—Então, queria falar comigo? - Edward se sentou ao lado do novo cunhado. Seth assentiu e cruzou os braços numa tentativa de parecer durão. Ele queria ser como o pai, mas tinha uma expressão muito gentil para isso. 

—Não consegui falar com o meu pai, acho que não tem wifi no cruzeiro. Então vamos conversar sobre coisas que eu imagino serem muito importante.  - Fez uma pausa e Edward o aguardou. -  Quais são suas intenções com a minha irmã e em caso de vocês terminarem, eu posso continuar a vir aqui? Não sempre, é claro, só umas duas vezes por mês. 

—É claro que você pode continuar a vir aqui. 

—Obrigado. - Ele parecia aliviado. 

—Quanto às minhas intenções… - Seth o interrompeu. 

—Estamos bem, cara. Oi, Bella. - Ela suspirou ao ver o namorado. Ainda era estranho pensar nos dois como um casal, mas ela estava muito feliz e animada para passar o dia ao lado dele. 

—Você sumiu. - Queria pular nos braços dele, mas com Seth no meio dos dois tornava as coisas mais difíceis.  

—A cerca caiu de novo e algumas vacas sumiram. As que foram para o rancho do Emmett foram fáceis de recuperar, mas as que foram para o rancho McAdams… - Edward cerrou os punhos. - Aquele idiota não quis devolver, disse que se estavam nas terras dele agora pertenciam a ele. Passei o dia todo tentando recuperá-las. 

—E deu certo? - Seth perguntou animado e um pouco frustrado por não ter ajudado. 

—O vovô apareceu com a espingarda e disse que se ele não devolvesse iria dar um tiro nele. As coisas ficaram confusas, mas no fim ele devolveu. - Sorriu satisfeito. - Peço desculpas e espero te recompensar hoje. 

—Onde vão? - Bella bufou. Tinha que dar um jeito de tirar o irmão de perto deles. - Vou com vocês. 

—Seth! - Carlisle gritou por ele. - Quer aprender a laçar um bezerro? - O garoto abriu um sorriso enorme, ajeitou o chapéu e saiu correndo. Ele não perderia aquilo por nada. 

—Acho que vou ter que deixá-lo aqui. - Bella passou os braços em volta do pescoço dele. - Não vou conseguir tirar o Seth daqui. 

—Meus pais não vão se importar nenhum pouco com isso. Eles estão amando o garoto. Meu pai está tão animado em poder ensinar as coisas para ele. E minha mãe não perde a chance de mimá-lo. Estou começando a sentir ciúmes. - Fez bico e ela o beijou. 

—Não se preocupe que eu te dou carinho e atenção. - Declarou e ele a abraçou. 

—Você vai ter que ter um pouco de paciência comigo, não sou muito de demonstrações de afeto. 

—Está tudo bem. Não precisa fazer nada para me agradar. 

—Mas eu quero te agradar. - Ele só não sabia como. Tentaria com o encontro e depois veria como as coisas iriam se ajeitar. 

—Então faça do seu jeito. – O incentivou e ele sorriu.

—Vamos ao nosso encontro. – Ele a levou até o celeiro e pegou o quadriciclo.

—Não vamos a cavalo? – Ela preferia o veículo ao animal.

—Sei que você não gosta muito de cavalo. Ao contrário do seu irmão que só vai sair daqui arrastado.

—Espero que você me ajude a arrastá-lo. – Edward a ajudou a subir no veículo e ela se agarrou nele. 

—Se segure firme. – Avisou e ela o segurou com mais força. Bella deitou a cabeça nas costas dele e apreciou o passeio. O rancho era muito bonito e Edward os guiou até uma parte que ela ainda não conhecia. – Chegamos. – Ele estava ansioso e esperava que Bella gostasse da surpresa.

—A vista é ainda mais linda daqui. – Os dois deram as mãos e começaram a andar pelo local. - Esse terreno também faz parte do rancho? - Edward ajudou Bella a pular um tronco caído. 

—Não exatamente. Na verdade, eu sou o dono dessa parte. - Bella avaliou o local, era grande e tinha muitas plantações e um celeiro grande. 

—Você utiliza apenas para plantações? 

—Por enquanto sim. Mas aquela parte. - Apontou para o lugar mais alto. - Vai ser onde vou construir a casa. Já tenho o desenho, mas quero aguardar mais um pouco. 

—Por quê? - Ele corou e ela o cutucou. 

—Você vai rir. 

—É claro que não. - Ergueu a mão em sinal de promessa. 

—Tenho receio em construir e a minha futura esposa não gostar. Quero que o lugar seja do jeito dela também. - Confidenciou e Bella suspirou, emocionada. 

—Isso é fofo, Edward e muito gentil também. Mas acho que deveria construir, ela vai gostar do seu bom gosto. - Garantiu e ele sorriu. - Então, você quer viver aqui para sempre? 

—Nunca me imaginei em outro lugar. Eu, literalmente, nasci aqui no rancho. Minha mãe entrou em trabalho de parto justo durante a maior tempestade do século. As estradas estavam fechadas e acabamos nascendo aqui. - Bella o olhou pensativa. - E você? 

—Bem, teve uma vez, acho que tinha uns 14 anos, que eu quis me mudar para o Japão. Então meu pai me levou para comer comida japonesa e eu odiei. - Ela fez uma careta. 

—Então o Arizona é a sua casa? 

—Sim. Mas a Sue me disse que a nossa casa é onde estão as pessoas que amamos. 

—Acho que nunca pensei assim. - Levou a mão ao queixo. - Vem, quero te mostrar o outro lago. - Segurou a mão dela. O dia estava ótimo para um mergulho.

—Não trouxe roupa de banho. – Queixou e Edward olhou em volta, só para garantir que não tinha ninguém por perto. Ele tinha dado instruções claras para que ninguém se aproximasse do terreno dele.

Edward também não tinha levado roupa de banho, então apenas tirou as roupas e pulou no lago apenas de cueca.

—Eu não vou entrar aí. – Balançou a cabeça negando.

—Se não vier por vontade própria eu vou até aí te buscar. – Ela riu jogando a cabeça para trás, ele não seria capaz de jogá-la no lago ou seria? Edward começou a nadar até a borda e Bella começou a andar de costas.

—Nem se atreva a fazer isso. – Ela soltou um gritinho e começou a correr. Mas Edward era mais rápido que ela e a alcançou facilmente e a jogou no ombro. – Me coloca no chão, seu ombro vai doer. – Alice havia contado mais detalhes sobre o acidente de Edward. Ela disse que o ombro dele ainda doía.

—Se eu te soltar você vai se jogar no lago comigo? – Pediu a colocando no chão, mas sem a soltar por completo.

—Posso pelo menos tirar a roupa? – Perguntou sedutora e Edward deu um passo para trás a observando. Pela primeira vez ele viu Bella tímida.

—Vá em frente. – Ele observou, atentamente, ela tirar cada peça e depois estendeu a mão segurando a dela. – Você é muito linda. – Murmurou a beijando. – Pronta? – Ela assentiu e os dois correram e pularam no lago.

—Está frio. – Resmungou e ele a abraçou.

—Logo fica mais quente. – Edward estava mais solto e começou a distribuir beijos pelo pescoço dela. – Muito mais quente. – Bella entrelaçou as pernas em volta da cintura dele. – Está melhor?

—Bem melhor. – Garantiu correspondendo aos beijos dele. – Você tem que começar a construir a casa. – Pediu ofegante. – Não desista dos seus sonhos, por ninguém.

—Quer dar uma olhada na planta depois? – Bella arregalou os olhos. – Só para dar uma opinião feminina. Você entende de decorações e tal.

—Tudo bem. Gostaria muito de ver a planta. – Ela não queria se animar muito com aquilo. Ela só daria uma olhada como amiga e não como futura moradora da casa. Ainda era cedo para pensar no futuro.

Os dois saíram de dentro do lago e se deitaram debaixo de uma árvore. Edward estendeu um cobertor e puxou a cesta do piquenique.

—Não sabia do que você gosta, então trouxe um pouquinho de cada. - Ele tirou vários frios, doces, bolo e uma garrafa de vinho de dentro da cesta. – Pensei muito em como seria o encontro perfeito. Queria te levar a um jantar em um restaurante chique, mas depois de vários conselhos, uns não tão bons assim, resolvi fazer algo mais simples. Só nós dois e a natureza. – Entregou uma taça de vinho e os dois brindaram.

—Achei que gostasse de cerveja. – Bella bebericou o vinho.

—O vinho é uma representação do restaurante chique.

—E você ainda diz que não sabe ser romântico.

—Estou tentando. – Bella estremeceu de frio e Edward se colocou sobre ela. – Quero muito que dê certo entre nós. Estou tentando quebrar algumas barreiras.

—Também quero muito que dê certo. Esse está sendo o melhor encontro de todos.

—Está falando isso só para me agradar? – Correu as mãos pelas costas dela.

—Não. Estou falando porque é verdade. Me sinto tão em paz. Sem toda aquela pressão, sem medo de que vá fugir ou fazer algo idiota. Somos só nós dois. Não precisamos apressar as coisas, vamos só aproveitar o momento.

—Quando diz que não quer apressar as coisas. – Ele se moveu sugestivamente. Estava mais confiante e a vontade com o próprio corpo.

—Não estava falando sobre isso. – Ela os virou e se colocou sobre ele. – Eu, definitivamente, quero apressar essa parte. Não dá para ficar tão perto e não querer dar mais um passo. – Edward beijou o pescoço dela.

—Tem muito tempo que não faço isso. Mas vou tentar superar os trinta segundos. – Bella riu, mas esperava que ele realmente fosse capaz de cumprir com a promessa.

—Aqui? – Não queria ser pega no ato, mas o local era tão lindo que ela não queria sair de lá.

—Garanto que ninguém vai nos pegar. – Bella relaxou e Edward começou a distribuir beijos pelo corpo dela. Ela queria que Bella ficasse feliz e queria ser feliz também. Já estava na hora de deixar as decepções e as perdas para trás. Bella não era a ex dele e ele estava recuperado fisicamente. Tudo seria diferente agora. – Tem certeza que quer continuar?  – As mãos dele estavam em volta da cintura dela.

—Se você parar, acabo com você. – O ameaçou e ele sorriu.

Bella teve quatro experiências antes de estar com Edward, e todos foram horríveis. Ela não sabia o que era ser amada e não estava pronta para as sensações que Edward provocava nela. Era como se ele quisesse dar tudo de si a ela. E Bella aceitou de bom grado tudo o que ele tinha a oferecer. Edward foi cuidadoso no começo, tentava se controlar e a beijou lentamente. Nenhum dos outros parceiros de Bella deu tanto atenção a ela. Eles estavam preocupados apenas com o próprio prazer. Já Edward se preocupava com os dois. Eles eram realmente parceiros. Um cuidando do outro.

Bella segurou o rosto dele entre as mãos e sussurrou o quanto ele era especial e maravilhoso. Ela se sentia no céu. E eles estavam apenas começando. Edward estendeu a mão e tirou o pequeno envelope de dentro do cesto, dessa vez sem nenhum acidente. Esperou que ela se acostumasse com a presença dele e foi os unindo com cuidado. Cerrou os dentes e gemeu quando eles se uniram por completo.

—Trinta segundos... – Sussurrou e Bella deu uma risadinha.

—Já passamos disso. Só se solte. – O incentivou e ele se moveu com mais força e rapidez. Bella fala palavras desconexas, era demais para ela se controlar, então se soltou por completo e como diria o vovô, Edward a fez ver estrelas quando chegaram ao clímax. – Acho que morri. – Conseguiu falar após a respiração voltar ao normal. – Isso foi... não tenho palavras. – Beijou o peito dele e Edward acariciou os cabelos dela.

—Não tem palavras boas ou ruins?

—Palavras boas, é claro. – Ela sorriu e deu um beijo rápido nele. – Edward, você é maravilhoso e isso. – Apontou para os corpos nus deles. – Foi mais do que maravilhoso. Já tinha ouvido falar, mas nunca senti algo parecido. É inexplicável e incrível. Amei tudo. – Declarou sorrindo e ele não conseguiu se conter, a beijou com paixão e eles recomeçaram tudo de novo e foi ainda melhor do que a primeira vez.

[...]

—Foi o melhor encontro de todos. – Bella desceu do quadriciclo e suspirou. Ela achava que não seria capaz de tirar o sorriso do rosto e tinha que admitir que não queria parar de sorrir. Ela se sentia tão viva e feliz. Edward não estava diferente. Até cantou na volta para casa.  – O lago foi ótimo, o piquenique maravilhoso e bem, já te falei o que achei da outra parte.

—Também gostei do nosso encontro. – Deu um beijo na mão dela. – Espero repetir em breve. Já estava quase na hora do jantar e eles precisavam entrar, mas nenhum dos dois queria estourar a bolha em que estavam.

—Que bom que chegaram. – Alice estava aliviada. – Precisamos de ajuda. – Anunciou e Bella e Edward ficaram preocupados. – O Vovô e Seth sumiram.