Lúcifer's Legacie escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 18
Poder e sangue




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P.O.V. Marius.

Ouvi quando ela chegou, mas antes que eu pudesse reagir, estava amarrado. E as cordas queimavam minha pele, meus pulsos e tornozelos.

—Eu adoro quando eles se debatem.

Disse Jessica libertando David.

—Você está bem? Está ferido?

—Sim e não.

—Ótimo. Vai pra casa David.

Ele obedeceu e ela tirou de dentro da bolsa um conjunto de ferramentas enroladas num pano e quando ela desenrolou aquele pano... nunca vi ferramentas como aquelas, até mesmo as lâminas brilhavam demais e tinham um formato que... não era comum.

—Sabe, para alguém tão vivido e experiente você não tem o menor senso do perigo. Marius. E também não tem senso de auto-preservação. Eu te falei pra ficar longe do David. Te avisei que ele era meu amigo. Mas, tu não me ouviu.

Disse puxando duas das lâminas.

—Vai me torturar?

—Vou.

Ela estendeu e grudou jornal logo a baixo de onde eu estava amarrado.

—Pronto. Assim não suja. A tia Maze e o meu bisavô, me ensinaram a estripar um homem antes de eu aprender a falar direito. 

Eu já sofri tortura, mas nunca algo nem parecido.

P.O.V. Lestat.

Os gritos e o cheiro de sangue são um belo atrativo para um vampiro. Mas, a cena que eu encontrei... Marius amarrado, ensanguentado e Jessie com suas facas e instrumentos.

—Pare, por favor. Pare.

—Promete que não vai mais chegar perto do David e de ninguém que eu amo. Porque se acontecer alguma coisa com o David e eu souber que tem dedo seu... Ah, Marius... isso que rolou aqui? Vai ser brincadeira de criança. Estamos entendidos?

—Sim. Eu prometo.

—Ótimo.

Ela com duas facadas cortou as cordas e deu uma bolsa de sangue para que Marius bebesse.

—Agora rala daqui, estropício!

Ele saiu correndo como o diabo... como o diabo foge da cruz. Dito estúpido. Lúcifer pode entrar em igrejas e encarar crucifixos se ele quiser.

—Isso foi impressionante.

—Nem começa! Tu não me amola não, que o Marius já me tirou de mim!

Disse enquanto lavava as facas e os demais instrumentos num tanque com sabão e uma bucha.

—É uma pena que eu não estava aqui para assistir.

—Vira casaca. Ele é o teu criador. Pra todos os efeitos ele é teu pai. Vai ficar desejando mal pra ele?

—Marius de Romanus não é meu pai. Ele me sequestrou, me transformou contra minha vontade e depois me abandonou! Ele não vale nada.

—E tu vale? Preciso relembrar o que você fez?

—Não, Jessica.

—Olha, eu sei que nós fazemos coisas das quais nos arrependemos. Só que a maioria das pessoas morre antes que lista fique embaraçosa. Eu lamento que Marius tenha te transformado na força e te largado, mas não seja como ele Lestat. Seja superior. Você mesmo disse que ele não vale nada. Uma vez você falou que só tinha a si mesmo. Isso é uma mentira. Você tem a mim. E quero que saiba que te perdoo por ter passado pro lado de Akasha. Estava com medo, ela era mais velha, mais forte, mais poderosa. E você tava com medo.

Senti quando ela segurou minha mão.

—Mas, você não está sozinho. Nem o Marius. Eu me conheço, se aquele traste se meter numa roubada... eu vou ajudá-lo. Do mesmo jeito que vou te ajudar. Se ligou?

Ela deu dois tapinhas no meu ombro e recolheu o jornal que forrava o chão e estava coberto de sangue. Jogou na lareira e botou fogo.

—Não queria que tivesse chegado nesse ponto. Eu avisei ele. Eu avisei.

Jessica limpou a sala toda com água sanitária para livrar-se de qualquer resquício do sangue de Marius.

—Pensou que podia me trolar, tirar uma onda com a minha cara. Lascou-se.

Eu ri.

—Não ria não. Não fica desejando o mal dos outros. É ruim.

P.O.V. Riley.

Agora que ele tá na minha casa, eu tenho que perguntar.

—Qual é o seu nome?

—Demitre Volturi.

—Volturi? É mesmo?

—É. Porque?

—Algum parentesco com Jessica Volturi?

—Minha sobrinha. Apesar de não termos parentesco consanguíneo. A maioria dos membros de nossa grande família não tem. Apenas Alec e Jane que são irmãos. E Jessica, Alec e Jane que são filha, pai e tia. Respectivamente.

—Olha, estou surpresa, mas tu não deixa o meu amigo MacGyver ficar sabendo disso ou ele vai pensar que tu é vampiro.

Disse rindo. Imagine, só o MacGyver com essas ideias.

—MacGyver?

—É. Angus MacGyver. Ele é um gênio, mas recentemente ele jura que a sua sobrinha é uma vampira. Tudo bem que essa sua cor pálida não ajuda muito, mas eu aposto que há uma explicação racional para isso.

—É um problema genético. Eu e meus irmãos adotivos temos um tipo muito raro e diferente de catalepsia. E infelizmente devido a esta condição a cor de meus olhos é assim tão... vermelha. Quando ficam negros é por conta duma severa anemia.

—Sinto muito. Se você é cataléptico significa que não vai viver muito, não é?

—Sou mais resistente do que pareço, senhorita Davis.

—Pode só me chamar de Riley.

—Eu preferiria que não. Fui criado para ser um cavalheiro. Não se fala o nome da dama até ao menos o terceiro encontro.

P.O.V. Demitre.

Ela riu.

—Você é esperto. Mas, não sei se estou pronta para encontros. Meu ex-namorado e eu acabamos de terminar. Dei um flagra nele. Estava dormindo com uma piriguete ai. Porque eu trabalho numa área meio de risco. Nunca sei quando ou onde vai ser a minha próxima missão e tentei fazer uma surpresa pra ele... mas fui eu que fui pega de surpresa.

—Ele era um tolo.


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