O cosmo se entrelaça com o divino escrita por Dusant


Capítulo 4
Capítulo 4 - Último membro do time.


Notas iniciais do capítulo

Fui assistir ao filme do homem aranha e com isso aprendi que amarvel chama o evento do estalo do Hulk que trouxe todos de volta de “Blip” (um nome que achei bem estranho kkkkkk). Além disso, agora oficialmente haverá uma nova Thor e mesmo não sendo quem eu esperava, ainda assim, fico muito feliz que a Janne Foster tenha sido escolhida, tanto pelo fato de já ter toda uma história fantástica nos quadrinhos com ela, quanto finalmente um papel digno para Natalie Portman.

Leitores Críticos: Bluenlima



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  A casa de Brunnhilde, após ter visto o seu escritório, não causou surpresa a Carol pela a sua simplicidade. Na realidade, a casa era mais pequena do que ela esperava para uma mulher com o título de Rainha de Nova Asgard, como ouvia de diversos asgardianos que passavam por elas, enquanto andavam, sendo geralmente pessoas mais idosas e consequentemente mais fiéis as tradições, se curvando e dando graças a sua rainha, que deixava Brunnhilde levemente constrangida. Era divertido observar essa mulher sendo uma rainha, pois ela fazia o possível para não ser, se referindo a todos os seus “súditos” pelo o nome, sem qualquer formalidade ou hierarquia e rejeitando quando as pessoas faziam isso a ela. Carol sempre respeitou pessoas que mesmo com um título acima dos outros, não deixava isso subir à cabeça.

  O exterior da casa era bem rústico e bastante parecido com várias outras casas da aldeia, feita de madeira e pintada de marrom, dando uma aparência simples e relaxante, com uma chaminé tendo fumaça saindo dela, indicando que a casa estava aquecida. Ao entrarem, Brunnhilde pediu que Carol esperasse na entrada enquanto iria procurar o aparelho que tinha uma linha direta com Steve. Os barulhos de objetos sendo mexidos e uma vassoura varrendo o chão de forma apressada indicava o porquê exatamente Brunnhilde queria esse tempo sozinho em sua casa, causando um sorriso divertido em Carol. Quando ela retornou, Carol manteve o sorriso que tinha, dando a ela um olhar provocativo, mostrando que sabia o que ela fez, mas tendo o decoro para não a provocar em palavras. Tudo que restava a Brunnhilde era dá um sorriso envergonhado e abrir espaço para que Carol entrasse na sala.

  A sala era espaçosa, com diversos objetos, como fotografias, estátuas variadas relacionado a mitologia nórdica, que Carol fazia o lembrete que não era uma mitologia, mas a sua história, e quadros espalhados nas paredes e em móveis. Havia uma janela grande que dava para o lado de fora e para a pequena rua da aldeia, dando uma clara visão de dentro da casa. A mobília consistia em um sofá num canto da sala, duas poltronas em frente a lareira da sala, uma mesinha com um objeto metálico em cima dela posicionado em meio as poltronas e uma estante de madeira cheio de objetos tanto decorativos quanto úteis, como algumas pilhas de madeira cortada para a lareira.

  Brunnhilde indicou para Carol se sentar em uma das poltronas e quando as duas estavam sentadas, com o fogo deixando uma temperatura confortável nesse clima frio de inverno, Brunnhilde se lembrou que estava lidando com uma visitante e que deveria ser minimamente cortês com ela.

  “Você quer beber alguma coisa? Eu tenho várias bebidas quentes para tomar se for o caso.”

  Carol não sentiu frio em nenhum momento, visto que ainda usava o seu traje com aquecimento interno, então não sentido necessidade para isso ela negou com a cabeça, fazendo com que Brunnhilde insistisse por outra direção, “Eu também tenho uma garrafa de hidromel do Otto, ele me deixa levar algumas para casa.”

  A capitã agora hesitou, se lembrando do sabor adocicado da bebida e dessa vez, ela assentiu, sendo educada para afirmar, “Se não for nenhum incômodo, vou aceitar um copo.”

  Brunnhilde deu um sorriso com isso e enquanto se levantava para buscar a bebida, ela afirmou, “Sinto muito Carol, mas aqui só trabalhamos com canecas.”

  Dito e feito, Brunnhilde retorna com uma grande caneca cheio até a borda de hidromel, dessa vez, sem qualquer espuma, causando um olhar de leve estranheza a Carol, que fez com que   Brunnhilde explicasse, “A maioria das bebidas com Hidromel é sem espuma. Otto que gosta de servir uma variante que é fermentada para os visitantes.”

  Assentindo com a cabeça, Carol deu um gole na caneca, apreciando mais uma vez a bebida que fazia jus a essas pessoas que eram conhecidos como deuses. Brunnhilde retornou a se sentar, com sua própria caneca em sua mão e apontou para o objeto metálico, que parecia uma esfera com vários pequenos buracos, embaixo de um disco de mesmo aspecto metálico.

  “Esse é o comunicador que Steve me entrego a alguns meses atrás. Depois que eu falei para ele que herdei o Mjoilnir, ele achou que seria bom termos uma forma de contato rápida para qualquer emergência. Felizmente, nunca foi usado além de uma conversa vez ou outra.”

  Apertando um botão no disco, a esfera se ergue no ar, começando a girar em alta velocidade e uma imagem holográfica surgi em frente a lareira, com as palavras “carregando” num tom azul e segundos depois, a imagem de Steve Rogers, que para a grande surpresa de Carol, aparentava estar muito mais velho, como se tivesse 80 anos, apoiado em uma muleta e com um terno bastante simples nele.

  “Capitã, não esperava a seu retorno tão cedo! Nossos satélites captaram a sua entrada em nossa atmosfera, mas preferi não a contatar. O fato de que esteja junto de Brunnhilde indica que existe algum motivo importante para seu retorno, estou correto?”

  O homem foi bastante direto e certeiro, com Carol ainda em choque sobre a aparência de Steve e Brunnhilde se divertindo com a pleperxidade da famosa Capitã Marvel. Sem ter qualquer resposta por parte da capitã e percebendo seu olhar de choque, Steve percebeu que deveria algumas explicações, “Bem, como pode ver eu envelheci.”, ele dá uma leve risada e continua, “É uma história meio longa, mas na minha viagem para devolver as jóias de diferentes tempos eu acabei fazendo uma parada bem longa e voltei já tendo vivido a minha vida. De qualquer forma, nos anos que ainda me restam, eu estou atuando como consultor do governo do EUA, assim como da ONU, em relação a comunidade meta-humana. Agora, se possível, alguma de vocês poderia me explicar o motivo da ligação?”

  Brunnhilde, optando em agilizar, foi logo em frente e afirmou, “Thor está preso no império Kree e preste a ser executado por eles. Precisamos de ajuda para conseguir resgatar ele, Steve!”

  O homem franziu as sobrancelhas, claramente preocupado com seu amigo e com um tom pesaroso, ele afirmou, “Sinto muito Brunnhilde, não temos ninguém que possa ajudar vocês numa missão desse calibre. A comunidade de super-heróis ainda está se recuperando nos últimos 6 meses e os poucos que estão atuando, não tem condições de serem úteis no espaço sideral.”

  “Quanto ao Doutor estranho? Seria uma ajuda muito boa.”, questionou Brunnhilde.

  “Strange partiu em uma missão mágica e tudo que informou é que voltaria daqui a 5 meses, sendo que recebi essa mensagem a 2 meses, então dificilmente ele retornaria e não tenho ideia de como contatar ele.”

  Um silêncio se estabeleceu, Brunnhilde pensando qualquer candidato e Steve considerando alguém para essa missão, mas pesando se era sábio isso. Carol se recuperou do choque de ver um colega de trabalho ter envelhecido 50 anos e acompanhando a discussão, questionou em um tom sério, “Então, será apenas eu e Brunnhilde?”

  “Eu penso em alguém que é qualificado para essa missão, mas creio que é algo que poderiam perguntar a ela.”, enquanto dizia, Steve encarava Brunnhilde com seus olhos holográficos.

  Brunnhilde precisou de um momento para entender a frase e quanto conseguiu, mostrou uma face de surpresa e questionou com um tom levemente preocupado, “Você acha que ela está pronta para isso?”

  “Nossas ultimas conversas vem demostrado para mim que ela se sente pronto para voltar à ativa, mas você a conhece a situação melhor do que eu. Cabe a você decidir perguntar a ela.”

  Carol ainda não entendia a quem eles estavam se referindo e por isso perguntou, “Quem estamos falando?”

  Brunnhilde respondeu de forma vaga a pergunta, “Uma amiga.”, suspirando, ela voltou a falar para Steve, “Eu irei perguntar então, mas tem certeza que não podemos ter ninguém a mais?”

  “Quanto tempo até vocês partirem?”, a pergunta foi dirigida para Carol que logo respondeu, “A nave que irá dar nossa carona irá chegar amanhã cedo. Nebula vai ser nossa pilota até nossa primeira parada, depois estaremos por nossa conta.”

  Steve assentiu em entendimento e retornou a afirmar, “Sendo assim, não. O único que poderíamos chamar para lhe auxiliarem de algum modo nesse curto período seria Sam, mas ele está sendo designado numa operação importante para Wakanda.”

  “Tudo bem, obrigado pela a ajuda, Steve.”

  “Gostaria de poder ajudar mais, mas estou de mãos atadas no momento. Boa sorte para vocês e espero que consigam salvar Thor.”, ele se despediu, demonstrando a preocupação sincera pelo o seu amigo de longa data.

  O comunicador foi desligado e Carol encarou Brunnhilde, vendo que ela fazia uma expressão pensativa, a perguntando, “Essa amiga pode nos ajudar?”

  “Em questão de poderes, sim, ela é totalmente apta para isso. A questão é que não sei se ela está pronta para isso.”

  “Nesse caso, devemos perguntar a ela.”

  Brunnhilde assentiu e dando um leve suspiro, ela se levantou e anunciou, “Pois então iremos perguntar.”

[...]

  A casa que a amiga de Brunnhilde morava se encontrava em um local mais remoto da aldeia, mais especificamente no topo de uma pequena colina que se localizava fora da vila e que tinha um estilo bastante pitoresco, sendo uma simples casa de madeira sem nem ser pintada. Carol seguia Brunnhilde que andava em um ritmo calmo, mantendo uma expressão pensativa, provavelmente refletindo sobre tudo que estava acontecendo e que Carol poderia respeitar tal momento.

  Quando elas chegaram em frente à porta, também de madeira, Brunnhilde iria bater, mas ela se abriu sozinha, com o trinco se mexendo e a porta se abrindo completamente, como se as convidasse a entrar. Isso causou uma estranheza para Carol, mas nem de longe causou qualquer temor, visto que dificilmente poderia ser algo que fosse uma ameaça para ela. Brunnhilde  não teve qualquer reação a isso, como se já estivesse acostumado e quando entrou, a sala era ainda mais simples, tendo apenas um sofá de dois lugares, um tapete que cobria o centro da sala, algumas estantes espalhadas pelo o local com objetos pessoais e fotografias com ex-vingadores e perto da lareira, estava um violão encaixado num suporte fixado a parede.

  O interessante nem era isso, mas o fato de toda a sala estar sendo arrumada por vassouras e esfregões que se mexiam sozinhos. Claramente, a pessoa que estavam procurando era uma telecinética e com tamanho cuidado que fazia, com certeza era muito boa nisso. Brunnhilde chamou a atenção da Capitã até a entrada para a cozinha, que ao entrarem, viram que estava tendo a sua louça lavada também  de forma autônoma, com os pratos se erguendo no ar, passando por de baixo da pia, que abria para despejar água, para então serem ensaboadas por uma esponja com sabão, retornarem para a água e serem enxugadas por uma toalha. Se antes Carol estava levemente impressionada, agora estava totalmente curiosa para descobrir que pessoa poderia ser tão boa na telecinésia, que é algo que já viu em algumas raças pelo o universo, mas nunca com tamanha maestria. O único traço que poderia perceber que dava entender que alguém estava controlando tudo isso com sua mente e não sendo esses objetos criando vida, era uma espécie de espectro vermelho rondando esses objetos, porém de maneira tão leve e sutil que seria fácil de passar despercebido se não se olhasse com atenção.

  Brunnhilde voltou a indicar uma outra porta, essa sendo fechada e ao chegarem perto e abrirem, se deram com o fundo da casa, que era basicamente o restante da colina, onde sentada na grama, usando um vestido vermelho simples, com a intenção de dar conforto e ser usado em casa, estava uma mulher de cabelos loiros com uma mistura de castanho, estando de costas para as duas e em uma posição que aparentava estar meditando.

  Brunnhilde parou a alguns metros da posição dessa mulher, fazendo com que Carol também parasse e em um tom afetuoso, a rainha de Asgard perguntou para a moça a frente delas, “Como vai, Wanda?”

  Inicialmente, não ouve resposta por parte de Wanda, como se estivesse saindo do seu transe, mas ela se virou, com um sorriso no rosto e saudou a sua amiga, “Estou bem. Sinto muito pela a bagunça em casa, estou acabando a faxina da semana.”

  Brunnhilde assentiu e tanto ela quanto Carol viraram seu olhar para atrás, ao ouvirem o barulho da porta se abrindo e 3 cadeiras que provavelmente era de algum cômodo da casa virem flutuando até elas, se posicionando perto de cada uma delas e em um tom educado, Wanda pediu, “Por favor, se sentem.”, mas antes que se sentassem, Wanda se aproximou até Carol e estendeu a sua mão para cumprimentar a Capitã Marvel, “Acredito que nunca fomos apresentadas, eu sou Wanda, é um prazer!”

  Carol deu um sorriso educado e apertou a mão da mulher, se apresentando, “Muito prazer, eu sou Carol e estou bastante impressionado com suas habilidades telecinéticas, eu já vi algumas raças com essa habilidade mais nunca com tamanha maestria que você demonstra.”

  Wanda deu um sorriso e com as 3 mulheres sentadas nas cadeiras, com o vento da colina soprando e causando um frescor no ambiente, ela afirmou, “Eu nunca tinha conseguido algo desse tipo em anos anteriores, mas nesses últimos meses tem sido bastante fácil de fazer.”

  Isso foi o espaço que Brunnhilde precisava para perguntar em um tom levemente preocupado, “Seus poderes estão bem?”

  Wanda deu um sorriso carinhoso para Brunnhilde com a preocupação da amiga e respondeu, “Sim, não tive nenhum problema com eles nas últimas semanas.”, havia alguma mensagem oculta na frase, mas apenas ela e Brunnhilde poderiam entender e Carol não se interessava em descobrir, visto que era algo privado.

  Carol encarou Brunnhilde, que viu seu olhar e entendeu a sua mensagem para apressar as coisas e a asgardiana assim fez, “Nós queremos saber se pode nos ajudar em uma missão importante, Wanda. Thor está precisando de ajuda.”

  Isso rendeu um olhar surpreso de Wanda, que afirmou, “Eu senti a preocupação de vocês ao subirem a coluna, mas nunca imaginaria que justamente Thor estaria precisando de alguma ajuda. Ele corre perigo?”

  Agora foi Carol que falou, “Ele está preso em Hala, a capital do império Kree, uma raça influente no universo, sendo julgado por um crime que não cometeu e condenado a ser executada daqui a um mês no tempo da terra.”

  Wanda arregalou os olhos com a informação e encarando Brunnhilde, vendo o aceno de confirmação por parte dela, ela desfocou seu olhar por alguns segundos, como se refletisse sobre o assunto e então deu a resposta que elas precisavam, “Sendo assim, eu irei com vocês. Eu e Thor não fomos muito chegados, mas ele ainda é um colega vingador e tenho certeza que ele faria o mesmo por mim.”, dessa vez, em um tom mais humorado, ela também afirmou, “Além do mais, do lado das duas mulheres mais poderosas da Terra não acho que será uma tarefa tão difícil assim.”

  Carol deu um sorriso com a afirmação, ela sabia que não era verdade, pois ainda estavam procurando ajuda, mas as habilidades de Wanda poderiam ser bastante úteis em diversas situações, já que ela e Brunnhilde, com o Mjolnir, serviam mais para bater em qualquer coisa pela frente. Poder de fogo é bom, mas não era o melhor para todas as situações.

  Com isso, Brunnhilde voltou ao foco do assunto, questionando Carol, “Você sabe quando a nossa carona irá chegar com exatidão?”

  “Não exatamente. Eu ainda não conversei com Nebula sobre o tempo de sua chegada, mas muito provavelmente será pelo o final da tarde. Depois disso irei me atualizar da situação de Thor e iremos planejar o resgaste dele.

  As duas mulheres restante assentiram e Brunnhilde pediu educadamente para Carol, olhando para ela, “Carol, poderia esperar na entrada da casa por um momento? Preciso falar um assunto particular com Wanda.”

  A mulher assentiu, não se incomodando com o pedido e se levantou da cadeira, indo para a entrada da pequena casa, contornando o imóvel. Com a Capitã longe das duas, Brunnhilde voltou a olhar com preocupação para Wanda, a perguntando, “Você tem certeza que quer vir com a gente, Wanda? Eu e Carol podemos dar um jeito sozinhas.”

  “Você já está a chamando pelo o nome? Ela chegou hoje por aqui, que rápido!”, ela afirmou de forma provocativa, tendo sentido psiquicamente a capitã desde que havia entrado no espaço aéreo da aldeia e com o silêncio de Brunnhilde, ainda encarando Wanda de forma preocupada, a feiticeira escarlate deu um leve suspiro e afirmou, “Não tive nenhum surto nas últimas semanas, Brunnhilde, estava sendo sincera e além disso, os pesadelos diminuíram para coisas mais leves e que posso lidar, fora que acontecem ocasionalmente agora.”

  “Mas ainda acontecem.”, a asgardiana afirmou.

  “Sim, mas não vou parar de viver por causa deles, tenho que aprender a lidar com isso.”

  Brunnhilde se levantou de sua cadeira e se aproximando de Wanda, ajoelhou em frente ela, segurando as mãos delas com ternura e mostrando a preocupação sincera de uma amiga, ela falou, “Você veio aqui para se recuperar de tudo que passou em sua vida e eu fico muito feliz de todo o progresso que realizou, mas não quero que se arrisque e que tenha outra recaída em algum lugar do universo, tendo o risco de ser morta.”

  Wanda sorriu para amiga que havia feito nesses 5 meses que estava em Nova Asgard, mas que havia criado um vínculo tão importante para ela. Apertando levemente as mãos de Brunnhilde, mostrando o reconhecimento de sua preocupação, ela afirmou “Eu não sou uma garotinha Brun. Sou uma mulher que passou por muitas coisas, mas que nem por isso vai se deixar abalar. Eu tive meu tempo para me recuperar e julgo que posso ajudar a minha amiga a resgatar Thor. Além do mais, alguém precisa garantir que você irá voltar inteira para seu povo, não quero nem imaginar a raiva de Sif se você morrer em algum planeta do espaço sideral.”

  Brunnhilde deu uma leve risada com isso ainda preocupada com a amiga, mas sabendo respeitar a sua vontade, “Eu ainda tenho que falar com ela. Em minha ausência, Sif vai ser a responsável em cuidar das pessoas da cidade.”

  “Eles não vão gostar nem um pouco. Sif pode ser respeita e admirada por todos, mas não possui metade do carisma que você possui com eles. Vão sentir saudade de você.”, afirmava Wanda.

  Brunnhilde deu um sorriso em concordância, sabendo que era verdade e a deixava feliz saber desse fato. Ela havia se esforçado por anos para cuidar desse lugar e ajudar as pessoas, saber que todo o seu esforço deu frutos é recompensador para qualquer um.

  “Eles irão entender quando saberem o motivo da minha ausência. Mesmo que estando fora, o lar de Thor ainda é em Nova Asgard.”

  Se levantando, Brunnhilde começou a pensar em voz alta sobre o que fazer para o resto do dia, “Agora, preciso falar com Sif e arranjar um local para Carol dormir. Acha que ela poderia dormir por aqui?”

  Wanda negou com a cabeça, sem medo de parecer indelicada, afirmando, “Minha casa é muito pequena para isso e meus planos para essa noite é terminar de ler meu livro, com a lareira acesa e uma boa xícara de chá. Por que ela não dorme na sua casa? Tenho certeza que tem espaço por lá.”, sugeriu Wanda em um tom inocente.

  “Acha que ela se incomodaria? Minha casa não está muito arrumada, mas teria um espaço para dormir na sala.”, continuava pensando em voz alta a ex-valquíria.

  Wanda mantinha o sorriso, internamente divertida com o que estava presenciando. Suas habilidades se fortaleceram bastante nos últimos meses e sua telepatia aumentou na mesma proporção. Ela não podia ler a mente de Brunnhilde, pois era muito invasivo, mas podia identificar as emoções que passava na mente da sua amiga, percebendo o interesse que lentamente ia se construindo na Capitã Marvel, fora o fato de que após a sugestão de Wanda, Brunnhilde sequer havia cogitado a hipótese de uma pousada para super-heroína.

  “Tenho certeza que uma mulher como ela não se incomodaria em dormir no sofá. Fora que é apenas por uma única noite. Peça que a esposa de Otto prepare algo para o jantar de vocês e creio que está tudo bem.”

  “Eu poderia fazer. Aprendi uma receita de guizado ótima da Bella.”, explicou Brunnhilde.

  “Brunnhilde, você é uma mulher de muitas habilidades, mas cozinhar não é uma delas, a pobre moça deve ter vindo de uma viagem longa! Ela merece comer algo de bom.”

  Brunnhilde fez uma cara levemente chateada com a verdade dita, ela já se esforçou muito nisso, mas além de coisas básicas, como assar uma carne ou fritar um ovo, ela era uma negação na cozinha. Acreditando já ter demorado mais o que suficiente, Brunnhilde se despediu de Wanda, que também havia se levantado, com um grande abraço e informando a amiga que pela manhã retornaria.

  Ao voltar para entrada da casa, também contornado o local, ela vê Carol, mexendo em um aparelho em seu pulso que mostrava diversas imagens holográficas. Percebendo a presença de Brunnhilde, Carol desativou seu comunicador, focando a sua atenção na nova companheira de viagem e a questionou, “Tudo certo?”

  “Sim, iremos nos encontrar com Wanda amanhã de manhã. Mande as coordenadas para Nebula pousar a nave na colina atrás da casa de Wanda, é um bom local para pousar.”

  Carol assentiu e curiosa, fez mais uma pergunta, “Pode me indicar alguma pousada para dormir? Eu não tenho nenhum dinheiro comigo, mas tenho algumas pedras preciosas que peguei em minha última missão que acho que podem servir como pagamento.”

  Brunnhilde achou engraçado o que ela disse, já essas pedras preciosas, por não serem desse planeta, poderiam facilmente valer milhões de dólares e ela iria usar para pagar uma pousada local. Negando com a cabeça, ela explicou, “Não se preocupe, somos um povo hospitaleiro por natureza e você é minha hospede, então irá dormir em minha casa. Claro, se não se incomodar em dormir na sala.”

  Carol negou com a cabeça, completamente à vontade com a ideia.

  Com isso, as duas voltaram a descer a colina, ambas satisfeitas com os progressos que conseguiram hoje. Os integrantes do resgate a Thor estavam definidas e agora restava esperar pela a partida. Por agora, ninguém saberia, mas num futuro bastante próximo, galáxias inteiras saberiam os nomes dessas mulheres e dos feitos que realizariam no universo.


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Notas finais do capítulo

Eu ainda não sei exatamente como se estabelecerar essa progressão do romance. Minha única experiencia com isso foi com “Sevens step to Love”, um romance de Naruto x Tayuya e que era um romance juvenil. Nessa fic, estamos falando de duas mulheres maduras e seguras de sua sexualidade.(no caso da Brunnhilde, Carol ainda estou vendo como vai ser) Wanda surgi como uma personagem que sempre gostei e que se encaixa perfeitamente na história, dando muito mais leque de possibilidades para explorar.

Por último, abri duas vagas de leitores críticos e de um capista. Caso você goste das minhas obras de forma geral e queira ajudar, por favor, dê uma olha e descubra se te interessa.

Elogios, críticas, sugestões e dúvidas são bem-vindos. Todos os comentários serão respondidos com a devida atenção.



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