Miraculous: Secret Wars EXTENDED escrita por ladyenoire


Capítulo 9
Terra-59


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Gabriel Agreste olhou para o corpo quase que sem vida da sua esposa e sentiu uma lágrima solitária escorrer pelo seu rosto. Aquela câmara seria o suficiente para impedir que Emilie se fosse de vez, contudo, não seria uma solução permanente.

A cada dia que se passava, Gabriel se arrependia amargamente de ter deixado Emilie usar o maldito Miraculous do pavão danificado. Por culpa da joia mágica que ela estava nessa situação. E ele faria tudo para trazê-la de volta. Inclusive, usar o Miraculous que a tinha deixado nesse estado para conseguir recursos.

Mas ele não usaria o Miraculous do pavão sozinho, poderia acabar que nem ela antes mesmo de conseguir algo. Então usaria o da borboleta junto. Assim seu poder seria bem maior e logo conseguiria o que precisava.

— Eu te prometo, Emilie, eu vou conseguir. Vou trazê-la de volta. – colocou a mão sobre o vidro, fechando os olhos. Em seguida os abriu, mudando a expressão para um misto de tristeza e determinação – Custe o que custar.

***

***

***

Marinette ajeitou os lençóis na cama de Chloé Bourgeois, a hóspede mais chata do hotel – o qual era dona. Na verdade, o seu pai que era, além de ser o prefeito da cidade. Antes de sair do quarto, verificou para ter certeza que estava tudo perfeitamente arrumado e saiu antes que a loira voltasse da yoga.

Assim que fechou a porta, sentiu braços ao redor do seu corpo e deu um pulo assustada, fazendo a pessoa rir.

— Adrien! – o repreendeu – O que você quer?

— Não posso visitar a minha melhor amiga no trabalho dela? – ironizou.

— Não. – Marinette saiu dos braços do garoto e ajeitou o uniforme – Sabe o quanto os Bourgeois são chatos. Se me verem falando com “os hóspedes”, vão me repreender.

— Mas você não está falando com um hóspede qualquer, meu pai é sócio desse hotel. – sorriu convencido. – Garanto que não vão te repreender por falar comigo.

— Você que pensa. – saiu para o próximo quarto, que coincidentemente era o de Adrien – Precisa de lençóis novos? – questionou usando a sua chave para entrar no quarto do melhor amigo.

— Sim. A noite de ontem foi agitada, se é que me entende.

— O que foi? Você ficou pulando na cama e rasgou o lençol sem querer? – Adrien riu alto, depositando um beijo na bochecha de Marinette.

— Exatamente. Você me conhece tão bem, Bugaboo.

— Shh! – Marinette olhou feio pra ele – Não me chame assim nas nossas identidades civis. Você sabe que as paredes tem ouvidos.

— Ok, parei. – levantou as mãos em sinal de rendição – Falando nisso, eu arrumei um encontro pra você.

— Também arrumei um pra você.

Marinette e Adrien estavam frustrados na semana anterior, pois perceberam que faltava menos de um mês para os dia dos namorados e simplesmente não queriam passar a data sozinhos novamente. Então, como bons melhores amigos e parceiros no combate ao crime, resolveram arrumar um encontro um para o outro.

— Me fale dela.

— Primeiro me fale dele.

— Tá bom. – Adrien sentou na cadeira giratória de escrivaninha e começou a pensar nas características do garoto – Ele é músico. Tem um cabelo colorido maneiro e algumas tatuagens. Ele também vive em um barco, o que não é tão estranho quanto parece. O nome dele é Luka e é fã do Jagged Stone assim como você. – Marinette fez uma expressão pensativa. Não parecia o seu tipo de cara e Adrien sabia disso, por isso deu um sorrisinho de lado. – O que acha?

— Interessante. – respondeu para a surpresa dele – Aonde o encontrou?

— Nino fez algumas produções pra ele. Luka é gente boa. – deu de ombros.

— Entendi. Acho que posso ter um encontro com o Luka. – por mais que não parecesse bem o seu tipo, não custava tentar. Marinette já estava perdendo as esperanças em conseguir um namorado. E mesmo que não ter alguém para passar o dia dos namorados, não seja o fim do mundo, era apenas uma vontade da azulada. Não muito diferente da do seu melhor amigo. – A que eu arrumei pra você é colega de yoga da Chloé. O nome dela é Kagami e ela gosta de esgrima que nem você. Ela é japonesa, gosta de ler e é bonita.

— Interessante. – repetiu a fala da melhor amiga. – Eu sugiro a gente marcar encontros em noites diferentes, até porque você sabe que Feather Moth pode atacar há qualquer momento. E não seria legal ter dois encontros arruinados.

— Sim, também acho. – Marinette sorriu satisfeita, terminando de ajeitar o quarto de Adrien – Prontinho, Sr. Agreste. Mais alguma coisa?

— Pode me trazer toalhas quentes? – a azulada jogou um travesseiro no amigo, que riu da reação dela – Você é incrível, Marinette.

— Você também, Adrien.

***

— Nathalie?

— Sim senhor? – a mulher rapidamente foi até o seu patrão.

— Como está o Adrien?

— Conversei hoje pela manhã e ele disse que está indo muito bem. Só precisa que um carro o leve para a aula piano nas terças-feiras, visto que é um pouco longe do hotel.

— Excelente. Pode autorizar o carro quando ele precisar.

— Certo. Mais alguma coisa?

— Limpe a minha agenda. Hoje à tarde não quero ser incomodado. – a mulher assentiu – Seria só. Obrigado.

— Com licença, senhor. – Nathalie saiu, deixando Gabriel sozinho refletindo.

Recentemente, Adrien tinha ido morar no Hotel Bourgeois, o qual Gabriel era um dos grandes sócios. Sua intenção em mandar o filho para lá, era deixa-lo longe de todas as suas questões como Feather Moth. Queria ele o mais afastado possível para que não se machucasse ou muito menos visse Gabriel passar noites em claro tossido e passando mal por usar um Miraculous danificado.

Adrien aceitou de bom grado, pois não era como se fosse embora de casa e nunca mais voltasse. Ia visitar o pai com frequência. Contudo, morar no hotel lhe proporcionava mais liberdade, além de poder ver Marinette sem ser na escola. Sem contar que seria muito mais fácil sair escondido para as suas obrigações como super-herói. Era perfeito.

Gabriel ficou de pé e foi até o quadro da sua esposa, apertando os botões que abriam o elevador secreto.

— Pretende fazer algo hoje, Mestre? – Nooroo questionou, trocando um olhar preocupado com Duusu.

— Sim. Todos os dias até que eu consiga o que eu preciso.

***

Marinette estava no seu intervalo para o jantar e Adrien adentrou o local com certa pressa.

— Adivinha quem tem trabalho a fazer? – mostrou o celular, com o vídeo de um akuma e um sentimonstro atacando os cidadãos de Paris.

— Era só o que faltava. – ela revirou os olhos, indo até o banheiro dos funcionários com Adrien atrás. Assim que ele entrou também, Marinette fechou a porta e os kwamis surgiram. – Tikki, spots on! Longg, bring the storm!

— Plagg, claws out! Sass, scales slither!

Depois de se transformarem, os dois heróis saíram pela janela e foram rapidamente para o local aonde estava acontecendo o ataque.

Chegando lá, se depararam com um robô gigante, feito de vários tipos de máquinas.

— Isso é o sentimonstro ou o akuma? – Snake Noir questionou.

— Feather Moth deve ter criado um sentimonstro e akumatizado ele. Não é a primeira vez que ele faz isso. – o loiro deu um suspiro alto – Algum plano inicial, Dragon Bug?

— Ainda não. Primeiro vamos conhecer um pouco mais sobre o adversário.

— E como pretende fazer isso? – a azulada jogou o seu ioiô no braço do robô gigante e segurou Snake Noir pela cintura.

— Pronto para dar um passeio, querido?

— Você vai nos jogar na direção dele, não vai? – Marinette assentiu e Adrien fez careta – Ok, fazer o que, né? – deu de ombros. Ela sorriu enquanto os dois eram puxados em direção ao robô gigante.

O sentimonstro akumatizado percebeu a presença dos heróis e movimentou os braços tentando fazer com que eles caíssem.

— Tem visão de aonde o akuma pode estar?

— Não faço nem ideia. Tem muitos aparelhos eletrônicos aqui. Pode ser qualquer um deles. – Snake Noir gritou, se segurando para não cair, já que o sentimonstro de balançava.

— Provavelmente deve estar no centro. Vou tentar fazer ele falhar. Distrai ele enquanto isso.

— Ok.

— Mas aciona o seu poder antes.

— Second Chance! – Snake Noir se jogou e caiu no chão com os joelhos flexionados. Em seguida jogou a lira para cima e bateu com bastão nela, acertando o robô e chamando a sua atenção. – Ei! Vem me pegar se quiser o meu Miraculous. – Dragon Bug sorriu, pegando a espada.

— Water Dragon! – o corpo da heroína virou água e ela invadiu o corpo do robô que perseguia o seu parceiro. Robustos começou a falhar e caiu de joelhos, embora ainda não tivesse sido derrotado.

Dragon Bug chegou ao centro do robô, que era controlado por um robô menor dentro de um carro. Ao que parece então ele tinha sido akumatizado e talvez o sentimonstro fosse o robô maior.

— Lucky Charm! – uma caixa pequena vermelha com bolinhas pretas caiu em suas mãos e logo ela soube o que fazer. Dragon Bug surpreendeu Robustos e o capturou dentro da caixa antes que ele pudesse fazer algo. – Wind Dragon! – se transformou em ar, saindo dali de dentro com o akumatizado dentro da caixa. – Snake Noir! – atirou a caixa para o parceiro.

— Cataclysm! – acionou o poder, destruindo de vez o robô e liberando a borboleta e a pena.

— Chega de maldade pra você. – capturou a borboleta e pena – Tchau, tchau. – sorriu, assistindo elas saírem voando purificadas. – Miraculous Ladybug! – jogou a caixa para cima, consertando o estrago feito.

— Zerou! – bateram os punhos.

— Markov! – Max, um dos colegas deles do ensino médio correu até o robô. – Muito obrigado por trazerem ele de volta.

— Sem problemas.

— Eu prometo que não vou mais me separar de você. – Max saiu sorrindo, enquanto Dragon Bug observava com um sorriso no rosto.

— Podia ser a gente, mas você não colabora. – Snake Noir disse. A azulada riu e empurrou o melhor amigo de leve. – Ei! Vamos logo, my lady. Nossas transformações vão acabar.

— Tá bem. – o loiro segurou Marinette pela cintura – O que está fazendo?

— Minha vez de te carregar. – ela riu, segurando no pescoço de Adrien. – Aperte o cinto, expresso Snake Noir saindo da estação. – Marinette balançou a cabeça em negação.

— Vai logo.

***

Feather Moth jogou o cetro longe, irritado por não ter conseguido nada novamente. Estava ficando sem tempo, precisava de algo o quanto antes.

Gabriel começou a tossir e caiu de joelhos.

— Duusu, fall my feathers! Nooroo, dark wings fall! – os kwamis fizeram uma expressão triste assim que viram o estado do seu portador. O que, infelizmente, tinha se tornado quase que uma rotina.

— O senhor está bem? – eles sabiam que não estava. Mas não deixavam de se preocupar com ele.

— Eu estou perfeitamente bem. – levantou desajeitadamente. – Só preciso descansar um pouco. – foi na direção do elevador e entrou, apertando para ir ao seu escritório. Assim que chegou no cômodo, foi direto para um dos sofás. – Nathalie?

— Sim? – a mulher prontamente apareceu depois de alguns segundos.

— Traga o meu remédio.

— De novo? Mas o médico disse que são apenas duas vezes por dia e o senhor já tomou a dose de hoj...

— Só traga o remédio. – disse em um tom firme, porém não rude. Nathalie tinha uma expressão preocupada no rosto. Contudo, decidiu não questionar.

— Como quiser, senhor.

***

— O encontro foi incrível! – Marinette adentrou o quarto do melhor amigo, que sabia que ela viria daqui a pouco, pois tinha solicitado o serviço dela.

— É mesmo? – indagou surpreso.

— Sim. O Luka não é bem o meu tipo mesmo, mas conversando com ele descobri que temos mais em comum do que eu imaginava.

— Que interessante. – estava feliz pela sua melhor amiga, porém triste por si mesmo.

— E eu espero que dê tudo certo no seu encontro com a Kagami amanhã.

— Eu também. – sorriram um para o outro. – E eu fico feliz por você, Marinette.

— Obrigada, Adrien.

***

Adrien prestava total atenção na história que Kagami contava. De fato ela era bonita, inteligente e interessante como Marinette tinha dito. Mas sentia que a garota era muito mais uma potencial amiga do que uma possível namorada.

Seria completamente deprimente passar o dia dos namorados sozinho, enquanto Marinette estava acompanhada. Não que a invejasse, ou planejasse usar Kagami para não ficar sem ninguém. Era apenas um pensamento triste do loiro.

— E então eu ganhei a competição. Foi bem acirrada. – a garota terminou a história e Adrien assentiu.

— Deve ter sido mesmo. Acho que nunca tive uma história tão emocionante sobre esgrima. Apenas a vez que o meu melhor amigo entrou para a esgrima pra conseguir créditos extracurriculares. Foi um desastre. – os dois riram.

— Ele não era bom?

— Nenhum pouco. Embora eu me divertisse com ele.

— Vocês ainda têm contato?

— Sim. Só não nos vemos mais todos os dias. – desde que saíram do ensino médio, o que foi há um ano atrás, Adrien e Nino não se viam mais com frequência. Embora mantivessem contato por mensagens e ligações.

— Interessante. Sabe, eu nunca tive muitos amig... – o celular de Adrien tocou, indicando uma mensagem. Era Marinette.

— Só um segundo, eu só vou checar a mensagem. É importante. – Kagami assentiu, enquanto Adrien verificava. Na mensagem de Marinette, ela informava que estava indo até um sentimonstro e um akuma de Feather Moth. Os dois tinham combinado de avisar um ao outro caso algum vilão atacasse, mesmo nos encontros. Adrien sabia que Marinette entenderia perfeitamente se ele não fosse, contudo, não podia deixar a sua parceira sozinha. – Eu infelizmente vou precisar sair. Ocorreu uma emergência. – lamentou, pois estava mesmo gostando da conversa.

— Tudo bem.

— Marcamos para outro dia, quem sabe. – Adrien retirou uma nota da carteira, que seria o suficiente para pagar as suas refeições. – Desculpa mesmo. E obrigado pela noite, Kagami. Eu me diverti muito.

— Eu também, Adrien.

O loiro saiu apressado do estabelecimento, procurando por um lugar que pudesse se esconder e se transformar.

— Acho que você arruinou as chances com ela. – Plagg disse.

— Não fale assim. – Sass rebateu – Quem sabe ela queira sair com ele depois.

— Na verdade, eu acho que ele fez isso de propósito. Até porque ele é caidinho pela Marinette.

— Tem isso também.

— Ei, vocês dois! – o loiro chamou a atenção dos kwamis, assim que conseguiu um local para se esconder. – Chega de falar da minha vida amorosa – que por acaso era uma total bagunça, que nem mesmo Adrien entendia – Temos trabalho a fazer. Plagg, claws out! Sass, scales slither!

Seu encontro poderia não ter acabado exatamente como Adrien planejava. Mas ajudar Marinette vinha acima de tudo. Até porque, tinha certeza que ela faria o mesmo com ele. Os dois eram parceiros, apoiar um ao outro era essencial.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAA MAIS UMA TERRA!

Lembrando que o próximo capítulo apresenta a última Terra. Essa última NÃO apareceu em Secret Wars II porque não deu tempo de colocá-la. Mas talvez ela apareça em Secret Wars III, ou não. Quem sabe...

E sobre as 3 oneshots ou 3 shortfics que eu disse para vocês escolherem, eu já tomei a minha decisão do que vai ser (baseado nas preferências dos leitores). No próximo capítulo eu comentarei a decisão hehehe.

Muito obrigada por terem lido, nos vemos no próximo capítulo! Espero que tenham gostado ♥ xoxo



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