Broken - Jikook escrita por BustyOwl


Capítulo 23
22. Terror e Tiro Certeiro


Notas iniciais do capítulo

Não sei por que liguei essa musica a esse momentos mas ok... vcs conhecem ela bem kkkkk

Boa Leitura ^^
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JEONGGUK

 

— Arrependido por perder uma boa corrida esta manhã? — perguntei a Jimin enquanto subíamos a trilha na mata atrás da minha casa. Tinha acabado de me vestir para uma corrida, usando uma camisa marinho escuro com capuz e sem mangas e calças de corrida folgadas.

— Está tudo bem, nós dois dormimos demais. Além disso, eu não saberia como voltar de qualquer forma — disse, jogando um pedaço de pau para Gureum, que assistiu voar sobre sua cabeça e depois correu pra ele. Meus pais estavam apenas alguns pés a nossa frente, de mãos dadas.

Quando era jovem, pensava que as demonstrações de afeto em público era a coisa mais constrangedora do mundo. Agora enquanto eu os assistia, encontrei-me esperando por um momento que eu poderia ser como eles.

— Há quanto tempo seus pais são casados? — ele perguntou, curvando-se quando Gureum voltou.

— Eles se casaram um dia após o décimo oitavo aniversário da minha mãe. Na verdade eles fugiram juntos, mesmo depois que meu avô pediu-lhes para esperar.

— Sério? — ele disse, olhando para meu pai.

Eu sabia o porquê. Ele parecia ser um defensor real para seguir regras. — Ele é um romântico, enquanto minha mãe, ela é mais lógica, e disse que sabia que não ia ficar com mais ninguém, então por que esperar? Funcionou.

— Então todos aqueles livros no porão são dele? — Jimin sorriu. — Havia um monte de contos eróticos —

— Esses são meus livros, e eles não são eróticos, certo, embora eles sejam dignos de corar. Os do meu pai são mais de suspense e mistérios com uma pitada de romance neles. Seus favoritos são livros que ocorrem na época da segunda guerra mundial — Se há alguém que pode ir de um livro a um discurso retórico melhor do que eu, era meu pai.

— Bom saber.

— Por quê?

— Investigação. Ainda estou sendo testado. O almoço esta tarde foi prova disso, — respondeu ele. Eu queria arrancar minha cabeça só de pensar nisso. Meu pai tinha preparado o almoço e certificou-se de adicionar tantas pimentas para seu famoso chili com carne que os meus olhos lacrimejaram. Eu não tinha certeza como Jimin o comeu.

— Quanta água você bebeu depois disso?

— Bebi todo o leite da geladeira e depois um copo de água — Nós rimos. — Depois de passar por isso, eu posso superar qualquer coisa.

Foi então que notei que tínhamos seguido os meus pais ao longo do caminho e estávamos na clareira de árvores na pastagem plana onde Shownu, Yukwon e Kihyun estavam com bastões de lacrosse. As duas redes estavam arrumadas por trás deles.

— Rapazes —

— Aqui, não jogamos beisebol, não é, meninos? — meu pai perguntou, pegando um taco. — Não, senhor! — gritou o seu exército.

— Jimin, sabia que Gguk jogou lacrosse? — Minha mãe juntou-se a tortura, pegando o taco que Yukwon lhe entregou.

— Sra. Jeon, Gguk não só jogava lacrosse, ele era O Terror. — Kihyun estendeu as palavras. — Na verdade, quando a primeira equipe foi cortada no seu primeiro ano, ele jogou na segunda equipe, e eles estavam com medo.

— Pobre velho Wang até hoje ainda tem uma cicatriz sob o olho esquerdo daquele tempo que ele lhe bateu. — Shownu pôs o braço em torno de seu ombro.

— Bons tempos.

— Jimin, se você quiser pode ser o único a ficar de fora, tudo bem. Não vou julgar você. Somos um pouco duros por aqui. — Meu pai jogou meu taco, ignorando meu olhar penetrante. — Na verdade, isso é ótimo. Você pode ser o médico.

— Pai... isso é bom para o seu coração? — disse com meus dentes cerrados.

— Eu serei o goleiro — afirmou.

— Não, o exercício é bom para ele. — Jimin sorriu. — Eu vou jogar. Tudo o que tenho que fazer é pegar a bola com o taco e colocá-la no gol, certo?

Eles riram e meu pai assentiu com a cabeça, jogando sujo. Ele pegou o taco, rolando-o em suas mãos por um momento.

— Jimin, eles jogam sujo.

— Ei! Você também! — Yukwon apontou para mim.

— Não faço ideia do que você está falando. — Me estiquei, levantando o bastão acima da cabeça e então para baixo e para o lado. — Não é minha culpa que todos encontraram o meu taco.

— Viu isso? É O Terror renascendo das cinzas — disse Kihyun, levantando as mãos para o céu.

— Tudo bem, então nós devemos escolher os times — Minha mãe veio para frente.

— Quaisquer que sejam as equipes, Jimin e Gguk não podem estar do mesmo lado. — Shownu apontava para nós dois.

— Por quê?

— É uma nova regra de família — afirmou meu pai, dando um passo à frente.

— Eu e a tua mãe seremos os capitães. Espertalhão da Cidade, você está com a minha mulher. Tente não envergonhá-la muito. Gguk, você está comigo. Yukwon, você está com as senhoras, Kihyun comigo e Shownu— 

— Frustrado. Eu sei que eu sou o juiz. Que haja uma segunda rodada. Eu quero uma vez deitado na grama. — Todos sabíamos que ele queria dizer, mas Jimin só continuou a olhar para o taco em suas mãos.

— Deitado na grama? — finalmente olhou para cima para me perguntar.

— Significa alguém tão mal que eles ficam ali como se fossem parte da grama — Shownu respondeu.

O loiro assentiu com a cabeça e então olhou para o seu taco de lacrosse. "Importa se trocarmos? Minha cor de poder é a azul."

— Cor de poder? O quê? — Shownu riu.

— Sim, e eu vou precisar de toda a ajuda que puder para acabar com o Terror aqui — disse Jimin, trocando os tacos.

— Ei! — Eu só estava tentando ajudá-lo.

— Venha Gguk — chamou Kihyun.

Caminhei. — Boa sorte.

— Obrigado. Por favor, cuidado com meu rosto, você sabe que é meu ganha pão — Ele piscou.

Balancei minha cabeça. Ia dizer que na verdade suas mãos que eram sua máquina de dinheiro, mas soaria sujo com minha família por perto. — Não, sério, por favor, não estrague o rosto dele — disse a eles, quando me puxaram para o amontoado.

— Jeongguk, ele não é do seu time — meu pai me disse. — Estamos na sua equipe, e seus colegas de equipe querem vencer, então...?

— Colocar eles para fora. — Eu me senti como na escola, tudo de novo.

— Não consigo te ouvir.

— COLOCAR ELES PRA FORA! — Eu disse mais alto.

— Vocês vão ficar ai o dia todo? — minha mãe gritou.

— Peço desculpas, eu não sabia que você estava com pressa de perder, querida — meu pai gritou de volta. Às vezes, eu não podia acreditar que fossem meus pais.

Shownu colocou a bola no meio do campo.

— Eu acho que você quer que eu vá na frente? — Perguntei. Eu os vi acenarem, como se falassem "obviamente". Quando fui para frente, assim como Jimin. — Não posso pegar leve com você

— Eu sei, sua mãe me disse — Balancei a cabeça. Shownu decidiu que essa era a hora de ser engraçado e começar a pregação.

— Agora só quero que se lembrem, isto é apenas um jogo e como tal, tem que ser jogado justo e que... seja um pouco sangrento.

— Shownu...

— 1, 2, 3 — Nós dois atacamos a bola, mas ele me empurrou pra trás com facilidade, invertendo o taco, levantando a bola do chão e atirando perfeitamente para Yukwon.

Surpreendendo tanto Kihyun e meu pai, fazendo assim o gol. Correndo para frente, tentei alcançá-lo quando Yukwon jogou, Jimin saltou sobre minha perna de trás, girou em torno de Kihyun tão rápido que o mesmo saiu da frente e ele ficou cara a cara com o meu pai.

Quando parecia que ele ia em frente, ele passou a bola pela direita de volta a Yukwon, pegando meu pai desprevenido e a bola deslizou para dentro da rede.

— Mas que diabos? — Shownu disse na margem, puxando seu cabelo castanho.

Jimin e Yukwon bateram as mãos e então o loiro olhou para meu pai. — Você está certo, joguei um muito beisebol enquanto crescia, mas foi somente durante a primavera e o verão. Meu treinador não queria me ver entediado, assim eu joguei lacrosse no outono e basquete no inverno. Se você tivesse trazido uma bola de futebol, eu teria me ferrado.

— Como eu estou agora, querido? — Minha mãe, que não tinha feito nada, estava sorrindo brilhantemente para nós. Quando Jimin voltou com ela, deu-lhe um high Five.

— Jeongguk — meu pai me disse.

— Oh, eu sei — disse a ele, segurando meu taco. — Jimin, as luvas de pelica estão saindo agora.

— Nunca pedi para colocá-las, em primeiro lugar — ele respondeu.

— Como pode namorar alguém tão arrogante? — Kihyun franziu a testa.

— Bem, eu estou prestes a humilha-lo.

Quando nos encontramos no meio de novo, ele se agachou em frente a mim, sorrindo como se tivesse roubado alguma coisa, com um brilho em seus olhos castanhos.

— Você sabe como me chamavam na escola? — ele perguntou.

— Não me importa.

— 1, 2, 3.

Nossos tacos de lacrosse bateram um no outro novamente. Desta vez, eu empurrei com tudo que eu tinha, e ele caiu para trás, perseguindo a bola que rolava pelo gramado. Tinha acabado de pegar quando ele bateu em meu taco, revertendo a jogada e recuperando a bola. Pegou desta vez, correndo de volta para o objetivo. Eu vim tão rápido quanto pude, mas Jimin estava em outro nível quando usava a velocidade. Num momento ele estava diante de mim e no próximo correndo direto para meu pai, que olhou Yukwon chegando pela sua esquerda. Desta vez Jimin não passou, ele atirou, e porque estava lentamente tentando elevar minha pressão arterial e do meu pai, ele acertou.

— Foi um tiro certeiro, no caso de você estar se perguntando — ele disse, correndo atrás de mim. Mordendo minha língua e respirei profundamente, tentei lembrar que era só um jogo.

— Jeongguk, você vem? —  chamou atrás de mim.

— Você, Dr. Park, vai se machucar.

 

JIMIN

 

Com um impulso rápido para frente, ele me enquadrou tão forte que cai de costas, e ele caiu em cima de mim.

— Oh — eu gemi, tentando respirar de novo.

— Você viu o ponto em que ele fez? — Yukwon correu até nós.

— Não, eu estava muito ocupado sendo assassinado — murmurei, largando o taco e esfregando meu peito quando ele saiu.

— Rapaz, nós perdemos! — Sua mãe se aproximou de nós. — Não havia nada que pudéssemos fazer realmente quando Won Bin, o grande traidor, teve que pular interromper.

Nós estávamos jogando por um pouco mais de uma hora. Tinha marcado o primeiro e único dois gols do jogo, mas depois do seu pai teve que sair e decidiu epicamente esmagar meu orgulho. Para um homem que tinha tido um infarto um mês antes, estava em ótima forma.

— De qualquer forma, eu já tinha mandado o Shownu correndo em casa para buscar a comida que eu fiz.

Tentei levantar, mas meu corpo não estava ajudando. — Só vou ficar aqui por um momento.

Kihyun riu, ajoelhando-se. — E é por isso que chamamos de deitado na grama.

— Sim, eu entendi isso — gemi novamente.

— Gguk, você só vai ai, também?

Ele lhe mostrou o dedo, seus olhos fechados. — Fodam-se vocês por me fazer voltar a jogar. Eu odeio tanto lacrosse.

— Por que jogou na escola? — Eu olhei em sua direção.

— O seu pai era o treinador —  Kihyun sorriu, levantando-se e colocou uma garrafa de água ao meu lado. — Você não foi de todo ruim, Jimin.

— Eu o vejo, usando o meu nome agora. — Finalmente sentei-me.

— Não fique todo animado por isso. — Ele franziu a testa, indo embora. Jeongguk suspirou, virando de costas e levantando a perna, tentando esticá-la.

— Fiquei com as pernas duras.

— Eu sei, me de aqui — disse, pegando sua perna e colocando-a no meu colo.

— Jimin —

— Você se machucou enquanto jogava? — Perguntei seriamente, pressionando suas panturrilhas. Liberando uma respiração através do nariz, ele sentou-se ao meu lado, olhando seu pai, que estava ao lado de sua mãe, ainda esfregando sua vitória.

— Meu pai ama lacrosse. Ele jogou com o meu avô, e ele jogou com o meu irmão. Então, quando ele morreu, tive a certeza de jogar, também, não importa o que. Eu me machuquei no meu último ano. Lembra-se de Lee Joo Yeon? A mulher que estava à espera e segurando Gureum?

Balancei a cabeça.

— Ela tropeçou e pisou na minha perna.

Estremeci com o pensamento disso. — Isso é Joonie com quilos a mais?

— Sim, e minha perna quebrou. Ela se sentiu tão mal, e todo mundo a sacaneava por isso. Era prática, e lembro que secretamente lhe disse que fiquei meio agradecido porque eu não tinha que jogar mais.

— Mas você ainda jogou depois de curado, não foi? — Ele nem sequer tem de responder, eu sabia. — Tem certeza que não é você que é uma rocha? — perguntei, ajudando-o a levantar, porque de onde eu estava olhando, parecia que ele estava tendo um monte de peso em seus ombros.

Jeon sorriu. — Nunca em nenhuma das histórias que já ouvi do meu pai uma pessoa implora para a rocha vir.

— Você me confundiu — Segurei sua mão, voltando para sua família e amigos.

— O símbolo para a chuva é o thunderbird, e se você implorar bastante, às vezes ele vem. Mas a rocha, não importa o quanto você implore, vai ficar em seu lugar, tendo qualquer peso que está sobre seus ombros. Meu pai precisava encontrar uma maneira de fazer uma conexão comigo depois que meu irmão morreu. Vim e dei-lhe uma. Não me arrependo. Todas as vezes minhas pernas ficavam duras, mas eu tenho tantas memórias dele correndo para mim, depois de um jogo, torcendo no topo de seus pulmões, levantando-me e me girando. Não foi um fardo para mim. — Ele sorriu, envolvendo a mão no meu braço. Estendeu a mão e beijou do lado da minha bochecha. — Você foi ótimo, meu pai só não gosta de perder.

— Gguk — Won Bin ergueu uma garrafa de água em sua direção. Ele revirou os olhos, sabendo que só queria nos separar, mas foi até ele mesmo assim.

Não conseguia tirar meus olhos dele quando bateu nos ombros de seu pai e ele envolveu seus braços ao seu redor, dizendo-lhe algo.

Era incrível como toda vez que eu o via agora, parecia estar em câmera lenta, meus olhos querendo capturar cada uma de suas expressões faciais, sua voz, seus movimentos, para salvá-lo em minha memória para sempre. Isso me fez pensar:

Como cheguei aqui?

Quando comecei a cair tanto por ele?

É isso mesmo o que estou fazendo, caindo?

E, mais importante, ele também?


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelas msgs na tag e pela divulgação. Obrigada pelos votinhos e continuem usando a tag: #EuAmoMeuGureum

Até a proxima e beijo na bunda!!



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