Lúcifer's Legacie escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
A Ignorância humana




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P.O.V. Charlie.

Isso é esquisito. Estou fazendo tudo o que eu posso para salvar a Amunet e tirá-la daquele lugar terrível. Mas, depois que ela tentou uma segunda fuga... eles arrumaram uma adaga e com aquilo eles a assassinaram. 

Ainda posso senti-la morrendo nos meus braços, voltando a ser uma múmia. Eles tentaram me prender, mas fracassaram.

Alec e eu estamos juntos. Somos um casal estranho admito. Um anjo e um vampiro. E agora... vamos ter um bebê. E esse bebê está dando o que falar e ainda nem nasceu o bichinho. 

Muitos tentaram matar a criança antes que nascesse. Já que eu sou neta do Lúcifer e Alec é membro da alta sociedade de uma super-raça de vampiros. A criança vai ter um poder que nem dá pra imaginar. 

É óbvio que minha família está me ajudando, lutando com unhas e dentes para manter o bebê vivo desde o momento em que soubemos de sua existência. Fui sequestrada, atacada, enfeitiçada.

É. É isso ai mesmo.

Agora estou sentada no parque olhando as crianças brincando, as famílias passeando, cães correndo atrás de bolinhas. Admito, sou mais uma pessoa de gatos. Não gosto de cães, eles são tão escandalosos, barulhentos, fedorentos, mordem e mastigam tudo. Mas, como meio Nephilim acredito que há um propósito para todas as criações de vovô.

—Sabia que te encontraria aqui.

—Oi.

—Em que está pensando?

—Nem eu tenho certeza. Comecei pensando no bebê e agora estou pensando no sentido da vida.

Ele riu.

P.O.V. Alec.

Sou um diurno agora. Beber o sangue de anjo da Charlie me fez poder sair ao sol. Um vampiro louco, Vladmir do Clã Romeno. Ele sequestrou Charlotte já grávida e fez um experimento. Injetou num vampiro o sangue da criança que havia tirado com uma agulha e ele passou a poder caminhar no sol.

O avô dela veio voando e castigou o vampiro recém-diurno e Vladmir com a morte. Ele os queimou de dentro pra fora. Aquela foi a primeira vez que eu vi o avô de Charlotte em sua verdadeira forma. Seu total potencial. A cara de demônio vermelha, as asas cintilantes e sua justiça implacável e brutal. Sua fúria assassina.

Ela não passou mal depois disso, mas ficou profundamente traumatizada. Ela se fechou. Não gosta de ficar nem mesmo perto de Dimitre, Jane e os outros membros da guarda. Ela os associa á Vladmir.

Senti o cheiro de lágrimas.

—Charlie...

—Diz pra eles que eu sinto muito?

—Quem?

—Félix, Jane, Dimitre. Diz pra eles que eu sinto muito?

—Eu digo.

—Sei que... eles não me fizeram nada, que são meus amigos, mas... você não consegue dizer a alguém o que sentir e eu não posso simplesmente ir á terapia.

Disse chorando compulsivamente e esfregando sua enorme barriga de grávida.

—Eu sei, amor.

—Me sinto tão mal. Não foi culpa deles, foi aquele tal de Vladmir. E mesmo sabendo que ele está morto... outros virão. Eu não consigo dormir, não consigo comer, nem consigo respirar direito! Tenho ataques de pânico, terror noturno. Saber que vocês nunca dormem... que sua raça não dorme jamais... eu não me sinto segura. Não consigo dormir! Aquelas imagens horrorosas daquele miserável... se o meu sangue é como cocaína para vampiros... como devo dormir tranquila, sabendo que com a nossa filha vai ser igual?! Ou pior? Provavelmente pior.

—Ei, vamos encontrar uma forma Charlotte. Eu tenho mais de mil anos. Sou um vampiro poderoso com um dom letal e vou fazer qualquer coisa para proteger o nosso bebê.

Os humanos correndo, brincando, tocando suas vidinhas. Completamente alheios ao fato incontestável de que há uma Nephilim grávida de um bebê híbrido de vampiro e um vampiro sentados no banco da praça.

—Acho que a coisa certa a se fazer é mandá-la embora depois que nascer, enquanto ficamos para trás e limpamos esta bagunça colossal que vocês fizeram.

—O que quer dizer?

—Alec, tem um lugar onde ela vai ficar a salvo. Onde nenhuma alma com maldade ou culpa no coração pode entrar, mas ela pode. 

Disse Charlotte chorando.

—Vou pedir para o meu avô, levar a bebê para a Cidade Prateada. Para viver com os anjos.


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