O cosmo se entrelaça com o divino escrita por Dusant


Capítulo 3
Capítulo 3 - Primeiras impressões entre heroínas.


Notas iniciais do capítulo

Ainda estou acertando a regularidade dos capítulos, mas acredito que irá ficar uma vez por semana, alternando capitulo das minhas duas fic. De qualquer forma, esse capitulo será o primeiro contato da Carol e Brunnhilde e tentei soar o mais natural possive, além de ser apresentado com detalhes a prisão de thor.

Ainda em busca de uma capa nova para essa fic.



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  Do céu, Carol observava uma aldeia portuária de tamanho considerável estando atualmente no litoral da Noruega, com ventos frisos que vinham do mar a fazendo ficar feliz que seu traje tinha aquecimento interno. Ela já estava há alguns minutos observando a aldeia que Thor havia pedido para ir em primeiro lugar para pedir ajuda, após ter pegado a localização no computador de Maria. Confessava que esperava mais de um lugar que abrigava os asgardianos e que se chamava de Nova Asgard, já tendo visto imagens da antiga cidade gloriosa dos deuses nórdicos, já que eles eram conhecidos no cosmo como uma poderosa raça de guerreiros.

  Nova Asgard, que Carol veio a aprender na internet que se chamava antes de Tonsberg, continuava a ser uma aldeia portuária, tendo as únicas diferenças evidentes das imagens que havia visto no Google Maps era o tamanho claramente maior que em relação a 6 meses atrás, que era a data das imagens do mapa, além de construções, que mesmo pequenas, ainda lembrava a arquitetura de Asgard. Discretamente, uma cidade que humanos e asgardianos conviviam nascia e o resultado final seria algo que com certeza iria fascinar Carol em alguns anos. Na realidade, ela sequer viria para esse lugar, tendo a intenção inicial de ir atrás dos Vingadores, mas aparentemente o grupo havia se desmantelado depois da volta de todos do “Snap” e o próprio Thor, estando acorrentado em uma das prisões de Hala, a capital do Império Kree, praticamente a suplicou que fosse a Nova Asgard e pedisse ajuda a Brunnhilde pois ela seria a melhor pessoa para isso. A própria Carol sequer sabia quem era Brunnhilde, onde depois de uma explicação de Rocket, que junto de Groot estava em Hala monitorando a situação de Thor, a mulher seria uma valquíria e até mesmo atuou na guerra final contra o Thanos de outra realidade e seu exército. A capitã se lembrava de uma mulher negra, numa armadura branca, montada em um pegasus lindo de cor também branca e apenas isso foi motivo suficiente para acreditar que valeria a pena se encontrar com ela.

  Do pouco que conhecia dos Asgardianos, Carol sabia que seria indelicado simplesmente surgir no meio da aldeia, então optou em ficar esperando no céu até ser vista e então poder surgir. Já estando a quase 10 minutos parada no céu, seu rosto já deixava evidente sua impaciência, refletindo que a ideia não foi lá muito boa já que dificilmente uma pessoa iria ficar olhando para o céu ao acaso, mas Carol era uma pessoa teimosa e se iniciou algo, iria persistir até o final. Finalmente, ela ouviu um grito de baixo, mas especificamente em um dos píeres da aldeia, onde uma mulher negra com cabelos numa trança embutida muito bem-feita estava acenando e chamando a sua atenção. Entendendo que era a sua deixa, Carol desceu até o píer e ao pisar no chão úmido de madeira é recebido com um sorriso simpático e boas vindas por parte da mulher, “Bem-vindo, senhorita! Sinto muito pela a demora para perceber você, é que não estamos acostumados a pessoas paradas no meio do céu como se fosse um balão.”

  O sarcasmo no final da frase rendeu um sentimento leve de vergonha em Carol, que esperava que não transparece em suas bochechas, no entanto, foi dito de forma tão calorosa pela a outra que não a desconcertou muito, além de que Carol tem um espirito forte e não se intimidaria por tão pouco, mas ainda assim, ela sabia ser cortês quando necessária, “Sinto muito por isso. Na hora parecia ser uma boa ideia.”, respondeu ela com um sorriso discreto de desculpas.

  A mulher riu com isso, uma risada muito bem-humorada e leve, logo tranquilizando a visitante, “Não se preocupe. De qualquer forma, eu sou Brunnhilde, líder de Nova Asgard e acredito que você seja a famosa Capitã Marvel, correto?”

  Carol assentiu e logo se apresentou de forma devida, “Sim, Carol Danvers é meu nome.  Eu preciso conversar com você sobre um assunto sério.”, a Capitã sempre foi uma pessoa direta em qualquer conversa e não seria agora que mudaria. Brunnhilde em resposta levantou as mãos em um gesto de calma e afirmou, “Calma, você literalmente acabou de chegar, não precisamos já partir para discutir as coisas. Eu tenho um compromisso importante com os cidadãos e após isso poderíamos discutir com calma o assunto que você traz. Está tudo bem se formos assim?”

  Danvers pensou por alguns segundo sobre isso e julgando que mesmo sendo um assunto importante ainda assim não tinha uma urgência imediata, decidiu em concordar, demonstrando a sua resposta por um aceno com a cabeça. Com a confirmação, Brunnhilde abriu seu melhor sorriso, que Carol admitiria que era um sorriso bonito e estendeu a sua mão em um gesto claro de boas-vindas:

  “Sendo assim, mais uma vez, bem-vindo a Nova Asgard! Espero que goste da sua estadia aqui.”

  Carol apertou a mão com firmeza e um leve sorriso. Algo dizia que sua estadia aqui não seria tão formal como imaginava que seria.

[...]

  Carol nunca havia estado em Asgard, mesmo assim, ela já leu bastante sobre quem eles eram, afinal, saber que uma mitologia inteira que ela acreditava não existir na verdade ser uma raça alienígena de guerreiros é algo que chama a atenção de qualquer pessoa de nascimento terráqueo. Do que ela leu, o povo asgardiano era extremamente orgulhoso, onde a honra valia de tudo para eles e obedeciam fielmente a um único líder, um ser tido quase como imortal e de poder imenso chamado Odin, o pai de todos. O que Carol viu agora, estando em um local que Brunnhilde chamou de grande salão, que estava mais para um bar, era dezenas de pessoas juntas, sentadas em diversas mesas, bebendo, rindo e várias outras coisas que pessoas levemente alcoolizadas e principalmente felizes fariam. Carol entrou no estabelecimento junto de Brunnhilde, que cumprimentava todas as pessoas em seu caminho usando seus nomes e com uma familiaridade que indicava a proximidade que tinha com todos, a Valquíria sorria para todos eles e seu povo sorria de igual modo. A Capitã não sabia distinguir quem era asgardiano e quem era humano, estando todos eles vestindo roupas similares e convivendo entre si como se sempre estivessem juntos. Já tendo visto dezenas de raças diferentes ao longo da vida, com costumes e culturas diferentes, fazia muito tempo que Carol via um povo tão caloroso e alegre quanto hoje.

  Brunnhilde pediu que ela ficasse nas mesas perto do bar por enquanto, até que terminasse a reunião que prometeu que não iria demorar muito e logo andou até um pequeno palco, onde já havia uma mulher de cabelos negros e pele branca a esperando com as duas conversando sobre algum assunto que não era do interesse de Carol. Seguindo o que lhe foi indicado, Danvers seguiu até as mesas perto do bar, optando em sentar nos bancos de frente ao balcão, onde já havia um homem alto e careca cuidando do local e servindo as pessoas. Carol sempre tinha ouvido falar da bebida famosa dos asgardianos chamado Hidromel e acreditou que seria uma boa oportunidade para experimentar.

  Ao se sentar em um dos bancos, estando meio vazio já que a maioria das pessoas estavam sentadas nas mesas, o homem se aproximou de Carol e a perguntou em um tom simpático, “Bem-vindo ao Olho de Odin! Deseja beber alguma coisa? Ahh, quase ia me esquecendo, meu nome é Otto.”, ao final ele estende a sua mão em um cumprimento. Carol segurou sua mão em um aperto de mão firme, não sentido qualquer malícia por traz do cumprimento e logo respondeu, “Sim, eu gostaria de um copo de Hidromel e meu nome é Carol.”

  O sorriso do homem se manteve inalterado e logo preparou o pedido, pegando uma caneca que Carol não esperava que fosse tão grande e se dirigindo até um dos imensos barris da taberna e enchendo a caneca até a borda. Colocando a caneca com espuma ainda espessa ele afirmou, “Bem, esse é sem dúvida o melhor hidromel que você poderá encontrar nesse planeta. Eu digo isso porque peguei a receita diretamente da fonte, se é que me entende.”, brincou ele e logo após gargalhou com a própria piada, Carol, de maneira educada, riu levemente com a piada, mesmo achando sem graça e sobre o olhar de expectativa do homem, claramente esperando que ela experimentasse o Hidromel, Carol encarou a caneca enorme demais para seu gosto e questionou se deveria tomar tudo aquilo. Mesmo tendo um corpo poderoso, isso não garantia que ela era imune a ficar alcoolizada e aprendeu com o tempo que era uma péssima bêbada, sabendo que ela alcoolizada e seus poderes tendiam a causar confusão.

  Ela deu um leve gole e logo abriu os olhos em surpresa, não esperando o sabor doce e nem um pouco enjoativo, a bebida descia de forma tão suave que sem sequer ela perceber já tinha virado metade da caneca em sua garganta. Retirando a caneca da sua boca e apreciando o sabor, ela viu Otto rir novamente e indicando o seu buço percebeu que possuía um “bigode” com a espuma da bebida. Levemente envergonhada, ela limpa o local e Otto percebendo que poderia ter sido rude com a cliente logo se desculpou, ainda mantendo o sorriso no rosto, “Sinto muito senhorita! Apenas achei muito hilário a situação!”, deu uma leve risada que não conseguiu segurar ao final do pedido de desculpas, mas Carol não estava irritada com a ação.

  Ela terminou o restante da caneca em mais dois goles e mesmo com Otto perguntando se queria mais, Carol recusou a oferta, sabendo que deveria estar sóbria para o assunto que iria discutir com Brunnhilde e aproveitou a oportunidade para descobrir mais informações, percebendo que o movimento estava mais parado no momento, ela logo o questionou, “Você é humano, correto? Ao menos é o que eu presumo com o seu nome.”, sabendo que era um nome de origem alemã. Otto afirmou com a cabeça e logo complementou a informação, “Sim, eu descendo de uma família de alemães por parte de pai e meu nome foi em homenagem a meu avô que desertou do exército nazista e se refugiou aqui na Noruega. Na verdade, eu já vivia nessa aldeia a uns 15 anos, mas sumi pelos os últimos 5 anos e foi a pouco tempo que retornei.”, o sentido oculto do final da fala poderia ser despercebido para qualquer turista, mas como Carol sendo uma das super-heroínas responsáveis pela a volta de Otto, ela entendia muito bem o que se passava e assim, respondeu com o sorriso mais sincero possível, “Fico feliz que conseguiu retornar.”

  A resposta e o sorriso sincero causaram uma leve estranheza para Otto, que o fez finalmente observar com mais atenção a mulher a sua frente, que mesmo vestindo um casaco de couro, era perceptível o símbolo de uma estrela em seu uniforme. Otto não era burro e assistia a tv como qualquer pessoa e conseguindo juntar os pontos, finalmente percebeu que na frente dele estava a famosa Capitã Marvel, uma super-heroína que pouco se sabia, mas não havia como negar seus feitos. Arregalando os olhos, ele afirmou em um tom alto, mas não o suficiente para passar pelo o mar de vozes do ambiente, “Pelas barbas de Odin! Você é a capitã Marvel!”

  Carol deu um sorriso modesto, acostumado com essa reação com raças de outros planetas, mas sendo a primeira vez que isso acontecia na Terra. Ela confirmou com a cabeça e Otto logo retornou a falar, “Sendo assim, você pode beber quanto quiser em meu bar, Capitã! Tudo por conta da casa!”

  Carol agradeceu e internamente ficou feliz pela a oportunidade de beber mais dessa bebida fantástica que era o Hidromel e antes dela continuar a conversar com Otto, o barulho de um microfone tendo um dedo batido nele foi ouvido e estando no pequeno palco do Grande Salão, Brunnhilde começava a sua fala:

  “Boa tarde a todos. Espero que todos estejam apreciando a sua bebidas, menos Julian, eu acho que já está na hora de dar uma pausa no Hidromel seu velho!”, afirmava com um tom humorado Brunnhilde, rendendo risadas de todos e uma mesa nos fundos tinha um senhor de cabelos grisalhos, claramente alcoolizado, resmungando de ter sua bebida retirada de sua posse, mas não causando confusão por isso.

  Brunnhilde logo continuou, “Muito bem, como todos sabem, esse é o momento para fazer o balanço geral de nossa pesca da semana e o rendimento que iremos ganhar. Depois disso vou falar sobre alguns eventos que estamos planejando para o restante do mês e após isso irei abrir espaço para que vocês possam falar. Sif ainda fica insistindo que não deveria fazer esse momento em uma taberna, com vocês bebendo, mas não vai ser um alcoolzinho qualquer que vai derrubar vocês, não é pessoal?”

  A pergunta rendeu gritos de concordância, todos adoravam Brunnhilde e estava claro até mesmo para Carol. Pelos próximos 30 minutos, Brunnhilde, junto da mulher de cabelos negros que Carol aprendeu se chamar Sif, relataram as pescas da cidade e quanto isso iria render. O clima de inverno estava próximo e isso significaria uma baixa de peixes para se pescar, dessa maneira, todos os pescadores faziam horas extras para poderem pescar o máximo possível, de maneira que pudessem vender e ao mesmo tempo estocar o suficiente para passarem pelo o inverno com relativo conforto. Carol apenas sabia disso, pois Brunnhilde, ao final do relato agradecia a todos os pescadores pelos os esforços que faziam, alguns dos nomes que ela citava indicava que tanto asgardianos quanto humanos trabalhavam na pesca, mostrando não haver diferença entre eles. Logo após isso, Sif começou a informar sobre os próximos eventos que estavam reservado para o período de inverno, onde o grande salão iria funcionar 24 horas como um local totalmente aquecido e aconchegante para a população, além disso, aconteceria o festival de inverno, um evento que todos pareciam ansiosos para isso, saudando a vinda do inverno.

  Esse tempo inteiro, Brunnhilde se mantinha ao lado de Sif e observava as pessoas nas mesas, onde ocasionalmente roubava olhares para Carol, mas rapidamente retornava à atenção para seu povo. Após a fala de Sif acabar, Brunnhilde anunciou que era o momento para que as pessoas pudessem ter seu espaço para falar e umas 8 pessoas subiram ao palco e suas falas variavam desde de pedidos, reclamações ou elogios, tanto a Brunnhilde e Sif, quanto a alguma pessoa de Nova Asgard. Brunnhilde respondia cada um deles com paciência e sempre prestativa e Sif anotava tudo que era dito, ao todo, a reunião durou mais ou menos 2 horas, onde Carol não resistiu e bebeu um pouco mais de Hidromel além de alguns petiscos que Otto havia oferecido de graça. Carol sabia que ele não estava a querendo cortejar ou algo do tipo, sendo que houve um momento que ele falava da família dele para Carol, apontando para sua esposa, servindo as mesas com os pedidos e mostrando uma foto que estava em seu bolso da sua filha de 5 anos. A forma como falava das duas mostrava o amor que sentia por elas e aquecia levemente o coração da Capitã.

  Quando enfim a reunião havia terminado, Brunnhilde se dirigiu até o balcão, estando com Sif ao seu lado e assim que chegou, cumprimentou Otto, que logo serviu duas canecas de hidromel para as mulheres, as virando inteiramente assim que seguraram para a leve surpresa de Carol. Brunnhilde logo iniciou a conversa com Carol, “Obrigado pela a espera Capitã. Essa é Sif, a segunda pessoa a chefiar Nova Asgard e a pessoa responsável por eu não fazer um péssimo trabalho.”, para complementar a fala, Sif afirmou, “É verdade.”, estando ela sentado em um dos bancos do bar e pedindo outra caneca e petiscos para Otto.

  Carol assentiu, cumprimentando Sif com um aceno, que foi respondido pela a mulher e logo pediu, “Por favor, me chamem de Carol. Capitã parece algo muito formal e acredito que vocês não funcionem desse jeito.”

  A fala rendeu um sorriso de Brunnhilde, satisfeito que a visitante havia entendido e optando em ir logo direto ao assunto, ela a questionou, “Tudo bem. Agora, o que você precisava falar comigo?”

  Carol pareceu meio receosa de falar e de maneira a não ofender ninguém, afirmou, “Bem, é um assunto um tanto delicado, então eu gostaria de isso acontecer em um lugar mais privado.”

  Brunnhilde já sabia que para a Capitã Marvel, uma mulher que nunca havia trocado palavras antes de hoje, chegar até Nova Asgard para conversar com ela, indicava que o assunto era importante e com esse pedido de privacidade, Brunnhilde optou por aceitar, falando para Otto que iria para o seu escritório e pedindo para Sif que ficasse pelo o local para resolver qualquer problema que surgisse.

  Brunnhilde indicou uma porta aos fundos do Grande Salão e com Carol se levantando, as duas seguiram até ela, onde ao passarem viram uma escada e a subiram, até chegar em uma outra porta, onde Brunnhilde a abriu com uma chave e dentro estava seu escritório. Era bastante modesto e mais lembrava um pequeno chalé que realmente o escritório de uma Rainha Asgardiana. Brunnhilde deve ter notado a expressão curiosa de Carol, pois logo explicou, “Eu sou uma pessoa bem simples. Ao invés de construir um lugar todo pomposo, é melhor apenas um lugar mais confortável.”

  Poderia parecer algo apenas para agradar, mas Carol concordou com sinceridade, “Sim, eu entendo. É bom ter um lugar onde você possa relaxar.” Brunnhilde encarou a mulher que observava os detalhes do local e internamente estava levemente curiosa com a simplicidade da moça. Das poucas imagens que viu dela e do que as pessoas falavam, Capitã Marvel era uma heroína super-poderosa, extremamente rígida e focada em seus objetivos e isso divergia do que viu até agora, onde Carol era simplesmente uma mulher que sua origem militar deixava evidente, sendo algo fácil de perceber para Brunnhilde devido a sua vida como uma Valquíria.

  O escritório possuía uma mesa de mogno com uma cadeira confortável para Brunnhilde, assim como duas cadeiras em frente a mesa para convidados, mas julgando que isso seria muito formal, a mulher optou em indicar para que ela e Carol se sentassem nas duas poltronas perto da pequena lareira do local. Carol se sentou no local indicado e Brunnhilde sentou na outra poltrona, de frente a ela e logo a questionou, “Muito bem. Qual o problema?”

  Carol achou curioso que Brunnhilde fizesse a mesma pergunta que Maria havia feito a ela quando a visitou e perguntou em um tom humorado, “É tão perceptível assim que é um problema?”

  “Bem, a lógica diz isso, além do mais, não nos conhecemos ao ponto de você querer fazer uma visita social, apesar de que sempre recebemos bem qualquer pessoa.”

  Carol deu um sorriso, já se acostumando com o jeito bem-humorado de Brunnhilde, a mulher trazia uma leveza que Carol não via sempre e achava interessante, mas infelizmente, ela estava aqui por uma urgência e foi direto ao assunto, “Thor corre perigo.”

  A postura de Brunnhilde mudou repentinamente, se foi a leveza de uma líder carismática para olhos preocupados, mas ao mesmo tempo, completamente focados. Carol conseguiu ver a postura de uma guerreira e o que via na sua frente não a decepcionava em nada, “O que houve com ele?”, questionou Brunnhilde em um tom preocupado.

  Carol deu um leve suspiro e se pôs a fazer uma curta explicação:

  “Ele atualmente está preso em Hala, capital do império Kree, onde está sendo acusado de roubar um dos cofres do império. Existem gravações dele se infiltrando no local além dele ter sido encontrado desacordado no local do roubo. A 2 dias terrestres, ele foi julgado com a sentença de execução, que irá acontecer daqui a exatos 30 dias terrenos e sua execução será realizada em local público e filmado ao vivo para toda a galáxia.”

  “Como raios ele se infiltrou em um cofre do Império Kree? Furtividade é a última coisa que aquele idiota é bom!”, bradou irritada a asgardiana.

  “Todos nós tivemos esse questionamento. Os Guardiões da Galáxia alegaram que ele havia desaparecido da nave deles a tempos atrás e foram descobrir a localização dele apenas quando já estava preso e as noticias de sua prisão se espalhou por varias galáxias. Quando finalmente conseguimos falar com ele, Thor havia afirmado que era uma armadilha que Loki havia criado para ele.”, Carol não entendeu muito bem essa ultima parte, sabendo que Loki era seu irmão e supostamente deveria estar morto.

  Brunnhilde arregalou seus olhos, surpresa com essa afirmação e sobre o olhar curioso de Carol, ela logo disse o que passava em sua mente, “Supostamente, Loki deveria estar morto, com Thanos o matando a anos atrás, mas não seria a primeira vez que ele nos enganaria. Ele já conseguiu se passar por Odin durante anos e ninguém sequer desconfiou.”

  A informação deixou Carol surpreendida, mas deixando isso de lado, ela logo continuou, “Rocket e Groot foram os responsáveis em falar com Thor e eles não tiveram muito tempo para isso, com o Império Kree ansioso em executar ele, mas conseguimos entrar com um recurso para que sua condenação seja atrasada por um tempo. Essencialmente, eu preciso de indivíduos superpoderosos para me ajudar a invadir o Império Kree e resgatar Thor.”

  Um silêncio permaneceu no ambiente, Brunnhilde processando a informação e Carol esperando uma resposta por parte da mulher, logo, a ex-valquíria se pronunciou, “Eu irei te acompanhar. Creio que sou uma das pessoas mais qualificadas para isso e deve ter sido um dos motivos para Thor te falar para me procurar, mas com certeza iremos precisar de mais pessoas. Devemos falar com Steve sobre isso, ele é a pessoa mais indicada para nos ajudar nisso.”

  Carol assentiu com a cabeça, mas precisava avisar a ela, “Eu concordo com você e fico contente por querer me ajudar, mas não sei se teríamos espaço na nave para seu Pegasus.”

  Brunnhilde pareceu levemente confusa e logo a questionou, “Aragorn? Não, ele deve estar em algum lugar da Noruega com seus filhotes, vou deixá-lo sossegado. Tudo que eu vou levar é isso.”, colocando a sua mão atrás da poltrona, de forma extremamente casual ela ergueu o Mjolnir, o martelo lendário de Thor.

  Carol ficou surpresa com isso e demonstrava perfeitamente em sua face, rendendo um sorriso de Brunnhilde, divertida com a feição que resultou em seu ato, “Vamos para minha casa, eu tenho um equipamento que tem uma linha direta com Steve e poderemos conversar com ele com tranquilidade.”

  Carol assentiu ainda surpreendida, mas conseguindo esconder melhor, ambas se levantaram e Brunnhilde tomou a frente com Carol atrás dela a seguindo. Internamente, Brunnhilde se lembrou que não arrumava a sua casa a dias por estar muito ocupada e lamentava esse fato, pois não queria causar uma má impressão para a visitante.

  Primeiras impressões feitas e o que se pode afirmar com certeza é que elas trariam um impacto considerável em ambas as mulheres.


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Notas finais do capítulo

Não tenho muito o que comentar, além de que próximo capitulo será apresentado uma nova personagem que irá acompanhar as duas nessa jornada. A transição do romance entre as duas será gradual e bem natural, pois sempre prezo isso em meus romances.

Elogios, críticas, sugestões e dúvidas são bem-vindos. Todos os comentários serão respondidos com a devida atenção.



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