Evelyn Brown e a Marca Perdida escrita por BestBlondAndBrunette


Capítulo 9
Capítulo 9




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— Sempre suspeitei que tinhas um lado travesso. - comentou Aaron, corrigindo a minha postura com uma batida no fundo das minhas costas.

— Au! - exclamei, baixando os braços. - Podias ser mais gentil! - queixei-me, esfregando o local atingido.

O filho de Apolo soltou uma gargalhada, abanando o rosto de um lado para o outro em negação. Levantou o braço, mirou o alvo a uma distância considerável de nós, puxou a corda até junto da sua orelha e largou com agilidade, acertando no centro. Virou-se para mim e lançou-me uma piscadela.

— Aprende com o mestre. - declarou, enchendo o peito de orgulho.

Revirei os olhos. Convencido. Observei-o afastar-se e repreender a Ayla que apontava a seta para quase o céu.

Encarei o alvo resignada.

Depois do almoço e de toda a algazarra dos meus agora definitivos companheiros de quarto, seguimos para a Arena, onde teríamos uma aula de arco e flecha dirigida pelos filhos de Apolo. Não deixei de estar surpresa pelo desempenho de Aaron no ressinto, embora já o tivesse visto em ação. A sua destreza com aquela arma era de louvar, mas a sua atitude passiva-convencida, não podia mentir, irritava-me solenemente. Contudo, ele tratava-se de um excelente professor-assistente desta modalidade.

— Concentra-te. - instruiu. - Apesar de os filhos de Hermes não serem conhecidos por serem bons com o arco, qualquer arma pode ser a diferença entre a vida e morte.

— Zac diz que é inútil. - afirmei, vendo a seta passar ao lado do alvo.

— O Zac está sempre a reclamar. - contestou o loiro, encarando um pouco desapontado o local onde a flecha desaparecera. - Antes nem sabia pegar num arco como deve ser, agora quase que acerta no centro.

Olhei para o onde o filho de Hermes estava. Treinava com uma rapariga loira, Kira Lancaster, uma filha de Apolo não muito mais nova que ele, e com Raphael, outro filho do deus dos ladrões. Estavam a fazer um trabalho muito melhor que o meu pelo menos.

Aaron entregou-me outra flecha e preparei o arco de novo. Estava para ver o estado horrível das minhas mãos depois disto. A aspereza da corda do arco deixaria marcas com certeza nos meus dedos não acostumados a este tipo de trabalho. Antes, tudo o que faziam era teclar no telemóvel e no computador.

— Estás a pensar demais. O truque é relaxar.

— É mais fácil falar do que fazer - afirmo entre dentes, sem deixar de mirar o alvo.

— Controla a respiração, inspira pelo nariz e expira pela boca, assim não tremes tanto o braço. - aconselhou e eu reproduzi o que ele dizia.

Fiz o disparo novamente. Soltei um som irritado quando, novamente, a seta passou bem por cima do que era suposto ter acertado.

— Okay, chega por hoje. - declarou Aaron. - Tu não estás sequer focada.

— Ou simplesmente sou péssima nisto. - insinuei.

— Isso também, mas não estás em condições de continuar. Só vais ficar frustrada.

Suspirei. Ao fim e ao cabo, a melhor de todas as tentativas foi num arbusto ao lado do alvo. Aaron, por outro lado, não falhara uma única. Até de olhos fechados fora capaz de acertar, só mesmo para me fazer sentir ainda mais o meu sangue a borbulhar de frustração e raiva.

Retirei a aljava das costas e pousei junto aos restantes equipamentos dos outros semideuses. Semideus, uma palavra que ainda soava estranha, mas que começara a adquirir uma sensação familiar.

— Vais para aonde agora? - perguntou-me à porta do campo, puxando-me de leve pelo braço.

— Não faço ideia. Ainda tenho que averiguar com o Liam.

— Eu ainda tenho uma hora com os filhos de Afrodite. Infelizmente, a aula para eles ainda não acabou.

— Aaron! Ajuda-me, não consigo fazer isto. - uma voz fina de uma rapariga ouviu-se por detrás de mim. 

— Eu pedi primeiro! Aaron, a minha postura parece estar muito má. - outra falou.

— Então parece que tens companhia garantida. - debochei, encarando-o com um sobrancelha arqueada, ao que ele apenas deu um suspiro dramático.

O filho de Apolo foi quase arrastado de volta ao centro da Arena, rodeado por miúdas radiantes de todos os feitios. Ainda consegui ler um Socorro nos seus lábios, fazendo-me soltar uma gargalhada e seguir o meu caminho.

...

Engoli mais um pouco de água. Depois do lanche, regressámos novamente à arena para uma aula de armas livre. Tínhamos acabado de terminar o aquecimento e eu arfava loucamente. Todos os filhos de Hermes eram extremamente ágeis, o que se tornou uma corrida bastante competitiva. Zac e Liam eram os mais rápidos do grupo e, cada vez que eles aumentavam o ritmo, eu aumentava igualmente para não ficar para trás. A realidade é que, apesar dos treinos de atletismo e de estar em forma, ao seu lado, eu estava minimamente preparada. 

Olhei na sua direção constatando que já riam uns com os outros como se nada se tivesse passado.

Senti uma mão sobre o meu ombro.

— Então, rapariga? Respira fundo! - riu-se Liam divertido. - Ainda agora começámos!

— Não te estiques, Liam. - revirei os olhos.

Já à minha frente, Liam levantou as mãos em sinal de rendição com o seu sorriso traquina. Não consegui impedir os meus olhos de rolarem novamente e de um forte suspiro abandonar os meus lábios.

— Anda. - fez me um sinal com a cabeça. 

Procurei acompanhá-lo lado a lado. Dirijímo-nos para um armazém gigante, o arsenal, onde a maioria das armas do acampamento eram guardadas.

— Devias começar por experimentar uma espada. - aconselhou Liam. - Normalmente, nós, filhos de Hermes, temos mais facilidade com esse tipo de armas, para além de serem as mais simples de se aprender inicialmente. Ou qualquer coisa como facões ou adagas. Eu por exemplo dou-me melhor com facões. 

Liam tirou a magnifica arma, antes presa na cintura, exibindo uns movimentos simples.

— A sua leveza permite essa facilidade. - explicou, passando-ma, e eu notei que realmente a arma era muito leve. - Mas isto é uma preferência minha. Francis, um irmão nosso que está em missão, é muito bom com a lança. Depende muito de semideus para semideus.

Assenti com a cabeça e entramos na enorme estrutura. Aquilo era sem dúvida de tirar o fôlego. Não imaginava que tal diversidade de armas sequer existisse. Era extremamente desarrumado, quase tanto quanto a cabana de Hefesto e o seu bunker. Apesar disso, havia uma tentativa de organização através de separadores, recipientes e até alguns suportes de parede.

Tropecei num martelo que se encontrava no meio do caminho. Um pequeno grito saiu dos meus lábios involuntariamente, suscitando uma risada a Liam. Serrei os dentes por momentos, controlando uma careta de dor. Levar com uma arma daquelas em qualquer parte do corpo sem dúvida causaria danos volumosos. 

— Tens esta aqui, é feita de bronze. Está um pouco enferrujada, mas os filhos de Hefesto podem dar-te uma ajuda com isso. - apresentou Liam, estendendo uma espada.

Testei-a nas minhas mãos, fazendo alguns movimentos

— Muito pesada. - afirmei com uma careta, pousando-a de novo.

A procura demorou alguns minutos. Eu começava a ficar preocupada. Aparentemente, um requisito obrigatório era ter uma arma, porém nenhuma era a certa.

— Tenta esta. - chamou-me o filho de Hermes, entregando-me uma adaga com formato estranho. Era feita e prata e aparentava ser bastante afiada. Possuía um cabo de um material escuro, quase preto.

Testei a arma na minha mão. Não me parecia mal.

— Esta é diferente das outras. - apontei, girando-a na mão. No cabo conseguia-se distinguir umas escrituras em grego antigo. - Lakinia

— Chama-se Lakonia. - corrigiu Liam. - Não sei de quem foi, mas é uma adaga espartana. Não é muito comum os semideuses as usarem, mas, já que não reclamaste, ficas com essa por agora. 

Regressamos à arena, acompanhados das nossas armas. Posicionamo-nos frente a frente, sendo supervisionados por um filho de Ares com cara trancada. Joelhos ligeiramente fletidos, instruíra, braços a frente não muito afastados do corpo e olhos sempre no adversário.

Eu carregava um pequeno escudo de bronze circular e Lakonia, enquanto o Liam, o meu parceiro de treino, possuía o seu grande facão e um escudo maior que o meu.

— Pés à largura dos ombros, novata. - orientou uma voz profunda. 

Olhei na sua direção. O instrutor encontrava-se mais perto do que esperava, a meio metro de mim. Alto e atlético. Os seus músculos sobressaiam-se na t-shirt do acampamento. Queixo quadrado, nariz romano, cabelo rapado e olhos fundos caracterizavam o seu rosto.

— Concentra-te. - corrigiu severamente. - Achas que é assim que te vais safar numa guerra a sério?

O seu tom apanhou-me desprevenida.

— Não, claro que n...

— Ouve bem. - começou, olhando-me nos olhos. - Não faço ideia como te aguentaste tanto tempo sem te encontrares com qualquer monstro, mas presta atenção: o mundo maravilhoso que conhecias não existe mais. - perplexidade era tudo o que sentia naquele momento. - Podes ser atacada por uma criatura a qualquer momento e tens que estar preparada. 

— Claro, eu...

— Cala-te e presta atenção por uns momentos. - interrompeu-me novamente. - É bom que te prepares o mais rapidamente possível, senão vais ser uma presa fácil para qualquer um. 

Senti o meu sangue ferver, tanto de raiva quanto humilhação. Mas quem é que ele pensa que é para estar a falar comigo dessa forma? Nem ao menos me conhece.

Estava pronta a intervir quando o filho de Ares clamou para que todos se preparassem.

— Agora! 

Liam saltou para cima de mim sem demoras. Assustei-me, não esperava que ele viesse mal dessem o início, esperava sim que ele fosse benevolente e me desse mais dicas. Mas isso não aconteceu: mal tive tempo de subir o braço e proteger-me com o escudo.

O filho de Hermes demonstrou-se bem mais forte do que esperava. Mesmo com a armadura que aparentava muito pesada, movia-se com uma agilidade surpreendente.

Estava completamente desorientada. Agia apenas por impulso, fugindo das investidas do meu adversário. Tenho a certeza que, se ele possuísse duas facas em vez de uma, não seria capaz de me defender com o escudo.

O braço já começava a latejar com o impacto das investidas de Liam. Estava a entrar em pânico, só conseguia recuar. Embati contra uma coluna, encurralada. Tinha que fazer alguma coisa. 

Reagi. Empurrei o escudo contra ele, fazendo-o recuar pelo ataque inesperado. Icei a faca para a zona da sua clavícula esquerda e Liam defendeu facilmente, esboçando um sorriso traquina. Retrocedi dois passos, mas logo ataquei. 

Fui de costas ao chão. Tinha sido derrubada num par de segundos, se tanto. Atordoada, deixara cair a adaga. Liam já a tinha entre os dedos e com um sorriso divertido nas lábios. 

— Levanta-te, novata. - voltou o mestiço responsável. Ouvi um suspiro. - Há muito a fazer.

...

— Fogo, Liam! - queixei-me, esfregando o fundo das minhas costas doridas. - Não podias ter sido mais simpático? Não?

— Isso era o meu modo misericordioso, maninha. - riu-se, esfregando os meus cabelos.

Ignorei a parte do "maninha".

Dirigíamo-nos para a cabana. Suor ainda escorria por toda a minha pele. Suspirei. Tudo em mim doía, quer fisicamente quer psicologicamente. Descobrira que Hunter Evans, o filho de Ares, não simpatizava muito comigo. 

— Anima-te, rapariga! Amanhã há mais. - gargalhou. 

Revirei os olhos com o seu comentário. Tudo o que mais queria era um banho quente.

...

Desliguei a do chuveiro. Sentia o meu corpo bem mais relaxado, mas ainda gritava por uma cama. 

Embrulhei-me numa toalha e deixei o pequeno bendito compartimento. Vesti as minhas roupas intimas, uma camisola do acampamento limpa e um par de calções de ganga. Atei os atacadores, enfiei o equipamento suado dentro da mochila. 

O balneário estava bastante calmo, o que não me deixava surpresa. A maioria dos treinos ainda ocorriam. Felizmente, os da nossa cabana já tinham terminado.

Penteei o cabelo em frente ao espelho sobre o lavatório e amarrei-o no topo da cabeça. Toquei na minha bochecha esquerda, onde um corte recente prevalecia na parte superior. O Liam tinha se divertido realmente às minhas custas.

Enfiei as roupas sujas numa mochila despreocupadamente. Com essa sobre o ombro, dirigi-me à porta, com o intuito de sair da divisão.

Vozes foram ouvidas assim que o primeiro passo fora proferido do lado exterior: uma feminina desconhecida, a outra masculina soava-me familiar, porém, nesse primeiro instante, não fui capaz de a reconhecer.

Segui o som. A curiosidade não me permitia ser indiferente àqueles timbres inquietos. 

Junto ao bosque das traseiras dos balneários, fui capaz de avistar dois vultos algo de iluminados.

O primeiro vulto que fui capaz de reconhecer foi Quíron, já o segundo não me era familiar. Consegui ver com alguma nitidez os seus traços mais gerais. A senhora devia ter alguma idade. Apresentava cabelos encaracolados e curtos, com várias madeixas arruivadas e cinzentas, mas com aquela iluminação era difícil de dizer com certeza. Era bastante alta e magra. As suas roupas eram simples, uma camisa justa vermelha e uns jeans escuros. 

Ambas as suas expressões exibiam preocupação. Tentei aguçar a minha audição a ver se entendia o que se passava, pois mais não me conseguiria aproximar sem anunciar a minha presença.

— Sabes que não há muito que possamos fazer de momento. - expôs Quíron, com pesar. 

— Mas não podemos ficar de braços cruzados! - agitou-se a figura feminina. - Tem que haver alguma coisa que possamos. O Olimpo está um caos por mais que eles tentem abafar isso. As minhas visões também não me deixam mais descansada.

Deu-se um pequeno momento de silêncio.

— Acho que não é o momento certo para falarmos disso. - decidiu o centauro. - Acabaste de chegar de viagem e necessitas de descansar. Vamos deixar-te num dos quartos da Casa Grande para poderes descansar um pouco antes do jantar. Amanhã falamos com mais calma.

Com o coração a mil, saí o mais rapidamente possível dali.

...

— Bom dia, rapariga! - começou Liam, balançando a mão à frente da minha cara, despertando-me de desvaneios. - Estas aí? Viva da silva?

 Sim, Liam. - revirei os olhos.

— Estás muito calada para o meu gosto. - replicou.

— Não é nada. Estou só cansada dos treinos. - desconversei.

A realidade é que a conversa que ouvira não saia da minha mente. Quem quer que fosse aquela pessoa não trazia boas noticias. Pensei que no Olimpo fosse tudo pacifico, embora já tenha obviamente ouvido falar nas aulas de História sobre intrigas entre deuses. Achei que fosse fruto da imaginação dos humanos. 

Humanos, dito assim até parece que também não sou uma.

Bem... Na realidade, não sou bem uma. Sou meio uma. 

— Vamos lá, maninha. Vais ver que com a paparoca nessa barriga te vais sentir como nova!

Acabamos de passar pela alçada do Pavilhão onde sempre ocorrem as refeições. Sentamo-nos nos respetivos lugares e aguardamos pela chegada dos demais. 

Repentinamente o som cessa. Dirijo a minha visão no sentido das restante. Contenho uma expressão surpresa quando vejo Quíron acompanhado da mesma senhora de à umas horas atrás.

— Hoje desejamos as boas vindas a Rachel Dare, que irá permanecer junto a nós por alguns tempos. Não se esqueçam de tratá-la devidamente.

Rachel era dona de algumas rugas, umas bem mais acentuadas que outras, mas ou mesmo tempo exibia um ar jovial. Talvez por causa do sorriso de lado ou dos olhos verdes, que pareciam brilhar. Essas foram características que não fora capaz de identificar anteriormente.

— Agora, podem começar a refeição. - terminou assim o seu comunicado.

Agora que prestava atenção aos seus traços pareciam-me familiares. Não sabia de onde, não era aquela sensação de que já a tinha conhecido em algum lado, mas que já a tinha visto em algum lado.

— Liam, quem é ela? - sussurrei ao Chefe da Cabana de Hermes. - É alguma semideusa que eu deva conhecer?

Uma expressão espantada atravessara o seu rosto, mas logo fora substituída por uma mais compreensiva.

— Pensei que pelo menos fosses conhecer o seu lado mortal. - começou por explicar. - No mundo humano, digamos assim, ela é uma renomada artista. Com certeza que já viste algumas das suas peças, são algo de exótico. 

Foi isso! Eu tinha-a visto no meu livro de Artes, na secção de Arte Moderna. O seu nome já tinha sido citado pelo meu pai remotamente enquanto ele nos transmitia algumas das noticias que lera no jornal. Acho que ela tinha feito uma enorme doação de milhões de dólares a uma instituição de caridade que não passara despercebido pelo meu progenitor.

— E depois ela é uma semideusa, é isso? - questionei.

— Não, ela é o Oráculo. - respondeu, pondo uma gafada de massa na boca.

...

Quando todos nos dirigíamo-nos à saída, acabei por chocar contra alguém.

— Desculpa. - pedi involuntariamente, agarrando a sua mão para impedir que caísse.

Os meus olhos pousaram sobre a figura à minha frente. Era Rachel, porém ela estava estranha. Era como se ela estivesse possuída por algo, como que por um espirito. A sua expressão facial mudou e, quando a sua voz soou, soou mais grave e antiga.

Um dos doze a viagem facilitar-te-á

Para seguires o teu rumo,

A que nunca dorme terás de defrontar.

Por meio do sangue saberás

A arma que todos irá salvar.

E a partir desse momento tudo mudou.


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Notas finais do capítulo

Hey, amoressssss!

Não se preocupem! A Evelyn ainda está viva! Any guesses? O que esperam do próximo capítulo?

BestBlondAndBrunnette



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