No Olho do Furacão escrita por Typewriter


Capítulo 2
Por quê?


Notas iniciais do capítulo

Oi, Ninjas, tenham uma boa leitura!



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(Izumi) 

Acordei com a respiração lenta e pesada, como se eu tivesse praticado taijutsu durante a noite ao invés de dormir. 

Meu coração disparou assim que notei do fato de não estar em casa. Tentei sentar, mas uma dor dilacerante, proveniente do meu abdômen, fez com que eu recuasse e gritasse de dor. 

“Desculpe te deixar sozinha, Izumi, foi difícil encontrar plantas medicinais por aqui.” Itachi disse ao entrar e se ajoelhar ao meu lado, tapando o sol. 

“Isso dói.” Reclamei enquanto ele tirava o unguento, antes de lavar minha ferida com água. 

“Eu sei, e é minha culpa.” Ele disse baixinho, sem olhar pra mim. “Já usei ninjutsu médico, mas a ferida está mais profunda do que eu imaginei. Esse unguento está ajudando. Acredito que agora, eu possa te curar por completo. Ative seus olhos, aprender isso pode ser útil.” Itachi disse simplesmente.   

Concordei com a cabeça, ativei meus olhos e observei-o fazer os sinais de mão da Palma Mística pouco antes dele colocar as mãos, envoltas numa espécie de luz esverdeada, sobre meu ferimento. 

Quando consegui dobrar o corpo para me sentar Itachi parou o ninjutsu e colocou as ervas sobre mim, depois de amassá-las. 

 “Descanse um pouco, farei o jantar.” Fui orientada, e só então notei uma sacola próxima à entrada da caverna.    

“Itachi.” Chamei-o, atraindo sua atenção, fazendo seu e seu corpo virarem na minha direção ao mesmo tempo em que eu levantava. 

“Sim?” Ele se aproximou de mim, provavelmente crendo que eu precisava de ajuda.

E eu precisaria, se não estivesse tomada por uma mistura de sentimentos minhas pernas estariam bambas por ter ficado acordada por um longo tempo, mas o único que eu identifiquei, naquele momento, foi a raiva. 

Quando Itachi se aproximou o suficiente, ele foi atingido com um Kyaku Kick, ou seja, um Chute de Arremesso, lançando-o contra a parede do outro lado da caverna. 

Antes que meu companheiro pudesse se erguer, eu estava na frente dele, erguendo-o pela jugular. Prensando-o contra as pedras atrás de si. 

“Você matou minha mãe, Uchiha Itachi!” Gritei enraivecida, olhando-o diretamente nos olhos. Ele não desviou o olhar, nem ativou sua kekkei genkai. Tudo o que recebi dele foi um maneio de cabeça em concordância “O que eles fariam? O que eles fariam, Itachi?” Questionei, o tom de minha voz diminuía conforme eu falava, e minha mão na garganta dele foi substituída por meus dois punhos dando leves soquinhos em seu peitoral a medida que minha mente foi inundada de trechos de conversas soltas, que mamãe tinha com Fugaku-sama tarde da noite, sob a janela do meu quarto. Essas conversas eram sobre algo arriscado. Essas conversas soltas que eu ouvi eram sobre a supremacia de nosso clã e vingança por não nos valorizarem. Eu tremia enquanto nós dois caímos sentados no chão. 

Seus braços me envolveram enquanto eu chorava copiosamente.   

Eu deveria odiar o considerado Prodígio Uchiha, por conta do que ele fez, não só à minha mãe, mas à todos, ou melhor, quase todos membros de nosso clã. Entretanto, aqui estava eu permitindo que o homem causador de uma das maiores dores de minha vida, me envolvesse em seus braço, e me ninasse como uma criança. Eu deixei Uchiha Itachi me consolar, e ali eu soube que ele sempre seria uma parte de mim.  

Itachi poderia partir meu coração mil vezes se desejasse, pois meu coração sempre foi dele para que ele fizesse o que quiser.   

E eu torcia para a recíproca ser verdadeira, pois se não fosse eu acabaria devastada. Torcida essa que ganhou ainda mais força quando ele beijou meu ombro e outro tipo diferente de tremor percorreu meu corpo. 

“Você pode me mostrar suas descobertas, por favor, Itachi-kun?” Eu pedi depois que parei chorar e tremer.

“Eu não vou manchar a lembrança que você tem das pessoas e do nosso distrito.” Itachi respondeu, negando-se à me mostrar o que descobriu, mas ergueu meu rosto com as pontas dos dedos da mão esquerda. “Estudei os horários, os jutsus de todos dos Uchihas por meses à fio. Tudo foi minimamente calculado para que Sasuke fosse o único sobrevivente. não era para ele aparecer antes de eu sair, mas ele voltou mais cedo e me viu, logo depois de eu ter matado meus pais. Eu disse ao meu irmãozinho que eu os matei porque quis, além de dizer que eu o deixei viver, por não valer à pena matá-lo, e isso despertou o sharingan dele. A ideia era ele reconstruir nosso falido clã. ” A voz dor na voz masculina era evidente. 

Eu entendi as estrelinhas: considerando que Sasuke era para ser o único sobrevivente do massacre cometido pelo rapaz que me olhava nos olhos, portanto, eu não deveria estar aqui. 

 Itachi, o Pródigo Uchiha. Aquele que nunca errava, aquele que se tornara capitão da ANBU aos treze anos de idade. 

Assim sendo, o que eu fazia em uma caverna no deserto de Suna com Itachi após o massacre? 

Provavelmente a dúvida que rondava minha cabeça deve ter transparecido nos meus olhos, pois Itachi acariciou minha bochecha esquerda, e disse:

"Você aqui comigo, viva, foi um impulso, Izumi. O que eu disse na ilusão de nosso casamento, que te fiz ter, não é mentira. Você sempre me viu. A mim, não ao Prodígio Uchiha, e eu fui egoísta o suficiente para não querer perder isso. Eu quis pagar pra ver. Eu quis pagar pra ver se você ainda ficaria comigo depois de tudo." Itachi confessou. 

Meu cérebro recusou-se à acreditar que Itachi duvidava de que eu ficaria com ele depois de tudo. 

Acredito que o amei desde o começo, e eu não só o amaria até o final, como ficaria com ele em cada passo do caminho. 

"Sim, Uchiha Itachi. Eu continuarei aqui depois de tudo, e espero que você entenda de uma vez por todas: não existe absolutamente nada capaz de fazer eu te deixar, enquanto você me quiser por perto." Disse em voz alta, assim que fui capaz de ignorar minha vergonha ante a menção da minha visão, crendo ser melhor deixar tudo às claras, antes de abraçá-lo com força. 

 


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Notas finais do capítulo

Se tiverem críticas, sugestões ou elogios, fiquem à vontade pra falar



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