A Namorada Do Papai escrita por Thay Paixão


Capítulo 5
A prima e a vovó


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal >< Eu to muito feliz! Amando a resposta de vocês a essa fic! Capitulo de hoje é dedicado a steinfielshaiz e a Gaby pelas lindas recomendações :'''') muito obg meus bens!
Boa leitura ♥



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Renesmee.

 

Os dias se transformaram em semanas, setembro chegou e eu tive que voltar a escola. Era o último ano, finalmente então eu devia estar muito feliz, tinha sonhado em usar o uniforme branco dos veteranos por anos. Mas eu não conseguia me concentrar naquilo, não quando Isabella Swan, a famosa ‘’Isa’’, estava morando na casa do meu pai.

Assim que voltei da Disney procurei meu pai, nós almoçamos juntos, ele quis saber tudo sobre a viagem e minhas expectativas para o último ano, se eu realmente iria fotografar com a equipe do Dimitri, e o que eu queria fazer sobre a faculdade. Parecia um dia normal e eu me esqueci que tinha aquela mulher em algum lugar, já que ele nem tinha falado nela, talvez eu a tivesse assustado o bastante, mas quando sugeri ir para a casa dele para que ele me mostrasse as musicas que estava criando para o filme, ele torceu os lábios e lembrei da escritora.

—Bella está ficando comigo. - Ele disse simplesmente e tratei de plantar um sorriso no meu rosto.

—Isso é ótimo papai! Como ela está?

—Renesmee, eu percebi que até esse momento você não tinha perguntada por ela. - Ele disse sério.

—Não pode me culpar por isso, você já teve muitas namoradas, pensei que ela já tivesse se mandado...

—Bella é especial. Eu estou apaixonado por ela, filha.

Senti um gelar no meu peito. Um nó na minha garganta. A imagem do casamento voltando a minha mente, agora sendo brindada com uma Isabella grávida.

Ele teria uma família com ela. 

Uma família perfeita.

E eu seria o erro.

A filha fora do casamento perfeito.

—Isso é ótimo. - Abri mais o meu sorriso. -Espero que ela se sinta da mesma forma.

—Ela sente.

Meu pai continuou me olhando, como se me avaliasse. Ele queria tirar algo de dentro de mim, a verdade.

Nunca era difícil dizer a Edward como eu me sentia, parecia que ele podia ler minha mente e eu mais que tudo sempre quis compartilhar com ele meus pensamentos.

Mas não hoje, não sobre Isabella.

Não sobre eu me sentir… uma intrusa.

—Então sua namorada está com você, e é ‘’melhor eu ficar com minha mãe’’. Sabe que Tanya não está em casa.

—Você pode ficar na minha casa quando quiser, filha. É sua também. Só quero deixar claro que a presença de Isabella não é negociável, você vai ter que aprender a lidar com ela.

—Não estou entendo, ela falou alguma coisa? Ela não gostou de mim?

—Você sabe exatamente que não é isso. 

Ficamos em silêncio de novo, parecia que muitas palavras passavam por nós. Empurrei meu almoço de um lado para o outro, sem a menor vontade de comer.

Quando ele terminou de comer pediu a conta. caminhamos juntos pela calçada abarrotada naquele horário.

—Pode me deixar na casa de Sasha? Ele marcou um café com os netos, eu tinha me esquecido - Perguntei. Na verdade eu pretendia não ir, afinal não era muito chegada a estar com minha avó materna.

—Claro querida.

Parecia que um muro havia se erguido entre meu pai e eu, e as conversas que antes eram tão fáceis se tornaram difícil. ficamos em silêncio pelos quarenta minutos necessários para chegar ao condomínio dos meus avós maternos. Ele estacionou o carro na entrada e ficou em silêncio.

—Vou pegar um Uber para a casa da mamãe. - Falei antes que ele se preocupasse em oferecer uma carona de volta. -Não vou estragar sua noite com ela. -Tirei o cinto de segurança com um pouco de violência.

—Filha? - Ele me chamou baixou quando abri a porta. Fiquei parada no lugar sem olhar para ele. 

—Eu amo você. Nada, nem ninguém , nunca vai poder mudar isso.

Senti as lágrimas querendo transbordar do meus olhos. funguei.

—Você não tem motivo algum para se sentir assim. Eu, sua mãe, suas tias, seus avós… todos amamos muito você. 

comecei a chorar em silêncio, não iria me virar. 

—Isabella é uma boa pessoa. Dê uma chance a ela. Por mim.

Não me movi, não falei nada.

—Sabe que sempre será a minha monstrinha.

a risada saiu estranha da minha garganta por conta do choro.

—E se ela magoar o senhor? - Falei baixo, minha frase quebrando de modo estranho pelo choro.

—Ela não vai. Mas de qualquer jeito quando nos apaixonamos assumimos os ricos, e eu quero assumir todos os riscos com a Bella. Eu ficaria muito grato se  você desse a ela uma chance.

Sacudi a cabeça.

—Isso não é sobre mim, pai. Boa sorte. - Falei saltando do carro e entrando na casa dos meus avós sem olhar para trás. 

A mansão ridiculamente grande dos Danali não era meu lugar favorito no mundo. Era muito confortável, tinha empregados a cada corredor, mas parecia fria. E claro, minha avó, Sasha parecia sugar a alegria do ambiente onde estava. 

—O chá foi marcado para às quinze horas. - Sasha disse assim que a governanta da casa me anunciou. Estava vestida impecavelmente, e isso me lembrava que Tanya era filha dela.

—Meu pai me trouxe, se esperasse mais um pouco acabaria não vindo. - Me inclinei para beijar sua bochecha.

—Como da ultima vez? - Me olhou sagas.

—Desculpe, Sasha.

—Tudo bem, querida. Pode me ajudar com os preparativos.

Passei as próximas horas a espera dos meus primos; Magie, Paul, Sam. 

Sasha me obrigou a falar um pouco de Russo, só para reclamar do meu sotaque americano. Vamos lá, russo era um língua muito difícil também!

Maggie chegou primeiro, tinha dezoito anos, era miss alguma coisa e modelo. Havia um rincha não declarada entre nós. Maggie era filha de tia Irina e Laurent, Paul e Sam filhos de tia Kate.

Sam tinha vinte anos e estava na faculdade de medicina, era o orgulho da família. Paul dezenove anos e era o prometido para assumir a administração da empresa de medicamentos da família.

Sasha tendia a fazer comentários maldosos sobre Maggie e eu, por isso eu não frequentava muito sua casa, parecia que quando eu era criança eu tinha… feito algo que deixou meus pais muito assustados. E eles culpavam Sasha por causa dos seus comentários maldosos. Tia Rosalie que havia me dito isso de modo superficial.

—Então prima, soube que irá fotografar com a equipe do Dimitri. -Foi a primeira coisa que Paul disse assim que chegou.

—Vou sim. -Sorri. Gostava de Paul, ele era divertido.

—Outra modelo na família. -Sam sorriu.

—Uma mais magra pelo menos. -Sasha disse seria e completou; -Maggie querida, coma o outro bolo é sem glúten.

—Não tenho problemas com glúten. -Maggie disse. O cabelo crespo estava solto, fofo e rebelde. A maquiagem era leve, os lábios cheios com gloss. A pele negra parecia brilhar. Como Maggie conseguir ser tão… linda?

—precisa diminuir esse quadril, para manter a coroa de miss. -Sasha disse calma cortando uma fatia de bolo.

—Sasha, o meu corpo afro americano é o que colocou a coroa de miss na minha cabeça. -Maggie estava melhor, percebi. Os comentários maldosos sobre seu corpo costumava a fazê-la chorar. 

—Vovó, Maggie está linda. -Sam disse olhando para a prima e ela desviou o olhar envergonhada.

—Cuidados com o corpo nunca são demais. E você andou tomando sol? Está mais… morena. -Ela continuou.

As próximas cenas fizeram valer a pena eu ter vindo ali.

Maggie se levantou com fúria, sua cadeira caindo no chão fazendo um barulho alto. Duas empregadas que estavam paradas para nos servir arregalaram os olhos.

—Não querida vovó - ela enfatizou o vovó sabendo que Sasha odiava o adjetivo. -Se não percebeu, eu sou negra! Sou negra como o meu pai!

Sasha fechou os olhos. E eu meus primos olhavam de uma para a outra.

—Fruto das escolhas que sua mãe tomou para me afrontar.

—Quer saber Sasha? Meu pai tem razão, eu não preciso vir aqui. -Ela deu as costas e saiu pisando firme.

Um silêncio pesado caiu sobre nós, ninguém parecia saber o que dizer.

—Você acha que nós somos um erro também? -Sam disse. Ele é Paul eram irmãos de sangue, adotados. Nativos americanos.

—É claro que não querido. 

—Claro que sim. É uma preconceituosa de merda. -Paul se levantou fazendo barulho. 

—Pra mim já deu. -segui seu exemplo. A baixaria não tinha sido tão legal como pensei que poderia ser, não teve nada de engraçado naquilo.

Não tem nada de engraçado no preconceito, principalmente quando vem da sua família.

—Obrigada. -Disse a governanta quando ele me trouxe minha bolsa e me acompanhou até a porta. Eu iria esperar meu Uber lá fora.

Maggie já estava fazendo isso. Tinha o celular na mão e estava chorando.

—Chamou um Uber? -perguntei parando ao seu lado.

—Hã… sim.

—Sinto muito pelo o que Sasha disse. Você é linda. -Completei.

—Renesmee perfeita Cullen está dizendo que sou linda? -Ela sorriu enxugando as lágrimas. 

—Sempre te achei linda. Quando éramos pequenas eu queria fazer tranças no cabelo como as que você usava, mas nunca dava muito certo.

—Tia Tanya não sabia fazer?

—Tanya não sabia nem fazer um rabo de cavalo. -Fiz uma careta e ambos rimos.

—Também te acho linda. -Ela disse. -E…

— O que?

—Deixa pra lá.

—Sofro de ansiedade não pode deixar um assunto inacabado!

—Ok. Eu iria dizer que acho que está muito magra. Sei que Sasha é muito venenosa, e quando éramos crianças ela vivia pegando no seu pé sobre isso…

—Sério?

Aquilo me espantou. Não me lembrava.

—Não se lembra de Sasha implicando sobre você ter bochechas de "fofão?" 

—Não ..

—Ah... melhor assim. Eu queria me esquecer dela falando da minha bunda.

—Querida ter sua bunda.

Rimos de novo.

—Quer vir comigo pra casa da minha tia?

—Kate?

—Não mesmo, família paterna. É aniversário de uma prima.

—Onde?

—Brooklin.

—Nunca estive no Brooklin.

—Claro que esteve, nos meus aniversários. Quando você ia.

—Eu fui no seu aniversário de…

—Doze anos. 

—Você não me dava atenção, eu me sentia excluída lá. 

—Por que? 

Ela parecia realmente curiosa.

—Suas primas me chamavam de molho de salsinha com sardas. -Fiz cara feia lembrando do apelido. 

Maggie riu.

—Não achava que aquilo te ofenderia. Era errado. -Ela suspirou. -Que doidera, né? Um bando de meninas negras que sofriam com bullying e racismo, fazendo bullying na menina ruiva. Elas tinham inveja de você, como eu tinha.

—Você?! Porque teria inveja de mim Maggie?

—Por que você é branca. Por que você se parece com a sua mãe e com o que Sasha gosta. Eu queria ser aceita por essa família, Renesmee. Mas meu pai tem razão, eu não tenho que me esforçar para ser aceita.

Peguei o Uber com minha prima, falamos abertamente da nossa família. Me perguntei se eu estava ignorando todo aquele tempo o fato de Sasha ser racista. O racismo me dava asco! Todos aqueles anos eu invejando Maggie por ser quem ela era e ter o corpo que ela tinha, e ela fazendo o mesmo comigo.

Tia Irina ficou muito surpreso em me ver por ali, me tratou super bem e a família da minha prima também. As primas delas que um dia me olhavam torto, agora eram simpáticas e nós seguimos no Instagram a partir daquela noite. 

—Ei, seu aniversário é em algumas semanas! -tio Laurent disse. Estava mais velho, os longos dreads grisalhos aqui e ali. Dava um charme a mais nele.

—Sim, mais perto dos dezoito! -brinquei.

—Sua mãe disse que você não queria festas. -Tia Irina disse.

Dei de ombros. Eu não queria admitir, mas o término com Riley ainda me abalava um pouco. Na escola às 

Pessoas estavam comentando que ele havia me deixado pro que eu era virgem e eu não queria fazer uma festa com toda aquela gente me olhando.

—Pelo menos algo menor só para a família. Como pode ver sua família é grande.

—E é uma ótima oportunidade de todos conhecermos a namorada do seu pai. -Irina disse. Fiz uma careta.

—O que é dessa vez? Uma modelo? Médica? Teve aquela massagista…

—A massagista era um porre. - revirei os olhos.

—Quando você gostou de alguma namorada do seu pai? Lembro que quando você tinha dez anos, colocou água oxigenada no shampoo da Daniela Miller! -Ela riu.

Estremeci com a lembrança 

Daniela Miller era um pesadelo em forma de mulher. Ela vivia dizendo que quando se casasse com meu pai iria me mandar para um colégio interno na Europa.

—Ela mereceu. -Resmunguei. 

—Seu pai ficou uma fera. -Tio Laurent disse.

—Daniela me chamou de "peste dos demônios"! E contou que eu tinha que ir para um colégio interno. Então ele terminou ela.

Concluí o desfecho da história feliz. Quando se é criança é mais fácil se livrar das namoradas indesejadas do meu pai.

Mas aquela ideia de uma festa era boa. Podia ser na casa do meu pai, minha mãe estaria lá, tiramos fotos de família como todos os anos! Talvez isso magoasse a tal Isabella de alguma forma de ela desse o fora!

Isso!

—Quer saber tia? Vou dar uma festa sim e todos estão convidados!

 

...

 

Isabella.

 

Rosalie -É o seu aniversário! Eu contei a Alice e ela ficou muito empolgada!

 

Respirei fundo pensando em como dispensar Rosalie da ideia de fazer uma festa de aniversário para mim. 

Mordi o lábio pensando em uma saída.

—Hum… esse jeito de morder os lábios. O que está pensando? -Edward brincou. Estávamos jogados no sofá, ele completamente nu e eu vestida apenas uma camisa dele. 

—Rosalie quer comemorar meu aniversário. -contei.

—Isso é ótimo. Alice ama festa. -Ele disse com uma careta e entendi que tinha uma lembrança nada agradável de infância.

—Vamos, me conte. -Pedi cutucando seu peito com meu pé. Ele pegou mordendo meu dedão.

—Ei!

—É algo idiota que me deixava puto na infância. Sabe que Rosalie é a mais velha, mas Alice nasceu logo depois. E então eu.

—Sim…- O incentivei.

—Elas me vestia de menina. Piorou quando mamãe comprou fantasias das meninas super poderosas.

Aimeudeus eu e minhas amigas também!

—Bella, eu era o caçula. Fui usado pelas minhas irmãs.

—Pobrezinho. -toquei seu rosto com o pé.-Vamos me diga: qual era você?

—A lindinha. -Resmungou.

—Combina com você.

—Bella!

Ri. Me virei no sofá, ficando por cima dele, uma perna de cada lado.

—Sinto muito pelo seu trauma amor. Quanto tempo durou?

—Até uns sete anos mais ou menos.

—O que isso tem a ver com Alice gostar de festas?

—Eu era meio bobo, e quando elas tinham aniversários das amigas para ir eu queria ir também. Alice dizia que eu só poderia ir se fosse como menina.

Prendi a risada de novo.

—Voltando ao assunto… -Ele revirou os olhos, me puxando com força de encontro ao seu membro me deixando pronta de novo. -Acho ótimo a festa de aniversário.

—Estou muito perto dos trinta. -Reclamei.

—Estou dentro deles, não é tão ruim. Agora…-ele se mexeu debaixo de mim, provocando um gemido. -Quero estar dentro de você.

—Não é um trocadilho tão ruim. -elogiei me inclinando para beijá-lo. Queria permanecer daquele jeito para sempre; apenas Edward e eu, poucas roupas ou roupa nenhuma. Comer, amar, dormir. 

Era o paraíso na terra.

Nosso paraíso.

 

Eu: Tudo bem, Rose. Vou chamar meus pais para cá.

 

Rosalie: Ótimo! Família reunida, vou contar a Alice.

 

Rosalie: Aliás, você deveria sair com a gente. Edward te mantém presa nessa casa?

 

Eu: Sou uma prisioneira bem disposta.

 

Rosalie: Sua pervertida! Vou passar aí as sete, hoje. Esteja pronta.

 

Eu queria recusar, mas ela tinha razão. Eu estava há dias sem sair da casa de Edward. Em minha defesa usei boa parte do tempo para trabalhar na continuação do livro. Ângela estava até muito feliz comigo.

—Vou sair com suas irmãs. -Comuniquei a Edward. Ele estava no estúdio, ao piano.

—Isso é bom, acho que vou ficar muito tempo aqui.

—Tudo bem então?

—Claro amor. Divirta se com as meninas. Acho que Alice vai querer ouvir o Jasper hoje.

—Sobre isso… Renesmee comentou algo.

—Alice tem uma queda por Jasper. -Ele fez uma careta. Me aproximei dele na baqueta junto ao piano. Ele apoiou as mãos nas laterais do meu quadril.

—E ele… -Tentei.

—Eu não sei. -Deu de ombros.

—Talvez eu possa descobrir.

—Vai lá garota cupido. - ele disse beijando meu estômago.

 

Coloquei uma calça jeans justa, scarpin e um body com as costas de fora. A maquiagem suave, deixando o destaque para os lábios na cor vermelha e… pronto, uma noite de garotas aí vou eu!

Rosalie chegou para me buscar às sete em ponto, e vi Alice atravessar a rua vindo da casa dos pais com um tubinho preto cheio de brilho.

—Olá vizinha! -Ela acenou para mim atravessando a rua. -Edward a mantém como a prisioneira nesta casa!

—Ou eu que o mantenho. -retruque.

—Esqueça os meninos, essa noite é toda nossa!- Rosalie ordenou ao volante. Alice sentou na frente e me acomodei atrás.

—Vamos a intense porque hoje… -Alice começou.

—Jasper vai estar lá. -Rosalie completou revirando os olhos para mim através do retrovisor.

—Ele é ótimo, Rose!

—Ele é gostoso isso sim! Você devia dar logo para ele e parar com isso.

—Rosalie!

—Alguém precisa te dizer a verdade. Você quer ele? - Alice assentiu. -Então assuma o controle e vá pegar o que é seu!

 

Andar com Rosalie e Alice pelas ruas de Nova York era… incrível. Elas tinham uma sintonia e magnetismo invejável! E me vi mais uma vez querendo ter irmãs.

—Eu queria muito ter uma irmã. -Reclamei na entrada da boate. 

—Por que alguém sã iria querer isso? -Rosalie revirou os olhos. -Você tem que dividir tudo! E depois a pessoa pega suas coisas sem pedir! 

—Ou rouba seus namorados na maior cara de pau! 

—Ei… não tenho culpa se os garotos preferiam a mim! 

Elas riram mostrando que era tudo brincadeira. 

—Edward me contou que vocês o vestiam de menina. 

—Nossa lindinha! -Elas disseram juntas.

Queria que Angela estivesse ali, ela teria amado as duas. Logo, pensei. Se fossemos mesmo fazer uma festa no meu aniversário ela com toda certeza iria aparecer.

O lugares tava lotado, a música eletrônica era alta. Rosalie nós guiou para uma parte que parecia mais reservada, próximo ao palco ainda assim. Haviam seguranças lá guardando a entrada. Eles nos deixaram passar imediatamente.

—Conheço o dono. -Me explicou.

—Já deu pra ele. -Alice gritou do outro lado e Rosalie riu. -Éramos tão jovens! Ahhh meus quinze anos. -Disse sonhadora.

As duas começaram a beber drinks, eu preferi me abster do álcool. Com Rosalie bebendo sobraria para eu dirigir.

Conheci algumas amigas de Alice da companhia de balé, não me lembrava dos nomes, mas conseguia manter uma conversa animada com elas.

Então essa era a vida na cidade grande. Festa, bebidas e amigas. 

Eu podia me acostumar com isso.

Jasper subiu ao palco para comandar a noite, e Alice gritou como uma Tiete. Reparei que ele olhava bastante para a nossa área o tempo todo. Ele devia estar tão a fim dela quanto ela dele.

—Onde fica o banheiro? -Gritei para Rosalie. Ela me indicou uma saída mais a frente. 

—Quer companhia?

—Não precisa, já volto!

Segui através dos corpos dançantes a minha volta, balançando o meu próprio no ritmo da música. Assim que sai do mar de gente, o corredor mais livre respirei fundo. E congelei no lugar. Aquela cabeleira ruiva só podia pertencer a uma pessoa. 

Renesmee.

Eu não sabia como uma adolescente de dezesseis anos podia entrar naquele lugar, mas ali, de costas para mim, usando um micro short de couro, meia calça arrastão, all star de cano alto e um corpete, estava Renesmee. Com um rapaz aos beijos. 

Um beijo nada recatado, diga-se de passagem. Parecia que ele queria devorá-la.

Como eles não me notaram, me escondi atrás de um grande arranjo de flores, eu podia ouvir o beijo ainda assim, muito melado.

Eu devia cair fora, mas precisava mesmo fazer xixi.

O que faria?

—Riley… menos. Nós não estamos bem. -Ela disse.

—Que isso Ness?! Você me quer. Sei disso.

—Não muda o que você fez!

—Não muda o que você me fez fazer!

—Tá vendo? Você continua um babaca! Eu vou embora!

Ela deu as costas a ele, o cabelo voando no rosto do rapaz. Ele a pegou pelo braço.

—hey… não. Desculpa. Eu… eu fui um idiota. Antes com todo o lace da Vick. E agora. Me desculpa.

 

Eu quis vomitar. Eu não sabia quem era Vick mas conhecia o tom usado pelo tal Riley e a frase me era familiar. É o tipo de coisa que seu namorado fala quando te trai e quer que você se sinta culpada sobre isso.

Foi o que aconteceu entre Mike e eu algumas vezes.

—Você me traiu com ela! Eu confiava eu você! Eu gostava de você!

 

Touch.

 

—Eu estava com muita pressão. Todo o lance da candidatura do meu pai a prefeitura, depois pressão para a faculdade… um cara tem que se aliviar, Nessie.

 

OHHHH. Aliviar?

 

Por favor, o cara queria sexo, Renesmee não deu e ele foi buscar em outra cama? E estava jogando a culpa disso nela? 

Era inacreditável! As histórias são as mesmas, meninas! Só mudam de endereço.

 

Controlei a vontade de me fazer presente e continuei ouvindo como a boa filha de Renée que eu era.

Não podia me meter sem saber como Renesmee se sentia sobre isso, poderia piorar tudo.

 

—Eu… não estava pronta. Não gosto de ser pressionada. -Ela falou mais baixo e por pouco eu não ouvi. A forte e temperamental Renesmee Cullen tinha sido reduzida ao que ela era de verdade: uma menina de dezeseis anos. Grande demais para ser menina, nem tanto para ser uma mulher.

—O lance com a Vick acabou, Ness. Vamos voltar a ser eu e você? Seria perfeito. Até meu pai iria amar. Você é a norinha dele, sabe disso.

—Riley…

—Vamos para o meu apartamento. É novinho, você não conhece. Vamos Estreá-lo juntos, voltar em grande estilo.

—Eu não sei…

A voz dela tremeu e senti meu coração acelerado.

Ok, eu podia tomar um fora épico dela e a fazer me odiar ainda mais, contudo não podia permitir que aquele moleque a fizesse de boba.

—Renesmee, finalmente te achei!

Me fiz presente. 


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Notas finais do capítulo

O que falar da matriarca da familia Danali? ;x
Edward e Bella vivendo como se o mundo lá fora não existisse >vejo voces no comentários, ou whatsapp tbm, IG pensamentosdathayy ou meu tt tbm @missthayy.
vem bater papo kkkk bjs