Um dia, como costuma fazer todas as semanas Bella mostra seus pensamentos para Edward em sua campina. Porém ele viu algo que o deixou irrequieto. Ela fecha a sua mente imediatamente, mas não foi rápido o suficiente para que o marido não tivesse percebido, ele viu algo que não deveria ter visto:

— O que foi isso, amor?

— Eu não queria que você soubesse disso dessa forma, estava pensando em como lhe dizer. Eu juro que iria encontrar uma maneira.

— Eu sei querida, confio em você. Mas eu não consigo acreditar que você fez isso, depois de tudo que nós passamos com nossa filha você melhor do que ninguém deveria saber do que os Volturi são capazes. E dessa vez não tem como alegarmos que foi um mal-entendido e nos livrar da punição. Não acredito, não quero acreditar que você fez isso. Você quer nos matar?

— Não querido é claro que não; eles não vão ficar sabendo se você não contar.

— Eu não vou contar, nem precisa, a essa altura eles já tem alguém com um poder semelhante ao de Alice e ficarão sabendo de qualquer maneira. Vão acusá-la e dessa vez não há nada para provar nossa inocência. Eu não acredito que você expôs toda a nossa história desse jeito, pensava que você fosse recatada e não iria contar nossa intimidade para todo o mundo saber.

— Ninguém vai acreditar numa história de vampiros.

— Nós não podemos confiar apenas nisso. É verdade que os tempos mudaram e as pessoas não acreditam mais nas lendas, mas sempre há alguém que vai. Além do mais, os Volturi não vão deixar por isso mesmo ter apenas contado e confiar em humanos. Esse é o crime mais grave você deveria saber, devemos manter nossa existência em segredo a qualquer custo.

— Os Volturi não lêem eles não vão ficar sabendo. Não vão se incomodar se algumas pessoas acreditarem. Jamais saberão que é verdade.

— O livro pode virar filme, já pensou querida todo mundo vendo nossa vida nas telas, nem quero pensar. Se pudesse, morreria de vergonha.

— Ah Edward, mesmo assim os atores não poderão representar nossa família tão bem.

— Não subestime o poder do cinema. Hoje está muito evoluído com efeitos especiais espetaculares.

— Não poderão me imitar durante a gravidez, nenhuma atriz pode ficar daquele jeito.

— Farão uma boneca de cera. Existem muitos recursos.  Você conhece os vampiros italianos, sabe que eles não aceitarão facilmente. Eles não permitem nenhum desvio de conduta.

— Somos vegetarianos.

— Exceto esse. Não nos coloca em perigo direto. Mas você sabe como eles são zelosos pela lei.

— E por seu trono.

— Também, eles temem porque não querem nenhuma possibilidade de perderem o poder que tem sobre nós vampiros. Eles sem dúvida tem. É do ver como até vampiros tremem diante do nome deles. Os Volturi impõem respeito pelo medo, não pelo exemplo.

— Isso não é justo.

— Não, não é. Mas bem ou mal eles mantêm nosso mundo em ordem. Se não houvesse os Volturi seria o caos.

— Acho que os imortais poderiam se autogovernar. Todos sabemos que não devemos nos revelar para os humanos deliberadamente.

— E os recém-criados?

— Cada grupo teria sua área como estados... Mas voltando à questão, eu não tenho culpa nenhuma. Eu não fiz nada.

— Não foi você que contou para ela?

— Não. Eu queria conversar com você sobre isso no momento certo. Vejo que não deveria ter esperado e ter logo falado com você; foi um erro, me desculpe.

— Não foi você então quem pode ter sido?

— Acho que essa mulher é uma bruxa que pode ver o passado, assim como Alice enquanto humana ainda podia ver o futuro. O que ela sonhou e escreveu está certo, mas aconteceu há muito tempo.

— Então bruxas existem mesmo?

— Ora Edward convenhamos Alice e Jane não eram pessoas normais antes de se tornarem vampiras não acha? Elas eram alguma coisa ainda enquanto humanas.

— Precisamos consultar toda a família – ele fica em pé na campina.

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