happily ever after. escrita por unalternagi


Capítulo 33
Sinto que o melhor da vida sempre vem de graça


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Desculpa, demorei um pouquinho, mas já voltei e com um capítulo de amor bem Emmelie/Rosemm para quem estava com saudades.

Espero muito que gostem.

Boa leitura!



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Capítulo 33 – Sinto que o melhor da vida sempre vem de graça

|EMMETT|

Rosalie estava estressada, como reparei quando cheguei em casa e a encontrei dobrando as roupas na sala. Franzi o cenho – já que aquela é uma das coisas que ela mais odeia fazer na vida.

—Ursinha? – chamei e ela olhou para mim, a feição não se suavizou.

—Está impossível – ela disse jogando a camiseta que dobrava de volta no cesto com roupas secas.

Coloquei minhas coisas na poltrona e sentei ao lado dela no sofá, entrelacei nossas mãos e depositei beijos nos lábios e rosto dela até seu rosto se iluminar com um quase sorriso. Daquela forma eu a relaxei e tive certeza que não era a minha culpa ela estar brava.

—O que aconteceu? – perguntei baixo e ela suspirou.

—Meus pais estão rondando Jasper e o idiota deixa – ela bufou – Edward e Bella organizaram todo o apartamento deles para receber Alice e Jasper, lembra que o senhor Marcus nos deixou olhar o sótão do prédio? Eles encontraram um bom sofá-cama lá e mandaram lavar, subimos hoje para o apartamento e, ainda assim, o Jasper disse que ficaria mais um tempo no nosso antigo apartamento com os meus pais – ela contou, realmente irritada.

Desde que ele voltara, duas semanas atrás, ele estava embaixo da asa dos Hale e não parecia realmente se importar com os pais controlando todos os seus passos. Resolveram tudo o que precisavam com o exército e, com a dispensa, eles começaram a ir atrás de todos os especialistas que julgaram os melhores.

Jasper quase não vinha para esse lado da cidade e Rosalie não gostava de deixar Henri muito tempo ao redor de Anne, já que a indiferença da mãe a machucava, então estavam sendo dias difíceis para minha Rose que, no topo de tudo isso, organizava o primeiro aniversário do meu filho.

Um ano, pensei maravilhado. Então me dei um tapa mental, tinha que focar na mulher irritada ao meu lado.

—Linda, você sabe como deve estar sendo para os seus pais, quase uma experiência extracorpórea – falei tentando apaziguar as coisas.

—Claro né, porque os dois infelizes o tomaram como morto – reparei que ela se arrepiou com a ideia – desde o primeiro segundo. Não é justo. Eu lutei por ele com vocês e, desde que voltou, eu sequer consegui ter uma conversa sozinha com ele. Ele está me evitando propositalmente, Emmett, eu conheço aquele otário como ninguém – falou suspirando e eu sabia que era verdade.

—Talvez melhore quando Alice voltar? – meu conforto saiu como uma pergunta porque eu realmente não tinha ideia do que o retorno da baixinha nos traria.

Rosalie me olhou por um tempo, então soltou um ar que não soube que ela tinha prendido e deu de ombros, deixando a pose irritada cair. Agora ela parecia apenas cansada.

—Eu não sei, mas que eu vou o obrigar a falar comigo quando as coisas não estiverem tão malucas, isso com certeza – ela disse e puxou o notebook para seu colo, então o desbloqueou.

Começou a me mostrar coisas que tinha contratado para a festa do nosso filho, festa essa que ela não quis poupar dinheiro então, sem um pingo de orgulho, começou a usar todo o dinheiro que se acumulou em sua conta que era complemento da conta do pai dela. Bem, claro que não todo o dinheiro, mas reparei que ela realmente não passaria vontade quando o assunto era comemorar a vida do nosso filho.

—Então acho que seu cardápio vai casar com isso, não? – ela indagou animada e eu assenti de pronto.

Repeti a ela tudo o que faria. O bolo, os doces, pães recheados, patês, salgados assados, lanches de metro, tudo o que precisaríamos para o “Piquenique do Henri” que foi o tema escolhido por ela. Então falamos sobre os sucos e cervejas artesanais de um colega que eu tinha conhecido na faculdade e fez um preço bom para nós.

—Vai dar tudo certo, não é? – ela perguntou quando me deitei na cama mais tarde, depois de tomar banho e checar nosso filho apenas para desencargo de consciência.

—É claro que vai, boba, você fez um trabalho incrível organizando tudo isso – falei sorridente.

Faltava praticamente um mês para a festa, mas na mente de Rose eram apenas “alguns dias” como ela ficava repetindo.

—É porque é o primeiro dele e eu estou muito contente e feliz, foi um ano incrível para nós como parceiros, como família... – ela murmurou sonhadora deitando a cabeça em meu peito – E, falando em família, está assinado o termo de inutilidade de Bella quando o assunto é festa, ela é péssima nisso – Rose bufou me arrancando uma gargalhada.

—Eu só consigo imaginar.

—Quer dizer, sim ela ajudou com a organização das planilhas e essas coisas, mas não me ajudou a escolher uma flor que fosse – ela reclamou – Nessas horas eu sinto ainda mais a falta de Alice.

—Ela estará aqui e tenho certeza que amará repassar todos os detalhes com você, ainda mais que as duas estão desempregadas e de férias da faculdade.

Senti Rosalie tencionar e foi quando eu quis me socar. Quanta insensibilidade tratar o desemprego dela com tamanha frieza.

—Rose – chamei para ter certeza que ainda estávamos bem, eu não pediria desculpas porque não foi proposital, eu conhecia aquela mulher e tinham coisas que poderiam ser consideradas “o correto”, mas dependendo da forma que eram feitas, seriam um tiro no meu próprio pé.

Ela se sentou na cama e acendeu o abajur ao seu lado.

—Fico contente que tenha trazido isso à tona... Precisamos conversar – ela disse e eu sentei também, aguardando o que ela iria dizer – Lembra que a minha professora tinha me falado sobre um estágio no escritório dela? – ela perguntou meio retoricamente, porque é claro que eu lembrava, mas mesmo assim concordei com o olhar cravado nela e seu nervosismo – Ela me convidou para ir, Emmett, a partir de agosto, junto com o retorno das aulas.

Sorri amplamente porque eu sabia que ela queria muito aquilo, então a tomei em um abraço apertado e comecei a beijá-la, toda a pele descoberta que encontrei foi adorada por beijos meus, antes dela me puxar de volta para si.

—Emm, calma – ela disse e percebi que ainda estava séria demais, quase apreensiva – Eu estive pensando, e não sei se posso aceitar – contou mastigando seu lábio inferior.

—O que?

—E Henri? – ela perguntou preocupada – Emmett, ele precisa de mim.

—Rosie – sorri compadecido com o pensamento dela – Claro que precisa e sempre irá precisar, mas você não pode seus sonhos serem interrompidos apenas porque sente medo. Nós iremos procurar uma creche para ele, pode ser perto da sua faculdade e eu o levo até lá antes de ir trabalhar, depois você o pega quando sair do estágio – falei dando de ombros, eu já tinha pensado naquilo – Vai ser apenas por meio período e é ótimo para o desenvolvimento dele.

Ela me olhou incerta por um tempo, pensativa. Então me olhou entre os olhos em fenda antes de começar a rir, negando com a cabeça.

—Você já procurou creches perto da Columbia né, esquisito? – ela falou e eu sorri amarelo.

A quantidade de tempo que eu passava dentro de transportes públicos era insana para mim, umas boas duas horas por dia – claro que para a sociedade era um período comum, mas para mim era quase enlouquecedor e eu não gostava de estudar daquela forma, a não ser que fosse extremamente necessário, então é claro que eu usava o tempo para coisas que eram importantes para mim, como meu futuro e da minha família. Claro.

—Ah, agora é crime ser precavido? – perguntei debochado.

—Como sabia que eu ia conseguir?

—Desde que você falou que a professora tinha comentado aquilo, é claro que o estágio era seu, Rose, você é incrível a mulher mais inteligente que eu conheço – falei apaixonado e ela sorriu bobamente.

—Eu amo você – ela sussurrou se jogando em cima de mim.

—E eu você, cérebro— brinquei.

.

O dia em que Alice voltou para nós foi algo diferente. Tínhamos todos tirado folga para estar com ela o dia todo e, mais que aquilo, Rosalie foi – sozinha – buscar Jasper no apartamento dos Hale e o trouxe pelos cabelos, praticamente, mas trouxe e sozinho. Foi ótimo. Edward e Bella esperaram Rose voltar para irem buscar Alice no aeroporto enquanto eu e Rose terminávamos de arrumar a mesa de almoço para ela.

—Eu não sei o que eu faço aqui, francamente – Jasper falou emburrado da mesa.

Revirei os olhos para a criança mimada que ele estava se mostrando ser.

—Cala a merda dessa boca e busca o meu filho no quarto dele porque ele acordou – Rose ordenou apontando para a babá eletrônica que começava a chiar.

Jasper bufou e foi para o quarto de Henri batendo os pés.

Apesar de estar um verdadeiro pé no saco, ele era ótimo com o nenê, realmente muito bom. Era carinhoso e cauteloso e Henri sempre parecia em paz no colo do tio.

—O que deu nele? – perguntei confuso.

—Meu pai disse que a medicação mexe um pouco com os humores dele, mas que ele está fazendo o tratamento direitinho. Esperava que em três semanas ele fosse mais ele mesmo... – ela murmurou e eu me estiquei, beijando a cabeça dela sem me afastar da bancada e da salada que eu temperava.

—Ele vai ficar bem, linda, você vai ver – falei calmamente e ela sorriu de canto de boca para mim.

Ouvimos a aproximação de Jasper e ele apareceu com Henri deitado contra ele no seu típico “momento pós-soninho” no qual ele ficava extremamente dengoso e eu sorri para o meu pedacinho.

—Ei, eu me lembrei de uma coisa ontem – Jasper falou mais bem humorado.

Realmente, tinha que ser culpa da medicação esses dois extremos dele.

Jasper abriu a boca, mas o próximo som que ouvimos foi a porta batendo na parede da sala.

—EU CHEGUEI, FAMÍLIA – Alice gritou na sala e eu comecei a rir.

Henri chorou no colo de Jasper, provavelmente pelo susto que levou, mas o tio tratou de aninhar o bebê tentando acalmá-lo.

Alice logo apareceu na cozinha, apressada, reparei que ela travou um pouco antes de se aproximar de Jasper, mas logo se recompôs e correu para o lado do meu filho, esticando os braços para ele.

—Perdoe-me, meu amorzinho, a titia esqueceu que você não está acostumado com o meu jeito – ela falou rindo sem graça.

Corri para abraçar minha irmãzinha e senti Rose comigo beijando a cabeça de Alice sem parar.

—Finalmente – Rose disse se afastando um pouco de nós.

Olhei para ela que encarava nós todos, percebi que Bella e Edward estavam ali também, sorridentes e então me emocionei entendendo o que minha Rose via.

—Estamos juntos de novo – Edward disse animado.

A cozinha ficou em silêncio, então Bella correu para abraçar eu e Alice, Edward veio logo depois e Rose puxou Jasper e Henri e ficamos os sete abraçados no meio da cozinha por algum tempo. Quietos. Tudo parecia estar realmente no lugar depois de alguns meses de uma bagunça insana.

O almoço foi leve, conversamos sobre amenidades e a maior parcela de atenção foi dedicada a Alice que contava besteiras sobre seus dias na Itália.

—Eu me lembrei de você – Jasper falou, de repente, quando já estávamos esparramados pela sala e um silêncio sinistro preencheu o ambiente.

Nos encaramos ainda meio parados. Henri puxou minha mão para alcançar o carrinho que caiu embaixo do sofá e assim o fiz, sorrindo para o meu pedacinho antes de virar-me para Alice, que estava encarando Jasper.

—Como assim?

—Desculpa – ele falou rapidamente – Não tudo, ainda não, mas pelo menos tive uma lembrança, você pequena sem o dente da frente – ele contou.

E, apesar de poder escutar que todos nós tínhamos voltado a respirar, percebi que o clima na sala não estava melhor.

—Ei, era sobre isso o que falou mais cedo? Quando disse que tinha se lembrado de algo ontem? – perguntei rezando para que não fosse.

Não era, bingo!

—Eu me lembrei das sumber apostas – ele disse animado.

A risada na sala foi compartilhada ao escutar Jasper falar daquela forma.

Quando ele era menor, Jasper tinha alguns problemas de dicção que perduraram até meados dos seus sete ou oito anos e sempre o demos um tempo difícil sobre aquilo, o fazendo chorar, a maioria das vezes. Por isso ele não conseguia falar “Bebella” ou “Super”, entre outras palavras pontuais.

Os Hale, claro, desembolsaram um bom dinheiro com tratamentos para ele e, por fim, Jasper teve a dicção perfeita. Mas no processo nós fomos proibidos de zoar com ele, já que ele estava sofrendo na escola, então eu pelo menos tinha completamente esquecido daquele momento da vida do gêmeo, mas ouvi-lo falar daquele jeito de forma tão natural era quase nostálgico e, certamente, bom demais.

—Eu completamente me esqueci dessas – Bella comentou sorridente.

Ah sim, as super apostas eram uma categoria que inventamos quando éramos mais jovens. Basicamente era uma pequena trapaça já que, só era uma super aposta quando você tinha certeza que você estava certo e a outra pessoa ia cair na sua armadilha.

Foi como Rosalie e Bella tiveram que tentarem entrar para as líderes de torcida na escola elementar e como eu tive que usar uma camiseta do Backstreet Boys da minha mãe por uma semana inteira na escola, sem contar em Alice cortando o cabelo Chanel pela primeira vez, Edward quatro dias sem lavar o cabelo e havia a vez que Bella obrigou Jasper a morder um hambúrguer não vegetariano e ele vomitou sem nem ter engolido o alimento. Mas eu tinha que ser sincero, Jazz era quase o rei das super apostas, e todas as vezes que perdeu realmente foi para Bella.

—Nem me lembro quando fizemos a última – Alice murmurou pensativa e com um sorriso brincando nos lábios.

Eu infelizmente lembrava, tinha sido um pouco antes da minha formatura, Edward perdeu o Xbox dele para mim naquela aposta, mas eu nunca realmente peguei o videogame já que foi toda a bagunça entre namorar Rose, não terminar e sair com Kate, então ir embora para a Itália.

—EU DECRETO ABERTA A TEMPORADA DE SUPER APOSTAS DE VOLTA – Edward gritou pulando do sofá e eu gargalhei.

—Você é o que mais perde, mongol – Jasper riu e nós sorrimos para ele.

—Novo Edward, sou mais esperto e mais maduro – ele falou de nariz em pé.

—A gente vai pagar para ver – Rose respondeu desafiante.

A grande maravilha das super apostas é que elas só eram anunciadas depois que ganhávamos. Apostas a gente fazia direto, mas aquelas eram especiais e aquilo era o mais legal, então deixamos o assunto um pouco de lado já que grande charme delas eram ser inesperadas, começamos a conversar sobre as mais diversas lembranças que Jasper dividia conosco.

O resto da tarde passou como uma batida de coração e, naquela noite, Jasper dormiu no novo sofá-cama de Bella e Edward, enquanto Alice ocupava a cama do corredor. Algo me dizia que tempos mais fáceis se aproximavam.

.

O dia vinte e dois de julho naquele ano caiu em uma quarta-feira e eu acordei quase que com o nascer do sol, era um dia tão importante. Meu filho, meu bebê tinha lutado com todas as suas forças e agora ressonava baixinho sob o meu olhar cuidadoso. Escutei uma aproximação e virei para a porta do quarto, ainda debruçado no berço do neném.

—Bom dia – Rose sorriu e eu estiquei meu braço para ela, a puxando para dentro dos meus braços.

—Muito obrigada, Rose, obrigada por não desistir, por lutar com tudo o que teve pelo nosso pacotinho, você é tão forte e determinada. Henri tem uma sorte insana por ter você como mãe. Parabéns por um ano do nosso renascimento – falei apaixonado e ela já se debulhava em lágrimas, sorrindo como uma boba.

—Eu o amo, Emmett – ela disse abafada em meu pescoço – Feliz aniversário de um ano da sua paternidade – ela devolveu e eu sorri a abraçando mais firme.

E nós ficamos daquele jeito. Abraçados encarando o neném até ele acordar, sem chorar, sorriu quando viu Rose e eu ali, abraçados, e nós sorrimos de volta o pegando no colo e abraçando-o ao mesmo tempo.

—Má, pá – ele disse em meio a gritinhos animados e eu ri.

A primeira palavra dele foi “má” e Rosalie me ligou chorando tanto que eu achei que algum acidente havia acontecido, mas era apenas emoção e, por mais infantil que eu tenha sido, confesso que morri de ciúme por uns dois dias até me contentar com a ideia e então uma semana depois ele falou “pá” quando fui o resgatar de madrugada para uma mamada noturna – que ficavam cada vez mais raras.

E eu entendi Rose, porque a acordei chorando igual e ela riu, nem se assustou, e ficou realmente orgulhosa do nosso pequeno gênio.

—Feliz aniversário, meu pedacinho – falei extremamente emocionado.

—Feliz vida, meu amor – Rose disse quase instantaneamente.

Foi um começo de manhã excelente. Eu amava os ter ali, fazer parte de tudo, não perder nenhuma risada. Henri estava treinando seus passos entre eu e sua mãe quando ouvimos uma chave em nossa fechadura e eu ri.

—A audácia – Rosalie murmurou encarando a porta.

Então os tios e padrinhos de Henri entraram. Edward com alguns presentes, Jasper com um bolo pequeno, mas muito bem decorado. Alice e Bella com balões coloridos, todos de pijama, rostos amassados e chapéus de aniversário.

O coro de “Parabéns pra você” começou alto, já passava das oito horas da manhã então a lei do silêncio já tinha passado e era um dia de semana, as pessoas que fossem trabalhar, hoje eu não me importava, seríamos barulhentos, era o aniversário do meu pedacinho.

Ele soltava pequenas gargalhadas e eu sentia que meu coração ia explodir de tanto amor.

—Agora o vento, neném – Edward instruiu imitando um assopro.

Henri sorriu para o padrinho e o imitou. Babando no bolo? Um pouco, mas a gente ia comer de qualquer jeito.

O neném então foi passado de abraço em abraço e não realmente se importava, ele conhecia a família dele e os amava. Acariciou os rostos, deu beijos, gargalhou e voltou a pedir o colo da mãe dele quando ela se levantou querendo ir buscar uma faca para cortar o bolo.

.

Sábado chegou com ainda mais animação, trabalhei na quarta-feira para conseguir ficar o dia todo da festa dele disponível e eu estava muito animado por ter conseguido fazer a troca.

Deixamos Henri dormir bastante de manhã, e seguimos para a casa de Julia e Nick antes do almoço para ajudar com a organização e começar a preparar as comidas, Bella ficou em casa com Henri porque estava concentrada em estudos, mesmo de férias. Alice e Rosalie me enxotaram para a cozinha garantindo que Jasper e Edward ajudariam o bastante então fui para lá com tia Esme e Julia que me ajudaram muito e, às três da tarde, fomos todos nos arrumar para a festa que começava às quatro da tarde.

Chegamos em casa e Bella estava cochilando com Henri em nossa cama.

—Bebella, obrigada – sussurrei -, mas você precisa acordar para irmos para a festa – pedi baixinho.

Ela suspirou, mas acordou mais animada do que costumava, se apressou para sua casa e deixei Rose ir tomar banho enquanto eu preparava o banho de Henri na banheira de seu quarto. Voltei acariciando-lhe os cabelos e os olhinhos dele tremeram antes de se abrirem e fui tomado pelo maior amor do mundo, como todos os dias, quando ele sorriu para mim, fazendo brilhar os olhos dele que eram idênticos aos da mãe dele e eu era tão grato.

—Bom dia, campeão – sussurrei e ele sorriu.

—Pá – falou esticando a mão gordinha para mim e eu sorri, beijando seus dedos.

—Vamos se arrumar para ir brincar? – falei e ele gargalhou, não que realmente entendesse, mas eu gostava de ter certeza que meu filho era um gênio.

Rosalie apareceu enrolada em uma toalha e fez a maior festa, deixando Henri, instantaneamente, ligado.

Fui para o quarto dele com ele no colo e lhe dei um bom banho já que estava calor e ele com certeza brincaria muito. Caprichei na pomada anti-assaduras por baixo da fralda e no talco nas dobrinhas dele para tentar evitar o máximo o suor excessivo que o poderia assar.

Rosalie apareceu – maravilhosa— no quarto para o arrumar com a roupa que tinha escolhido e me enxotou mandando eu mesmo ir me ajeitar. Tomei uma ducha rápida e vesti uma camisa de linho branca, uma bermuda e chinelos, um chapéu porque Rose disse que seria nossa combinação de família, os três de chapéu, então segui para os meus dois amores.

Ela calçava o sapatinho em Henri e eu sorri, completamente apaixonado, para a roupa que Alice tinha comprado para Henri usar em seu primeiro aniversário.

—Não é linda? – Rosalie perguntou ao me ver na porta.

—Muito – sorri aproximando-me deles – Mas o modelo ajuda também.

Ela riu.

—Isso é óbvio.

Vamos, vamos, a festa não vai se animar sozinha— Alice disse no corredor.

Rose revirou os olhos, aplicou um pouco de colônia em Henri e então saímos juntos do quarto dele.

—MEU CORAÇÃO – Alice gritou ao colocar os olhos no meu filho.

—Como é lindo – Jasper comentou mais baixo e eu sorri.

Porque era realmente extraordinário o ter por perto novamente. Deixava tudo realmente perfeito.

—Vamos, não podemos nos atrasar – Bella demandou, com a mão entrelaçada na de Edward.

Descemos para o estacionamento, Marcus garantiu que iria para lá mais tarde com Dydime, então entramos Rose, Jasper, eu e Henri no carro enquanto Alice, Bella e Edward seguiram de Uber.

—E aí, Jaspezito? – sorri encarando-o pelo retrovisor – Parece que resolveu mesmo deixar as asas dos seus pais? – brinquei.

Jasper se movimentou desconfortável, de repente, e Rosalie me fulminou com o olhar.

—Vamos aproveitar a festa e mais tarde nós conversamos, sim?

Coloquei a playlist de Henri para tocar no carro e logo ele soltava gritos enquanto a mãe dele cantava alto as canções virada para ele e eu fazia o backvocal.

A casa de Julia e Nicky estava muito bem decorada e arrumada, Rosalie, Alice e minha mãe realmente se superaram com aquela organização. Quando chegamos ainda não tinha nenhum convidado – que não os donos da casa, então tratamos de tirar todas as fotos que poderíamos.

Alice estava super animada com aquilo, Marco a tinha presenteado com uma câmera semiprofissional antes de ela sair da Itália, então ela fazia sua grande estreia como fotografa no aniversário de um ano de Henri, Edward trocava um pouco para ela também aparecer, mas ela era a chefe de imagem, mandando Rose e eu posar com os convidados, pegava Henri em sua espontaneidade enquanto ele brincava com Jess, Charlie e alguns filhos de colegas de faculdade meu e de Rose.

Há umas semanas Rosalie tinha me dado um ultimato de descobrir todos os meus amigos que tinham filhos e os convidar para a festa, assim, Henri teria crianças para brincar e, até que a ideia não tinha sido má. A festa estava cheia, mas não lotada.

—Eu preciso te contar uma coisa, antes que você descubra por outras pessoas e não me deixe explicar a verdade... – Edward falou se aproximando enquanto eu organizava o pão recheado na mesa.

—Você me traiu? – perguntei debochado, achando graça do nervosismo que ele demonstrava.

—Espero que você não pense assim – ele murmurou.

Franzi o cenho, agora realmente interessado no que ele tinha a falar. Um amigo meu da faculdade passou me cumprimentando e eu sorri o agradecendo pela presença e deixando ele à vontade, mostrando os comes e bebes e prometendo que logo o apresentaria Rosalie e meu filho.

—Fala, mano – pedi quando dispensei o colega.

Edward respirou fundo e me puxou para um canto da festa.

—Certo, há alguns meses eu estava tomando conta do neném em uma de minhas folgas, normal, era a hora das mídias e eu coloquei no YouTube um vídeo daquelas músicas infantis que ele gosta, natural – ele comentava e eu revirei os olhos.

—Fala, Edward, o que você fez? – pedi impaciente.

—Começou a música do palhaço e-

Meu corpo se tencionou.

—Você não fez isso?

—Em minha defesa, eu estava adiantando a janta e escutei as gargalhadas dele, ele ainda não as distribuía da forma que faz hoje e eu corri na sala para ver o que passava e era essa música e eu me senti culpado, mas adorei a gargalhada que escutei, então o deixei assistir.

—Eu vou te chutar – falei estressado.

—Ei, queria te apresentar umas pessoas – Rosalie anunciou chegando perto de mim.

—Deixa só eu bater a cabeça do Edward naquele adorno de mesa de ferro que você alugou e eu conheço todo mundo que quiser – falei encarando-o com ranço.

Rosalie franziu o cenho e Edward levantou as mãos em rendição.

—Emm, não foi proposital.

—Ah, não, você não contou para ele – Rose bufou – Justo hoje?

—É que o fofoqueiro do Jasper comprou um palhaço de pelúcia para o bebê – Edward revirou os olhos.

—QUÊ? – gritei chocado atraindo a atenção de algumas pessoas.

—Eu pretendia manter como segredo, nem chamo o vídeo do palhaço, chamo de cores – Edward voltou a defender.

—E você sabia? – acusei Rosalie.

—Olha aqui, Henri pode gostar do que ele quiser, não é só porque você tem medo que ele também tem que ter, inclusive, isso não seria nada saudável, fico contente que ele possa desenvolver seus próprios traumas e medos e que possamos trabalhar junto com ele para nada ser definitivo – ela falou num torrencial de palavras, claramente irritada com aquela conversa – E você, como padrinho, deveria evitar conflitos e não criar um. Some daqui antes que eu te chute – Rose demandou.

—Quando eu tento fazer o certo eu sou hostilizado assim, mas queria ver se tivesse deixado o Emmett abrir o presente do Jazz sem nenhum aviso – Edward bufou e saiu batendo o pé até onde Alice e Bella riam.

—Ursão, é o aniversário do nosso filho – Rosalie disse mais pacífica.

—Me sinto traído.

—É? Engula então o sentimento e para de me irritar porque ainda não chegamos nem na metade da festa – ela disse me encarando, séria.

Como eu amava aquele rosto e aquela mulher. Sorri completamente rendido a ela e a abracei, depositando um beijo calmo em seus lábios.

—Vamos.

E depois daquilo não tivemos grandes embates. Eventualmente eu permiti que Edward voltasse a falar comigo e, na hora dos parabéns, os tios babões eram os de frente a mesa. Alice fotografando e os outros três fazendo brincadeiras e chamando a atenção para Henri olhar para as fotos. Henri não se assustou ou chorou com o forte e alto coro que se criou para cantar para ele, ao contrário, adorou cada segundo. Eu e Rose abaixamos com Henri para assoprar a vela, mas ele já era um profissional no assunto depois de muita prática com os padrinhos dele.

Na hora do primeiro pedaço de bolo eu fiz um pequeno discurso agradecendo a presença de todos e, na hora que Rosalie perguntou a ele de quem era o bolo ele só gritava "Má". Então eu sorri e falei que era dela, que chorou como se Henri tivesse feito um discurso emocionante, então Alice quase os cegou com flashes.

O final da festa foi tão bom quanto o começo. Nossos pais ficaram até o último convidado e nos ajudaram dar uma geral, mas Rose e eu tínhamos feito questão de contratar uma empresa de limpeza para a casa dos nossos amigos. Despedimo-nos das crianças, de Julia e Nick os agradecendo muito.

—Foi bom para vocês? – Rosalie perguntou e eu ri dela.

—Perfeito – jurei enquanto subíamos as escadas, Henri estava ressonando em meu ombro.

—Se importam se conversarmos um pouco? Preciso lhes contar uma coisa – Jasper falou parecendo novamente tenso com alguma coisa.

Rose e eu concordamos em os encontrar dentro de poucos minutos no “apartamento da república” que era o novo nome do apartamento que os quatro dividiam. Entrei no chuveiro e Rosalie me entregou o neném para eu tirar o excesso de suor e sujeira dele. Ele chorou um pouco, mas logo o devolvi para a mãe dele e finalizei o banho pouco depois, vesti um pijama qualquer e segui para o quarto de Henri. Rose estava o amamentando, cantando a música do Tarzan para ele e eu sorri para a cena.

Não demorou até o neném dormir, o colocamos em seu berço e ajeitamos tudo tendo certeza que ele estava seguro e confortável. Com a babá eletrônica ligada e a segunda parte em minha mão, seguimos para o apartamento em frente ao nosso.

—Aleluia, o Jasper está desgastando o meu piso – Bella reclamou nos arrancando risadas.

Sentamos junto com os outros três no sofá enquanto Jasper se mantinha de pé, em frente a TV tomando toda a nossa atenção.

—Fala logo, garoto – Rosalie pediu ansiosa.

Jasper pareceu voltar a si e nos encarou.

—Certo – sussurrou para si mesmo – Como é de conhecimento de vocês todos, nossos pais estão voltando para Forks depois de amanhã e, bom, eu não estou realmente vendo grande avanço no meu quadro enquanto estou aqui, pensei que talvez a cidade pudesse me ajudar a lembrar, que estar vivendo a minha vida poderia ser bom, mas nada muda, eu não me lembro – reclamou – Então tomei uma decisão – disse... Inseguro?

Como alguém poderia dizer que tomou uma decisão e parecer tão incerto?

—Decisão? – Edward o encorajou a continuar.

Alice se levantou como se soubesse o que viria a seguir.

—Penso que seria correto se eu voltasse para casa com os nossos pais.


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Notas finais do capítulo

Eu percebi que nunca tinha colocado foto do neném nem do quarto dele aqui, então aproveitei hehehe.

A festa foi muito exagerada? hahaha tentei pensar com a mente de Rose e Alice e Renée, e o Nick é um neurologista renomado em Nova Iorque, ou seja, tem dinheiro para uma boa casa. Enfim...

O que acharam da confissão do Edward? hahaha Rose e Emm pais bem babões, os titios todos muito amorosos com o neném, até mesmo o Jazz e, bom, o que acharam da decisão dele? Tem algumas entrelinhas no capítulo... O próximo acho que vou fazer pelo ponto de vista dele para entendermos e vermos qual é o futuro Alisper...

Espero que tenham gostado, estou muito ansiosa para ler os reviews... Capítulo passado apenas AnaLu comentou, muito obrigada ♥ Estava/estou bem ansiosa sobre o futuro Alisper e ver que você está gostando apesar de tudo me encorajou a escrever mais, obrigada mesmo.

Enfim...

A gente se vê jaja



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