happily ever after. escrita por unalternagi


Capítulo 12
Não consigo evitar de me apaixonar por você


Notas iniciais do capítulo

Oláááááá

Quem aí estava com saudades do papai mais babão desse universo paralelo?

Hoje venho com um capítulo que eu, particularmente, adorei escrever e tentei ser o mais sensível com o momento vivido que eu acho que deve ser uma das grandes emoções de se ter um bebê, algo que vocês têm pedido MUITO hahahahaha e finalmente, está na hora de saber.

Quem chuta o sexo do bebê?

Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/780926/chapter/12

Capítulo 12 – Não consigo evitar de me apaixonar por você

|EMMETT|

Meu aniversário de vinte e dois anos caiu num sábado naquele ano e eu estava de folga assim como Edward, Bella e Alice, então eu estava muito animado com as perspectivas do que poderíamos fazer durante o dia. 

O fato dos vômitos de Rosalie terem diminuído me animava mais do que qualquer outra perspectiva simplesmente porque ela parecia mais feliz e, sua barriga que antes era retinha, começava a mostrar a leve saliência – mesmo que ninguém mais visse aquilo, eu enxergava meu limãozinho.

Sim, com Rose completando catorze semanas de gestação, como ela completou na véspera do meu aniversário, meu filho tinha o tamanho de um limão e eu quase não acreditava que ele já estava tão grande, ele parecia estar crescendo muito rápido.

Fui acordado com uma buzina e levei um susto do inferno, mas deixei a agitação passar ao escutar quatro risadas diferentes pertinho de mim.

—Vão para o inferno – murmurei sem abrir os olhos.

—Respeita o bebê que está no recinto – Rosalie mandou e abri os olhos encontrando seu sorriso amplo. 

Sorri da mesma forma e foi quando eu reparei que os quatro seguravam limões e eu ri.

—Grande o meu bebê né – falei e Edward bufou.

—Eu falei que ele entenderia rápido a piada – Edward disse e as meninas riram.

—Vamos, levanta! Nós temos um café da manhã especial em casa – Alice disse saltitante.

Sorri e desci da cama com cuidado. Edward me ajudou a vestir a tipoia no ombro, o fisioterapeuta disse que algumas horas por dia com ela seria o suficiente, então eu continuava o tratamento com cuidado e responsabilidade, me negando a ficar menos que perfeito.

Desviei dos abraços correndo para o banheiro porque precisava fazer xixi, quando saí encontrei a casa vazia e silenciosa, então fui para o apartamento da frente, muito animado com a comparação que criei em minha mente entre tudo o que tinha mudado desde o ano passado para esse ano.

Ano passado eu estava na Itália, esse ano eu estava em casa. Ano passado era minha família de sangue, esse ano a de coração. Ano passado eu estava “com Lisa”, esse ano, quando abri a porta do apartamento em frente ao meu, fui abraçado antes de qualquer um por Rosalie Lilian Hale.

E ali estava meu presente mais surpreendente e querido, dentro daquela mulher.

—Feliz aniversário, parceiro – ela riu – Que todas as coisas mais maravilhosas aconteçam nesse novo ciclo que se inicia, que seja paciente para esperar seu presente e justo para dividi-lo comigo quando chegar – ela disse colocando minha mão em sua barriga – Que você seja sempre a pessoa mais feliz de qualquer lugar, mesmo que seja ao lado de uma vomitenta – ela finalizou e eu ri.

—Se a “vomitenta” estiver comigo, vou sempre ser a pessoa mais feliz, pode ter certeza disso – falei só para ela.

Ela sorriu mordendo os lábios e então abriu espaço para os outros três virem me abraçar. Bella ficou comemorando comigo um tempo, até Alice se meter em nosso abraço nos divertindo e então Edward me abraçou forte falando muitas coisas legais e eu me senti tão amado que o sorriso não saiu dos meus lábios.

Fomos para a cozinha e me deparei com as coisas que eu mais gostava de comer de manhã, das coisas mais saudáveis até as menos, mas – naquela mesa cheia – uma coisa tomou minha atenção mais do que qualquer coisa. O bolo branco.

—Hm, o que temos aqui? – perguntei olhando para aquele bolo que parecia delicioso.

—Rose fez um bolo para você, ué. É seu aniversário, doido – Alice disse rindo.

Olhei para Rosalie para agradecê-la, eu nem sabia que ela fazia bolos, mas ela parecia nervosa de mais. Por um minuto, achei que ela achava que eu não ia gostar do bolo, mas então meus olhos despencaram do nervosismo óbvio em seu rosto para a mão inquieta em sua barriga, então entendi tudo.

—Você sabe, não sabe? – perguntei sentindo meu coração acelerar.

Rose assentiu devagar.

Há dois dias, tínhamos ido para o nosso ultrassom da décima quarta semana gestacional. Além de toda a emoção de escutar o coração do bebê pela primeira vez, ficamos curiosos pelo sexo, mas o doutor Thompson disse que não sabia nos informar ainda, agora eu percebi que ele tinha mentido, Rosalie pediu para ele manter segredo.

Senti a emoção crescer no meu peito.

—Eu não acredito – murmurei falei tampando a boca, emocionado.

—O que? – Bella perguntou confusa.

Com o estômago embrulhado, puxei o bolo e procurei uma faca ao redor, achei a perfeita e então olhei para Rose que olhava-me em expectativa.

—AI MEU DEUS, VOCÊ VAI DESCOBRIR O SEXO DO BEBÊ? – perguntou Alice me dando o segundo susto do dia, mas aquele foi esquecido ainda mais rápido que o primeiro.

Sorri para minha amiga e assenti sem confiar na minha voz.

—CALMA, QUE EU VOU PEGAR O CELULAR – Bella disse correndo para o quarto. 

Rosalie sorria confiante. Edward e Alice falavam juntos, muito animados, então Bella apareceu com o aparelho e o apontou para mim.

—Explica – ela pediu.

—Há dois dias, Rosalie descobriu o sexo do bebê e escondeu isso de mim porque hoje é o meu aniversário então ela fez surpresa – falei sorrindo – Que presente, loirinha – disse olhando para ela que riu.

Respirei fundo. Fechei os olhos e cortei o bolo de baixo para cima como minha mãe sempre mandava em meus aniversários, espiei ansioso, mas o bolo não tinha recheio, nem nada que tivesse melado a faca para me dar um spoiler do que eu encontraria.

Que meu filho nasça cheio de saúde, pedi a única coisa que eu queria no meu aniversário.

Então cortei o pedaço e, ao tirá-lo de dentro do bolo, a massa azul se mostrou e eu comecei a chorar sem conseguir me conter, eu teria um menino, todo o mundo parou só por um minuto enquanto eu computava aquela informação.

Não era o sexo que importava, mas sim que ele tivesse um. Todas essas pequenas coisas que eram adicionadas na ideia dele existir, o tornavam mais real para mim.

Aquele bebê existia mesmo, ele estava nesse plano comigo e, era um menino. Um garoto que dar-me-ia a oportunidade de ser para ele metade do exemplo que meu pai era para mim, senti meu peito inflar e, mesmo assim, parecia que meu coração não ia caber lá dentro.

Senti o choro irromper e não tentei contê-lo, era muita emoção e felicidade. Balbuciei coisas ininteligíveis para mim mesmo, então sentei-me ao chão, percebendo que minhas pernas estavam muito bambas.

Eu seria pai de um filho de Rosalie. Meu filho. Tapei o rosto com a mão esquerda que ainda segurava a espátula suja de chantilly e deixei toda a emoção ser expressada enquanto eu ria chorando.

Senti alguém me abraçar e, ao escutar o choro perto do meu ouvido, eu soube que era a única pessoa que eu queria. Coloquei a espátula em cima da mesa e a abracei com o braço esquerdo, beijando o cabelo dela.

—Muito obrigado por ser o lar do amor da minha vida inteira – falei e ela sorriu.

—Obrigada você por dividir isso comigo – ela murmurou – Estou muito orgulhosa do homem que nasceu junto com essa gravidez e eu não queria estar dividindo isso com mais ninguém se não fosse com você. A gente te ama muito, papai— ela falou carinhosamente e eu chorei mais, escondendo meu rosto no cabelo da minha parceira.

Depois do chororô e mais uma rodada de abraços e congratulações, comemos nosso café-da-manhã. Eu, sem conseguir tirar os olhos de Rosalie e a felicidade dela que iluminava a cozinha toda.

Passada a primeira fase de comemoração do meu aniversário, nós cinco – seis com o meu serzinho – fomos para o quarto das meninas e nos espalhamos pela cama imensa, foi quando Edward, Alice e Bella contaram que tinham uma surpresa para mim, mas foram interrompidos quando celular de Bella tocou e ela sorriu o estendendo para mim, uma foto do meu pai brilhava na tela e eu sorri.

—Sargento? – atendi e escutei uma risada contida.

Se não é o filho mais velho que eu já tive— ele brincou bobamente, mas eu ri, muito feliz com aquele dia – Você não cansa de passar o seu aniversário longe do seu velho, não é? Sabe, quando esse bebê nascer você vai sentir tudo o que eu sinto e...

Ele parou de falar quando eu solucei, de novo, e virei para Rosalie que já chorava me encarando, eu estava achando muita graça de como estávamos sensíveis aquele dia.

—Eu posso falar? – perguntei baixinho e ela fez uma careta de “é claro que sim”, então meu sorriso quase rasgou minhas bochechas.

Emmett Lorenzo Swan— meu pai falou parecendo sério, sem saber o que eu estava prestes a contar – O dia em que você me tornou pai foi um dos mais importantes da minha vida inteira. Seus olhos claros provindos da mulher que eu amo com as suas covinhas e o brilho que você tem, iluminou e animou da pontinha do meu pé até meu último fio de cabelo. Eu não era muito mais velho que você quando isso aconteceu, e ter a consciência de que o mesmo acontecerá com você dentro de poucos meses, me anima e emociona em níveis desconhecidos— ele falou e eu voltei a chorar, emocionado.

Comecei a respirar fundo, numa tentativa de conter tudo o que eu estava sentindo, mas eram muitas coisas vindas ao mesmo tempo. A felicidade de ser orgulho para alguém que era um exemplo para mim, ao mesmo tempo que eu me preparava para ser exemplo para alguém. O sargento Swan aproveitou minha falta de palavras e continuou:

Que seu ano seja repleto de aprendizados e que nunca te falte toda a determinação e amor que você tem demonstrado nesses últimos meses. Sei que não sou de falar muitas coisas, e confesso que o telefone ajuda um pouco, mas eu te amo todos os dias, Emmett, e sinto um orgulho imensurável de você, meu menino. O mais feliz aniversário para você e que seu dia seja tão brilhante quanto você o é desde o seu primeiro dia de vida— falou parecendo estar tão emocionado quanto eu.

—Eu te amo, pai, obrigado – falei sincero.

—Emm, fala que eu vou mandar um vídeo para ele – Bella sussurrou e eu assenti, achando uma ótima coisa.

—A Bella vai te mandar uma coisa para o senhor ver, acho que uma imagem vale mais que mil palavras – brinquei – Eu te amo, pai, obrigado por me ligar hoje e me apoiar sempre.

Eu te amo, Emmett, e estou tão curioso que juro que se não me mandarem essa coisa agora mesmo eu vou em Nova Iorque bater em vocês  — ele brincou.

Desligamos o celular e Bella pegou o telefone, concentrada em algo. Então escutei uma música bem boa e calminha tocar, era apenas a parte instrumental de Can’t Help Falling in Love do Elvis Presley, sorri sabendo que meu pai adorava aquela música, Bella nos mostrou o vídeo curtinho editado com a música e eu chorei de novo fazendo Edward rir.

—Mas que manteiga derretida, papai – ele brincou.

Deitei no colo de Rose e fiquei beijando a barriga dela depois de pedir a permissão. Por mim, minha escolha seria nunca deixar aquela cama, mas eles estavam tão animados para comemorar as folgas e meu aniversário que não tive coragem de acabar com o barato de ninguém.

Por fim, me contaram que a surpresa era que iríamos ao circo depois do almoço. Então decidimos almoçar em casa e depois disso iríamos para o circo que era perto do Central Park, então Alice nos deu a ideia de fazermos um piquenique lá depois do espetáculo.

Ligamos para nossos amigos nova-iorquinos que toparam aparecerem no piquenique, então Bella e Edward foram ao mercado comprar umas coisas para fazermos e eu fiquei em casa sendo mimado por Alice e fazendo companhia para Rose que começou a sentir umas tonturas.

—Vamos ficar, não precisamos sair – falei sério.

—É o seu aniversário – ela disse brava e eu ri.

—Sim, e eu já comemorei, ganhei um presente lindo – falei e ela sorriu.

—Vamos sair, o bebê vai deixar a mamãe comer sem vomitar – ela disse com a voz mais doce para a barriga e eu ri, acariciando a cabeça dela – E você ainda não foi ao circo esse ano.

Eu ri, gostando do fato que ela levava a sério minhas tradições.

Recostamos na cama e estávamos conversando quando o celular dela tocou pedindo uma chamada de vídeo. Era do Skype do meu pai, então me animei.

—Atende, Rosie – sorri.

Ela me deu o celular e puxou o Pucket para o colo, vomitando um pouco.

—Oi pai – falei encarando Rosalie, nem olhei para a tela.

Escutei um chorinho, então olhei e fiquei surpreso e meio congelado ao ver os avós do meu filho, os seis – porque desde que descobrimos a gravidez, o apoio e amor de tia Esme e tio Carlisle foram bem mais bem-vindos que os da minha mãe e dos pais dela, então os nomeamos avós do neném.

Ficamos nos encarando enquanto Rosalie vomitava ao meu lado, lembrei disso e virei para ela, acariciando seu cabelo.

—Acabou? – perguntei e ela balançou a cabeça devagar, meio verde.

Rosalie?— a mãe dela disse e então ela olhou para mim a primeira vez.

Assenti para ela, como quem dizia que era mesmo a mãe dela. Então ela franziu o cenho e negou com a cabeça.

—Eu não quero vê-los – ela disse séria.

—Pai – chamei.

Ele fez uma cara de culpado.

Todos vimos o vídeo que Bella mandou, Emm — tia Esme falou em um tom pacífico.

Feliz aniversário, papai do ano— tio Carlisle brincou e eu sorri.

Sim, meus parabéns pelo meninão e feliz aniversário, Emm — tia Esme sorriu.

—Obrigada tia e tio, eu amo vocês – sorri.

Não era só porque eu estava bravo com três das pessoas que apareciam no vídeo que eu seria rude com os dois que sempre eram tão gentis.

Amamos você também— tia Esme sorriu.

—É A MINHA MÃE? – Alice perguntou na porta do quarto com uma bandeja nas mãos.

Assenti e entreguei o celular para Alice quando ela colocou a bandeja ao lado de Rose e então virei para minha prioridade.

—Está se sentindo melhor? – perguntei e Rose riu, assentindo.

—Como sempre né, é meu vomitinho matinal, tem que rolar – ela brincou e eu ri com ela, mas com menos humor porque eu odiava isso.

Levantei com ela e fomos para o banheiro. Eu limpei o Pucket e ela lavou a boca e escovou os dentes. Depois voltamos para o quarto para ela comer e Alice tagarelava sem parar, eu ri da baixinha.

—Eles voltaram – ela disse.

Coloquei o Pucket do lado de Rose que já deitava na cama, então deitei entre ela e Alice, dei o bowl com coisinhas nutritivas que Bella tinha cozinhado para Rose.

—Emm – Alice chamou apontando para o celular.

—Já falou com seus pais? – perguntei e ela assentiu.

Peguei o celular dela.

—Parabéns Esme, Carlisle e Charlie, vocês serão avós de um menino que está bem saudável nessa barriga aqui – falei virando a câmera do celular para Rosalie que devorava os biscoitos de aveia.

Rose deu um tchauzinho sorrindo e acenando para mim e, consequentemente, para o celular.

Emmett— Renée chorou.

—Obrigado por ligarem para me desejar um feliz aniversário – falei sorrindo – Renée, Anne e John, agradeço igualmente por terem se importado em aparecer, mas acho que o melhor presente que têm a nos dar, ainda é a distância, pelo menos por enquanto. Estamos bem e muito felizes, nosso bebê é muito forte e a gente também, mas não queremos lidar com mais negatividade – falei sincero – Pai, a gente se fala depois. Tia Esme e tio Carl, mandamos fotos para vocês também. Um beijão – falei acima de todos os protestos de Renée.

De verdade, que me desculpassem pela minha infantilidade, mas eu não conseguia ter o sangue frio, pelo menos não ainda, enquanto eu tinha que conviver, diariamente, com Rosalie passando mal e a preocupação constante de se ela estava saudável ou não.

—Emm, é o seu aniversário – Alice disse baixinho.

—Sim, Lice, e por isso me nego a ter qualquer embate ou conversas que me deixem menos do que plenamente feliz como estou agora – falei e ela sorriu, concordando com aquilo.

O resto do dia foi leve, recebi algumas ligações de amigos e da minha família da Itália. Então almoçamos juntos, depois vimos o espetáculo do Circo, passei o palhaço enquanto procurávamos um bom lugar – pelo celular – para fazermos nosso piquenique, então, voltamos para o fim do espetáculo e, mais tarde, seguimos para o Central Park. Rosalie não saiu do meu lado nem por um segundo o dia todo e ainda caminhou de mãos dadas comigo pelo parque enquanto nos encaminhávamos para o lugar que Rose e eu tínhamos escolhido. 

A mistura entre todos que eu amava e aquele dia que parecia tão ensolarado fez com que eu nomeasse, aquele, o melhor aniversário da minha vida – até então.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu amo um papai hahahaha

Não consigo, sei que eu quem escrevo essa história, mas parece que eles realmente existem em uma outra realidade e o Emmett é tão apaixonante, ele está amadurecendo tanto!

Espero que tenham gostado e que não se esqueçam de comentar e dizer o que acharam. É UM MENINO!

Um beijo, nos vemos logo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "happily ever after." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.