happily ever after. escrita por unalternagi


Capítulo 43
Meu equilíbrio, meu destino


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!

Estou muito animada com o retorno que vocês têm me dado e também muito animada de estar conseguindo finalizar minha história amada, ainda tem muito o que acontecer e hoje tem grandes surpresas aqui.

Espero que gostem. Boa leitura!



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Capítulo 43 – Meu equilíbrio, meu destino

|EMMETT|

Coloquei Henri na sala com seus brinquedos e apressei-me para colocar as roupas sujas que estavam no cesto do banheiro para lavar, depois daquilo arrumei as coisas que estavam fora da ordem em casa, sentei e brinquei com meu filho enquanto a máquina lavava a roupa, então a coloquei toda na secadora e, enquanto secava, ajudei Henri a montar com os blocos coloridos que os avós dele tinham dado e era um de seus brinquedos favoritos.

—Papai vai dobrar roupa, está bem, macaquinho? – avisei docemente ao escutar a máquina apitar.

—Bobá...

—Dobrar, amor, isso – sorri e fui buscar o cesto.

Henri pegou sua motoca e começou a brincar de correr pelo corredor do apartamento com ela. Chequei para ter certeza de que todas as portas estavam fechadas, principalmente a do banheiro porque ele estava criando curiosidade para ver o que tinha dentro do vaso sanitário.

Depois de dobrar as roupas fui cuidar do almoço e, aproveitando que Rosalie tinha comprado um monte de imãs de geladeira de bichos em geral e Henri os adorava o deixei sentadinho de frente a geladeira com algumas panelas vazias para ele se distrair enquanto ele fazia os sons dos animais. Ele começou a imitar o macaco e eu levei um susto, não sabia que ele conhecia aquele som.

—Macaco, filho? – eu ri – É isso mesmo, você é o macaquinho do papai – falei tolamente.

Parte da minha mente sempre se perguntava se um dia eu perderia aquela voz fina que eu usava para falar com Henri, eu meio que esperava que não.

Bella chegou em meu apartamento depois das suas aulas matinais na faculdade. Ela estava defendendo que, para ela, o aniversário de Edward era um feriado nacional então, apesar dele mesmo não ter pegado folga, ela tinha e ia passar a tarde com Henri.

—Filho, mostra para a madrinha como que a vaca faz – pedi sorridente.

Henri sorriu amplamente.

—Muuuuuu – ele fez do jeito mais lindo que um humano poderia mugir e eu ri, vendo Bella gargalhar.

—Que vaca linda, madrinha – minha irmã disse beijando seguidas vezes o rosto do meu filho.

Eu terminava o almoço enquanto ela começou a lavar a louça para me ajudar, perguntando sobre receitas de bolos para que ela assasse um para Edward.

—E como fica a história do seu cabelo? – perguntei curioso quando o assunto sobre receitas morreu.

—Como assim? – ela indagou confusa.

—Sabe que tinta faz mal para você, certo? Acho melhor falar com seu médico sobre isso.

Bella soltou a forma que lavava na pia.

—O que?

—É, Bells... Falar nisso, já tem obstetra? – perguntei sentando-me na frente da geladeira com meu filho, esperando a lasanha assar.

—Eu ainda não tenho obstetra e não sabia que eu não poderia pintar meu cabelo durante a gestação, eu vou ir chutar o cu do Jasper e já volto – ela disse secando as mãos e eu ri.

Ia a impedir e dizer que, às vezes, ela podia, se a tinta fosse sem amônia e, claro, era o tipo de coisa que ela tinha que conversar com o médico que ela escolhesse para sua gestação, mas ao mesmo tempo, eu lá ia impedir minha irmã de deitar o Jasper no soco? Claro que não.

Inclusive, queria ir ver ela fazer isso, mas estava cuidando do meu pedacinho e da lasanha, então deixei para lá.

Não demorou mais do que alguns minutos para Bella e Jasper entrarem em meu apartamento, conversando pacificamente.

—Sem sangue? – perguntei decepcionado.

Jasper revirou os olhos e levantou a camiseta mostrando um vergão em sua costela.

—Ah, ficou feio – Bella comentou parecendo meio culpada.

—O que aconteceu? – indaguei meio surpreso e meio esperançoso.

—Eu estava aspirando o meu lar e essa chita chegou lá soltando fogo pelas ventanas dizendo que ela ia estar com o cabelo ridículo no meu casamento e sei lá mais quê. Primeiro que eu estava com o aspirador ligado e segundo que você sabe como a Bella fica quando está muito brava – Jasper começou, sentando-se do meu lado com Henri – Faz a ovelha, neném... – ele pediu docemente para meu filho.

—Béééééé – Henri fez alto e nós três começamos a rir, aplaudindo a performance dele.

—Umas das coisas mais legais que já ensinei alguém a fazer – Jasper falou orgulhoso – Ele mostrou o macaco? – meu cunhado perguntou.

Bella se sentou conosco.

—Eu quem ensinou o macaco, ridículo – ela falou para o loiro.

—Eu falei que fui eu?

—OPA, chega – demandei – Estou escutando como o soldadinho de chumbo ficou ferido por apenas uma grávida inofensiva – zombei.

—Não é inofensiva nem aqui nem na China – Jasper bufou – Chegou na minha casa falando alto, eu desliguei o aspirador e comecei a rir porque entendi que ela falava do cabelo e, você sabe, eu amo ganhar uma Sumber Aposta – ele disse segurando a risada.

Era verdade e eu sequer o poderia culpar, era tão gratificante pisar na cabeça da pessoa que perdeu porque, enquanto construíamos a super aposta, costumávamos amaciar o ego da pessoa o máximo que conseguíamos.

—Ele é um idiota, eu estou sensível – Bella se defendeu – Só taquei a primeira coisa que que vi... Uma almofada, não era para machucar, era para ele parar de rir e escutar minhas reclamações.

—Uma almofada fez isso? – perguntei chocado imaginando com que força ela tinha que atacar um objeto macio e machucar o garoto daquela forma.

Deslizei a bunda até o forno, chequei vendo que o queijo já estava dourado e desliguei.

—Claro que a vesga não ia acertar um objeto em mim né, a almofada bateu na parede, mas o controle remoto que estava em cima da almofada não, ele bateu direitinho na minha costela – Jasper contou esfregando o local.

—Eu já pedi desculpas – Bella falou com um beicinho.

Henri abraçou o pescoço dela quando viu que a feição dela estava triste.

—Não pode, titi Jazzy – ele repreendeu Jasper entendendo que ele quem deixava Bella triste.

Minha irmã abraçou o corpinho do meu filho, mostrando a língua para Jasper.

—Desculpa, macaquinho – Jazz respondeu rapidamente.

Fiquei rindo de Jasper um bom tempo e Bella defendeu que o universo quem atacou o controle nele já que, segundo ela, o objeto que ela queria que o acertasse, não acertou. Então ela se isentava de toda e qualquer culpa.

Jasper e Bella me contaram que fizeram as pazes quando ela chorou e ele pesquisou na internet que ela poderia pintar o cabelo com tinta específica e ele mesmo faria aquilo por ela o quanto antes. Como um pai responsável, avisei que ainda que a internet dissesse algo, seria mais prudente falar com o médico antes, ela por fim me pediu o número do obstetra de Rosalie e, como eu tinha trocado de celular recentemente, mandei mensagem para Rose pedindo o número.

—Ela disse que o Edward pegou o número ontem, que deveríamos perguntar a ele se ele não ligou já.

—Isso é tão Edward – Jasper comentou.

—Ah lá, vai começar a querer cuidar de tudo, o super-homem – Bella bufou alcançando seu celular.

Jasper e eu fomos nos arrumar para sair de casa. Ele me deixava no trabalho e seguia para seu curso todos os dias, hoje sairíamos um pouco mais tranquilos porque não teríamos que deixar Henri na creche.

Depois de despedidas rápidas, Jazz e eu entramos no carro.

—E Alice? – perguntei curioso.

—Irracional – Jasper suspirou – Edward conversou com ela, eu acho, e parece que tudo ficou ainda pior.

—Os Cullen sendo os Cullen – dei de ombros.

De todos os pares de irmãos, Edward e Alice eram os mais esquentados e tinham umas brigas feias entre si, mas também esqueciam mais rápido que qualquer coisa e eu estava contando com aquilo para que Alice não fizesse com Bella e Edward o que minha mãe e os Hale fizeram com Rosalie e eu, era triste demais não poder ficar plenamente feliz por uma coisa tão linda quanto uma gravidez provinda do amor entre duas pessoas.

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|ALICE|

Saí da faculdade apressada, chamei o Uber que não demorou para chegar.

Estava exausta física e mentalmente, feliz por estar de folga, mas também frustrada. Eu tinha feito meu melhor para conseguir folga no dia do aniversário de Edward, Bella e eu queríamos fazer alguma coisa, uma surpresa boba para ele, mas tudo se cancelou depois da minha reação exagerada de ontem.

Era claro que eu sabia que não fui racional com tudo o que fiz e como me portei ontem, sequer teria uma desculpa para aquilo e, insegura como estava, foi apenas de péssimo tom que Edward tivesse me dado uma palestra naquela manhã.

Queria pedir desculpas, mas agora já não sabia como.

Subi para meu apartamento, realmente tentada em parar no andar de Bella e Edward e tentar falar com ela, sabendo que ela deveria estar no apartamento de Rose e Emmett com Henri, mas não tive coragem, não saberia o que dizer. Então corri para minha casa.

Soube que não ficaria a tarde toda me corroendo quando, da porta, escutei gritinhos de Henri. Abri a porta com um sorriso fácil e encontrei Bella e Henri na cozinha, fazendo um bolo.

—Oi, titia Lili – Bella cumprimentou sorridente.

Algo em meu peito aqueceu em escutar aquilo vindo dela, sabendo que em seu ventre crescia um pedaço do meu irmão, da minha melhor amiga, o amor que acompanhei de camarote, que eu sabia que era um amor inteiro, que salvava, que já tinha passado por suas provas e agora colhia seus bons frutos, seus lindos frutos, meu sobrinho ou sobrinha.

—Desculpa – chorei e Bella se espantou.

Henri correu para mim, abraçando minhas pernas e eu abaixei recebendo o carinho da pessoa que não entendia quão feia minha atitude da noite anterior tinha sido.

Minha cunhada parou perto de mim.

—Eu te juro que não foi planejado, estávamos nos cuidando como sempre, mas esse neném rebelde que está a caminho não respeitou os pais dele – ela disse docemente, se abaixando a minha frente – Você é minha irmã de coração, preciso que esteja feliz comigo. E nós estamos muito felizes, Lili, muito mesmo. Descobrimos há pouco mais de vinte e quatro horas e seu irmão já está completamente rendido, ainda mais protetor do que já conhecíamos – ela contou emocionada – Eu te entendi sobre querer um momento só seu, mas o bebê queria estar no seu casamento, não fica chateada com ele não – Bella sorriu.

Trouxe Henri para abraçar Bella comigo e logo nós três – quer dizer, quatro – éramos um montinho de muito amor.

—Não estou chateada, Bells, desculpe mesmo, foi uma reação exagerada e completamente doida. Eu estou muito feliz. Eu vou ser tia – chorei sorridente.

—Você já era.

—Claro que sim, mas agora vou ser tia de um bebê que divide o sangue comigo. Filho do meu único irmão, isso é lindo demais, Bells, estou tão feliz por vocês – confessei e Bella riu, abraçando-me com carinho.

O resto da tarde foi dividida entre brincar com Henri, terminar o bolo e conversarmos sobre aquela nova notícia que nos tomava a atenção. Apesar de saber que com Edward não seria tão simples quanto foi com Bella, ainda assim, me vi ansiosa para a chegada do meu irmão e o abraço que eu estava lhe devendo desde o dia anterior.

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Depois de uma semana inteira tentando conseguir o amor do meu irmão de volta, apenas na sexta-feira que eu tive a ideia perfeita para animá-lo e para ele entender que não, eu não estava realmente chateada por ele ser pai na mesma época me que eu ia me casar – tudo foi apenas uma atitude impensada e infantil, todos tínhamos um momento daqueles.

Tínhamos feito jantar mexicano para comemorar o final de semana – na verdade eu só queria conquistar Edward pela barriga, não deu certo, tive que mudar o jantar da minha casa para a da Rose, senão ele nem ia.

—Ele é ótimo mesmo, fiquei muito contente quando arrumou horário para nós – Bella comentou deitada confortavelmente na cama de Rose e Emm.

Estávamos nós três lá conversando depois de encher as barrigas de comida.

—E os enjoos? – Rose perguntou preocupada.

—Só de manhã que sinto algumas náuseas, mas nada de muito preocupante... Quer dizer, digo para mim né? Porque o Edward parece que eu vou morrer, ele fica pesquisando todos os dias sobre hiperemese para ter certeza de que não é isso – Bella riu.

—Acredite, você saberia se fosse – Rosalie tremeu.

—A cara dele – eu ri.

—Exato. Mas fora isso nem teria desconfiado de nada se eu não estivesse prestando atenção no meu ciclo menstrual – Bella comentou comendo mais do pote de sorvete que estávamos dividindo.

—Que injustiça do cão – Rosalie negou – Não podiam ter dividido entre você e eu minhas náuseas?

—Para ser justo tinha que dividir com a Alice também – Bella deu de ombros nos fazendo rir.

Nos perdemos em conversas sobre o bebê antes de migrarmos para o meu casamento, mostrei os arranjos que tinha decidido e um vídeo do fotógrafo que contratei.

—Vai ser tão lindo – Bella sorriu sonhadora.

—E o vestido da buchudinha? Já pensou nisso? – Rose perguntou curiosa.

Lembrei do que tinha pensado na noite anterior, o vestido que tinha desenhado.

—Ah, eu queria mesmo falar sobre isso – contei animada – Tive uma ideia ontem durante o banho...

—Acho que se foi durante o banho que a teve, talvez Jazz esteja mais interessado – Rosalie brincou, gargalhando sozinha.

O meu pensamento de que, depois de muita convivência, os casais começavam a pegar manias um do outro se fortaleceu com aquela atitude de Rosalie que fazia piadas à lá Emmett a rodo desde que começou a morar com ele.

—Bem doida – murmurei – Para de ser doente, é sobre a Bella e o Edward na verdade – falei.

Claro, todos sabiam que eu tinha um fraco por interromper ideias na metade para dar uma pausa dramática, entretanto, eu já deveria ter aprendido que eu era irmã de pessoas imbecis demais para que eu tivesse minha pausa dramática livre de comentários.

—Eu vou te pedir uma coisa com carinho, Allie – Bella disse séria – Não pense em Edward e eu no seu banho, é apenas doente demais – ela falou forçando um arrepio o que fez com que Rosalie risse ainda mais.

Parei encarando as duas por um momento antes de revirar os olhos, alcancei meu celular para mostrar o desenho que tinha digitalizado mais cedo.

—Eu posso continuar ou as duas palhacinhas têm mais comentários a fazer? – perguntei entediada.

—Fale de uma vez – Rosalie demandou controlando suas risadas.

—Eu estava pensando em vestidos de noiva, porque sim... Eu às vezes penso em roupas no banho e imaginei um lindo, bem acinturado e de um tecido bonito... Para uma grávida – falei olhando para Bella, que perdeu todo seu humor quase que instantaneamente – Acho que é justo, considerando que vocês estão noivos, serão papais e todos estaremos em Forks para o meu casamento, que façamos dois em uma tacada só – sugeri.

—Essa é a ideia? – Rose ridicularizou.

—Genial, não? – sorri animada.

—Eu diria irreal – ela rebateu.

Começamos nós duas uma argumentação. Rosalie defendia que um casamento precisaria de muito planejamento e dias para ser feito, mas eu sabia que daríamos conta se nos juntássemos e pensássemos juntas. Sabia que Bella e Edward não se encaixariam no meu casamento com Jasper, porque nossos gostos eram muito opostos, mas eu confiava que daria certo planejar simultaneamente, cada um o seu evento.

—Parece certo – Bella murmurou mais para si mesma do que para nós duas.

Rosalie se surpreendeu, eu me animei.

—Bells, pensa bem. Você tem que escolher seu vestido, fazer a lista de convidados, mandar os convites, escolher o buffet, o local... – Rosalie começou a enumerar.

—Por isso é tão perfeito, Rose. É como Alice disse, todos estarão em Forks para o casamento dela, até mesmo minha família. Nós seis estaremos de férias... É mais do que apenas perfeito. Eu não quero uma coisa muito gigante, dá para fazer um casamento perfeito no jardim dos nossos pais – Bella dizia sonhadora.

Pulei da cama, dando uma pirueta de animação. Voltei a recuperar meu celular e mostrei para Bella o desenho que eu tinha feito, ela começou a opinar em pequenos ajustes do que ela preferia e eu gostava de imaginar como ficaria o resultado.

—Se pensarmos juntas, conseguimos planejar tudo juntas. O meu já está tudo encaminhado, podemos enviar o convite do seu no começo do mês que vem... Um mês antes do casamento é mais do que o necessário se todos os seus convidados estarão no meu casamento – eu sugeri para Bella.

Rosalie nos encarava dos pés da cama, a feição irônica.

—Esqueceram-se apenas de um pequeno detalhe – ela disse sarcástica.

—Nós já estávamos juntando dinheiro para nos casarmos, Rose, e com o poder de barganha de Alice nós não devemos ter um problema, qualquer coisa eu peço um empréstimo ao meu pai, mas Edward e eu temos dinheiro aplicado – Bella disse rapidamente.

—Não é isso, meu anjo, estou falando do noivo – Rose sorriu.

A feição de Bella ficou impassível por um segundo.

—EEEEEEEEEEEEEDWARD – ela gritou repentinamente, me dando um susto.

Meu irmão chegou no quarto em um tempo impressionante, meu coração nem tinha começado a se acalmar quando ele irrompeu pela porta, parando ao lado de Bella, os olhos procurando qualquer sinal de perigo, uma mão voou para a testa dela e outra para a barriga.

—O que acontec-

—Calma, vida. Eu estou bem – Bella sorriu angelicamente.

A mão que estava na testa de Bella foi para o coração dele.

—Então para que você gritou dessa forma aterrorizante, vida minha? – ele perguntou.

—É simples, eu tenho uma proposta para você.

—Proposta? – ele indagou desconfiado, olhando entre nós três.

Naquele momento eu já soube que as coisas estavam bens entre nós dois. Ainda conversaríamos, mas eu já sabia que, ao menos, eles estava disposto a conversar, e aquilo era um avanço.

—Que tal nos casarmos em agosto? – Bella disse de uma vez.

Edward parou, parecia que alguém tinha apertado pausa por um instante, ele respirava devagar, não deixou de encarar Bella, a expressão sem entregar nada. Bella se afastou do canto da cama o puxando para sentar-se ao lado dela, a mão dele ainda na barriga plana da minha melhor amiga.

Jasper, Henri e Emmett entraram no quarto olhando para nós quatro, completamente quietos. Rose, Bella e eu concentradas em um Edward completamente imóvel.

Ti foi, madinha? O neném machucô? – Henri perguntou quando Emmett o colocou na cama perto de Rosalie.

—Não, macaquinho, o bebê da tia é bonzinho igualzinho você era quando estava na barriga da sua mamãe – ela jurou sorrindo docemente para ele que engatinhou até ela.

—Então por que gritou, chita? – Jasper perguntou curioso.

Eu sorri correndo para ele, saltitante.

—Amor, Bella e Edward vão se casar em agosto também – contei animada.

—Não era ela que estava dando show no domingo porque a Bella e o Edward roubaram a atenção dela? Que que a surtada está fazendo planejando o casamento deles para o mesmo mês que o dela? – Emmett indagou debochado, deitando-se atrás de Rosalie.

Joguei-me na cama com Jasper. Nós sete – oito com meu novo sobrinho – estávamos deitados na cama de Rose e Emm e ainda tinha um pouco de espaço. Se aquela cama não era tudo, eu não sei o que era.

—Você consegue fazer, em menos de dois meses, o casamento dos seus sonhos? – meu irmão indagou Bella, sério.

—Nós conseguimos – ela garantiu, o sorriso fácil tomando seu rosto.

—Então é claro que eu quero me casar com você. A gente só não foi para Vegas porque a Alice nos proibiu – ele disse rindo.

Era verdade, depois do pedido, os dois tinham alinhado uma folga de dois dias, do nada, eu não era tonta, descobri os planos e os vetei de fazer aquilo, não por nada, mas eu queria estar no casamento deles, sem contar que era a madrinha matrimonial deles, ou seja... Não.

—Vocês estão dizendo que eu sou, oficialmente, uma madrinha matrimonial? – indaguei para ter certeza.

—Não que você mereça...

—Edward – Bella repreendeu.

—Não estou mentindo – ele falou sério.

—A gente vai conversar sobre isso, mas bem agora, quero que todo mundo entenda que... EU VOU SER MADRINHAAAAAAA, PLANEJAREI TUDO SOZINHA – gritei de joelhos na cama e comecei a dançar, fazendo Henri gargalhar e se levantar para dançar comigo.

—Sonha – Edward murmurou ainda de cara fechada.

Ele estava me provocando.

—Que dia vai ser? – Jasper perguntou curioso.

Todos paramos para encarar os noivos.

—Treze de agosto – Bella falou rapidamente.

—Boa, uma semana depois do meu, é sábado também – Jasper aprovou.

Bella sorriu de canto.

—Não é só por isso – ela disse sorrindo – Dia treze foi quando Edward me pediu em namoro oficialmente – ela disse sonhadora.

—Dia treze é perfeito – meu irmão sorriu, beijando o cabelo dela.

—A chacota deles serem pegos no amasso dia onze, me dizerem que estavam apenas ficando e Edward pedir a Bella em namoro dois dias depois não será esquecida – Emmett falou alto.

—Não percamos o foco aqui... – Rosalie demandou – Só eu acho um absurdo que vocês estejam querendo planejar um casamento em um mês? – ela perguntou séria.

—Sim – o resto respondeu junto.

Tim— Henri repetiu arrancando gargalhadas.

O resto da noite foi gasta com nós seis conversando e trocando ideias sobre o que tinha no meu casamento que eles poderiam usar e o que poderíamos pechinchar valor. Em certo ponto, Edward ligou para nossos pais pedindo para usarem o jardim das casas conjugadas o que, claro, foi liberado depois de tio Charlie encher o saco de Edward sobre ele estar indo apressado demais com tudo.

Bella e Edward começaram a discutir, pacificamente demais, a lista de convidados. Jasper não pôde me ajudar com aquela parte para o nosso, então eu apenas convidei todo mundo que nós conhecíamos. Bella e Edward cortaram nossa lista mais do que na metade.

—Para que mais, certo? – ele sorriu ao fechar o número.

—Só nossa família e os amigos mais próximos – ela concordou

—Quantas pessoas? – Rose perguntou.

—Noventa, para arredondar – Edward falou deixando o celular de lado.

Eles começaram a conversar sobre o buffet enquanto eu pesquisava tecidos. Eu tinha a impressão que Emmett estava ali só para fazer comentários bobos, mas eu estava rindo bastante e foi um bom fim de noite. Edward enviou uma mensagem para mim em certo momento.

E: Eu te amo, tola. Meu bebê tem sorte de ter uma titia tão amorosa. Você é importante demais para nós, vamos fingir que nada aconteceu?

A: Combinado.

Sorri para ele do outro lado da cama e ele piscou, voltando a opinar sobre servir jantar ao invés de apenas um coquetel.

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|EMMETT|

Por todo o mês de julho eu vi minha irmã, Alice, Edward, Jasper e Rosalie completamente envolvidos em trabalharem todos os detalhes dos dois casamentos mais diferentes que Forks teria. Alice e Jasper se casariam na praia e Bella e Edward na natureza. Alice e Jasper quiseram todas as festas que tinham direito – jantar de ensaio, cerimônia, casamento, balada, tudo. Bella e Edward pularam o jantar de ensaio, não viram necessidade.

Henri tinha completado seus dois anos em uma festa menor que a do ano passado, comemoramos na fazenda de Garrett só com nossos amigos mais próximos, mas tinha sido muito divertido e nossos pais participaram por vídeo chamada na hora do parabéns.

Enquanto isso, a presença de Edward ou Jasper foi completamente proibida em minha casa quando, no final de semana que precedeu o primeiro casamento, duas capas pretas chegaram – o vestido das noivas.

Eu não entendia muito daquilo e não era bom em visualizar, mas eu achava que tanto uma quanto a outra estariam estonteantes, sem fugir de seus próprios estilos.

Jasper, Alice, Rosalie, Henri e eu fomos para Forks na quarta-feira, Bella – e sua acentuada barriga de cinco meses de gestação – tinham um último plantão para fazerem antes de embarcarem na sexta de manhã.

Daquela vez foi um pouco diferente da última que tivemos em Forks. Minha sogra tinha arrumado todo o quarto de Rosalie para ficarmos lá, ela comprou um berço e arrumou todas as coisas para ficarmos bem confortáveis, Rosalie ficou emocionada com a atitude da mãe e, mais que felizes, ficamos ali. Até minha mãe parecia bem com aquilo, claro que ela estava todo o dia por lá, cedo para ver Henri. Bella e Edward ficaram na casa de meus pais e Alice e Jasper nos Cullen, até que na sexta-feira Jasper foi enxotado para a casa dos seus pais, antes mesmo do jantar de ensaio, já que Alice só queria Bella e Rosalie lá na casa dela para a ajudar a se arrumar.

A pousada de La Push estava fechada para os convidados dos dois casamentos, assim, foi apenas correto fazerem o jantar de ensaio na cidade.

Estava terminando de pentear meu filho quando Jasper apareceu muito bem vestido na sala.

—Olha como o tio Jasper está bonito, filho, parece um príncipe – brinquei fazendo Henri sorrir para o tio.

—Tá bonito – Henri falou e Jasper fez uma reverência em nossa frente.

Antes que pudéssemos crescer na brincadeira, a campainha soou alto e, antes que alguém fosse atender, Edward entrou na casa dos Hale, a feição entediada, e um terno tão bem alinhado quanto o meu. Era óbvio que Alice quem tinha nos vestido.

—O noivo mais gato do pedaço – Edward disse entrando na sala.

—Eu sei que sou o mais bonito de nós três, nunca neguei.

—Nem você acredita nisso – Edward zombou se jogando na poltrona – Eu vim para cá porque eu não podia falar com minha esposa...

—Noiva – corrigi.

—Sem que a insuportável da sua noiva – ele apontou para Jasper, a careta de desgosto.

—Sua irmã – Jasper lembrou.

—Não sei como – Edward dramatizou – Tanto faz, sem que aquela insuportável garota nos atrapalhasse chamando... Desculpa, a palavra certa é demandando que Bella fosse ficar com ela – ele reclamou – Então a fada Rose disse que elas já estavam quase prontas e nos mandou ir encontra-las na casa dos meus pais.

Finalizei o cabelo do meu filho e sorri para o quão adorável ele parecia.

—Pronto, macaquinho, estamos prontos – falei dando um beijo no nariz dele.

Vamo bucá a mamãe? – ele indagou animado.

—Sim, meu amor, a gente vai ir buscar a mamãe, a madrinha e a titia Lili – falei me levantando.

Edward se apressou pegando Henri no colo e o enchendo de beijos, elogiando o quão cheiroso ele estava.

—Passei fefume, padin— Henri contou orgulhoso.

—Muito bom – Edward elogiou enquanto saíamos da casa dos Hale.

Bella saía da casa dos Cullen e nos encontramos na frente da casa dos meus pais, que era a metade do caminho.

—Os noivos vão com o carro de Anne e o resto com o do meu pai – Bella avisou girando a chave do Jeep no dedo.

—Nossos pais já foram? – perguntei recebendo um aceno de cabeça.

—Você está muito linda, vida – Edward elogiou, completamente apaixonado, meu filho em um braço e a outra mão na barriga dela.

—Estou chateada porque minha barriga ficou meio disfarçada com essa roupa, mas tudo bem... Que bom que gostou – ela sorriu docemente.

—E cadê a minha parceira? – pedi ansioso.

—Mamãe – Henri gritou quando Rosalie começou a andar até nós.

—Estamos todos prontos? – ela indagou recebendo afirmativa, apressei-me para o lado dela, depositando um selinho casto e a elogiando em seu ouvido – Você está lindo, ursão – ela sorriu antes de se voltar para seu irmão – Jazz, trás o carro da mãe para a frente da casa dos Cullen, assim a Alice não se cansa – ela sugeriu.

O jantar de ensaio foi um luau – não na praia do casamento – foi bem mais intimista do que pensei, apenas nossas famílias e amigos mais próximos – basicamente os convidados do casamento de Bella e Edward.

Era um perfeito exemplo do tipo de festa que Alice gostava de planejar e nos divertimos muito na véspera do primeiro casamento da junção Swan-Cullen-Hale. 

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|ALICE|

O spa em que eu e minhas madrinhas estávamos era perfeito, mesmo que pequeno. Foi uma indicação de Tanya em La Push, a dona era namorada do sogro dela e eu não me arrependi de ter dado uma chance.

Bella foi a última a chegar já que tinha acordando passando mal e Edward foi irritantemente reticente em a deixar lá, mas depois de muita conversa e promessas de que ligaríamos para ele se qualquer coisa acontecesse, ele aceitou ir ficar com Emmett e Jasper.

Henri ficou o tempo todo conosco. Ele amou como o pessoal do spa foi atencioso e até ganhou massagem por cortesia da casa. Estava se achando.

Próximo do horário do casamento, a maquiadora começou a trabalhar em mim e eu apenas deixei que me mimassem para o que seria o dia mais feliz da minha vida.

—Oi, princesinha – escutei e sorri vendo minha mãe entrar na sala em que eu me arrumava.

—Oi rainha – brinquei sorrindo e senti o flash em mim.

Minha mãe andou para o meu lado, deixando um beijo em meu cabelo que ainda estava preso em bobs para o enrolar. Ela ficou um pouco lá conosco, estava esperando meu pai nos trazer os buquês que ele foi buscar e os vestidos que tinham estado na lavanderia para serem passados.

—Toc toc – escutei quando a maquiadora avisou que tinha terminado.

Vi meu pai entrar no quarto pelo espelho, mas por um segundo apenas fique olhando para meu reflexo no espelho, parecendo que a ficha tinha começado a cair sobre o que aconteceria em pouco tempo.

—Você está linda, minha princesa – escutei meu pai dizer e sorri para ele pelo espelho, sentindo as lágrimas queimarem em meus olhos – Ó, querida, não chore – ele sorriu abraçando meu ombro.

—Eu só quero uma rosquinha, Rose, não vou sujar o vestido, por favor – escutei Bella reclamar.

—Aqui, vida – olhei só percebendo naquele momento que Emmett e Edward estavam na sala e minhas outras madrinhas tinham saído.

Edward entregou uma toalha para Bella colocar no colo e, claro, que a rosquinha caiu com o recheio para baixo no segundo que Emmett entregou uma para ela.

—Eu te falei – Rosalie repreendeu.

—Não sujou o vestido – Bella defendeu mastigando.

Eu ri deles e pedi um tempo. Apressei-me para o banheiro com Rose em meu enlaço, ela e o cabeleireiro ajudaram-me a vestir meu vestido. Ele soltou meus bobs, arrumando os cachos para ficarem em meus ombros. Eu tinha cortado o cabelo para fazer exatamente aquilo, deixar o cabelo solto e mais natural, mesmo com todo o laquê que ele passou – laquê bom para o cabelo não ficar duro. Rosalie saiu de lá de dentro para avisar que todos se preparassem.

—É isso? – ele perguntou docemente.

Sorri vendo minha imagem no espelho de corpo inteiro.

—Eu acho que é – sorri emocionada.

Ele abriu a porta para mim, correndo para atrás de mim para arrumar a cauda do vestido.

—Mamãe, é vedade eu escuti minha baíga oincando— escutei Henri dizer quando voltei para a sala.

Ninguém disse nada por um momento e eu sorri, gostando da reação que causei.

Todos encheram-me de elogios e, a partir daquele momento, começou aquela comoção para irmos para a praia, aparentemente, Jasper já estava lá. Edward andou calmamente até mim quando Bella e Rosalie começaram a distribuir os buquês e Bella entregou as alianças para Emmett – mesmo que fosse sua garantia de que ela era mais importante que as outras damas de honra, ela ainda não confiava em sua cabeça esquecida de grávida para não estragar o momento.

—Hoje você se casa e, em exatamente uma semana sou eu. Quero te dizer que a coisa mais importante de todas, durante a minha vida toda, foi ter você em cada fragmento dela. E quero te agradecer por ter me proporcionado isso, fadinha. Quero que estejamos juntos sempre. Isso conta muito – ele sorriu docemente, segurando minha mão – Eu amo você.

—Eu te amo, Eddie – respondi altamente emocionada.

Os meninos foram para a praia com a minha mãe e Henri. Meu pai, eu e as meninas esperamos mais um tempo, então entramos no Porsche amarelo canário que eu tinha alugado para aquele momento.

—Se era estilo que você queria, parabéns – meu pai brincou – Nunca dirigi um desses – ele disse animado. 

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Da beirada da praia eu não conseguia ver Jasper devido a grande quantidade de padrinhos que se aglomeravam para fazer o caminho ao altar. Acordes de uma música toda tocada instrumentalmente soaram e Rosalie e Edward entraram, seguidos por Bella e Emmett – que estavam rindo de Deus sabe o que –, então sucessivamente todo nosso time.

Agarrei o braço do meu pai com firmeza quando a música cessou e respirei profundamente.

—Está pronta? – meu pai perguntou baixinho para mim.

Sorri para ele ao escutar a música que Jasper escolheu para mim, tinha sido uma surpresa e eu sorri ao reconhecer qual era e saber de cor a letra linda que ela tinha.

—Sempre estive – garanti ao meu pai.

Apesar de toda a atenção ser minha, toda a minha atenção era de Jasper. O pôr do sol em suas costas estava de tirar o fôlego, ou talvez fosse apenas ele. O mar conversava com a cor dos olhos mais importantes de toda a praia lotada de convidados e eu senti-me completa. Amada. Pronta para tudo o que tinha pela frente. Então finalmente parei de frente a ele.

—Você é tudo o que ela quer, Jazz. Eu apenas lhe peço, como seu sogro desde sempre, que continue cuidando e a amando com tudo o que tem – meu pai disse emocionado.

—Eu prometo, tio.

Nossa cerimônia foi simples. Convidamos dona Claire para a celebrar e ela foi um doce, como eu sabia que seria. Falou coisas lindas que eu levaria para sempre, mas o momento em que ela anunciou que era o momento de trocarmos os votos, meu coração parou.

Percebi minhas mãos firmes no papel que eu tinha escrito e sorri.

—Foi você em nosso primeiro encontro, quando eu tinha três e você quatro anos. Eu não lembro de tudo direitinho, para falar a verdade eu não me lembro de quase nada, mas sei que o amo desde aquele instante. Quantas vidas será tivemos que morrer para eu te ter nessa? – perguntei o que ele tinha na noite passada – Príncipe, obrigada por ser meu melhor amigo, meu namorado, parceiro... Todos os títulos que já dividiu comigo nos trouxe até aqui. Obrigada por ter me feito amadurecer e crescer tanto e, principalmente, muito obrigada por não ter desistido, por ter voltado para mim – sorri carinhosamente – O tempo que passamos separados foi dolorosamente insuportável mas, quem não acredita é porque não me conhece, eu te esperei porque sabia que voltaria, eu nunca duvidei. Eu amo você, muito. Mais do que eu conseguiria explicar um dia – sorri amplamente, dobrando o papel e guardando em seu bolso.

Jasper sorriu, beijou minha mão antes de pegar o microfone para si.

—A primeira vez em que a vi você usava maria-chiquinha no cabelo e estava brincando de pique-esconde com a Bella e o Edward, – paralisei com o que ele estava dizendo – eu te vi primeiro porque você quem contava e, bom, você me obrigou a ir encontrá-los no segundo seguinte, antes mesmo de me dizer o seu nome e, como um tolo, eu a segui, igual eu faço todos os anos desde então. Eu descobri que gostava de você depois do baile de inverno no nosso primeiro ano de colegial e te convenci a me beijar depois de uma Sumber aposta – ele revirou os olhos arrancando-me risadas – Desculpa que tenha sido coerção e não merecimento, mas eu queria muito te beijar e era um idiota imaturo, nunca mais acontecerá isso – ele jurou dando um passo à frente – A primeira lembrança que eu tive depois de acordar do meu acidente de avião foi seu nome. Simplesmente seu nome ressoando em minha mente – ele disse eu chorava sem querer esconder, entendendo o que ele queria dizer – Eu me lembro de tudo, Alice, eu amo você com tudo o que tenho. Você é, e sempre foi, tudo. Obrigado por cuidar e esperar por mim, eu não vou mais te deixar. Nunca – ele jurou.

Reparei que mais do que apenas eu chorava quando escutei Bella fungar alto. Edward e Emmett, atrás da cabeça de Jasper, também estava emocionados e eu sorri.

—Eu te amo – falei baixo.

Depois daquilo foram apenas palavras já ditas milhares de vezes antes, mas que naquele momento pareceram melhores e maiores.

Quando Jasper colou os lábios no meu naquele final de tarde eu percebi que não tinha outra forma. Nunca temi que aquilo não acontecesse, apenas me incomodei com como demorou para chegar. Depois daquilo fomos apresentados a todos da praia como “Senhor e Senhora Cullen Hale” e as pessoas aplaudiram o nosso novo começo.

.

Jasper explicou-me que, desde o início de julho, mais e mais memórias vinham voltando para ele com a terapia de regressão que ele vinha fazendo, ele tocava em seu inconsciente com aquilo e, por isso, se lembrava do que ele garantiu ser muito mais que antes. Apesar das lacunas, ele conseguia me ver mais, nosso relacionamento.

Foi o melhor presente de casamento de todos.

Estava dançando com Edward quando Rosalie se aproximou de nós dois, acompanhando a coreografia de forma tosca.

—O que Kate Denali está fazendo aqui? – ela indagou.

—Acho que você pensou que eu estava brincando quando falei que convidei cada alma viva que conhecíamos? – indaguei risonha – Convidei toda a família Denali e cada ser que já me disse oi na vida.

Edward gargalhou, oferecendo bebida para nós duas que pedimos champanhe.

—Alice...

—Rosalie, você é uma mulher, adulta. Praticamente casada com Emmett, mãe do filho dele. Se ele se virar e der encima de Kate, o favor que eu terei de feito será imenso. Para de ser cubeça, está tudo certo – falei dando as mãos para ela e girando – Dança comigo e deixa rolar.

Ela acabou concordando e ficamos dançando, Emmett trouxe Bella em certo ponto e Edward se juntou a nós com as nossas champanhes.

—Jazzy, está no momento das nossas coreografias – Bella disse requebrando da forma mais engraçada possível.

—Toda hora é hora disso – ele brincou – Espera só um segundo que eu já volto – ele disse me dando a mão.

Franzi o cenho.

Jasper me puxou para uma parte mais silenciosa da festa.

—Eu te amo, mais que tudo, e entendo que houve um fragmento de sua vida em que não fui o único – ele suspirou – Sei como eu ficaria arrasado se fosse comigo, então acho que você precisa falar com alguém – ele disse e aponto a cabeça para uma parte escura da praia.

De costas para nós dois, Lucca estava sentado em uma pedra. Olhei para Jasper, insegura, mas ele sorriu para mim.

—Eu vou dançar com a Bella – ele disse deixando um selinho na minha boca.

Apressei-me até onde meu amigo estava.

—Perdeu o caminho da pista de dança? – perguntei bobamente.

Ele fungou, passou a mão no rosto antes de se virar para mim.

Nunca realmente conversamos sobre nada. Tivemos aquele rolo bobo e depois terminamos quando Jasper voltou e depois voltei com Jasper para Pizzighetone. Perguntei-me quão cega eu havia sido por todo o tempo.

—Você deveria estar na sua festa – ele sorriu.

—O que faz aqui? – indaguei desconfortável.

Ele me encarou por um tempo, antes de soltar uma respiração pesada.

—Acho que fui menos emocional do que deveria – ele assumiu – Não foi tão fácil estar no altar como eu pensei...

Eu abri a boca, culpada, mas ele logo negou com a cabeça.

—Não se martirize, Lili, eu sempre soube de tudo, nunca realmente tive esperanças sobre nós dois, eu sempre seria o outro, mesmo que Jazz não tivesse voltado, mas eu me emocionei naquele altar porque percebi que nunca te entregaria tanto quanto Jasper o faz, seria mais fácil eu conter toda a água desse mar do que eu conseguir monopolizar seu coração profundo – ele sorriu – Só estive pensando se o problema sou eu...

—Está chorando por isso? – perguntei compadecida.

—Na verdade, é o champanhe chique que vocês estão servindo – ele confessou me mostrando a garrafa e eu ri, esticando o braço para ele dividir comigo.

Ficamos quietos por um momento.

—Você me deu tudo o que eu precisei naquele momento, Lu. Foi amigo e companheiro, você seria perfeito se Jasper não existisse, falo de coração. Mas ele existir significa que a pessoa para você também está em algum lugar. Confia em mim, você vai ser muito feliz porque você merece, você se entrega sem esperar nada em troca e isso é lindo demais – sorri entrelaçando nossas mãos – Não te chamei para ser padrinho para que provasse que somos os adultos maduros, mas porque você foi uma parte importante da minha vida e de Jasper, esteve conosco no momento mais difícil. Você me manteve na superfície quando tinham pedras no meu bolso querendo me afogar – sorri grata.

—Isso é lindo – ele sorriu – Vou escrever uma música sobre – brincou.

—Agora que salvei você da melancolia, podemos voltar e dançar?

—Podemos – ele sorriu descendo da pedra e me ajudando a fazer o mesmo.

—Obrigado por me convidar, Lili, eu estou muito feliz de estar aqui hoje.

—Eu estou feliz que você esteja – garanti sorridente.

Nunca senti a minha história com Lucca tão transparente como naquele momento. Chegamos na festa pulando alto e Jasper me girou pela cintura quando sorri o agradecendo por sua sensibilidade. Eu estava preparada para monopolizar o amor daquele coração.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?

Quis trazer esse finalzinho apenas porque achei que não tinha sido tão justa com Lucca - também fiz um paralelo com o casamento Beward original.

Amanhã temos casamento Bella + Edward e bebê...

Por favor, comentem para eu saber o que estão achando de tudo o que está acontecendo com eles.

Até amanhã



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