Sunday escrita por Naokii


Capítulo 3
It's Today (Study Day)


Notas iniciais do capítulo

KKKKKKKKK OLHA O TROCADILHO NO TÍTULO



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Só haviam se passado 5 dias que eu tinha falado com a azulada, mas eu já estava começando a repensar se meu plano daria certo mesmo. Falo sério, Juvia parecia não ter nem um pingo de fragilidade. O que ela era, a Mulher Maravilha? Aquela teoria da infância de que ela não era humana quase faria total sentido pra mim se eu não a tivesse visto sorrir antes (e olha que já fazia 7 anos desde então).

Enquanto arquitetava tudo, quase me senti naqueles filmes clichês onde o cara treina a garota comprando roupas novas e a maquiando de um jeito padrão, mas:

1) Eu achava isso ridículo porque nenhum cara dos filmes tinha conhecimento algum sobre moda;

2) Eu conhecia Juvia Lockser o suficiente pra saber que ela nunca iria querer se encaixar nessa bolha barbiezinha (apesar dela ser A RAINHA DAS ONDAAAAAAAAAAS);

3) Eu até meio que gostava da vibe punk que Juvia passava e não achava que ela precisaria mudar nadica de nada.

— Tá só esperando eu fazer uma pose pra me fotografar ou o quê? – a voz da azulada me tirou dos meus pensamento e só então percebi que tinha me distraído olhando ela guardar os materiais em sua mochila.

— Hã? – foi a única coisa que pude dizer. 

Juvia revirou os olhos e soltou um suspiro impaciente. 

— Desisto. Adianta logo que você quer comigo, vai. – fez sinal com a mão pra que eu continuasse logo. 

— Por que você tem que ser tão má? – fiz um bico. 

— Esqueci de tomar meu regulador de maldade esta manhã. Estou dando meu máximo agora. – debochou.

— Agora sou eu quem está desistindo. – falei. – Só passei aqui pra te dizer que amanhã vai ser seu primeiro encontro e que eu quero te ajudar a se preparar.

— Virou estilista do Esquadrão da Moda? – foi minha vez de revirar os olhos. – Você vai me ajudar a escovar os dentes e vai me dar comida na boca também?

— Não, eu vou te ajudar a passar o roteiro de amanhã, sua chata. Vocês vão fazer vários clichês e eu consegui um aparelho pra monitorar seus batimentos. 

— Primeiro: como você conseguiu esse aparelho? 

— Eu só postei no meu twitter e uma garota do meu fã clube me mandou. – dei de ombros. – O que importa é: não marque nenhum compromisso amanhã.

— Que tipo de pecado eu devo ter cometido na vida passada pra ter que passar por isso, Gary? – passou a mão nos cabelos.

— Você sabe que não precisa me chamar assim.

— Eu não estou pedindo autorização pra nada. 

— Se for assim, vou te chamar de Pow Blue Girl. – disse e a senti me fulminando. 

— Você não ousaria. 

— O que vai fazer? Me tacar de uma ponte? – não sei de onde tirei toda essa ousadia, mas ok. 

Juvia me pressionou contra a parede, o que era irônico visto que eu que deveria ter esse controle já que quem estava chantageando alguém era eu, mas eu já aceitei que eu não posso vencê-la no quesito força. 

— Pro seu governo, a Pow Blue Girl salvava pessoas de pontes, tá legal? – ela disse e eu ri porque eu lembrava de ter lido essa história com ela durante o dia de ação de graças. 

— Se você diz... 

— Enfim, tenho que te relembrar que só entrei nessa baboseira em troca de aulas de exatas? Eu não sei de nada que envolva Carga Elétrica e Lei de Colômbia.

— É Lei de Coulomb. – a corrigi, vendo-a rolar os olhos. 

— Tanto faz. – tirou as mãos que estavam ao redor de mim, me prendendo contra a parede e se afastou. – Tenho teste em breve. Quando largarmos, vamos estudar física na sua casa. – decretou. 

— Desde quando você decide quando vai pra minha casa ou não?

— Esqueceu que eu dito as regras por aqui? 

— Parece que você precisa me lembrar sempre. 

— Melhor decorar logo. – saiu da sala, me deixando sozinho. 

Juvia me mandou uma mensagem dizendo que eu devia esperá-la no portão assim que tocasse pra saída, mas parece que ela esquece que eu sou do conselho estudantil e representante de turma e só tomo lá embaixo. Já começa que Erza também é do conselho estudantil e representante da turma dela, então a direção nos colocou como uma dupla. Vocês não têm noção do quão insuportável é passar tanto tempo debaixo daquela cobra cascavel! É um inferno! 

Depois do intervalo, a diretora pediu pra que Erza e eu passássemos um aviso em cada sala. Ela queria que explicássemos pros alunos como funcionaria a formatura e eu vou falar que eu COM CERTEZA não me distraí inteiro quando cheguei na classe da Lockser e me deparei com ela cochilando por cima dos livros. 

Bom, o que importa é que o sinal tocou e eu encontrei com Jellal. Eu estava saindo MAIS UMA VEZ da sala dos professores quando me encontrei com Jellal segurando uma barra de chocolate e uma flor. 

— Isso é pra mim? – ri alto.

Jellal pareceu se assustar em me ver.

— Ah, claro que não... era para... hã... – olhou ao redor. – Pra Juvia. 

— O quê? Por que você iria dar isso pra Juvia? 

— Esqueceu que nosso encontro é amanhã? 

— É verdade, mas... – eu estava desconfiado.

— Eu só estava procurando ela pra conhecer melhor, isso vai fazer seu trabalho ter um maior desempenho. – disse, colocando as mãos nos meus ombros mas se afastou com um sorriso em seguida. – Então é isso, cara. Vou lá procurar ela e...

— Na verdade, eu estava indo encontrá-la agora. 

— Sério? Legal, estou indo pra lá daqui a pouco e...

— Por que não vamos juntos? – sugeri.

— Sabe o que é? É que... Hã... – ele parecia MUITO suspeito. Será que ele estava querendo algo sério com a Juvia? Jellal viu alguma coisa atrás de mim e sua expressão mudou. – Quer saber? Vamos lá. 

Tentei olhar pra trás pra ver o que esse doido tinha avistado mas Jellal impediu e juntos fomos até a Lockser, que nos esperava com certa impaciência na frente do portão. 

— Estou esperando há 10 minutos. Você não sabe o que horário significa? Belo presidente do conselho você é, Fullbuster. – eu mal tinha me aproximado e a nadadora já estava me metralhando com as palavras.

— Calma, parece até que te deixei esperando por 10 anos. 

— Se depender de mim você nem sobrevive por mais 10 segundos. – me ameaçou e tive calafrios. 

— Cahan. – forcei uma tosse. – Esse é o Jellal, o cara que você vai sair. – apontei pro meu amigo.

— Prazer. – Juvia abriu um sorriso e eu fiquei boquiaberto. Aquilo era suspeito demais. – Você até que é bonito. 

— Digo o mesmo. – Jellal também tinha um sorriso estampado no rosto. – Tem certeza que só vamos sair amanhã? Eu queria mesmo sair é agora. 

— Parece que eu sobrei aqui. – falei na esperança de ser ouvido mas eles nem me davam bola.

— Que tal se você me der as aulas ao invés desse aqui? – Juvia dizia segurando uma risada. Fiz uma careta de bravo. Ela estava me dispensando? Era isso?

— Quem sabe amanhã? – o cafajeste do meu """""melhor amigo""""" disse, entregando a flor e o chocolate. – Quem sabe eu não te mostro algo melhor ainda?

— Eu espero que sim. – ela riu e viu ele se afastar. 

Eu estava completamente paralisado. MALDITA HORA QUE EU ESCOLHI O JELLAL! JUVIA DEVERIA ESTAR BRAVA COM ELE POR TODA ESSA PALHAÇADA, AFEEEEEE! 

— Não acredito que você deixou ele dar em cima de você. 

— Oh, desculpe por ser uma mulher independente. – revirou os olhos. – Além disso, eu estou apenas seguindo seu plano. Preciso sentir alguma coisa pro seu projeto dar certo, não preciso? – odeio essa capacidade de estar sempre certa que ela tem.

Desisti de discutir porque eu sabia que estava errado, e apenas seguimos em frente até minha casa. Juvia já sabia onde era, por isso disse que queria apostar corrida. É claro que eu sou muito maduro pra fazer uma coisa dessas, por isso eu corri até quase torcer meu tornozelo, óbvio. Só que como vocês sabem, eu sou muito burro. Esqueci completamente que Juvia é uma ATLETA, então é CERTO que ela sempre vai ganhar uma corrida. Infelizmente, só me recordei desse fato quando eu estava quase vomitando meus orgãos enquanto a garota me esperava na frente de casa. 

— Demorou, hein? – debochou, essa demônia. 

Não tive fôlego pra responder, apenas passei por ela e abri a porta. Ela tirou os sapatos e pediu licença pra entrar. Como se ela fosse a rainha da educação, humpf!

— Gray, meu filho! Que milagre ter chegado tão cedo e...! – mamãe saiu da cozinha. – Oh, quem é essa garota? – sua expressão tornou-se maliciosa. 

— Juvia Lockser, prazer. – a voz dela mudou instantaneamente pra um tom angelical. – Não lembra de mim, tia? 

— Juvia-chan! – mamãe quase deu um pulo. – Que saudades! – a abraçou. 

— Fiquei sobrando de novo! – me lamentei. 

— O que você faz aqui, anjinha? Tem algo rolando com vocês dois? Ainda bem! Gray nunca trouxe uma garota em casa porque ele fica nervoso demais achando que eu vou falar alguma coisa mas...

— Mãe! – tentei impedir que mamãe falasse alguma porcaria. 

— Somos só amigos, tia. – Juvia sorriu de leve. – Posso almoçar aqui hoje? 

— Claro, meu amor! – sorriu. – Já estava colocando os pratos na mesa. 

— Eu ajudo. – se ofereceu.

— Obrigada, suas mães devem amar ter uma filha assim, prestativa. Muito diferente de CERTOS filhos meus. – me acusou.

— O quê? EU LAVEI OS PRATOS E FIZ A JANTA ONTEM!

— Não fez mais que sua obrigação. – deu de ombros.

A porta da frente se abriu, dando espaço pra meu irmãozinho. Normalmente ele me dava um abraço quando chegava, por isso fiquei animado pensando que finalmente alguém que me desse o devido valor iria me notar, mas eu estava completamente enganado. 

A praguinha ficou paralisada, com o rosto todo vermelho, encarando Juvia. 

A azulada sorriu, fazer reverência. 

— Oi, é um prazer. Meu nome é Juvia, e o seu? 

— L-Lyon. – disse envergonhado.

ERA O CÚMULO. ELA CONSEGUIA ENFEITIÇAR ATÉ MEU IRMÃOZINHO? EM QUE TIPO DE INFERNO EU ESTAVA VIVENDO? 

O almoço passou num pulo. Eu me ofereci pra lavar toda a louça e logo em seguida fomos pro meu quarto. Ensinar física pra Juvia não estava sendo tão complicado como achei que seria.

— Então é só prestar atenção no que a pergunta pede. – expliquei. – Se ele pedir pra saber qual é a carga, a fórmula será N vezes E. 

— Entendi. – fez a conta e me mostrou o valor. Estava correto. – E quando ele der a carga?

— O Q não é a carga? Então, agora você vai pegar a carga e dividir pelo E. A fórmula é Q/E.

Juvia balançou a cabeça concordando. Ela era tão bonitinha concentrada. Tinha até um biquinhos nos lábios e... o que estou falando? Eu hein. 

Estudamos por mais alguns minutos e eu estava revisando com ela Cargas Elétricas quando ela recebeu uma ligação. De início, achei que não fosse nada, mas o tom de Juvia mudou para um que eu nunca tinha ouvido antes. 

— ESTOU INDO AÍ! – ela desligou o telefone e começou a recolher suas coisas nas pressas. 

— Juvia, o que houve? – perguntei sem sucesso, porque ela simplesmente deixou o quarto correndo. 

Eu poderia simplesmente permanecer no meu quarto e deixar ela ir aonde quisesse ir? poderia. Poderia dormir a tarde toda e descansar? Poderia. Foi isso o que eu fiz? Claro que não. Simplesmente comecei a correr atrás dela. Minha mãe até tentou chamar, mas eu nem olhei pra trás. 

Juvia era uma atleta, então era óbvio que não estava se cansando tanto como eu, mas eu não queria parar de seguí-la.  Ela morava num casarão na parte deserta da praia, então não era tão longe assim, apesar de ser uma área sombria à noite. 

Quando me dei conta, já estava na frente da casa dela. Bati na porta, sendo atendida por Umi, mãe da Lockser. 

— Quem é? Não estamos num bom momen... – a moça começou a dizer, mas então parou ao ver meu estado. – Vou lhe buscar um copo de água, pode se sentar.

Agradeci e adentrei a sala, sendo surpreendido com aquela visão: Juvia estava chorando.

— Juvia? – perguntei, tomando fôlego. 

Ela me olhou, os olhos marejados, o rosto vermelho. De repente me senti culpado por todas as vezes que pensei que a Lockser fosse uma insensível. 

— O que você tá fazendo aqui? – tentou disfarçar e passou as costas da mão no rosto.

— Foi o Plue, nosso cachorrinho. – ouvi uma voz e vi que era Maya, a esposa de Umi. – Ele comeu um chocolate que eu tinha deixado em cima da mesinha de centro. Descuido meu. Ele ficou com dor na barriguinha. – disse. – Umi é muito dramática e disse que ele estava morrendo, por isso Juvia se preocupou tanto. – revirou os olhos e senti vontade de rir de alívio.

— Não tem graça, mãe. – Juvia reclamou. – Plue poderia ter partido. 

— Mas não foi isso que aconteceu. – Maya rebateu. – Vai lavar seu rosto, vai. Plue tá deitado na sua cama. – a Lockser obedeceu. Senti os olhos da mãe da azulada caírem sobre mim. – E você, o que faz aqui depois de tanto tempo, Gray-kun? 

Fiquei surpreso.

— Como se lembra de mim? 

— Tenho boa memória. Não poderia esquecer. Quem mais viria correndo atrás da minha filha desse jeito?

Corei. 

— Parece que mesmo com todos esses anos, vocês não se esqueceram. – Umi apareceu na sala.

— Não é o que parece. – falei, de repente sentindo a tristeza que eu tinha sentido quando a reencontrei. – Ela não lembra de muita coisa. 

— Você que deve estar enganado, Gray-kun. – Umi continuou a falar. – A mente pode não se lembrar, mas o coração não. Ele nunca se esquece. – sorriu. 

Depois que Juvia lavou o rosto, ele se desculpou por ter saído correndo daquele jeito e disse que eu poderia pedir o que quisesse de volta. 

Sugeri que nós passássemos o roteiro pro dia seguinte, já que ela estava tão animada pro acompanhante ser o Jellal. Blé. Ela concordou. Nos sentamos de frente pro mar. Um banho de memórias inundou todo o meu ser. Era alí que costumávamos passar as tardes durante a infância. 

— Fiz uma lista. – eu disse, antes de perder toda minha sanidade. 

— Legal. – foi sarcástica. 

— Deixa eu terminar! – choraminguei. – Eu assisti alguns filmes ontem e anotei o que eu achava mais clichê pra você fazer amanhã. 

— Fala sério, como você consegue fazer tanta coisa e ainda ser o melhor da turma? Daqui a pouco sua alma vai ser buscada. 

— Eu não fiz nenhum pacto! – ri alto. – Eu só não tinha nada melhor pra fazer.

— Ok, adianta aí o que você tem nessa lista. 

— "1) Dividir a comida. 2) Rir fofamente"... – comecei a falar. – Ah, como vocês vão pro boliche, eu coloquei aqui pra você deixar ele segurar a bola com você. "4) O abraçar antes de ir. 5) Beijo na bochecha)".

— Por que o beijo tem que ser na bochecha? – ela tinha uma expressão maliciosa. 

Me assustei. 

— Achei que você não fosse querer. 

— Bom, se for o Jellal... 

— MAS NÃO SE BEIJA NO PRIMEIRO ENCONTRO! – eu estava nervoso. – Quer dizer, um beijo na bochecha é sinal de despedida. 

— Quem disse isso? 

Abri a boca e fechei várias vezes porque não sabia o que dizer.

— Quando eu fui embora, você me beijou na bochecha! – falei.

— Eu nem sabia que você ia embora. – disse, me deixando confuso. – Além disso, eu não lhe beijei na bochecha. 

— Claro que foi na bochecha! Onde mais seria? Na bo... – fui interrompido por um selar rápido nos meus lábios. 

— Foi o que eu fiz. – ela disse. 

Minha mandíbula já estava batendo no chão. 

— O-O-O quê? 

— Virou gago agora? – revirou os olhos.

Engoli em seco, tentando me manter são.

— O que acabou de fazer? 

— Eu te mostrei o que eu fiz no passado e o que eu vou fazer com o Jellal amanhã. – disse simples. 

— Não é assim que acontece nos filmes. – tentei disfarçar. – Precisa ser um beijo de verdade.

— Simples, quando eu for beijá-lo, beijo com vontade. – deu de ombros. – O que você espera que eu faça? Te beije pra mostrar como vai ser? 

SIM!

— NÃO! – neguei, mas meu tom de voz estava me denunciando. 

— Isso virou a fanfic "lição de beijo", agora? – revirou os olhos e abriu um sorriso. – Fecha os olhos. 

— Eu não vou fazer isso. – eu falei, mas já tinha fechado meus olhos há eras.

— Eu vou me aproximar... – dizia. – Daí vou esperar ele fechar os olhos e fazer isso. – roçou a ponta dos nossos narizes. – Eu vou sorrir e sussurrar pertinho dos lábios dele assim. – meu coração parecia ter vida própria. – Eu vou colocar minhas mãos nas bochechas dele, e ponto final. – me beijou. 

Pode ter criança lendo, então me desculpem, porque PUTA QUE PARIUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!

Eu não sabia que precisava beijar Juvia Lockser até beijar Juvia Lockser na frente do mar ao entardecer. 

Eu não sei quanto tempo aquilo durou, mas eu não aguentei e tive que aprofundar o beijo. Parecia que eu estava viajando entre os anos. Eu me sentia uma criança de novo, porém grande o suficiente pra sentir os lábios da azulada contra os meus. Nossas respirações estavam em perfeita sincronia. Eu sentia nossos corações baterem da mesma forma. O ósculo parecia não ter mais fim. 

Quando criança, eu tinha uma lista de coisas que me deixavam feliz. O primeiro lugar antes era assistir alguma live do Girls Generation. Se o

Gray pequenino soubesse, ele teria riscado tudo e colocado em letras maiúsculas que beijar Juvia Lockser com certeza era a coisa mais prazerosa de toda a galáxia. 

Quando nos separamos, eu tinha um sorriso iludido. 

— E depois? – tive coragem de perguntar.

— Depois do quê?

— Depois de beijá-lo, o que você vai fazer? 

Juvia se aproximou o suficiente pra que eu fechasse os olhos achando que meus lábios seriam agraciados novamente, mas a sortuda da vez tinha sido minha bochecha esquerda.

— Depois disso eu vou embora. – se levantou e foi embora, me deixando como um pateta cheio de areia no corpo. 

Meu coração deu um pontada forte.

Por que Juvia parecia um milhão de vezes mais bonita agora? 
 


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