De volta para você escrita por Bhabie


Capítulo 12
Capítulo 11 - Mc Emmett


Notas iniciais do capítulo

Vocês estão muito tensas, vamos descontrair um pouco
Bora descobrir quem é nossa loira misteriosa!



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PDV Emmett

 

“Eu estou no paraíso”.

Pensei enquanto abria a boca para receber mais três batatas fritas de uma só vez.

— Mais mostarda, senhor? – Rias Gremory* perguntou sensualmente.

Ainda mastigando, respondi de boca cheia.

— Não, eu prefiro Keetchup.

Ela deu um risinho, entendendo a malícia na palavra e logo pegou mais batatas, as lambuzando com o máximo de variedades de molho que podia e logo em seguida, as levou até minha boca.

Fechei os olhos apreciando a brisa fresca que vinha do mar tocando meu maravilhoso rosto e o sabor das gordurosas batatas.

O vento movimentava os lençóis brancos que estavam pendurados envolta do deque.

— Humm... Misa Amane*...suas mãos são maravilhosas, continue – Ordenei em meio a um gemido  – Aaaaahh, isso, assim. Não pare agora.

— Assim, está bom, senhor? – Misa piscou os grandes cílios em minha direção enquanto continuava a trabalhar com suas mãos ágeis.

— Sim! Não pare agora! Está quase aliviando! Oh! Sim, isso mesmo! Mais forte!

— Assim? – Ela me apertou mais forte.

— Isso mesmo! Aaah, que delícia!

Gemi de satisfação e Misa retirou as mãos do meu pé.

— Agora o outro, minha querida – Estendi meu pé direito e ela o apoiou em seu colo, recomeçando a massagem.

— Sim senhor.

— Isso Misa, uma delícia. Rias, mais batatas, por favor – A primeira garota fez o que eu pedi e me deu um beijinho na bochecha – Ah, perfeição!

Rias se afastou, seu doce rosto assumindo uma expressão de raiva.

— Emmett! – Ela gritou.

— O que? – Indaguei confuso.

— Emmett! – Ela voltou a gritar comigo.

Misa apertou meu pé com mais força do que deveria e fincou suas unhas grandes em minha pele. Gritei de dor.

— Emmett, acorda! – Abri meus olhos, assustado.

— AAAAH! – Gritei vendo Dolly curvada sobre mim.

A primeira reação da minha babá foi dar uma tapa em minha cara.

— O que foi isso!? – Urrei levando uma mão até o lado atingido do meu rosto.

— Você estava gemendo como um tarado! Foi nojento de se ver e ouvir.

— E por isso me bateu!?

— Não, já estava querendo fazer isso há algum tempo.

— Louca!

— Se não levantar agora mesmo, a louca aqui vai jogar um balde de água fria em você!

Eu sabia que ela não estava brincando, isso já tinha acontecido antes.

— Certo – Resmunguei – Me ajude a levantar então.

Revirando os olhos, Dolly me agarrou pelos braços e com muito esforço, me ajudou a sentar na cama para então, me ajudar a ficar de pé.

Meus membros pareciam pesar toneladas – o que não estava muito longe de ser mentira – então qualquer tipo de atividade que fazia, mesmo que fosse apenas algo básico para uma pessoa com o peso normal, era como correr uma maratona.

— Eu queria dormir mais – Choraminguei depois de recuperar minhas energias.

— Você tem que ir trabalhar, já não foi ontem – Dolly mexeu em minhas gavetas, à procura de algo para eu vestir.

— Eu não preciso trabalhar, sou rico.

Dois anos antes, eu havia processado o Mc Donald’s e ganhado. Não tinha sido fácil, eles possuíam os melhores advogados do país; mas eu, possuía algo muito mais visível e que seria ruim para a imagem da empresa: Meus quilos.

Não foi algo premeditado, mas um certo dia eu fui até Nova York para atender um cliente e enquanto dirigia pelas famosas ruas e avenidas, notei que havia anúncios demais da marca de fast food. Poluição visual.

Eu ainda tive que ficar na cidade por duas semanas, o que resultou no ganho de 10 quilos pois sempre comia nos restaurantes da rede.

Não conseguia enxergar mais nada fora seus grandes anúncios 

Os lanches eram baratos.

Deliciosos.

A carne era suculenta.

Não tive como resistir.

Ouvi minha barriga roncar e meu estômago doer com a fome.

Foi um caso de grande repercussão e que me rendeu novos clientes, mas depois de ganhar o processo eu não estava nem aí, era rico agora.

Dolly fechou a gaveta com mais força do que o necessário.

— Olha aqui, eu não dediquei quase trinta anos da minha vida cuidando dessa família para agora, você virar um mimadinho vagabundo. Vai ir trabalhar sim!

— Dolly...

— Sem “Dolly” – Ela imitou minha voz, a afinando. Era um absurdo, eu não falava daquele jeito – Vai e acabou. E outra, uma hora esse dinheiro vai acabar, vocês só gastam em porcaria! Se pelo menos tivesse comprado uma casa boa, daria para vendê-la.

— Ei! A minha casa é linda!

— Ah claro. Tinha que ser uma casa totalmente de madeira? Temos que pagar dedetizador todo mês por causa dos cupins!

— Exagerada.

— Emmett, tem madeira até na descarga do banheiro! Na descarga do banheiro!

Apenas a ignorei, já tínhamos tido aquela discussão antes e não iria adiantar nada; não quando eu estava quase caindo de sono e de fome.

Dolly jogou uma camiseta social branca em minha direção, não consegui a pegar no ar, mas por sorte, ou não, ela caiu bem acima de minha enorme barriga, impossibilitando que atingisse o chão.

Meus ombros caíram ao ver ali, um homem que não conseguia nem levantar sem precisar de ajuda, que ainda morava com a babá e que estava quase levando sua própria empresa a falência.

— Se vista logo para ir tomar o café - Ela mandou ainda de costas, escolhendo minhas outras peças de roupa.

— Tem bacon?

— Não, apenas frutas e pão integral.

— Merda!

— Eu vou arrancar sua língua se continuar falando palavrão dentro desta casa!

— Mas você e a Bella falam toda hora!

— Foda-se.

— Não me trate como um bebê!

— Quer que eu corte as frutas em cubinhos?

— Quero!

Dolly revirou os olhos.

— Te espero na cozinha, bebezão - Jogou em cima da cama uma toalha e as peças de roupa que faltavam e saiu do quarto.

Com dificuldade, consegui tomar banho - sem trancar a porta, claro, para que se acontecesse alguma coisa comigo, a tranca não fosse um empecilho - me certificando de lavar cada uma das minhas dobras.

Era muito difícil me manter em pé por muito tempo, mas eu estava feliz por ainda conseguir fazer essas coisas - como tomar banho e me trocar - sozinho.

Depois de me secar - O que acreditem, é a parte mais cansativa! - e me vestir, sai de meu quarto no andar térreo - por não conseguir mais subir as escadas - e segui para a cozinha, meu lugar favorito da minha linda casa toda entalhada em madeira escura.

— Sabe, ontem eu estive conversando com a Bella e decidimos não te colocar mais em nenhuma academia – Dolly comentou me observando comer.

— Sério!? Ainda bem que vocês não vão mais me forçar a essas coisas!

— Em vez disso contratamos uma personal trainer. Ela chega às cinco da tarde, não se atrase.

Quase engasguei com o pedaço de mamão.

— O quê!? Não Dolly, por favor, não!

— Ontem você prometeu pra sua irmã que ia voltar a tentar emagrecer. E eu já paguei o primeiro mês dela, então não tem mais volta.

— OU você pode ter treinos com ela e me deixar em paz.

— Não to a fim de procurar caixões para pessoas obesas, então ou você faz tudo o que ela pede ou eu mesmo te mato.

Choraminguei e espetei um pedaço de maçã da minha salada de frutas e Dolly entendeu isso como um “Ok, eu não tenho outra escolha então vou fazer, mas irei reclamar muito”.

— Se eu fosse você, engolia o café bem rápido, acho que está uns vinte minutos atrasado.

— Que horas são?

— Sete e vinte.

— Merda, Dolly! Você é uma péssima babá! – Me levantei o mais rápido que podia e cacei minha maleta, a encontrando na entrada da sala.

— Então cospe esse café que EU preparei, seu mamute!

— Tchau!

— Esteja aqui às cinco! – A ouvi gritando da cozinha, mas não tive tempo para xingá-la de novo.

— AI MERDA! – Gritei de dor quando percebi que havia jogado minha maleta no banco do motorista e sentado com força sobre o fecho.

Joguei a maleta desvirginizadora do banco do passageiro e antes que pudesse ligar o carro, toquei na imagem do Naruto que estava pendurado em meu retrovisor.

Alguns tinham crucifixos, outros tinham dados pendurados no retrovisor. Bom, eu tinha uma imagem do Naruto.

Coloquei meu cinto e ajustei o banco para ficar o mais para trás possível e para completar minha proteção, coloquei meu protetor de testa do Konoha*.

— É isso aí, bonitão, vamos enfrentar esses Momochiki Otsutsuki* - Falei para o espelho.

Como estava atrasado, não vi problema algum em passar um pouco do limite de velocidade.

Mas é claro que há coisas que só acontece comigo, como um policial me perseguindo e fazendo sinal para que eu encostasse o carro.

Esse dia só piorava.

— Bom dia, jovem – O policial se curvou na minha janela e reparei o quanto ele parecia o Chris Rock, mas guardei essa informação apenas para mim, ele não parecia ser um comediante – Carteira, por gentileza.

Suspirando, lhe entreguei minha carteira de motorista. Tudo bem, eu era rico mesmo, pagaria qualquer multa, só queria chegar o mais rápido possível na empresa para sair o quanto antes.

O policial olhou para a carteira e voltou a me encarar.

— Espera aí, você não é aquele cara que processou o Mc Donald’s?

Sorri. Enfim tenho o reconhecimento que mereço!

— Sou eu mesmo!

— Cara, se importa de tirar uma foto comigo? Meus amigos não iriam acreditar se eu contasse que conheci o “Mc” Emmett! – Ele já estava tirando um celular do bolso.

— Claro, vamos tirar!

Ele bateu a selfie, mas logo ficou sério de novo.

— Aqui está – O policial me entregou um papel.

— Oh, quer um autógrafo também?

— Não, essa é a multa de duzentos dólares por excesso de velocidade. Espero que o Mc Donald’s tenha te pagado bem!

Ele se afastou, voltando para a viatura e dando uma buzinada quando passou por mim.

Eu ainda fiquei encarando a multa por alguns minutos, estático, até me lembrar que estava atrasado.

— Boa TARDE, senhor Swan. Chegou cedo hoje – Leah, minha secretária sempre simpática me cumprimentou assim que entrei.

— Leah... – Eu estava ofegante por ter praticamente corrido, então me apoiei em sua mesa para recuperar o ar – o que...tenho para hoje?

— Bom, como o senhor não veio ontem, assim como anda fazendo nas últimas semanas, eu passei todos os seus compromissos para hoje, o que significa que o senhor tem uma reunião com o Senhor Black sobre o caso daquele seu cliente que roubou um porco do matadouro daqui a...dez minutos.

— DEZ MINUTOS? E VOCÊ ME AVISA AGORA?

Ela deu de ombros.

— O senhor disse quando não viesse, eu poderia remarcar seus compromissos para o mesmo horário do dia seguinte. Essa reunião era para ter acontecido ontem.

— Onde é essa droga!?

— No escritório do Sr. Black.

— Não tem como eu chegar lá em dez minutos!

— Bom, o senhor pode fazer a corrida do Naruto...- Ela se recostou em sua cadeira, me lançando um sorrisinho.

— O quê? – Eu fazia questão que meus funcionários não soubessem do meu gosto do animes, assim eu não seria desrespeitado entre eles.

Leah apontou para a própria testa e eu percebi que ainda usava o protetor do Naruto.

— Ah! Eu estava...animando umas crianças. Você sabe, Bella pediu para eu passar na escola onde ela trabalha para animar alguns pirralhos - Inventei qualquer merda enquanto tratava de tirar a bandana e guardá-la no meu bolso.

Leah estava com os braços cruzados me olhando com um meio sorriso e uma sobrancelha levantada, não parecia acreditar na minha desculpa.

— Leah, antes de eu ir, você pode me pegar um copo d’água? Eu corri muito até aqui.

— Eu sou sua secretária, e não sua empregada senhor “Mc” Emm- digo, senhor Swan – Sério que ela acha que eu não reparei do que ela me chamou? Pelo amor, eu sou um advogado sério, não é porque estou obeso que perdi a minha credibilidade – Eu estou lendo um livro muito interessante chamado “O manifesto comunista” – Ela tirou o livro de sua bolsa para me mostrar a capa – E estou aprendendo que o proletário deve tomar os meios de produção e matar seus chefes.

— Tem certeza que o livro cita essa última parte? – Minha voz deve ter saído um pouco tremida de medo, mas logo limpei minha garganta.

— O livro não, mas eu sim.

— “Por favor”? – Tentei de novo querendo ser o mais educado possível com Leah.

Leah revirou os olhos e se levantou para pegar a água. Me sentei em um das cadeiras da recepção para me recompor.

Eu tinha que começar a colocar medo em meus funcionários para que  me respeitassem.

— Toma – Minha simpática secretária voltou com um copo de plástico, pelo qual eu rezei para que não tivesse nenhum veneno dentro, quase o enfiando na minha cara.

— Obrigado, Leah – Dei ênfase ao “obrigado” para que ela soubesse que estava sendo sarcástico.

— Tanto faz.

— Bom, vou indo. Obrigado Leah por ser sempre tão...profissional – Anunciei depois de entornar o copo.

Ela assentiu, sem olhar para mim e deu um tchauzinho.

Então, o mais rápido que conseguia, me dirigi até a Black’s Lawyers.

— Então Black, como vai ser? – Cruzei minhas mãos assumindo minha postura séria.

O homem de pele avermelhada do outro lado da mesa de madeira me mediu.

— Eu achei que estavam exagerando quando me contaram sobre você. Olha só: o famoso “Mc” Emmett quase nem cabendo em uma cadeira. Sua enfermeira que teve que lhe trazer até aqui?

Respirei fundo para não quebrar a cara dele.

— Dolly não é minha enfermeira.

— Ah é, ela é sua babá – Jacob riu.

— Achei que íamos falar sobre o caso do Dean, não sobre minha vida.

— Claro claro, vamos falar sobre o seu cliente ladrão e sobre quanto o matadouro quer de indenização.

Soltei um riso nasalado.

— Quanto o matadouro quer? Me poupe, eles estavam violando os direitos dos animais, estavam os torturando!

— Agora virou defensor dos animais? Achei que gostasse deles no seu hambúguer – Jacob tirou uma bolinha de estresse de sua gaveta e começou a apertá-la.

Grunhi alto.

— Vejo então que já acabamos por aqui, se quer saber sobre mim pesquise em minha página – Comecei a juntar meus papéis para guardá-los de volta em minha maleta.

— Mais uma coisa Swan: Como vão suas irmãs? – Jacob apoiou seus pés em cima da mesa de madeira de seu escritório.

— Deixe as minhas irmãs em paz, Jacob. Estou lhe avisando.

— A Alice ainda gosta de comida mexicana? Quando ela voltar do Texas eu posso levá-la a um restaurante.

— Nem vem.

— A Bella ama crianças, não é? Eu posso dar uma a ela.

— Jacob, você é dodói da cabeça, né?

— Eu sou um homem de trinta anos solteiro, eu quero casar logo.

— Não com as minhas irmãs. Deixe-as em paz ou eu te mato – Apontei um dedo em sua direção.

— Diga para as irmãs Swan para retornarem minhas ligações, ou será tarde demais para elas provarem desse corpinho aqui.

— Sem problemas, elas são alérgicas a Jacob’s Black’s.

— Qual é “Mc” Emmett, não quer ser meu cunhadinho? – Ele abriu seus braços, fingindo estar ofendido.

— Acertou.

— Será que as duas aceitam se revezarem comigo? Ou quem sabe as duas de uma vez...

— NÃO NÃO NÃO! CREDO JACOB! VOCÊ É UM PERVERTIDO NOJENTO!

Ele deu ombros.

— Lide com esse pensamento.

Senti meu estômago de revirar.

— Você me paga por dizer uma coisa dessas tão perto do almoço. Adeus Black, nos vemos no tribunal.

— Leve uma das Swans!

Bati sua porta com força.

Jacob Black era um pervertido de merda que azarava minhas irmãs desde que nos mudamos. Na verdade, ele dava em cima de todas as mulheres solteiras – e não solteiras – da cidade e se achava o dono da porra do estado.

No começo, éramos amigos e trabalhávamos na mesma empresa, mas depois que ganhei o maior caso de minha carreira e abri um escritório, ele começou a me acusar de roubar seus clientes e seus flertes para cima de Alice e Bella ficaram insuportáveis, então nos afastamos e inconscientemente nos tornamos rivais nos negócios. Sempre que nos encontrávamos trocávamos farpas e enfrentá-lo no tribunal profissionalmente estava se tornando cada vez mais difícil.

Depois de um dia revezado entre preparar a defesa do meu cliente ladrão de porcos, fazer pausas de dez em dez minutos para comer porcaria e discutir com Leah sobre suas funções no trabalho e convencê-la de que atender o telefone não era nada abusivo, voltei para casa xingando por Dolly ter me feito vir trabalhar.

— Está quinze minutos atrasado, sua Personal já chegou e não está nada contente – Dolly anunciou me ajudando a sair do carro – Vá se trocar e vá para a área dos fundos imediatamente.

Bufei.

Ótimo, havia esquecido de que a pior parte do meu dia ainda estava por vir.

Coloquei a camiseta mais larga que tinha e uma bermuda azul escura. Estava pronto para o abate.

Assim que pisei na área dos fundos da minha linda casa, a encontrei.

Cara, eu sou sortudo.

A mulher deveria ter 1,80 de altura, seus fios loiros estavam presos em um rabo de cavalo e seu corpo escultural estava em um conjunto de ginástica azul. Ela era até mais bonita do que Mias e Rias!

— Emmett Swan, não é? – Ela se aproximou estendendo sua mão para mim.

Sua voz era dura e fria como a de um general de guerra, o que ia totalmente contra o que imaginei a observando.

— S-sim – Gaguejei, não sei se por causa do seu forte aperto ou pelo contato com a linda mulher – E você, quem é?

— Me chame apenas de Senhora, não gosto de ficar de papo com meus alunos. Agora, Emmett, vejo que tem um caso de obesidade e li sua ficha médica. Vamos ter que pegar pesado com você, grandão.

Gemi.

— Mas é apenas o primeiro dia, não pode me passar algo leve?

Ela sorriu diabolicamente, seus olhos tomando um brilho de diversão.

— Não mesmo. Faça o aquecimento que vou lhe mostrar e depois vamos começar o trabalho.

A mulher era uma máquina, ela parecia flutuar em cada exercício e os fazia com muita facilidade, nem parecia suar.

— EMMETT, ESSE PÉ ESTÁ ERRADO!

— EMMETT, COLOQUE MAIS FORÇA NESSE BRAÇO, ATÉ SUA AVÓ CONSEGUE FAZER MELHOR!

— EMMETT, PONHA ESSA PANÇA PARA PULAR. ESTÁ COM MEDO DE QUEBRAR O CHÃO?

A mulher não parava de gritar e mandar em mim, nada o que eu fazia estava certo.

— Você não deveria falar comigo dessa maneira! – Meus olhos já estavam marejados.

— É SENHORA – Ela corrigiu – Vamos, anda, não tenho a noite toda para suas reclamações.  

Pela falta de ar – e pelo medo que estava sentindo daquela mulher – não discuti com ela.

— Tome esses pesos e sente-se naquela cadeira, vamos treinar esses braços molengas.

Comecei a pensar em uma música qualquer que ouvi no caminho do rádio para casa, apenas não ter que ouvi-la gritando comigo.

O suor já encharcava seu corpo e meus braços doíam pelo esforço, mas eu estava concentrado e pretendia acabar com aquilo o mais rápido possível.

— E aí, Emmett, curtindo muito o dia? – A voz de Isabella soou divertida detrás de loira maluca e eu apenas gemi em resposta.

Mais tarde ela me pagaria.

Provavelmente zangada pela interrupção de seus gritos, a minha personal se virou para encarar Bella.

— Bella!? – A loira gritou.

Minha irmã paralisou, sangue fugiu de seu rosto.

— Ai meu Deus – Eu estava perdendo alguma coisa? – Tanya, é você mesma?

A então agora Tanya, correu para abraçar minha irmã, e ela retribuiu.

— Então seu nome é Tanya? – Não consegui evitar a pergunta.

Ela se virou para mim raivosa.

— Calado, continue o exercício – Voltou sua atenção para Bella, o sorriso voltando aos seus lábios – Quanto tempo que não te vejo! Desde o Canadá! Mora aqui em Phoenix agora?

— Eu me mudei assim que voltei, tinha me esquecido que morava aqui. Ah Tanya, senti sua falta!

— Nem me diga, ser mais nova foi muito chato, tive que passar o último ano todo sem você para me ajudar a roubar as toalhas dos meninos de Educação Física!

O quê? Minha irmã mais nova já entrou em um vestiário cheio de homens pelados?

— Eles nunca mais foram machistas com você, não é?

— Bom, teve uma vez ou outra, mas eu resolvi sozinha.

— Fico orgulhosa em saber disso.

— Ei, eu acabei as repetições! – As interrompi torcendo para que Tanya não me ouvisse, assim eu poderia me esgueirar de volta para dentro de casa.

— Faça mais cem repetições! – Tanya mandou com sua voz dura.

— Cem!? Meu braço já quase caiu com quinze! – Reclamei, mas elas já tinham retomado a conversa.

— Eu não acredito que você é irmã do “Mc” Emmett! Cara, ele está mesmo gordo! Preciso pegar pesado com ele!

— Vai fundo! Não tenha pena de fazê-lo sofrer – Bella incentivou.

— Ei! – Gritei ofendido.

Aproveitei que elas estavam entretidas que suavizei meus movimentos.

— Emmett! Estou vendo pela minha visão periférica que não está fazendo o exercício direito!

— Eu estava só...

— Calado! – As duas me responderam juntas.

— Então – Bella continuou – Quer Jantar aqui? Dolly preparou alguns...brócolis e estão com uma cara ótima – Pela careta que ela fez, os brócolis não estavam nada bons.

— Claro! Ainda temos muitas conversa para colocar em dia! Emmett, você agüenta aí, não é? Eu volto assim que jantar – Ao fim da frase, Tanya, já estava entrando na casa.

— Cuidado para não perder a conta, coisinha – Bella zombou seguindo Tanya para dentro.

— Você me paga Isabella Swan! – Berrei alto o bastante para os vizinhos ouvirem.

Tateei o bolso da minha bermuda e tirei de lá o meu chaveiro do Naruto e o observei, triste.

— É Naruto, parece que agora somos só nós – Suspirei.

— EMMETT ESTOU VENDO DAQUI QUE ESTÁ PARADO, É MELHOR VOCÊ FAZER ESSAS CEM REPETIÇÕES SE NÃO QUISER FAZER MAIS CEM! – Ouvi o grito de Tanya vindo de algum lugar da casa e então, retomei ao exercício com mais força do que antes.

Aquela mulher iria ver no que Emmett Swan se transformaria.


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Notas finais do capítulo

Rias Gremory* é uma personagem do anime High School DxD
Misa Amane* pertence ao anime Death Note
Protetor de testa de Konoha* é aquela bandana que o Naruto usa
Momochiki Otsutsuki* é um dos grandes vilões de Naruto
Próximo capítulo sai o mais rápido possível e *spoiler alert* talvez iremos saber o paradeiro de outra família que amamos (Fora os pais).
Será que os Cullens estão longe dos Swan?



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