Uma canção de Sakura e Tomoyo: Vamo alla flamenco escrita por Braunjakga


Capítulo 1
Introdução




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Boa noite, leitores e leitoras:

 

Recentemente, eu li uma crítica da Mara, do site "mais de oito mil" (o link vou colocar nas notas finais), dizendo que um dos grandes defeitos de Sakura Cardcaptors é a ausência de um drama profundo envolvendo a protagonista. A maior parte da série, seja em mangá, seja em anime, foca em retratar as relações de Sakura com a sua família e suas amizades na escola, nas mais diversas situações e tempos possíveis. Esse gênero de narração é chamado no mundo do animangá de "slice of life". Na crítica, a autora afirma que dificilmente vemos Sakura enfrentar um drama pessoal, passar por alguma provação e coisa do tipo. Até mesmo as perigosas cartas Clow não fazem nada mais do que traquinagens simples de resolver. Durante o Clear Card, a coisa evolui para pior nesse quesito simplicidade. Em suma, na visão dela, Sakura Cardcaptors é uma série tão simples que não consegue desagradar ninguém. Tudo parece tão idílico que parece vinda de um sonho. É como se Sakura atravessasse um profundo coma, ocasionado quando ela tenta capturar a carta vento. Se Isso é verdade ou não, só a CLAMP dirá! (Risos)

Acontece que eu concordo com ela. Relendo o mangá, dá para confirmar cada palavra do que ela disse. Sakura não tem tristezas, nem rancores, só alegrias. Nem mesmo a mãe ausente é motivo para drama. Nadeshiko sempre aparece para "passar a mão" na cabeça de Sakura enquanto ela dorme. Mas é engraçado ver que toda a carga dramática fica com Sonomi, Fujitaka, Touya, Yukito, Kero e Syaoran. Apesar de eu concordar com ela, digo também que não há problema algum em escrever uma história assim. Talvez seja essa a magia de Sakura: o otimismo, a alegria, a simplicidade, a leveza. A carga dramática de Sakura ficou toda em Tsubasa ReserVOIR Chronicles! (Risos) e conosco também, os fanfiqueiros.

Saber que Sakura não tem drama abre uma enorme janela de possibilidades. É como escrever numa folha em branco com tudo preparado ao mesmo tempo. É contraditório no começo, mas é engraçado. 

Muitos autores exploraram uma multidão de vias para abordar a linha de vida de Sakura e eu fico feliz mesmo por ter enxergado uma possibilidade neste campo tão pouco explorado de Sakura e Tomoyo.

Relendo o mangá, é visível o amor de Tomoyo por Sakura e de Sakura por Tomoyo. Os sorrisos de Sakura quando recebe um elogio de Tomoyo são uma das cenas mais belas do mangá, além, é claro de eu gostar quando as CLAMP desenham uma Sakura séria e uma Sakura confusa e atrapalhada, com olhos virando redemoinhos. Estava tudo pronto, estava tudo lá, mas não decolou, como uma bela Ferrari exposta num salão do automóvel que não é posta na pista. O motor que pode acelerar até setecentos por hora está lá, já foi feito, só não anda.

Se o carro já está pronto, então basta dirigi-lo. Basta pegar o volante, girar a chave e pôr o pé no acelerador. Então, resolvi me tornar o motorista desse carro e estou acelerado, sem medo de bater ou capotar na curva. E vou em frente e vamos juntos, velozes e furiosos.

Vamo alla flamenco é o segundo movimento da canção de Sakura e Tomoyo. Não vai ser tão longo assim, vai ser um texto simples, mas vai ser o texto mais SakuTomo que vocês vão ver por aqui. "Beijos e despedidas" foi o alicerce para construir essa história. Teve aventura, teve romance e teve confissões. Muitas revelações aconteceram na vida de Sakura e Tomoyo, muitas coisas que a mente delas ainda não processou. Pode ter terminado meio triste para essas duas, mas não planejo uma história fácil para elas. Por isso, os acontecimentos aqui acontecem cinco anos depois dos eventos de "Beijos e despedidas" ou seis anos depois da "Carta selada". Assim, nossas heroínas vão ter mais maturidade e mais vivência para encarar seus sentimentos uma pela outra.

A vida em si não é fácil, mas podem ter certeza que aqui estão sendo construídas as bases para a felicidade futura, sólida e duradoura dessas duas. Os melhores e mais longevos trabalhos nos trazem coisas que são admiradas para sempre, como as pirâmides no Egito, o Taj Mahal, a muralha da China ou o Coliseu. Assim será com essa história aqui, considerem-na como uma espécie de "porão" ou "subterrâneo" desse prédio. 

Estou dando a pele para concluir esse projeto e não vou desistir até ter posto a  última vírgula desse texto. Com a ajuda de Deus, eu chego lá. Muito obrigado pela atenção e até mais!

Bom divertimento! 




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Notas finais do capítulo

https://maisdeoitomil.wordpress.com/2018/01/30/sou-amarga-demais-para-gostar-de-card-captor-sakura-clear-card/



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