A luta a ser travada escrita por MT


Capítulo 7
Capitulo 7- Combate


Notas iniciais do capítulo

Helo my friend, reader.



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Depois li e reli, as mesmas frases várias e várias vezes. ´´…foi como se a cidade inteira soltasse um longo suspiro. Porque havia acontecido. O pior finalmente chegara.`` Ao escutá-los batendo na madeira larguei o livro. Três,  foi o número de toques que soaram antes de me levantar e ir atender. Vieram em quatro, sendo um deles o que nocauteei outro dia. Aquilo fez meu estômago ferver e os punhos gemerem por outro encontro com a carne do sujeito. Todos de terno e óculos escuros. Intimidantes e asseados. Em contrapartida vestia-me com um short cinza simples e uma camisa azul com algumas pranchas na estampa. Minha barba estava visivelmente grande e disforme e o cabelo bagunçado. E ainda havia todos os cortes e roxos de golpes. Mas não era da minha aparência  que precisavam, sim dos punhos. E eles estavam afiados o bastante. 

Os segui até o carro. Antes de entrar colocaram uma venda nos meus olhos. Nada foi dito por mim ou por eles em momento algum. Mas imediatamente percebi quando chegamos no local. A baderna explodia na forma de vozes e outros sons. Era como na noite da luta contra o campeão. Os sons fundindo-se com o ruído do baque dos socos rertornaram sorrateiramente para lembrar do que senti naquela ocasião. Fui guiado ainda às cegas por um tempo. Ouvindo finalmente, além dos gritos, vestígios de música.  Subi escadas, fiz curvas e tive que apressar o passo a partir de um certo ponto quando um deles mencionou o horário e pressionou-me com empurrões e resmungos.

 

Eu tinha cedido, rastejado do meu quarto e, a um subalterno qualquer de Boneco que encontrei na rua, dito para comunicar a seu chefe que John Santiago estaria a disposição.  Aquelas palavras foram tão revoltantes que quase deixei a raiva escapar e despedacei o homem. Mas consegui permitir que ele fosse incólume e retornei para casa onde varri as estantes em busca de um livro que pudesse tirar minha atenção do mundo ao redor. Levou horas de degustação até parar sobre um que lera fazia anos. Finquei-me ali o restante do dia. 

 

  A venda desceu e pude ver um grande salão, parecia uma área vip com uma enorme tela de vidro dando para o palco lá embaixo, lâmpadas de alta potência afugentando as sombras e pisos de um alvo pálido lustroso. Haviam mesas, geladeiras e garçons equilibrando pratos repletos de comidas tentadoras. Boneco sentava-se junto a um grupo promiscuo de pessoas com roupas que iam do branco ao azul ciano.

— Peguem a bandagem e o anuncie ao juiz. - sua voz era fria,  autoritária.

Virou-se para mim com aquele olhar tão cortante quanto uma espada. As íris negras como um abismo. Uma pressão quase inumana. E pôs um sorriso no rosto.

— Vença e até mesmo eu poderei ser gentil. 

Quis socá-lo até que sua alma chegasse ao inferno. As veias dos meus braços pulsaram com força quando cerrei os punhos. Ele tinha que pagar, mas não era mais forte agora do que no dia em que mataram aquele garoto. Talvez nunca chegasse a ser. Porque comparado a ele, o senhor de inúmeros, sou apenas dono do meu próprio rabo.

Enquanto fui guiado até o canto mais distante de outra forma de vida e silencioso daquela sala reparei que ninguém ali soava como um lutador. Roupas elegantes, alguns até eram idosos e outros pouco atléticos, nenhum vestia algo que sequer se assemelhasse a um traje confortável para se fazer grandes ou súbitos e explosivos movimentos.

— Sabe por quê de ser você? Entre todos que trabalham para ele e todos que moram nessa cidade?

— Boxeador, disputei o título nacional e não há sinal de alguém com um currículo tão bom por aqui. São motivos convincentes. - respondi tentando conter a surpresa ao notar aquele estranho sotaque. Dava as suas palavras um tom rústico e ancestral.

Ele não reagiu. Sua visão ainda encontrava-se nas pessoas lá embaixo. No espetáculo de mulheres no palco onde logo haveria disputas de força. Eram bonitas, mas não conseguia sentir atração alguma. A raiva em volta do meu peito ocupava um grande espaço.

— Isso também, é claro. Mas só soube de você quando derrubou Sid mãos de aço, que já foi capaz de me incomodar num combate singular.

Lembrei da arma sendo apontada para Fabricia. Meus lábios comprimiram-se com força quase o bastante para abrir um talho.

— Ele sempre tinha sido forte e resistente, ao menos é o que comentavam. - ele deu de ombros. - Mas um dia voltou sendo carregado do bar com a boca ensanguentada e sem conseguir mover as pernas direito. Sabe o que eu pensei? Que há alguém digno de nota por aí. Foi isso que pensei.

Quem porra ele acha que é? Cada frase tornava mais difícil manter as mãos longe de desferir um soco. 

Enquanto tinha os punhos sendo enfaixados a forma antiga, usando brancas bandagens médicas diversas vezes contornada, escutei o som reduzindo-se da eufórica agitação musical para os sussurros de conversas distantes. E uma voz uns poucos decibéis acima de todas as demais. 

— Está para começar, se é o que quer saber. - disse aquele me ajudando com as bandagens.

Fiz um aquecimento de shadow boxing. Pela forma que me sentia estava a sessenta por cento do meu melhor.  Teria de ser o bastante.

Um cara qualquer irrompeu pela porta e disse que havia chegado a hora. Boneco conversava com algumas pessoas numa mesa e não pareceu ligar para aquilo apesar de olhares de diversas faces caírem sobre o sujeito. Mas seu empregado me guiou até o ringue.

Era enorme, maior do que qualquer outro em que já lutara. A luz dos holofotes parecia expulsar até mesmo a lembrança das sombras. Senti meus olhos inundarem como os de uma criança. Não fazia tanto tempo, mas o fato de pensar tê-lo deixado para sempre compensava isso. Inconscientemente vasculhei a plateia com os olhos. Tive uma queda de excitação ao lembrar que não teria Mariana olhando por mim. Passei o punho sobre as pupilas para evitar que alguma lágrima escorregasse sem permissão.

— Deste lado, no corner vermelho, lutando pela casa, John Santiago! Uma longa carreira no boxe e recentemente até disputou o cinturão dos pesos super-leves! - comentou o narrador. Ergui as mãos e uivos de agitação encheram o lugar.

Na outra extremidade do ringue o oponente me fitava. Medindo o quão forte era através do meu físico. Eu tomava a mesma atitude. Ele tinha bons músculos, mas não parecia um lutador profissional, e haviam diversas depressões avermelhadas e pouco profundas em sua pele. Atlético, sem nenhum membro realmente definido. Era um corpo com potencial ainda não trazido à tona. Tirei minha camisa quando percebi que ainda a trajava. E o juiz despertou-me ao apresentar meu oponente.

— Saído diretamente do inferno da Cidade C, que é a Ceraland para quem não é íntimo, no corner azul, Andrade! Um experiente cão de briga das ruas que dizem possuir um recorde de zero derrotas!

Devia ter notado pelo enorme número de cicatrizes. Homens como ele podiam estar em extinção, mas conhecia mais do que bem os traços daquele tipo. Um delinquente. Leio mangás além de livros. Mariana dizia que era coisa de criança até o dia em que a peguei lendo Hajime no Ippo. 

Andrade saia por aí brigando com pessoas aleatórias, ao menos imaginei que sim, como nos quadrinhos japoneses. Ou talvez participasse de lutas de gangue ou disputas entre colégios, não entendia muito dos motivos conterrâneos para se atracar com outro na rua, mas essas eram as razões mais comuns dadas pelos mangakás orientais. 

 

Podia ouvir o coração batendo abaixo de pele, músculos e carne, como também a aclamação quase murmurante de centenas unindo-se em um som que pouco perderia para gritos ensandecidos de dezenas. Eu estava ali, o frio de encontro a base da espinha fluindo como eletricidade para cima, e do outro lado meu oponente com as costas apoiadas numa pequena coluna esmaltada de azul. As íris negras observando, as mãos segurando extremidades opostas das cordas, as cicatrizes em carmim vivo. Eu não entendia o estranho comichão atingindo meu nariz, mas isso não impedia-o de surgir. O piso de um branco pálido tingia o espaço que nossos pés logo trasponiriam e sangue fresco viria a beijar. 

O silêncio, mesmo distante daquela arena repleta de vozes e do tímido burburio de uma música que soava a rock, congelava o ar entre os lutadores. Senti os dedos dos pés agitarem-se, tamborilando na sola do tênis a espreita. Estava vindo. Eu sabia. Aquilo era a minha chuva, o fenômeno que podia prever, o toque agudo do aço no metal. Fechei os punhos cobertos por bandagens médicas brancas. O grito estridente do gongo varreu as palavras que recitava em pensamento. 

Vi minha esquerda subir deixando a mão em paralelo tanto com o ombro quanto com o joelho da perna que pus na dianteira, a mão direita encostou sua extremidade na linha dos lábios. O pé na retaguarda apontou os dedos ao oponente e removeu o calcanhar do solo. Vermelho, azul, branco e o adversário que se aproxima enquanto o espaço entre nós diminui. Não era a distância, eu investia também, passos firmes e cautelosos, o olhar fixo nas manchas brancas que seguiam o fim do antebraço do outro sujeito balançando na altura da cintura. Não havia árbitro ou juiz, com o gongo tocado a luta já tinha começado. 

Três passos, dois passos, um passo, aqui! Ataquei, meu punho voou e esmagou o nariz contra o pano pelo qual era coberto. Ele cambaleou para trás e levou a mão ao rosto. Suas íris foram pressionadas pelas pálpebras, dando-lhe um olhar irritado. Quando voltou a deixar o caminho para o rosto limpo investi. Um passo, à esquerda pisando na frente e a perna direita a acompanhando logo em seguida, o mais rápido que pude, então conectei o direto. A articulação da mão gemeu, senti o antebraço gritar, mas ver a cabeça do homem contra quem lutava ser atirada para trás fez com que mantivesse em mente que a perda fora menor que o ganho. Uma pequena chuva carmim fez um arco respingando no chão e na minha pele. Olhei para as manchas no meu peito e percebi que aquilo vinha acontecendo muito nas últimas noites. 

Andrade recuou, as pernas desajeitadas enquanto voltava a face para frente. Seu nariz virara uma massa hedionda e vermelha, a boca estava aberta com os dentes beijando-se e sangue pingando dos lábios. Ele respirava sonoramente e agora mantinha as mãos erguidas na altura do queixo. A plateia soltara um grasnar sonoro quando o acertei, mas nesse momento não passava de um coro contido e excitado. Pude acertá-lo com facilidade, porém soou como se o houvesse surpreendido, além do fato de ter a guarda baixa quando foi pego. Poderia avançar mais agressivamente considerando o primeiro assalto ou deveria testá-lo outra vez? 

Andrade avançou. Um soco raspou na minha bochecha e por pouco meu giro para direita não me livra da joelhada. O corpo dele seguiu o movimento, a direita afastando-se na horizontal de punho tenso, quando pôs o golpe em movimento o acertei com a esquerda duas vezes. Ele disparou o soco mesmo assim, mas eu já estava nas suas costas. As pessoas assobiavam e gritavam, o comentarista soltava alguns memes a cada passo dado no ringue, Andrade girava e perseguia com sangue e a luz dos holofotes sobre si, levando dois jabs de esquerda a cada direita que tornava óbvia que viria. Quando o round terminou eu já sabia que um direto ou um cruzado de esquerda naquela direita seriam o bastante para derrubá-lo. Conhecia seu ritmo, sua velocidade e como reagia. Aquela disputa acabara mesmo antes do nocaute.

Fui até o corner vermelho. Minhas pernas tremiam um pouco, sentia que podia perder a consciência caso não fosse cuidadoso e estava suando mais do que o normal. As noites insone cobravam o seu preço, percebi, isso podia ser o fator decisivo para a luta. Fecho os olhos por um instante, deixo as pálpebras tomarem espaço, e de repente estou deitado no chão com dois dentes a menos ou o maxilar trincado. Já notava a respiração tornando-se mais agitada e os pulmões com maior sede. Não havia auxiliares, nem banco ou água, erguia as íris e via as faces de desconhecidos sentados sobre a arquibancada de pedra polida trajando sorrisos, apontando e murmurando uns aos outros. Mais acima a tela de vidro permitia um vislumbre das mesas onde os de posição social elevada, ou cargo criminoso cujo tempo de cadeia é maior, sentavam-se. Boneco provalvelmente assistia aquilo rindo enquanto comentava sobre o garoto desmembrado e a academia vandalizada. Meus dedos apertaram as cordas com força. Fixei os olhos naquela tela, imaginando a linha tênue que ele tinha na face sendo usada para zombar desavergonhadamente. Quis matá-lo. O gongo soou. E eu avancei.

Reduzi a distância quase em um piscar de olhos, vi Andrade tensionar a perna direita enquanto o pé esquerdo deitava completamente no ringue. Mas ambas estavam tremendo. Um chute naquele estado? O punho esquerdo dele cortou a dúvida no ar vindo de baixo, num ângulo similar ao de um upper. Troquei de base enviando a perna esquerda para trás, o que me tirou do raio de alcance do golpe. Vi o borrão branco triscar na minha respiração e subir até que pudesse enxergar o pequeno matagal negro que ele tinha no sovaco. Dei um pequeno passo à frente, apenas o suficiente para que a direita pudesse atingi-lo com um cruzado. Foi nesse instante que as coisas começaram a dar errado naquela luta.

 

Meu pé derrapou. Senti meu corpo inteiro se arrepiar com pontadas frias pinicando a pele em sua plenitude a medida que a coxa da perna e a panturrilha se distanciavam. Tentei manter-me na outra, não foi uma ideia esperta. Quando notei o cotovelo caindo na minha direção um branco varreu-me a mente quase por tempo o bastante para me impedir de acelerar a queda e girar sobre o ringue. O assoalho gelava e a plateia zombou, sonoras gargalhadas que de algum modo atravessaram a camada austera de indiferença que formara ao redor do peito à medida que passava os dias insone. Na escola, antes de acabar órfão, cai durante uma apresentação e todos riram, não pude conter as lágrimas e acabei ganhando o posto de chacota por um tempo. Pensei ter esquecido este evento, mas até mesmo o caderno de capa azul que me aguardava na minha mesa rondava vivido.

Ergui-me com o sangue riscando ainda mais velozmente as paredes das veias enquanto Andrade vinha em minha direção salivando carmim e trajando manchas roxas na face. Ele atacou primeiro, um jab, que aparei usando a esquerda, depois tencionou a direita a ponto de fazê-la tremer. Eu estava pronto para isso. Avancei quase no mesmo instante que o punho dele começava a rotacionar. Senti um tremor percorrer os membros inferiores e antes que eu pudesse entender tinha a cara arremessada para trás. O soco acertou enchendo minha boca de sangue e meus nervos de dor. Por pouco não pude manter o equilíbrio. Isso  foi pior do que cair. Um chute seguiu violentamente até as costelas me fazendo cuspir o líquido que invadira minha boca e a plateia soltar um grito excitado. Então outro soco chocou-se contra meu estômago. Duas, três, mas antes que o quarto viesse lancei um upper com a esquerda que estava quase deixando o punho paralelo ao quadril. Foi um golpe largo, quase mantendo o braço reto, de uma mente beirando a inconsciência. Meus olhos pairaram sobre o corner por um momento e durante ele seria capaz de jurar ter visto a silhueta do velho. Em seguida vi Andrade recuar ágil como um gato cego e escapar do movimento desesperado.

Estava começando a ficar mais lento, meus músculos mostravam-se mais afetados pelo estilo de vida sem sono e movimentado do que eu supunha no início. Precisava terminar na curta distância sem counters chamativos ou esquivas capazes de chocar as pessoas na arquibancada, porque não podia arriscar levar outra direita incrementada por minha própria locomoção. Dois bons e fortes golpes e aquela luta poderia acabar antes de sair do controle. Ou eu cederia aos danos primeiro e perderia não apenas a disputa como o que quer que Boneco pretendesse tirar de mim para punir o fracasso.

Meu corpo tomou a iniciativa com a luz dissipando os pensamentos e tornando claro o aspecto do homem contra quem lutaria. O rosto dele estava inchado, o nariz um pouco torto, a boca melada de carmim aberta sugando ar como um cão, suas panturrilhas tremiam de leve. Olhe para aquilo, você pode derrubar um homem morto, garoto? podia ouvir a voz do velho soando junto a batida do coração, Se não pode talvez você deva ser o senhor idoso fora do ringue e eu o boxeador.

O soquei, minha mão enterrando-se na carne, ele golpeou de volta, mas meu braço se interpôs no caminho, a respiração ecoando mais e mais ruidosa, a arquibancada soando mais barulhenta, os nossos punhos chovendo um sobre outro vez após vez. O gosto de bílis envolvendo minha língua enquanto sangue escorria junto a suor e saliva. Estava apanhando sob a guarda e acertando em cheio ao atacar, mas só quando o vi despencar como uma marionete que teve as cordas cortadas pude baixar os punhos e respirar longamente. Um sorriso assaltou-me os lábios ao encará-lo de cima, havia provado que merecia ser o boxeador. Mariana podia voltar, Fabricia relaxar e o velho agendar outra luta. Porque mostrei que era capaz de vencer. Ergui os punhos e deixei um grito escapar da minha garganta e ressoar pela arena.

 

— Devia ter acabado no primeiro round. Apesar de termos vendido ingressos, isso não é um show. Não passa de uma solução menos sangrenta para uma importante negociação. Quanto antes acabar melhor, entende?

Passei os olhos sobre as pessoas nas mesas ali. Todas bem vestidas e asseadas. Me perguntei se todos seriam cabeças por trás de grupos criminosos. Boneco segurava uma taça de vinho e fitava o ringue através da tela de vidro.

— Não é da minha conta, só quero que mande alguém para me levar de volta.

Ele virou-se para mim, as sobrancelhas levementes erguidas. O mais perto que aquela face digna e elegante podia parecer de estar surpresa.

— Acho que não pretende ir sem ver as lutas dos próximos sujeitos a tentar arrancar sua cabeça depois do fiasco dessa noite.

Meus punhos ainda estavam enfaixados e sujos de sangue. Tenho certeza que minhas íris ainda carregavam algum traço de selvageria. Mas aquele homem não parecia sentir qualquer pressão. Fiquei sem palavras para contrariá-lo.

 

Foram oito lutas. Três apresentaram alguns caras que podiam dar trabalho, quatro só tinham buchas de canhão, mas a oitava e última foi na qual ele apareceu.

O campeão nacional de boxe dos super-leves, Marcus Feliciano.

 


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Notas finais do capítulo

UuU, look good.