A Namorada Do Papai escrita por Thay Paixão


Capítulo 32
A surpresa de Natal


Notas iniciais do capítulo

Tem alguém ai? Voltei! Eu sei que foram quase dois meses! Vou usar Midnight Sun como desculpa ok?! Quem já leu?! Eu fiquei tão imersa no livro! Perfeito demais!
Espero que gostem do capitulo, foi feito com muito amor e pedido de desculpa a vocês.
boa leitura ♥



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Renesmee.

 

—Você vai mesmo ficar bem com isso? - perguntei mais uma vez.

Tanya, ocupada em levar ao formo alguma coisa que estava cozinhando para um evento na igreja de Sasha resmungou algo que não entendi.

—Sim, filha. Não tem problema você ir passar o feriado de natal com seu pai e Bella nessa cidade… como é mesmo o nome?

—Forks.

—Isso, Forks. - Ela fechou a tampa do forno, se virou para mim, o rosto corado, os olho brilhantes. - Pode ir, se diverta, se comporte. Não se esqueça de tomar seus remédios.

—Tudo bem… - respondi de forma vaga.

Tanya tinha decidido morar com Sasha, toda a família tinha ficado surpresa em doses diferentes com essa atitude, mas não tinham dito nada.

Tudo pareciam muito tranquilo desde então, nenhuma reclamação ou gritos quando eu ia visitá-las.

Eu, que tinha me mudado em definitivo para a casa do meu pai.

—Você deveria vir à igreja qualquer dia, o grupo jovem de lá é ótimo, meninas muito simpáticas e…

—Com certeza, qualquer dia desses. - falei para ela não começar a enaltecer demais a igreja que estava frequentando com vovó. 

Me arrependi na hora, porque pelo seu olhar e sorriso, ela iria cobrar esse dia.

—Então, vou me despedir de Sasha… vovó. Alec deve chegar aqui a qualquer momento.

—E o que vocês irão fazer nesse dia frio de dezembro, mesmo?

—Vamos ao shopping comprar presentes de Natal, só isso. - Revirei os olhos. Alec tinha pedido a minha ajuda para as compras de natal, algo que eu tinha aceitado com muita empolgação e o coração aos pulos.

—Só isso?

—Mãe… não tem nada rolando, eu teria te dito. - Acho que ela tinha pegado pelo meu tom que eu mesma não estava satisfeita por não ter ‘’nada rolando’’.

—Acha que ele gosta de você?

—Tenho certeza. - Respondi com confiança. - Mas depois daquele jantar no meu quarta no hospital e o ‘’vamos devagar’’, parece que na verdade estacionamos no patamar amizade e vivemos confortavelmente lá desde então.

A frustração era pautada  em cada frase.

—Ah, bebê. O que eu posso fazer? - Ela veio para perto de mim, me abraçando pelos ombros.

—Apenas não me envergonhe perto dele, nada de ‘’leve minha menina cedo para casa’’, nada disso, porque não estamos em um encontro. 

—Prometo. - Ela se afastou um pouco para beijar nossos dedos cruzados e eu tive que rir um pouco.

—Vou me despedir de Sasha.

Dei um beijo em seu rosto, as demonstrações de carinho estavam cada vez mais fáceis entre nós.

Era incrível como o clima dos moradores de uma casa poderia afetar o ambiente. Agora que minha avó parecia mais… se não feliz, tranquila, e Tanya e ela vinham se dando bem, a grande mansão dos Danali era um ambiente mais harmonioso de se estar.

O quarto da minha avó não era mais no andar de cima, ela estava muito debilidade para subir e descer as escadas, agora elas tinham adaptado a sala de música, onde antes havia um lindo piano de cauda, para ser o quarto dela. 

Respirei fundo antes de entrar, ver Sasha cada vez mais debilitada era um golpe.

As cortinas estavam abertas de modo que a claridade pálida do dia de neve entrava pelas janelas. Na grande cama, parecendo cada vez menor, Sasha lia um livro… a bíblia.  Ela levantou os olhos da leitura e me notou. Um lenço elegante na cabeça em tom dourado.

—Ei vovó. - Agora ela exigia que seus netos a chamassem de ‘’vovó’’.

—Oi querida. Entre, sente-se aqui. - Ela deu tapinhas fracos ao lado da cama.

—Só vim me despedir, já estou de saída.

—Ah é uma pena, Tanya fica muito feliz quando você vem. -Ela pegou as minhas mãos nas suas. Pareciam frias para mim.

—Não está com frio? Esse aquecedor está ligado? -Perguntei embora estivesse quente e aconchegante para mim ali dentro.

—Não se preocupe com isso, para uma velha como eu, sempre está muito frio. - apesar das palavras dela, esfreguei minhas mãos nas suas para tentar aquecê-las.

—Vim conversar com Ta...com a mamãe, por que não vou passar o natal com vocês.  -O rosto dela demonstrou uma tristeza genuína e inocente.

—Vai ficar com a família do seu pai? Mas pode vir para o almoço do dia vinte e cinco?

—Não, vou viajar com  papai e Bella, para a casa dos pais dela, é numa cidade pequena chamada Forks. 

—Ah que pena querida. Mas divirta-se bastante lá. 

Assenti para ela.

—Só verei a senhora no ano que vem, então feliz Natal e feliz ano novo. - Me inclinei para abraçá-la com cuidado.

—Tanya está preparando comida para levar para a igreja. - comentei. 

—Sim, ela está se envolvendo bem com as programações, espero que venha a conhecer Jesus.

Um parte minha queria perguntar se ele era um bom partido, mas deixei passar a piada. Contudo os olhos brilhantes de Sasha pareciam ter ouvido meus pensamentos.

—Você sabe, um dia Jesus irá buscar a sua noiva.

Então, eu ri sem entender nada. 

 -Espero que a minha mãe encontre alguém bacana nessa igreja se for o caso, ela merece. -Ouvi uma buzina.

—É a minha carona, vovó. -Beijei o seu rosto.

—Cuide-se, criança. 

Saí do quarto uma sensação estranha de vazio e alegria, sentimentos muito conflitante. Um nó se formava em minha garganta e eu quis voltar e passar mais um tempo com Sasha, contudo continuei pelas escadas, acenei para Tanya na cozinha e saí para a dia frio ao encontro de Alec. 

Abri a porta do carro como se fosse a coisa mais comum do mundo ele me buscar onde eu estivesse.

Tirei o gorro que trazia na cabeça.

—Deve estar uns três graus negativo, é sério. -Foi a primeira coisa que disse a ele.

—Acabo de ouvir no rádio que está apenas sete graus. -Ele me contradissesse sorrindo.

—Sete? Com sensação de menos três. 

—Você é muito frienta, sabe disso.

—Sei. Deveríamos passar o Natal em algum lugar quente, com roupas leves.

—Podemos passar no Brasil no ano que vem, lá é verão nessa época do ano.

—Ótimo. - concordei rapido, sentido meu coração disparar com aquela marcação ‘’passar o natal do ano que vem juntos.”

—Como foi com a sua mãe? -Ele estava dirigindo mais devagar por conta da neve na estrada.

—Ela parecia muito bem com isso. Não de uma maneira ‘’vou me livrar de você no feriado’’ e sim ‘’que bom, divirta-se’’.

—Isso é bom. - Ele riu.

—Alguma ideia do que quer comprar para Jane?

—Eu estava pensando em dar o berço do… ei que cara é essa?

—Não pode dar a Jane de natal, algo para o bebê. Tem que ser algo para ela, se ainda quiser presentear o bebê tudo bem, mas tem que dar algo exclusivo para ela também.

Alec retorceu os lábios. 

—Um vestido?

—Talvez. - respondi sem muita confiança. Jane já tinha me passado que queria uma gargantilha de ouro e eu deveria colocar Alec na direção certa. -Temos tempo para achar o presente perfeito.

O shopping estava ridiculamente lotado. Tivemos rodar por horas no estacionamento até achar uma vaga.

—Não foram horas, Nessie. Cinco minutos no máximo. - Alec riu quando me queixei já dentro do Shopping.

—Perdemos muito tempo lá fora. - Cruzei os braços acima da barriga, sabendo que meus lábios tinham se projetado em um biquinho.

Alec bem humorado puxou meu braço direto, desfazendo o laço e segurou minha mão me puxando para uma vitrine.

—Podemos já comprar algo para o meu sobrinho? - Ele apontou para o manequim de bebê com um macacão todo fofo azul escuro e um gorro.

—Sobrinho? Sua irmã sabe que já decidiu o sexo do bebê dela?

—Ainda não, mas o meu palpite é forte e sempre acerto. Sempre sei se uma mulher terá um filho ou uma filha, mesmo antes dela engravidar.

—Essa é boa. - Ri.

—É verdade! Sua tia Rosalie, ela espera uma menina. 

—Sempre a achei com cara de ‘’mãe de menino’’. -Confessei. Parecíamos presos em nossa discussão, parado na vitrina da loja de bebê.

—Talvez ela tenha um menino outra hora, mas dessa vez é menina. 

—Então, se você pode saber isso só de olhar, mesmo se a mulher não estiver grávida… Bella. 

—Fácil. Ela vai engravidar de gêmeos. Um casal. Depois terá pelo menos mais duas gravidez.

—Vou anotar tudo sobre esse dia, para quando minha madrasta tiver um lindo menino, uma miniatura do meu pai, e esse ser o único filho deles, para eu poder jogar na sua cara. 

Alec bufou e me puxou para o outro lado, agora entrelaçou os dedos no meus.

—Já que sabe o sexo da prole das pessoas, o que diz de mim? -Perguntei, porque com toda certeza ele queria que eu perguntasse isso.

Alec coçou o queixo, a barba bem feita e curta que tinha ali. Dava a ele um ar mais maduro. Eu tentava me controlar para não passar as unhas ali.

—É difícil dizer…

—Ah não…

Me afastei dele andando, ele jogou um braço pelos meus ombros, acompanhando meu ritmo facilmente.

—Não é difícil por você. É por mim.

—Hã?

Alec respirou fundo.

—Tudo bem, quando olho para você, vejo um menino. Mas isso entra em conflito com o que eu vejo para mim, uma menininha, a sua cópia perfeita. 

Estanquei no lugar.

Acho que meu coração parou de bater.

—Respire, Renesmee. - Ele disse divertido.

—Hã… acho que eu não entendi.

—Parece que caso você queria ter filhos, quando tiver terá um menino primeiro. Mas quando eu me imagino pai, com nossos filhos, eu imagino uma menina linda como você.

Tínhamos parado de andar de novo, as pessoas ávidas em busca de seus presentes tentavam desviar de nós.

—Volte a respirar, Renesmee.

puxei uma golfada de ar.

—Hã… isso é… inesperado. E intenso. Mas aposto que você diz isso para todas, têm jeitos mais simples de se paquerar, Volturi. - falei nervosa.

Alec parecia meio sem graça. 

—Claro. Acha que Jane gostaria de uma joia? Uma pulseira ou...

—Seria perfeito! - Concordei feliz com a mudança de assunto. 

 

Viajar com meu pai e sua namorada não foi o evento mais traumático da minha vida. Eles até que sabiam se comportar e não me mataram de vergonha com aquelas coisas melosas de casal.

—Achei muito legal você comprar presentes para os meus pais. - Bella sussurrou para mim no avião, evitando acordar meu pai. Eu achava aquilo desnecessário, pelo jeito que Edward dormia era provável que o avião caísse ele acordasse no céu achando que chegamos ao destino.

—Manual básico de boa convivência, quando você vai passar alguns dias como hóspede de alguém, o melhor é levar presentes, ser muito educada, elogiosa, e o mais importante; não ficar mais de cinco dias. Cinco dias em casos raros, quando a pessoa realmente mora longe. O ideal é sempre três.

Bella franziu a testa.

—Onde aprendeu isso?

—Visitantes parentes na Rússia. - Dei de ombros.

—Vou lembrar dessas dicas. - sussurrou. Estávamos inclinadas uma na direção da outra no corredor da primeira classe.

—Posso sentar com você? - perguntou.

—Vem. - Me ajeitei para dar espaço a ela no amplo assento. Dividimos a coberta. 

—Por um momento achei que Alec fosse vir conosco.

Tentei disfarçar meu choque.

—Por que pensou isso? -Perguntei.

—Sei lá… - ela franziu os lábios e piscou várias vezes. - Quando vocês saíram para as compras de Natal, talvez. Aquilo pareceu muito sério. 

—Saímos como amigos, eu precisava garantir que Jane iria receber o que queria de Natal, nada demais.

—E só a amizade está OK para você? - quis saber.

Foi a minha vez de franzir os lábios. 

—Eu não sei. Às vezes parece que tem algo mais, só que… eu realmente não sei.

—Deveria perguntar a ele. - Ela disse assentindo.

—Perguntar o que exatamente?

—O que vocês são, como está a relação de vocês, essas coisas.

—Parece direto demais. -Objetei.

—Você pode mandar apenas uma mensagem, estamos num voo mesmo que ele responda você não irá ver.  É o bom de se estar longe. 

—Que coisa mais adolescente Bella! - Falei um pouco alto de mais. 

—-Shi… - ela disse rindo aos sussurrou. - Vocês fazem um casal muito bonito, odiaria que não ficassem juntos porque não conseguem se expressar claramente. Aproveite a distância, manda uma mensagem e espere a resposta e o melhor; só veja quando estiver pronta. 

Colocamos o filme Dirty Dancing, mas acabei pegando no sono antes da dança final.

Por algum motivo bizarro Forks conseguia ser mais fria do que Nova York naquela época do ano. Eu tentava imaginar a cidade de baixo de toda aquela camada de neve.

—Tem certa beleza. - Falei do banco de trás do carro alugado.

 

—É muito linda, digna do Natal. Olha essa neve! 

Meu pai parecia um menino feliz.

—Esse cenário aqui é muito comum, já chegou a nevar em junho. - Bella se virou com uma cara de horror para mim.

—Pelo menos em Nova York nós temos verão. - ri.

Passamos pela área central da cidade, onde haviam pessoas indo e vindo, na certa juntando o que faltava para seu jantar de ceia amanhã, poderia ser impressão minha, mas parecia que as cabeças se viravam com curiosidade para o carro.

—Gente fofoqueira. - Bella resmungou como se eu tivesse dito algo em voz alta. 

—Um carro estranho passando pela cidade, só isso. - Meu pai parecia completamente relaxado e feliz. Sorria para mim pelo retrovisor do carro, pegava a mão de Bella beijava seus dedos. 

Era um dia feliz mesmo.

Bella foi guiando o caminho até mandá-lo parar em frente a uma casa pequena de dois andares, lindamente decorada para as festividades. Tinha, literalmente uma rena toda decorada com luzes pisca pisca no caminho que levava a escada para a porta.

—Seus pais são animados em. - Brinquei.

—Devem ter se empolgado porque eu disse que traria vocês, isso com toda certeza não acontece. - Não tinha como duvidar do seu tom chocado. 

Meu pai estacionou atrás da viatura policial quase submersa na neve.

—Vai ser um Natal diferente… - Bella murmurou retirando o cinto de segurança, abriu a porta e saiu para a neve. Segui o seu exemplo. -Eu não consigo imaginar Charlie e Renée fazendo isso…

Meu pai deu a volta no carro e se postou ao lado dela, a abraçando de um lado. Parei do outro lado dele. 

—Bem-vindos a Forks. - Bella me olhando com expectativa.

—Bells! Eu disse que eram eles, Renée! - Pela porta aberta saiu um Charlie de blusa de lã vermelha com uma cara enorme de papai noel estampada. Ele desceu as escadas rápido com habilidade já acostumado com as escadas escorregadias, com certeza. Abraçou a filha com força, trocou um aperto de mãos com meu pai e uns tapinhas nas costas, me abraçou com carinho e beijou meu gorro.

Renée apareceu a porta, também usava um casaco de lã vermelho, com uma árvore de natal bordada, o rosto vermelho e um sorriso imenso.

—Estavamos esperando vocês! - Ela dançou até nós e pegou meu pai em um abraço e então eu e por último a filha. 

—O que significa tudo isso? - Bella apontou a casa, toda decorada.

—É por que você ainda viu lá dentro! Seu amigo trouxe tudo isso, e seu pai e eu ajudamos ele a decorar. Coitadinho, ele ama o Natal, e os pais estão sendo tão… cabeça dura com ele! - Renée tinha um ultraje um tanto infantil na voz.

—Hã… ele já chegou? - Bella parecia surpresa e sem graça. Olhou para papai como se pedisse desculpas.

Ele a olhou com uma pergunta clara nos olhos e uma comunicação silenciosa passou por eles, e meu pai pareceu entender quem era o ‘’amigo’’.

Antes que eu pedisse que me incluíssem na conversa, ninguém menos que James Connor apareceu a porta, também de suéter vermelho, calças de moletom verde musgo e lindas pantufas de rena.

—Pensei que vocês chegariam depois do papai noel! Venham, saiam do frio, os biscoitos estão prontos! - Ele gritou com as mãos no quadril.

—Ah James não é um amor? Você fez ótimos amigos, Bella. - Renée disse a filha.

—Vamos crianças, deixe que Edward e eu levamos as malas. -Charlie nos indicou a porta.

—Não sabia que você tinha convidado o James. - Sussurrei para Bella.

—Eu não pensei que ele fosse vir! Era mais uma… sugestão, um convite que você não espera realmente que a pessoa aceite! E ele não disse que viria!-Ela sublinhou para mim, para que Renée não ouvisse.

—Acho que o feriado acaba de ficar mais interessante. - Ri.

A casa dos Swan parecia ter saído de um filme de natal; enfeitada por fora e por dentro, quente e aconchegante. E pequena. Eu não estava acostumada a casas tão pequenas. no hall da entrada damos de cara com a escada para o segundo andar, do meu lado esquerdo o cômodo da cozinha, do direito uma sala de tv, seguido de uma sala de jantar. E era isso.

Eu esperava que houvessem quartos mais espaçosos no andar de cima. 

James, na cozinha pintada de amarelo brilhante -era como ter um sol ali dentro- retirava do forno uma forma de biscoitos natalinos.

—Espero que estejam com fome! É a receita secreta da vovó Connor. - Seus olhos brilhavam de uma alegria infantil. O cheiro estava ótimo.

—Aposto que está ótimo, você pôs muito amor neles. - Renée disse apertando seus ombros.

—Obrigada, senhora Swan.

—Ah, nada de senhora, já falei. Apenas Renée.

Bella olhava tudo com um misto de estranheza e graça. 

—Posso? - estendi a mão para forma.

—Por favor! Se estiver ruim não comente. - James disse para mim. 

—Não seja bobo, James.

Renée realmente parecia encantada com o músico. Peguei um biscoito em forma de estrela, uma estrela de Davi perfeita.

—Hum… deliciosa, James! - Falei de boca cheia.

—Que bom que gostou.

—Ah! Deixa eu explicar a Charlie e Edward onde colocar as coisas…  -Renée atarefada.

—O único lugar que tem para deixar as coisas é no meu quarto. - Bella revirou os olhos. - Está aqui desde quando James?

—No dia seguinte que falei com você. - Ele mantém a atenção nos biscoitos, retirando da forma e colocando em um prato. 

—E os seus pais? - Ela perguntou de forma mais delicada.

—Não quero saber deles. - Ele levantou o rosto. - Não preciso deles. 

—Mas é claro que os quer em sua vida. É normal, não se culpe, não se cobre. Dê tempo ao tempo.

James sorriu um pouco. 

—Você faz biscoitos muito bons. - Elogiei de novo para quebrar a clima meio deprimido.

—E a decoração está perfeita! Essa casa nunca esteve tão linda! - Bella se precipitou para abraçá-lo.

—É claro que vocês vão ficar em nosso quarto, não discuta. -Renée falava entrando na cozinha com meu pai em seu encalço.

—Não podemos tirar vocês do quarto de vocês! Isso é errado e Bella concorda comigo. - Ele olhou para Bella pedindo ajuda.

—O que foi? - Ela disse.

—Seus pais querem ceder o quarto para a gente. 

—Não mesmo mãe, podemos ficar no meu quarto. 

—Mas onde o James vai ficar? - Ela parecia horrorizada. - Ele já está instalado no seu quarto.

—Não se preocupe comigo eu fico na sala. - Ele disse tranquilo.

—Querido… um convidado…

—Deixe que eles se resolvam, Renée, são jovens. - Charlie deu a palavra final.

Dessa forma o senhor Swan pôs fim a discussão sobre quem dorme ontem, e eu terminei dividindo a cama com a Bella, e meu pai no chão.

—E foi aqui que você teve a ideia para os personagens? - Sussurrei para ela na cama, não queria acordar meu pai.

—Alguns sim, outros na escola, no quintal de casa…

—É muito bom ter minha autora favorita por perto. - Confessei, agora era mais fácil. Bella era permanente, e isso não tirava o meu espaço na família, muito menos na vida do meu pai.

—Gosto da nossa amizade. - Ela disse. - Em pensar que quase desisti do seu pai por sua causa.

Rimos aos sussurros.

—Eu quase consegui, não é mesmo? - Brinquei - Mas seria horrível. Porque é claro que ele é louco por você, e qualquer outra pessoa seria tão inadequada para ele…

—Com exceção da sua mãe. - Pelo jeito como ela disse aquilo, parecia que era algo que ainda a incomodava.

—Não pense em Edward e Tanya juntos como um casal, eu não penso mais nisso. - Poderia ser uma pequena mentira, mas ela não precisava mais ter esse tipo de medo.

—Fico feliz por ter vindo conosco.

—Eu realmente gostei dos seus pais. Depois de tudo o que aconteceu, acho que um Natal diferente era tudo o que precisava.

—Mesmo que fosse um Natal longe de Alec?

Suspirei.

—Eu realmente não sei muito sobre mim e Alec. 

—Ele gosta de você. Talvez só esteja com medo de um dar passo importante depois de tudo o que você passou.

—Pode ter razão, mas se ele for tão lento… - fiz uma careta.

—Seja direta você. - Ela tocou meu nariz com o indicador.

—Não mesmo, ele deve correr atrás de mim.

—Você é impossível. - Ela riu aos sussurros. Papai deu um suspiro alto, nós duas nos viramos na direção dele, com medo de termos perturbando seu sono, mas ele continuava a dormir.

—É impossível ir lá fora com toda essa neve. - Reclamei. Tínhamos acabada de tomar café da manhã e a mãe de Bella teve a ideia genial de querer nos levar para o mercado da cidade.

—É só um pouco de neve, levamos a viatura do Charlie. - Renée piscou como se andar de viatura fosse um sonho. 

—Preciso mesmo passar na delegacia, posso deixar vocês lá. - Charlie gritou da sala.

—Você prometeu que estaria de folga! - Renée gemeu, caminhou pisando duro para o outro cômodo onde estava o marido. 

Bella suspirou.

—Eles são sempre assim. - Disse para ninguém em especial.- James, você devia ter convencido a minha mãe a fazer as compras da ceia antes, o supermercado vai estar cheio a essa hora.

—Desculpe, ela queria tanto fazer as compras com você aqui, que nem tive argumento. -Ela piscou de forma inocente para minha madrasta.

—Talvez ela só queria um momento mãe-e-filha. -Dei de ombros. - Vão comer mais? 

Papai, Bella e James negaram. Retirei meu prato junto com os deles. Foi natural me colocar diante da pia e começar a lavar a louça. 

Papai assobiou.

—Acho que o ar de Forks, mas estou mesmo vendo a minha filha lavando a louça a mão? Não a colocando na máquina, mas literalmente levando?

—Hahá, pode rir, mas minhas mãos não vão cair se eu fizer isso. 

—Fico feliz que você tenha aprendido isso, filha. 

—Tudo resolvido. - Renée voltou a cozinha com seu bom humor barulhento. 

James insistiu em ficar na casa e temperar o Peru (uma das poucas coisas que foram compras com antecedência) E meu pai, disse que seria triste perder o passeio das compras, mas ficaria para dar auxílio ao James. 

Ele apenas não queria se lançar no mar de desesperados para os ingredientes da ceia natalina.

—Seu pai é um espertinho. -Bella sussurrou para mim no banco de trás da viatura mostrando que tinha pensado o mesmo que eu daquela situação.

—Ah Charlie, nós devíamos ter dado uma irmã a Bella. 

—Lá vamos nós… - Bella disse, mas Renée não pareceu ouvir.

—Fizemos um ótimo trabalho com Bella, Renée. Ela ama ser filha única.

 Bella rolou os olhos.

—Eu não sei, imagina quando estivermos velhos, ela não vai ter com quem dividir a responsabilidade.

—Deixo vocês em um asilo.

—Você não seria capaz. - A resposta de Renée veio de forma tranquila, ela tinha certeza.

—Não, eu não seria. - Bella sussurra para mim.

Parecia que tudo de mais importante, quero dizer, o centro de Forks, está na rodovia. Charlie nos deixou em um supermercado, que não parecia tão super assim.

Bella e eu tivemos que decidir no par ou ímpar quem ficaria guiando o carrinho e graças aos céus eu ganhei. Vagar pelo mercado sem um carrinho era estranho.

—Você ajuda sua mãe nas compras. - Falei. Bella tinha me contato que a mãe poderia ser meio imprevisível na cozinha, com uma ideia nova a cada momento, e suas misturas nem sempre eram comestíveis. Parecia que ela estava no tradição e confortável hoje. Bella a ajudou pegando ingredientes e eu fiquei feliz em seguir as duas pelo ‘’supermercado’’ de Forks. Aproveitei a deixa para pegar meu celular que eu ainda não tinha ligado a internet ou conectado ao wifi da casa dos Swan. 

Eu tinha seguido o conselho da minha brilhante madrasta e mandado uma mensagem a Alec no avião, enquanto ela dormia e eu tinha acordado.

Eu coloquei tudo pra fora, desativei o chip e não tive coragem de ativá-lo desde então. 

Fiquei parada no corredor de massas olhando para o aparelho, ainda com carga sem acesso a rede de internet. Como os aplicativos consomem bateria!

Foco, Renesmee.

Eu poderia ligar meus dados moveis e ver se Alec tinha visualizado a mensagem, ou até mesmo respondido.

Ele não seria rude, de jeito nenhum. Se quisesse me dispensar, faria isso como um cavalheiro. E se o tempo que passamos juntos ele viu que éramos ótimos amigos, e a química e entre nós era só uma invenção da minha parte. 

—Ai como você é boba Renesmee! - Falei em voz alta para o aparelho em minhas mãos. Eu já andava debruçada no carrinho, corri minha postura. Olhando em volta, eu tinha perdido Bella e Renée de vista. Ótimo.

Abri a conversa com Alec para reler o que tinha mandado para ele, na tentativa de adivinhar o que ele poderia me responder, achar do que eu tinha falado.

Alec, você pode me achar uma grande covarde por isso, mas eu realmente vou correr o risco.

Eu tenho me sentido muito ansiosa em relação a você, em relação a nós. Esperando que algo aconteça… e sem saber o que fazer para isso se concretizar.

Eu tenho uma pequena queda por você a muito tempo. Muito, muito tempo. Você sempre pareceu meio inacessível, então eu realmente não tentava nada, só que nós nos tornamos próximos, não?

E eu achei… bem, depois do hospital eu achei que você também se sentia assim. Não sobre ter uma queda por mim há tempos, mas agora…

bem, eu não vou ser boa nisso, só estou pagando o maior mico por mensagem, então vou dizer o que penso.

Nós somos ótimos. Você é um cara lindo e incrível, e eu realmente gosto de você.

Eu queria saber o que você acha de mim agora.

Se você sentir um terço do que eu sinto por você agora, devemos investir nisso, é sério. 

Vamos ser ótimos juntos.

Agora eu vou desligar meu celular, e morrer de vergonha por ter dito essas coisas.

 

‘’Vamos ser ótimos juntos’’? É sério que eu escrevi isso? Meu rosto queimou de humilhação. Eu parecia uma menina de dez anos escrevendo sua primeira cartinha de amor, não uma mulher adulta!

ok, talvez eu ainda não fosse uma mulher feita, mas estava longe da menina de dez anos!

—Por que você é Assim? -Sussurrei para meu reflexo na tela apagada do celular.

Não, eu com toda certeza não vou ativar o chip do aparelho nessa encarnação.

Talvez eu me mudasse para Forks, isso. Eu poderia me exilar em Forks, onde estaria perfeitamente segura da minha própria estupidez, e ninguém me conhecia. Charlie e Renée tinham gostado de mim, seria fácil.

Coloquei o celular no bolso e sai em busca das minhas acompanhantes pelo mercado.

Bella assumiu o controle da cozinha da mãe, Renée passou a seguir as ordens da filha como uma ávida aluna de culinária.

Eu estava me divertindo muito com aquilo.

—Não, mãe, as cebolas estão grandes. Precisa cortar ainda menor. 

—Assim?

—Isso… Renesmee, mexa o caldo com mais força, se não pode desandar.

—Sim, chefa! - Respondi colocando mais energia. 

O Peru temperado por James já estava no forno, Papai tinha saído com Charlie e James para comprar mais cerveja e/ou lenha também. A casa tinha um clima feliz de Natal, e o melhor de tudo; o cheiro.

Renée falava sem parar entre uma tarefa e outra, fazia perguntas a filha sobre as receitas, hora ou outra anotando em seu caderno de receitas. Também quis saber dos meus amigos, da vida em Nova York, dos meus planos para quando me formasse no High School.

—Quero ser advogada, como a minha mãe. É uma das coisas que quero fazer. - Falei.

—Isso é demais! Eu já vi a sua mãe na TV, naquele caso grande do governador… como era mesmo o nome… ah, não importa, mas ela estava incrível! Tenho certeza que você será incrível também! muito mais do que ela. Porque os filhos sempre superam seus pais. -Ela piscou para mim e indicou Bella com a cabeça que fingiu não ouvir.

—Não sei se sairei da escola direto para a faculdade, as vezes penso em trabalhar um pouco no mundo real ou viajar… vamos ver.

—Se tiver a oportunidade de viajar um pouco antes da faculdade, faça isso! Viaje, conheça lugares lindos e se divirta. Mas não se amarre ao primeiro cara que encontrar nessas viagens.

—Experiência própria, Renée? - Bella a provocou.

—Ai bebê, você sabe que me amarrar em Charlie não estava nos meus planos. Mas as melhoras histórias de amor não são planejadas. 

A mãe de Bella era uma quarentona com espírito jovem, encarava a filha com solenidade e parecia absorver tudo o que ela falava. 

Quando o jantar estava pronto e os homens estavam arrumando a mesa, meu pai me passou o celular dele com um olhar de censura.

—O que eu fiz? -sussurrei.

—Sua mãe está tentando falar com você, mas seu aparelho não da linha. 

—Deve ter descarregado. - Dei de ombros. Nem morta eu iria admitir para o meu pai meus motivos para manter meus celular fora de área.

—Ei, mãe.

—Por que não consigo falar com você no seu celular? Foi assaltada? Perdeu?

—Acho que apenas está sem bateria em algum lugar. - Menti. Eu tinha enfiado o celular no fundo da mala. 

—Podia ter me ligado pelo celular do seu pai então.

—Por que? Eu não tinha nada para dizer e sei que meu pai te informou de tudo.

Ela ficou em silêncio. Repassei a frase mentalemnte percebendo como devia ter soado para ela. 

—Só fiquei muito ocupada com a mãe da Bella e tudo o mais. A cidade é um charme, pequena e coberta de neve. Os pais da Bella são uns amores, você sabe. E aquele amigo músico da Bella, o James está aqui também. Só fiquei distraída, desculpe.

Viu? Eu podia ser razoável.

—Tudo bem, só fiquei… preocupada. Que bom que está gostando da viagem.

—Bastante, acho que posso fazer até um ótimo jantar para nós duas quando eu voltar. - Completei. Minha mãe não devia sentir que eu a estava evitando ou coisa assim, o problema era inteiramente eu e minha infantil mensagem para Alec.

Ficamos alguns minutos no telefone, tempo o suficiente para o banheiro ser liberado e eu poder me arrumar para o jantar de Natal.

—Preciso ir mamãe, feliz natal, amo você. 

—Feliz natal, monstrinha, também te amo.

Tirei o aparelho do ouvido, Tanya desligou primeiro e a tela tinha bloqueado. A tela de bloqueio do meu pai era uma foto de Bella. Tão gado elezinho.

Pensando na preocupação da minha mãe, decidi ligar para Jane rapidamente para desejar um feliz natal, se ela tocasse no nome do irmão eu iria desligar na cara dela.

Chamou e chamou, quando foi para a caixa postal desligue decidida a mandar uma mensagem.

Abri as conversas do meu pai para procurar o contato de Jane, mas a mensagem do topo me chamou a atenção.

Uma tal de Tara. A mensagem não tinha sido aberta, dizia. ‘’é seu’’.

O que era dele?

Abri a conversa curiosa.

Tara: Edward, eu sei que faz meses. Eu não queria pedir nada a você, foi uma decisão minha no fim das contas, e eu não queria compartilhar isso com você. Compartilhar ele.

Mas está difícil demais, eu preciso de ajuda. Da sua ajuda.

Não estou entendo.

Tara: Eu tive um filho, Edward.

Parabéns?

Tara: é seu.

 

Mas que porr...

 

Não, o Natal não estava arruinado, não podia estar. Mas o meu humor por outro lado…

—Querida, o que foi? Algo não está bom? - Renée sussurrou para mim. Estamos sentadas lado a lado.

—Não é nada, Renée. 

—Tem certeza?

—Sim.

—...e eu sempre quis ser cantor. -James terminava o relato de sua vida. 

Eu não conseguia me concentrar na conversa, como meu pai podia estar tranquilo ao lado da namorada, na casa dos pais dela, tendo uma bomba daquelas gravada em seu celular?

O filho é seu.

Como o meu pai pode ter sido tão irresponsável?!

Um filho! Ele tem um filho com outra mulher!

O que iria acontecer agora? O que Bella diria disso? Ela o deixaria? Ele a deixaria?

O que eu podia fazer para evitar a desgraça que se desenrolava à minha frente?

Um feixe de luz foi jogado em nós.

—Quem pode ser? - Renée disse, estava claro que se tratava de um carro que tinha chegado a garagem.

—Não estava esperando mais ninguém? - Bella tinha a testa franzida. 

Se fosse a Tara? Ai meu Deus, se essa mulher seguiu a gente até aqui, e vai destruir o Natal?!

Olhei para meu pai com os olhos alarmadas, querendo que ele entendesse o problema em que tínhamos nos metido. Ele. O problema em que ELE tinha se metido.

Papai parecia tranquilo, e não apavorado como era de se esperar.

—Acho que não deve ser aqui… - falei no exato momento em que bateram na porta.

—Eu atendo. - A mãe de Bella se levantou. 

—Vou com você.

—Bella… eu não acho que deve ir…

Seria possível ser essa Tara?! 

—Pai… - O chamei querendo muito que ele notasse o alarme em meus olhos.

Só que ele continuava calmo, só levemente curioso sobre quem poderia ser a porta.

—Renesmee… - Bella me chamou. Não devia ser a tal Tara exigindo falar com meu pai, porque minha madrasta estava radiante. - É para você.

—Quem…

—Espero não ter chegado em má hora. -Surgindo como um mocinho de um filme de Natal, mais lindo do que qualquer um teria o direito de parecer, Alec Volturi se materializou na sala de jantar dos Swan.

Caramba.

—Alec? O que faz aqui? - Me coloquei de pé com rapidez demais, a cadeira foi a chão. James e Charlie se moveram para pega.

—Não conseguia falar com você… mas precisava mesmo falar com você.

—E não podia ter esperado a gente voltar? - Meu pai perguntou incrédulo.

—Não… desculpe mesmo incomodar, senhor Cullen.

Meu pai apenas torceu os lábios.

Renée parecia encantada olhando de Alec para mim.

—Vou buscar uma cadeira, celebre conosco Alec! É muito bem vindo!

—Estamos muito feliz que esteja aqui, Alec. - Bella emendou me lançando um sorrindo cheio de dentes.

Parecia que meus órgãos estavam se contorcendo. Alec sentou exatamente de frente para mim quando voltamos a comer. Contando rapidamente da sua viagem até Forks, e como fez para conseguir o endereço exato de Bella, pegando com minha avó Esme.

Ninguém além de mim parecia realmente surpresa com aparição dele. 

Eu estava nervosa demais para comer.

Depois de ter lido minha mensagem e não conseguir falar comigo ele decidiu vir até aqui!

Como isso acabaria? Ele me daria um fora épico pessoalmente?

Não, não era possível. Quem cruza o país em pleno Natal para dar um fora em alguém?

Não, Alec não era esse tipo de cara.

Depois do jantar trocamos presentes.

Os pais de Bella se retiraram para dormir, não sem antes Renée surgiu com várias roupas de cama para improvisar uma para Alec ao lado da de James na sala. 

James, que já tinha bebido muito vinho e estava cochilando no braço do sofá. 

—Acho que já é hora de irmos dormir também. -Papai disse.

—Tem razão, vem Edward. - Bella se levantou puxando meu pai pela mão.

—Renesmee…

—Deixe-a. Depois ela sobre. - Ela ralhou para ele o puxando escada acima.

Ficamos apenas Alec, eu e James. 

Um James inconsciente.

—Não acredito que está. - Falei logo que não podia ouvir os passos nas escadas.

—Eu precisava falar com você depois daquilo. -Ele olhava aos mãos ao falar.

—Desculpe, eu não queria ter dito aquelas coisas.

—Não se sente daquela forma?

Adiantava mentir?

—Eu estou apaixonada por você. - Sussurrei. -E isso já faz algum tempo… só não queria ter dito daquele jeito.

—Eu achei bonito. vou imprimir e guardar.

—Eu desativei o chip do meu celular depois daquilo. - Confessei escondendo o rosto entre mãos.

—Eu gostei. - Ele segurou meus pulsos para poder ver meu rosto.

Seus olhos brilhavam de sinceridade.

—Não achou que foi bobo e infantil?

—Preferia que não tivesse ficado incomunicável. Mas… eu também a deixei insegura, quando não falei claramente como me sentia. 

—E como se sente? - sussurrei, meus olhos fixos em seus lábios.

—Estou completamente apaixonado por você Renesmee. 

Eu só precisava ouvir isso. 

O beijei e ele segurou meu rosto o mantendo junto ao seu a aprofundar o nosso beijo.

Todo o meu corpo parecia se energizar a partir daquele ponto de contato. Seus lábios nos meus lábios.

—Não sabe a quanto tempo quero fazer isso. -Ele disse movendo os lábios nos meus. 

—Devia ter feito. - Devolvi. Ele riu e me beijou.

—Por favor, não transem. - James gemeu e rimos nos afastando. Não mesmo, na sala dos Swan com meu pai no andar de cima.

Alec era o melhor presente de Natal de todos. 

 


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Notas finais do capítulo

Alec e Renesmee!!!! E o que vocês acham da mensagem que a Nessie leu no celular do Edward? Bomba ou mal entendido? Comentem, recomendem! beijão

Próximo capítulo domingo que vem! o/