Sersi. – e ergue a mão na direção de Harriet. – Admito vergonhosamente que sou uma grande fã sua desde a época da Segunda Guerra quando desenvolveu toda aquele maquinário medicinal e tenho estado uma pilha de ansiedade para te conhecer depois que descobri que estava viva, doutora Stark. Você é uma lenda.

Harriet sorri envergonhada enquanto apertava a mão da eterna.

— É um prazer, Sersi.

— Sou Thena, querida. – a loira se pronunciou, aproximando-se também com a mão erguida – É um imenso prazer te conhecer.

— Igualmente... – Harriet sopra apertando-lhe a mão.

Ela vira-se na direção do homem, que não dá indícios de querer se apresentar, por isso Sersi se adianta: - E este é o Ikaris. Ele é meio carrancudo assim, mas no fundo é um cara legal.

— Cale a boca, Sersi. – ele murmura na direção da mulher e logo se vira para Harriet. – É um prazer.

A humana estica sua mão para apertar a de Ikaris, e assim que elas se tocam faíscas reluzentes azul e amarelas fagulham pelos braços de ambos, fazendo com que fossem repelidos automaticamente.

Ikaris com a expressão surpresa encara a própria mão e depois a da mulher em sua frente, que está tão confusa e em choque quanto ele mesmo.

— O que foi isso? – Sersi pergunta divertida.

— Deve ter sido por... – Ikaris suspira – energias opostas. Não compatíveis.

Harriet o encara com a testa franzida, mas rapidamente repara acima dos olhos do rapaz Ayesha liberta e vindo na direção do grupo com olhos ferozes e as mãos cheias de energia.

Harriet empurra o homem para o lado e solta disparos pelas mãos, atingindo Ayesha na cabeça. A suma sacerdotisa, já sem energia alguma, cai em queda livre na ponte.

— Essa daí sempre nos deu muito trabalho. – Thena releva, já aliviada pelo susto do momento repentino. – Anos na prisão não seriam o suficiente para ela.

— O que? – Harriet vira-se para Heimdall. – O que vão fazer com ela?

— Enviá-la para uma prisão interestelar seria o mais apropriado. – o homem diz. – Tem algo em mente?

Harriet desvia os olhos do homem alto em sua frente até Ayesha caída a poucos metros de distancia e voltam à Callisto, que observa a conversa em silêncio na retaguarda.

— Merecemos o seu ódio eterno e o pior dos castigos, Harriet. – o soberano murmura firme.

Ela respira fundo, trazendo para os seus pulmões aquela brisa fresca com um leve toque salgado do mar. Seus pensamentos estão embaralhados e suas convicções uma confusão. Ainda assim, aquela decisão fora jogada em seu colo e como sua responsabilidade ela teria que determinar o que seria feito.

Harriet relembra do momento com Callisto no laboratório, anos atrás, quando ele descobrira sobre a sua genealogia e do que ela seria capaz. Ela se recorda também de querer rejeitar os seus poderes para que não acontecesse exatamente o que havia acontecido, alguém querer usar deles para o controle supremo.

Naquela época ela estava mais confusa e desorientada do que estava naquele momento, podia afirmar. Teve muito tempo reclusa na própria mente para saber o que queria fazer quando fosse finalmente liberta daquele monstro.

Ela queria fazer o bem. Proteger aqueles que não podem se proteger sozinhos.

E com este pensamento concluiu: - Eles não podem ir para a prisão.

— O que? – Richard questiona incrédulo. – Harrie, eles fizeram horrores com você. A prisão perpétua é pouco para o que fizeram todos esses anos.

Harriet mira Callisto nos olhos, os dele úmidos e emocionados.

— Sovereign é um planeta repleto de cidadãos inocentes, cuja reprodução depende completa e unicamente de Ayesha. – ela revela aos demais. – Sem ela eles podem entrar em extinção. E sem ele – ela indica Callisto com a cabeça. – Eles não estarão seguros. Ele é quem protege aquele povo, quem cuida da segurança e do bem estar da população.

— Os soberanos são a raça mais prepotente deste universo, se tem raça que não merece a sua piedade são eles. – Ikaris se pronuncia, atraindo a atenção de todos.

— Mas são mutáveis. – Harriet sorri. – Eles podem se desenvolver e aprender a serem melhores como indivíduos. Todos nós somos provenientes da evolução de algo, e eles merecem ter a chance de poder ter essa evolução.

O silêncio cobre a boca dos presentes, e a maioria deles se viram para Heimdall com indignação. Heimdall sorri de volta para a humana.

— Eu sabia que não me arrependeria de seguir por sua sensatez, minha querida.

Harriet assente.

Heimdall então volta-se para Ikaris ao dizer: - Apague a memória da sacerdotisa. Não precisamos que ela saiba sobre o Vortéx, os Eternos e ao menos sobre a própria Harriet.

Ikaris reflete por um momento e então se encaminha na direção de Ayesha, afastando-se dos demais.

— E caberá á você, meu jovem, guia-la para a evolução da sua própria raça. – Heimdall inspira à Callisto – E que não precisemos puni-los da forma que realmente merecem. Pois se algo parecido voltar à acontecer – o homem reluz os olhos de forma amedrontadora para finalizar – eu mesmo irei até lá fazer por merecer.

Callisto engole em seco e assente freneticamente.

Heimdall volta à sorrir.

— Então, é isto. Vocês podem retornar aos seus reinos agora.

Dito isso Harriet sente suas pernas fraquejarem e o ar faltar em seus pulmões, com a dedução do que aquela frase significava.

— Eu vou para casa?


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Notas finais do capítulo

Olá meus caros leitores!!

Espero que todos estejam bem!
Cá estou depois de postar o ÚLTIMO capítulo de Vênus.

É, estou aos prantos.

Não acredito que depois de dois anos terei que me despedir de uma personagem tão excêntrica. Harriet foi uma das minhas primeiras personagens e sua personalidade me inspirou. Eu a mudei assim como ela me mudou nesses anos e apesar de fictícios às vezes a gente se sente tão próximo desses personagens e desenvolve um carinho tão grande que chega a ser emocionante. Harriet definitivamente é a minha heroína.

Este capítulo é o antecessor ao Epílogo (que realmente é o FINAL de toda a saga), o qual será postado semana que vem junto às cenas extras.



Quero aproveitar essa oportunidade para agradecer a todos que acompanharam até aqui, vocês me inspiram a escrever mais! Beijão para cada um de vocês, e nos vemos semana que vem!
XOXO

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