Sophia Snape escrita por rosatais


Capítulo 21
momento pai e filha




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Não sei em que momento de todo aquele dia eu adormeci. Nem mesmo como fui parar em uma cama. Só sei que quando acordei estava deitada em meu quarto nos aposentos do meu pai.


Meu pai entrou no quarto pouco tempo, ele parecia abatido, estava com os olhos vermelhos de quem tinha chorado. Ele se sentou na beirada da minha cama e me abraçou como fazia quando eu era pequena e ele chegava tarde da noite. Não pude conter em minutos meu rosto estava novamente coberto de lagrimas, notei que ele também chorava, acho que me lembro de poucas vezes que o vi chorar.


– Sinto muito – disse sem tirar o rosto que estava enterrado em seu peito.

– Pelo que se desculpa meu anjinho – perguntou ele sem me afastar. Acho que nesse momento ele precisava dessa proximidade tanto quanto eu.

– por não ter te contado antes – sussurro.

– não era sua obrigação me contar querida – tentou me acalmar.

– você ainda me ama? - perguntei baixinho.

– é claro de onde tirou a ideia de que eu por algum motivo deixaria de amá-la.

– e-eu n-não sei – disse voltando a chorar.

– ahh querida é claro que eu te amo. Nada, nem ninguém vai mudar isso.

– ma-mas ee-eu lembro e-ela.

– isso não me faz deixar de amá-la, sua mãe fez escolas que não aprovo, escolheu por mim e por ela sem me perguntar o que eu achava, sumiu sem me dar explicações. Não te amo por causa dela, te amo por ser o que é, pela menininha que eu vi crescer, por ser a minha menina e de mais ninguém.

– nunca papai, mas queria ser dela também, queria que as coisas tivessem sido diferentes, queria ela com agente.

– eu também querida, eu também. Durma meu anjinho.

– vai ficar comigo?

– vou estar bem aqui quando acordar – disse me dando um beijo na testa e me pondo na cama, como quando eu era criança.

quando acordei não me senti melhor ou menos traída, contar a verdade me deu alivio, mas fez meus sentimentos mais confusos que antes.


Como ela pode esteve presente em tantos momentos nossos, em muitas broncas que ela me livrava, em muitas doenças em que ela ajudava o papai e via sua angustia, como ela pode viver tudo isso e não sentir remorso, como alguém faz isso com outra pessoa, como alguém faz isso com o próprio irmão? Como? Eu não entendo.


PDV Snape.


Minha cabeça rodava depois de tudo o que ouvi. Não podia acreditar que Nanda pude-se ter feito isso comigo, ela devia ter me perguntado, e Sarah devia ter me cotado isso a anos atrás. Eu pensava nos meus momento com a Nanda, em seu sumiço e em minha filha, minha pequena que estava perdida e assustada, que teve que lidar com isso tudo sozinha.


Eu sai do escritório de Dublemdore, com a intenção de achá-la não me importei nem um pouco de deixar Minerva, Sarah ou mesmo Alvo falando sozinho sabia que ele não tinha culpa alguma em tudo isso ele era somente outra vitima, mas a principal vitima e munha atual preocupação era o meu anjinho que estava perdido. Rodei a escola toda perguntei a diversos alunos, aos amigos da minha filha e nada, eu não tinha sido capaz de achá-la até que um fantasma me parou era o Barão Sangrento disse que minha filha estava no banheiro da murta.


Cheguei lá e a vi encolhida no canto, adormecida e com o rosto manchado das lagrimas recentes. A peguei no colo a levando para os meus aposentos, a coloquei em sua cama e a cobri com o edredom, fiquei ao lado dela pelo que me pareceu horas com minha cabeça perdida em pensamento, em tudo que podia ter sido, em que Nanda não tivesse tido medo, se tivesse conversado comigo, teríamos dado um jeito, ela não teria saído para confrontar Black, teríamos criado criado Sophie juntos, todos os momentos em que não soube o que fazer e tive que pedir socorro não teria acontecido porque ela estaria comigo. Ela estaria nos momentos em que eu e Sophie fomos felizes. Me deixei levar pelas lembranças e imaginações do que poderia ter sido.


Estava preso em meu escritório, tentando corrigir e preparar novos planos de aula, e assistindo meu pequeno anjinho extremamente energética essa noite. Ela brincava com o catalogo de cartões da biblioteca, levantando o cartão de em livro e quando ele voava para fora da prateleira ela pulava e o pegava no ar. Ela ria toda vez que pegava um livro no ar, e eu cada vez ficava mais preocupado, qualquer um dos livro a quaisquer momento poderia machucá-la, um pulo na hora errada e ele passaria a noite na cadeira do quarto de sua filha preocupado com uma reação a qualquer ferimento que ela pudesse vir a ter.

A paciência dele não durou mais muito tempo, quando mais um gritinho seguido de risada, tornou a cortar sua concentração, ele deu basta.

– chega Soso, isso é suficiente. Esta na hora de você tomar banho e deitar.

– não, eu quero continuar brincando.

– Sophie você já brincou muito hoje precisa de descanso.

– mais eu não to cansada - disse batendo o pezinho.

– Sophie, cama – disse ele com firmeza.

– NÃO – gritou ela e saiu correndo.

Eu pequei ela não muito tempo depois, quando ela estava na sala indo em direção a porta de saida.

– onde você pensa que vai – perguntou ele há uma Sofia de quatro anos no colo.

– brincar lá fora.

Nesse momento eu me lembro que Sarah veio ver o que acontecia, quando podia ser Nanda.

– o que deu em você? Você não core para fora da casa sozinha, não importa o que você queira. Você vai para o seu quarto agora, e vai ouvir o que papai diz, me fiz claro.

– querida vem comigo, eu te coloco para dormir – disse ela.

– NÃÃO...

Eu só a virei de costas e dei duas tapas em seu bumbumzinho. Ela gritou e imediatamente lagrimas corriam por seu rostinho.

– você vai para o seu quarto, me fiz claro dessa vez?

Ela somente acenou com a cabeça que sim, e subiu para o quarto.

Passei no quarto dela quasse uma hora depois e elas estavam dormindo uma na cama e a outra no sofá.


Sai das minhas lembranças quando o toque do flúor tocou. Não sei quem é mais com certeza eu não vou querer conversar.



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