Todos os soldados correram para fazer a fila diante do Capitão. Kiba tomou a frente aliviado por ver Sasuke e Naruto ali e mais alguns soldados, finalmente as coisas iriam melhorar.

— Atenção! – ele disse – prestem continência ao Capitão!

— Força e união! – todos falaram juntos e batendo continência.

— Força e união – Sasuke fez o mesmo aos seus subordinados – Vocês trabalharam muito bem. Alguém está ferido?

— Não, senhor! – todos falaram.

— Isso é bom – Sasuke disse – vamos pular o resumo sobre a situação atual, já que ouvi a caminho para cá. A partir de agora, vamos dar início a uma missão para resgatar as pessoas de dentro da usina de energia. Alguém vai querer se retirar desta missão?

— Não, senhor!

— Ótimo – o Uchiha estava confiante – estrategicamente falando, há uma coisa que precisam saber, não se machuquem de jeito nenhum. Se nos machucarmos, as pessoas que precisam ser resgatadas vão perder suas vidas. Entenderam?

— Sim senhor!

— Vocês estão dispensados. Podem voltar para suas posições agora – Sasuke colocou seu capacete e se dirigiu até onde alguns médicos estavam.

Eles estavam bem atarefados e com seus olhos procurou pela cabeleira rosa de Sakura, mas nem sinal dela naquele meio. Ela deveria estar em algum lugar ajudando alguém. Avistou Neji ali perto comento macarrão instantâneo, ele estava todo sujo e com sangue nas roupas, a situação estava difícil para ambos os lados.

— Neji – ele o chamou – sabe onde está a Sakura?

— Sasuke... – os olhos do Hyuga encararam a parte da usina que estava cheia de escombros havia tristeza naquele olhar – ela veio pra cá mais cedo e foi quando aconteceu o terremoto, já tentei contato com o comunicador dela, mas sem resposta.

— Não pode ser – Sasuke sentiu a pior sensação do mundo.

Seu corpo reagiu mal aquela notícia. Sua boca ficou seca e sentiu a temperatura de seu corpo cair em questões de segundos, o chão parecia ter sumido. Ela estava lá dentro? Então era isso? Como? Ela estava viva? Tinha que estar viva, ela devia isso a ele. Ela tinha que estar viva ou ele perderia sua sanidade.

— Tem que salvá-la – Neji disse notando que o Uchiha estava em choque – ela está viva!

— Não se preocupe – Sasuke soltou o ar e se recompôs – eu vou trazer ela de volta.

Naruto pegou uma das cordas para poder ajudar os demais soldados a puxarem uma grande pedra que estava impedindo a passagem para dentro da usina. Seus olhos percorreram o lugar e enfim seu coração inquieto se acalmou quando viu Hinata correr em sua direção. Eles ficaram alguns segundos apenas olhando nos olhos um do outro.

— Estou feliz por você estar segura – o loiro quebrou o silêncio – eu estava muito preocupado com você. Bom, então...- ele se virou para seguir seu caminho.

— Primeiro Sargento Uzumaki – Hinata disse e ele se virou para encará-la – por favor, não se machuque. Isto é uma ordem. Guarde isso como sua vida entendeu?

Ele se virou e bateu continência pra ela que fez o mesmo.

— E também – ela continuou – Sakura está lá dentro, salve-a.

— O que? – Naruto realmente se surpreendeu com a notícia.

— Não podemos perder tempo – Sasuke pareceu entre os dois – precisamos começar as buscas lá dentro, não só pela Sakura, mas por todas as pessoas que precisam de nós.

Muitas horas se passaram e já era dia em Urk.

— Este é o esquadrão de resgate, alguém aí dentro? – Kiba disse por uma fresta entre o concreto – se tiver bata três vezes.

— Parece que eu estava errado – Shino disse enquanto ouvia por um aparelho moderno de som se havia algum ruído lá dentro.

— Não – Sasuke respondeu – se a maioria do pessoal do segundo turno que estavam trabalhando ao redor da torre escaparam usando a escada leste, então, este é o lugar certo para início das buscas.

— Acabei de desligar o gás – Naruto disse.

— Como está a situação lá? – o Uchiha perguntou.

— Concreto solto – o loiro disse – depois de um terremoto um prédio que não desabou é o mais perigoso, por fora parece estar bem mas por dentro está sensível devido ao choque.

— Foi o que disse ao dono da usina? – Kiba provocou.

— Aquele homem é insuportável – Naruto estava irritado – ele quer pegar documentos daquele lado e fica querendo se meter nas buscas. Não se importa com as pessoas lá dentro.

— Então o que estão esperando para tirar ele do local? – Sasuke disse sério, não queria ninguém sabotando o resgate.

— Estou ouvindo! – Shino disse – o sinal está fraco, mas posso ouvir algum sobrevivente.

Dentro dos escombros...

— Pra que serve um jovem sem força? – Gerente Yami disse – bata com força.

Ele estava com uma pedra enorme sobre a cintura e as pernas enquanto mais a cima um dos funcionários estava com um pedaço de metal grande atravessando seu peito.

— Está doendo – o jovem disse.

— O socorro deve estar a caminho – o gerente respondeu – só estou preocupado com a doutora Haruno e Soujiro.

Ouviram vozes de algum lugar.

— Gerente Yami onde você está?

— Sr. Park – Yami disse aliviado – onde você está?

— Acho que estamos em cima de vocês – Park disse – estou com mais alguns funcionários. Aguente um pouco mais, a equipe de resgate está trabalhando lá fora.

Sasuke e os demais soldados estavam fazendo um plano de como abrir uma entrada para que as pessoas pudessem ser tiradas daquele local. As condições estavam difíceis e perigosas, mas a cada minuto que passava vidas estavam correndo perigo. Já havia se passado um dia desde o terremoto e o tempo era crucial para ter o maior número de sobreviventes. Depois de feito o plano eles conseguiram chegar até o local e resgatar os demais que estavam ali e enfim chegaram ao local em que o Gerente e o jovem estavam. A equipe médica foi chamada para examinar os dois.

— Dr. Neji – o homem disse ao vê-lo.

— Vou lhe dar alguns analgésicos por enquanto – ele disse – sente alguma coisa na sua perna ou nos dedos?

— Na minha idade que força eu teria lá em baixo? – Yami disse brincando – está mexendo não está?

Neji pegou a lanterna e iluminou os pés do homem. Sem sinal de movimento.

— Desculpe por não salvar a linda doutora – Yami disse – eu deveria ter feito mais por ela, estávamos juntos quando aconteceu, mas ela estava mais perto de Soujiro do que de mim.

— Não se preocupe com isso, nós vamos encontra-la – Neji sorriu fraco – o senhor fez um bom trabalho.

Sasuke ouviu a frase do homem e logo sentiu que estava perto do local onde a rosada estava e logo a encontraria, então levou Neji para ver o outro paciente que tinha um metal atravessando seu peito.

— Não se mexa – o Hyuga disse – tem sorte de não ter atingido o coração. Mas se você se mexer pode atingir sua coluna.

Depois de examiná-lo mais um pouco Sasuke disse a situação toda para o Hyuga. As duas partes estavam interligadas. Se levantassem a pedra do gerente Yami mexeria no metal e mataria o jovem, e se cortassem o metal toda a estrutura cairia em cima do gerente Yami.

— Então quer saber qual dos dois tem mais chance de sobreviver? – Neji estava em uma situação complicada.

— Sim – Sasuke sabia que aquilo era difícil.

Neji conversou com Shikamaru e então tomaram a decisão de salvar o jovem que estava com o metal atravessado no peito. Ele era o que tinha mais chance de sobrevivência. Ele foi levado ás pressas para o Medi Clube e Neji, Shikamaru, e a equipe médica começaram a operação dele.

—x-

Sakura sentiu uma enorme dor de cabeça e uma falta de ar. Estava tossindo, parecia que tinha engolido poeira. Seu braço estava sangrando com um corte profundo e havia sangue em sua cabeça também e alguns arranhões em seu corpo todo. Pegou seu comunicador, mas ele estava sem sinal e parecia com defeito.

— Droga – ela disse e balançou a cabeça para se manter acordada.

Limpou o corte e com um pedaço de sua roupa amarrou-o para estancar o sangue. Não iria desperdiçar os curativos com ela mesma sendo que alguém poderia estar precisando. Estava com cede e faminta, olhou dentro da bolsa de primeiros socorros e viu a garrafa de água e 3 barras de cereal que Neji sempre deu a ela. Ela sorriu e seus olhos se encheram de lágrimas ao pensar no desespero deles lá fora lidando com o caos que aquela situação trazia. Comeu a barra e tomou um gole de água guardando para quem precisasse.

— Alguém precisa de ajuda?! – ela gritou enquanto caminhava cuidadosamente pelos escombros – eu sou médica, faça algum barulho!

No momento de me tornar um profissional médico, prometo solenemente dedicar a minha vida ao serviço da humanidade. A saúde do meu paciente será minha primeira preocupação. Não permitirei que considerações de religião, nacionalidade, raça, partido político ou posição social se interponham entre o meu dever e o meu paciente. Mesmo sob ameaça, terei respeito absoluto pela vida humana e jamais farei uso dos meus conhecimentos médicos contra as leis da humanidade. Faço essas promessas solenemente, livremente e sob a minha honra.