Lúcifer's Legacie escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 19
Comportamento estranho


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/Wwe1YqCai7c-Demetri salva Riley.



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P.O.V. Riley.

Nós fomos a muitos encontros, muitas vezes e ele nunca come.

—Você devia ao menos trazer a sua comida. Você já tem problema de anemia, se ficar sem comer... vai passar mal.

—Agradeço a preocupação, mas eu me alimentei antes de vir.

—E eu fiquei pra comer sozinha.

Flashback Off.

Estou voltando pra casa. Já é tarde da noite. Fico com essa sensação esquisita de que tem alguém me vigiando. 

—Estou ficando paranoica.

Estava quase em casa quando sou abordada por um cara que saiu do nada. Ele era pálido, asiático. Ele tinha o mesmo problema do Demitre.

—Moço, o senhor tá passando mal? Precisa que eu chame uma ambulância?

Notei que os olhos dele estavam pretos. O Demitre falou quando as pessoas que tem esse tipo de catalepsia ficam com os olhos desta cor eles tão com problema de anemia.

Estava com o celular na mão já tava ligando para a emergência quando o homem criou presas e ele veio pra cima de mim. Eu fiz o que? Eu gritei.

Então, o homem voou longe e bateu com tudo na parede de tijolo.

—Qual é amigo, isso não é maneira de se tratar uma dama.

Meu Deus! Meu Deus, o MacGyver tava certo. Demitre o mordeu e arrancou a cabeça dele fora com os dentes e botou fogo no que sobrou.

—Riley? Riley!

—O MacGyver tava certo. Ele tava certo.

P.O.V. Demitre.

Ela estava jogada no chão e em choque. É claro que estava em choque.

Ela levantou devagar. Bem devagar. 

—Você não é cataléptico coisa nenhuma.

—Não.

—Está morto.

—Sim. 

—Vou querer saber o porque os seus olhos mudam de cor?

—Quando estamos com sede, eles ficam negros.

Ela está reagindo melhor do que eu esperava.

—E quem era esse ai?

—Não sei e não me interessa.

—Ele vai... voltar?

—Não.

Estava tão chocada que tive que praticamente carregá-la até sua casa.

P.O.V. Riley.

Ele nunca come, nem bebe, ele não sai no sol. Agora sei porque.

—Quantos anos você tem?

—Dois mil. Eu nasci na Grécia.

—E a sua família? 

—Eu os matei. Era um recém-criado. Não tinha consciência do que fazia. Minha raça nunca é tão forte fisicamente quanto nos primeiros anos da nova vida. Porém, estamos mais cruéis, mais sanguinários, mais loucos de sede. Depois que você muda existe uma coisa que você deseja mais do que todas as outras, pela qual você mata. Sangue.

—E quem fez isso com você?

—O nome dele é Amun. É o líder do Clã Egípcio.

Riley respirou fundo.

—Pai eterno.

—Não vai correr?

—De que me adianta correr? Eu chego aos vinte quilômetros por hora no máximo, mas você corre parece um borrão. Vai me matar?

—Não. Não!

—Acho que já é alguma coisa. Pode me pegar um copo d'água por favor?

E ele me trouxe um copo d'água.

—Obrigado.

Minha vó recém encontrada uma vez me disse que há um propósito para todas as criações de Deus. Até vampiros.

P.O.V. Demitre.

E se ela me rejeitar?

—Riley?

—O que?

—Você vai me rejeitar?

Ela olhou pra mim com cara de... sério?!

—Essa é a última coisa na minha mente neste momento Demitre, mas...

Respirou fundo.

—Minha vó me disse uma vez que existe um propósito para todas as criações de Deus. Até vampiros. E honestamente, eu aceito o incontestável fato de você ser um vampiro. Aceito o fato de que o MacGyver é um gênio e tava certo, de novo. Aceito que o mundo é um lugar muito mais... misterioso e maluco do que eu poderia se quer imaginar. Mas, eu não sei se consigo namorar você.

Ela foi honesta e ainda assim delicada.

—Eu sei. E eu fiz coisas terríveis, mas você Riley Davis é literalmente a melhor pessoa que eu já conheci. Você é a melhor influencia sob mim e eu preciso de você. Porque é boa e preciso de um pouco de bondade na minha existência. Porque sem isso, sem você estava numa escuridão terrível.

—Isso é muita pressão Demitre. 

—Eu sei...

—Não. Não, é minha vez de falar. Eu amo que te faço ser uma pessoa melhor, amo que te faço feliz, mas não quero ser a única coisa pela qual você vive. Isso não é saudável para nenhum de nós. Não quero ter que me preocupar com o que vai acontecer se nós brigarmos, se terminarmos. Ou em quem você vai descontar. Não quero namorar alguém que pode me matar sem que eu consiga me defender. E se eu disser algo que te chatear, fizer algo que você não goste? Disser algo que você não quer ouvir? Como vou saber que não vai surtar e me matar?

Ela tinha um ponto. Mas, eu não podia perdê-la. Tanto que eu caçoei, ri do Cullen por ter se apaixonado por uma humana e cá estou eu.

—Vampiros tem fraquezas. Prata e uma erva chamada verbena.

—Como aquela coisa do The Vampire Diaries?

—Sim. Algumas fraquezas valem para as duas raças.

—Espera, tem mais de uma raça?

Expliquei tudo a ela, contei a história toda.

—E a tua sobrinha é meio anjo e matou a vampira mais velha do mundo?

—Sim.

—Porque está me contando tudo isso? Porque eu em primeiro lugar?

—Porque quando eu a vi correr atrás do ladrão, derrubá-lo e recuperar a sua bolsa... eu vi que você não era uma garota ordinária.

—Sou muito ordinária. Eu já fui presa. Eu Hackeei o Pentágono, roubei informações sigilosas e ai eu fui presa.

—Ordinária quer dizer comum. E você não tem nada de comum. É extra-ordinária.

P.O.V. Riley.

Quem sou eu pra julgar? Só Deus sabe o que ele passou.

—Eu não sou ninguém para te julgar. Como eu disse eu fui presa. E eu não sei nada sobre ser vampira.

—O conceito de eternidade lhe parece ótima, até você descobrir que vai passá-la sozinho. Eu tenho mil anos, já estive com mulheres de toda sorte, mas nunca encontrei a minha parceira.

—Sua parceira?

Ele começou a explicar.

—Acredito que os humanos chamaria isso de alma gêmea. Para vocês talvez, seja apenas um mito. Para nós não é. A maioria dos sobrenaturais, especialmente vampiros tem a sua. A alma que encaixa na sua.

—E essa pessoa seria eu?

Perguntou rindo.

—Sim.

—Ai, mas eu sou uma fodida mesmo. E você mais ainda. Uma ex-detenta, ladra, com sérios problemas familiares. Meus parabéns, ganhou na loteria. Mas, para ser justa nós todos fazemos coisas das quais nos arrependemos. Só que acho que a maioria das pessoas morre antes que a lista fique... embaraçosa.

O celular dela tocou.

—Alô? Tá. Estou indo. Tchau Matty.

Ela desligou.

—O dever chama. Vou tomar banho, uma xícara de café e ai eu vou.

P.O.V. Riley.

Tomei banho correndo, me arrumei. Ou seja, calça jeans, uma blusa e a minha jaqueta de couro é claro. Tomei café e fiz a maquiagem ao mesmo tempo.

—Com o que você trabalha?

—Eu trabalho numa Think Tanq.

—E eu não acredito em você.

—Sinto muito, mas não posso te contar onde e nem em que eu trabalho, a menos que eu queira ir parar num buraco. Mas, eu não sou criminosa.

—Eu sou.

—Ninguém é perfeito. Tchau.

—Tchau.

Acabamos nas florestas de Washington na capital. Vamos fazer treino de sobrevivência na selva. Ótimo. O MacGyver até fez uma pegadinha com a gente e o esquisito do banjo. O Fred.

Mas, é claro que tinha que dar ruim. Depois de um dia inteiro andando no meio do mato e comendo umas folha de taboa, o MacGyver sumiu. Um fumante maluco, provavelmente um maníaco, perigoso sequestrou-o.

—É cada roubada que o MacGyver mete a gente.

Encontramos um cadáver e tentei pedir ajuda para a guarda florestal, mas um dos idiotas interceptou o sinal, felizmente tínhamos a planta venenosa para causar uma explosão. O Mac é um bom professor. Quando o encontramos ele tava baleado e o cara que atirou nele havia levado uma pedrada.

Tivemos que fazer um curativo nele, terminar o trenó que ele tava construindo e levá-lo pro hospital. E eu também fui parar no hospital, torci o meu pé. Quando ouvimos o tiro, nós corremos e eu tropecei num galho e me lasquei.

—Vou querer saber o que aconteceu?

—Treino de sobrevivência na selva. Tropecei num galho e torci meu pé. To no lucro porque o meu amigo, levou um tiro.

—Um tiro?!

—Tinham uns malucos lá e nós nos lascamos.

P.O.V. Demitre.

Ninguém que trabalha numa Think Thanq volta pra casa de um treino de sobrevivência na selva com pé torcido e um colega baleado.

Ela começou a fazer comida. Fez frango com arroz. E como ela comeu.

—Nossa! Isso ai deve estar ótimo.

Ela engoliu e falou:

—Passe o dia inteiro comendo folha e correndo atrás duns bandido, e ai nós conversa.

Depois de comer, ela tomou banho. Saiu do chuveiro e perguntou, secando o cabelo com a toalha.

—O que tá fazendo aqui?

—Vim procurar você.

—Então, tá.

Sentou numa cadeira e ligou o secador na tomada.

—Isso vai fazer barulho.

—Eu aguento.

Fez escova no cabelo, desligou o secador e sentou no sofá colocando o pé pra cima.

—Você é uma espiã.

Ela fez uma cara.

—Não.

—Espere, você é?

—É mais complicado que isso. Já ouviu falar em terrorismo?

—É uma terrorista?

—Não. Eu sou de uma agência secreta do governo que acaba com terroristas, ameaças de bomba, etc, etc. Tráfico humano, tráfico de drogas, exploração de trabalho infantil, trabalho escravo. Já tive que me passar por uma prostituta e eu já dei um tiro em um cara. E ele morreu.

—Então é uma assassina.

—Quando você é humana e um cara aponta uma arma pra sua cara e fala que vai te estuprar quando acabar de roubar uma coisa que é sigilosa... você revida. Ai a arma disparou e o homem caiu mortinho. E eu realmente não quero mais falar sobre isso.

Ela estava usando um pijama de blusa azul escura regata e short de listras azuis e verdes que fazia conjunto.

—A quanto tempo está nesta profissão?

—Anos. Desde que eu sai da cadeia. Eu quase nunca pego numa arma, bom não uma que dispare. Meu papel é Hackear os computadores dos bandidos, roubar informações incriminadores que geralmente estão protegidas por encriptações feitas pelos melhores. Ás vezes copiar dados de servidores protegidos e sempre dar suporte técnico. Comunicadores, etc, etc. Plantar uns vírus ás vezes.

—É um gênio da informática então.

—Não só da informática, mas da computação. Tem uma diferença entre informática e computação.

Ela já estava sucumbindo a inconsciência e sem demora, dormiu. Desliguei a televisão e a carreguei até o seu quarto. Deitei-a na cama e a cobri, mas não consegui simplesmente ir embora. 


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